John Locke
O século XVll caracterizou-se pela busca
de método para a filosofia,ciência e religião. Nesse contexto,encontramos duas
tendências filosóficas que se opuseram em relação a produção do conhecimento. A
tendência racionalista,cuja principal influência vem do filósofo Descartes,e a
tendência empirista,representada por Bacon e Locke. Essas correntes
influenciam a pedagogia até os dias de hoje. Diante desse contexto,a tendência
racionalista mostra que o pensamento deverá ser conduzido,metodicamente,para encontrar
os critérios que permitirão estabelecer algo como verdadeiro e utiliza o
recurso da dúvida metódica,que deve mover o homem em direção ao conhecimento.
O homem é definido como um ser
bipartido,dividido em corpo e alma. O corpo pertence a natureza e obedece a
ela. É uma estrutura mecânica e funcional,semelhante em todos os indivíduos. Já
a alma é o lugar do intelecto e da individualidade.
A tendência empirista os pensadores faziam
parte dessa corrente eram chamados de céticos,pois duvidavam que fosse possível
conhecer somente através da razão. Em última instância,duvidavam até da
possibilidade de que houvesse qualquer conhecimento verdadeiro e que tudo o que
sabemos não passa de percepções sensoriais,variáveis de acordo com as
impressões.
O conhecimento só começa a ser
concretizado a partir da experiência sensível,como resultado da modificação da
mente por meio dos sentidos e pela reflexão determinada pela percepção que a
alma tem daquilo que nela ocorre.
René Descartes é considerado o pai da filosofia moderna.
René
Descartes[1596-1650] nasceu em La Haye, França, pertencendo a uma família de
prósperos burgueses. Estudou no colégio jesuíta de La Flèche . ingressando na
carreira militar, mudou-se par a Holanda, onde participou de combates contra os
espanhóis. Posteriormente, em 1619, viajou por vários países europeus,
estabelecendo contatos com vários sábios de seu tempo ,entre eles “Blaise
Pascal”[1623-1662]. Temendo perseguições religiosas e tendo em mente a condenação
de Galileu,tomou uma série de cautelas na exposição de suas idéias. Apesar
disso, o que publicou é suficientemente vasto e valioso para situá-lo como um
dos pais da filosofia moderna.
Descartes afirmava que, para conhecermos a verdade, é preciso, de início, colocarmos todos os nossos conhecimentos em dúvida, questionando tudo para criteriosamente analisarmos se existe algo na realidade de que possamos ter plena certeza.
Fazendo uma aplicação metódica da duvida, o filosofo foi considerando como incertas todas as percepções sensoriais, todas as noções adquiridas sobre os objetos materiais . E prosseguiu assim, cada vez mais colocando em dúvida a existência de tudo aquilo que constitui a realidade e o próprio conteúdo dos pensamentos. Finalmente, estabeleceu que a única verdade totalmente livre de dúvidas era a seguinte: meus pensamentos existem e a existência desses pensamentos se confunde com a essência da minha própria existência como ser pensante. Disso decorre a célebre conclusão de Descartes.
Penso, logo existo
É preciso esclarecer que o termo pensamento utilizado por Descartes tem um sentido bastante amplo, abrange tudo o que afirmamos, negamos, sentimos, imaginamos, cremos e sonhamos. Assim, o ser humano era para ele, uma substancia essencialmente pensante. O pensamento é algo mais certo do que a própria matéria corporal.
Baseando-se nesse principio, toda filosofia posterior que sofreu a influencia de Descartes assumiu uma tendência idealista, isto é, uma tendência a valorizar a atividade do sujeito pensante em relação ao objeto pensado. Em outras palavras, uma tendência para ressaltar a prevalência da consciência subjetiva sobre o ser objetivo.
Descartes, foi um racionalista convicto, recomendava que desconfiássemos das percepções sensoriais, responsabilizando-as pelos freqüentes erros do conhecimento humano. Foi um grande matemático, teve importante contribuição para a criação da geometria analítica, que tornou possível a determinação de um ponto em um plano mediante duas linhas perpendiculares fixadas graficamente [as coordenadas cartesianas]
Descartes afirmava que, para conhecermos a verdade, é preciso, de início, colocarmos todos os nossos conhecimentos em dúvida, questionando tudo para criteriosamente analisarmos se existe algo na realidade de que possamos ter plena certeza.
Fazendo uma aplicação metódica da duvida, o filosofo foi considerando como incertas todas as percepções sensoriais, todas as noções adquiridas sobre os objetos materiais . E prosseguiu assim, cada vez mais colocando em dúvida a existência de tudo aquilo que constitui a realidade e o próprio conteúdo dos pensamentos. Finalmente, estabeleceu que a única verdade totalmente livre de dúvidas era a seguinte: meus pensamentos existem e a existência desses pensamentos se confunde com a essência da minha própria existência como ser pensante. Disso decorre a célebre conclusão de Descartes.
Penso, logo existo
É preciso esclarecer que o termo pensamento utilizado por Descartes tem um sentido bastante amplo, abrange tudo o que afirmamos, negamos, sentimos, imaginamos, cremos e sonhamos. Assim, o ser humano era para ele, uma substancia essencialmente pensante. O pensamento é algo mais certo do que a própria matéria corporal.
Baseando-se nesse principio, toda filosofia posterior que sofreu a influencia de Descartes assumiu uma tendência idealista, isto é, uma tendência a valorizar a atividade do sujeito pensante em relação ao objeto pensado. Em outras palavras, uma tendência para ressaltar a prevalência da consciência subjetiva sobre o ser objetivo.
Descartes, foi um racionalista convicto, recomendava que desconfiássemos das percepções sensoriais, responsabilizando-as pelos freqüentes erros do conhecimento humano. Foi um grande matemático, teve importante contribuição para a criação da geometria analítica, que tornou possível a determinação de um ponto em um plano mediante duas linhas perpendiculares fixadas graficamente [as coordenadas cartesianas]
Da sua obra-Discurso do método.podemos destacar quatro regras básicas, capazes
de conduzir espírito na busca de verdade:
1- Regra da evidencia –só aceitar algo como verdadeiro desde que seja
absolutamente evidente por sua clareza e distinção.
2- Regra da análise – dividir cada uma das dificuldades surgidas em tantas
partes quantas forem necessárias para resolve-las melhor.
3- Regra da síntese – ordenar o raciocínio indo dos problemas mais simples para
os mais complexos.
4- Regra da enumeração – realizar verificações completas e gerais para ter
absoluta segurança de que nenhum aspecto do problema foi omitido. Com o seu
método da dúvida crítica [dúvida cartesiana], Descartes abalou profundamente o
edifício do conhecimento estabelecido. Descartes celebrizou-se não propriamente
pelas questões que resolveu, mas, sobretudo pelos problemas que formulou , que
foram herdados pelos filósofos posteriores.
O empirismo é uma doutrina filosófica que tem como
principal teórico o inglês John Locke (1632-1704), que defende uma corrente a
qual chamou de Tabula Rasa. Esta corrente afirma que as pessoas nada conhecem,
como uma folha em branco. O conhecimento é limitado às experiências
vivenciadas, e as aprendizagens se dão por meio de tentativas e erros.
Entende-se
por empírico aquilo que pode ter sua veracidade ou falsidade verificada por
meio dos resultados de experiências e observações. Teorias não bastam, somente
através da experiência, de fatos ocorridos observados, um conhecimento é
considerado pelo empirista.
A
percepção do Mundo externo e a abstração da realidade realizada na mente humana
são o que faz o homem adquirir sabedoria, segundo o empirismo. Embora tenha se
baseado no cartesianismo de René Descartes, ao contrário deste, Locke não
aceita a existência de idéias inatas resultantes da capacidade de pensar da
razão.
Segundo
a teoria de Locke (com a qual concordavam os demais empiristas), a razão, tem a
função de organizar os dados empíricos, apenas unir uns dados aos outros, que
lhe chegam através da experiência. Segundo Locke, “nada pode existir na mente
que não tenha passado antes pelos sentidos”, ou seja, as idéias surgem da
experiência externa (via sensação), ou interna (via reflexão), e podem ser
classificadas em simples (como a idéia de largura, que vêm da visão) ou
compostas (a idéia de doença, resultado de uma associação de idéias).
Nesse
sentido, qualquer afirmação de cunho metafísico era rejeitada no Empirismo,
pois para essas afirmações não há experimentação, testes ou controles
possíveis.
O empirismo causou uma grande revolução na ciência, pois graças à
valorização das experiências e do conhecimento científico, o homem passou a
buscar resultados práticos, buscando o domínio da natureza. A partir do
empirismo surgiu a metodologia científica.
Já
Francis Bacon,enalteceu a experiência e o método dedutivo de tal modo,
que o transcendente e a razão acabam por desaparecer na sombra. Falta-lhe, no
entanto, a consciência crítica do empirismo, que foram aos poucos conquistando
os seus sucessores e discípulos até Hume. Ademais, Bacon continua afirmando -
mais ou menos logicamente - o mundo transcendente e cristão; antes, continua a
considerar a filosofia como esclarecedora da essência da realidade, das formas, sustentáculo e causa dos fenômenos sensíveis. É uma posição
filosófica que apela para a metafísica tradicional, grega e escolástica,
aristotélica e tomista. Entretanto, acontece em Bacon o que aconteceu a muitos
pensadores da Renascença, e o que acontecerá a muitos outros pensadores do
empirismo e do racionalismo: isto é, a metafísica tradicional persiste neles
todos histórica e praticamente ao lado da nova filosofia, tanto mais quanto
esta é menos elaborada, acabada e consciente de si mesma.
Francis Bacon nasceu no dia 22 de janeiro de 1561 na York House, Londres, residência de seu pai sir Nicholas Bacon, que nos primeiros vinte anos do reinado de Elizabeth tinha sido o Guardião do Sinete. "A fama do pai", diz Maucaulay, "foi ofuscada pela do filh". Mas sir Nicholas não era um homem comum." A mãe de Bacon foi lady Anne Cooke, cunhada de sir William Cecil, lorde Burghley, que foi tesoureiro-mor de Elizabeth e um dos homens mais poderosos da Inglaterra. O pai dela tinha sido o tutor-chefe do rei Eduardo VI; ela mesma era lingüista e teóloga, e não tinha dificuldade em se corresponder em grego com bispos. Tornou-se instrutora do filho e não poupou esforços para que ele tivesse instrução. Bacon freqüentou a Universidade de Cambridge, e viveu também em Paris. Começou a sua carreira de homem político e jurista, antes sob a rainha Isabel, e, depois, sob Jaime I, subindo até aos mais altos cargos: advogado geral em 1613, membro do Conselho particular em 1616, chanceler do reino em 1618. Foi agraciado por Jaime I com os títulos de Barão de Verulamo e Visconde de S. Albano. Entretanto foi acusado de concussão e condenado pelo Parlamento a uma multa avultuada. Perdoado pelo rei, retirou-se para as suas terras, dedicando-se inteiramente aos estudos. Faleceu em 1626. Teve uma inteligência muito esclarecida, convencido da sua missão de cientista, segundo o espírito positivo e prático da mentalidade anglo-saxônia.
Caixa - 1498 013 00009263-4
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