quarta-feira, 27 de abril de 2016

Psicologia





Em seus Arts. 9º e 10º e em seu Parágrafo Único, o Código de Ética Profissional do Psicólogo trata da quebra do sigilo profissional. No Art. 10, diz: nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código, excetuando‐se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.


 Sobre a Análise Experimental do Comportamento, tem‐se definições e conceitos. 

De acordo com o exposto,

1. O comportamento respondente é o que chamamos usualmente de “não voluntário” e inclui as respostas que são eliciadas por estímulos antecedentes do ambiente.

2. Reforço é toda consequência que, mediante uma resposta, altera a probabilidade futura de ocorrência da resposta.

3.O comportamento operante inclui todos os movimentos de um organismo dos quais se pode dizer que, em algum momento, têm efeito sobre ou fazem o mundo ao redor.

4. Esquiva é o processo no qual os estímulos condicionados e incondicionados estão separados por um intervalo de tempo apreciável, permitindo que o indivíduo execute um comportamento que previna a ocorrência ou reduza a magnitude do segundo estímulo.  

 Segundo José Bleger, “a entrevista é um instrumento fundamental do método clínico e é, portanto, uma técnica de investigação científica em psicologia. Como técnica tem seus próprios procedimentos ou regras empíricas com os quais não só se amplia e verifica, como também, ao mesmo tempo, se aplica o conhecimento científico”.         (Bleger, 1991, p. 9.) Segundo Bleger, são características da entrevista psicológica:

Busca o estudo e a utilização do comportamento total do indivíduo em todo o curso da relação estabelecida com o técnico, durante o tempo que essa relação durar.  
 O aspecto fundamental é que ela consiste em uma relação humana na qual um dos integrantes deve procurar saber o que está acontecendo e deve atuar segundo esse conhecimento.

 É uma relação, com características particulares, que se estabelece entre duas ou mais pessoas. O específico ou particular dessa relação reside em que um dos integrantes é um técnico da psicologia que deve atuar nesse papel, e o outro – ou os outros – necessitam de sua intervenção técnica.  

Skinner escreve que “órgãos ou instituições organizados, tais como governos, religiões e sistemas econômicos e, em grau menor, educadores e psicoterapeutas, exercem um controle poderoso e muitas vezes molesto. Tal controle é exercido de maneiras que reforçam de forma muito eficaz aqueles que o exercem e, infelizmente, isto via de regra significa maneiras que são ou imediatamente adversativas para aqueles que sejam controlados ou os exploram a longo prazo. Os que são assim controlados passam a agir. Escapam ao controlador – pondo‐se fora de seu alcance, se for uma pessoa; desertando de um governo; apostasiando de uma religião; demitindo‐se ou mandriando – ou então atacam a fim de enfraquecer ou destruir o poder controlador, como numa revolução, numa reforma, numa greve ou num protesto estudantil. Em outras palavras, eles se opõem ao controle com   contra controle.  

 Sobre conceitos e suas definições construídos por Melanie Klein,

1. Na Inveja a voracidade visa à posse de toda bondade que possa ser extraída do objeto, sem qualquer consideração das consequências; isso pode resultar na destruição do objeto e na danificação de sua bondade, mas a destruição é incidental à aquisição desapiedada.

2.O Ciúme baseia‐se no amor e visa à posse do objeto amado e à remoção do rival. Pertence a uma relação triangular e, portanto, a um período da vida em que os objetos são claramente reconhecidos e diferenciados uns dos outros.

3. A  Fantasia  deriva  diretamente de instintos na fronteira entre o somático e a atividade psíquica, (...) são experimentadas tanto quanto somáticas como fenômenos mentais. Sua formação é função do ego.

4.  Na  Reparação o amor é colocado mais nitidamente em conflito com o ódio e age tanto no controle da destrutividade (...). O desejo e a capacidade de restauração do objeto bom, interno e externo são a base da capacidade do ego manter o amor e as relações através de conflitos e dificuldades


 “Os homens aprendem uns com os outros sem serem ensinados. Um homem pode ter aprendido uma vez a usar uma enxada vendo como usá‐la, mas nem por isso o lavrador foi um professor. Apenas quando a maior eficiência do aprendiz se tornou importante para o lavrador é que ele se tornou um professor e mudou seu próprio comportamento para facilitar a aprendizagem movendo‐se mais devagar ou exagerando seus movimentos de modo que pudessem ser mais facilmente imitados, repetindo alguma parte de uma ação até que fosse eficientemente copiada, reforçando bons movimentos com a enxada com sinais de aprovação, arranjando raízes de forma que pudessem ser facilmente cavadas.”

A citação  refere‐se ao processo educacional e se fundamenta na psicologia  experimental.     

Sobre a contribuição da psicologia na educação, Marisa Lopes da Rocha escreve: “Nessa perspectiva, o cotidiano ganha relevo no modo como é tecido por professores, alunos, administrados e especialistas, entre eles os psicólogos, que, imersos em condições, desejos, apreensões e circunstâncias, vão fazendo arranjos e abrindo territórios de composição de outros possíveis para a formação. É importante ressaltar que nos constituímos nas relações não de maneira passiva, mas sim interferindo nas situações nas quais circunscrevemos lugares de atores dos processos como psicólogos, professores, alunos. É entre as leis, tradições, conflitos e atos que os caminhos da Educação vão sendo traçados estando implicados com posições e ações que demandam atenção e análise quando o desafio é a transformação.”                          (Rocha, 2011,  p. 199.)
A  perspectiva a que se refere a autora é o   Micropolítico.     

 De Melanie Klein, no processo de constituição da personalidade tem‐se que: “o desejo de controlar o objeto, a gratificação sádica de superá‐lo e humilhá‐lo, de ter vantagem sobre ele,  o trinfo  sobre ele podem romper o círculo bom da reparação.  O triunfo representa de fato a face, voltada para o objeto, da ilusão de onipotência”.  


 Sobre conceitos e suas definições no processo de desenvolvimento e aprendizagem infantil, de acordo com Piaget,

1. O equilíbrio é a compensação proveniente das atividades do sujeito em repostas às perturbações exteriores.

2. A linguagem  fornece de uma só vez a capacidade de reconstituir o passado, portanto, de evocá‐lo na ausência de objetos sobre os quais se referiram as condutas anteriores.  

3. O animismo é a  tendência a conceber as coisas como vivas e dotadas de intenção. No início, será vivo todo objeto que exerça uma atividade.

4. A intuição é a interiorização das percepções e dos movimentos sob a forma de imagens representativas e de “experiências mentais” que prolongam, assim, os esquemas senso‐motores sem coordenação propriamente racional .


Sobre o trabalho do Psicólogo, Pichon Rivière escreve:   “O psicólogo social aborda questões fundamentais e, ao investigar em profundidade tanto indivíduos quanto grupos, deve evitar tanto condutas de fuga quanto se deixar influenciar pelas opiniões correntes em seu meio imediato. Por outro lado, deve saber que está incluído, comprometido, no próprio terreno de suas investigações e que, ao operar, produz de qualquer maneira um impacto determinado.”     (2005, p. 122.)

Pichon‐Rivière, criador da técnica de trabalho com grupos denominada  grupos operativos, aponta como suas finalidades e propósitos.
 O propósito geral é o esclarecimento, em termos das ansiedades básicas, da aprendizagem, da comunicação, do esquema referencial, da semântica, das decisões.
 Os papéis tendem a ser fixos no começo, até que se configure a situação de lideranças funcionais, ou seja, lideranças operativas que se fazem mais eficazes em cada “aqui e agora” da tarefa.                                                                                     

 O coordenador, com sua técnica, favorece o vínculo entre o grupo e o campo de sua tarefa, numa situação triangular. O vínculo transferencial deve ser sempre compreendido neste último contexto.  

Enrique Pichon- Riviere (1907-1977),foi um psiquiatra e psicanalista argentino de origem suíça,que contribuiu muito com o questionamento que levantou sobre a psiquiatria e a questão dos grupos em hospitais psiquiátricos,cria a técnica dos grupos operativos;

Um dos conceitos fundamentais é o de Ecro - Esquema Conceitual Referencial e Operativo;
Pichon afirma que cada um de nós possui um Ecro individual;
Ele é constituído pelos nossos valores,crenças,medos e fantasias. 

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