Segundo Sigmund Freud, a ansiedade é um dos principais
fatores de obstáculo ao crescimento psicológico. Para ele o principal problema
da psique é encontrar maneiras de enfrentar a ansiedade. Esta é provocada por
um aumento, esperado ou previsto, da tensão ou desprazer e pode desenvolver‐se
em qualquer situação (real ou imaginada), quando a ameaça a alguma parte do
corpo ou da psique é muito grande para ser ignorada, dominada ou descarregada.
Acerca das situações protótipas que causam ansiedade incluem as seguintes:
perda do objeto desejado; perda do amor; perda da identidade; e, perda da
autoestima. Para Freud todas as perdas
mencionadas são geradoras de ansiedade.
Segundo Freud, há dois meios de diminuir a
ansiedade. O primeiro é lidar diretamente com a situação. Resolvendo problemas,
superando obstáculos, enfrentando ameaças ou fugindo delas, assim consegue‐se
chegar a termo de um problema, a fim de minimizar seu impacto. Desta forma,
lutamos para eliminar dificuldades e diminuir as probabilidades de sua
repetição, reduzindo, assim, as perspectivas de ansiedade adicional no
futuro. A outra forma de defesa contra a ansiedade deforma ou nega a
própria situação. O ego protege toda a personalidade contra a ameaça,
falsificando a natureza desta. Os modos pelos quais se dão essas distorções são
denominados “mecanismos de defesa”. Os principais mecanismos de defesa,
descritos por Freud, em psicanálise, são: Repressão; negação; racionalização; formação
reativa; isolamento; projeção; e,
regressão.
Dentre todos os conceitos de Jung, introversão e extroversão
são os mais usados. Jung descobriu que cada indivíduo pode ser caracterizado
como sendo primeiramente orientado ou para seu interior ou para o seu exterior.
A energia dos introvertidos segue de forma mais natural em direção a seu mundo
interno, enquanto que a energia dos extrovertidos é mais focalizada no mundo
externo. Para definir melhor o comportamento humano, Jung identificou quatro
funções psicológicas fundamentais. Pensamento; sentimento; sensação; e,
intuição.
De acordo com W. Reich, o caráter é composto
das atitudes habituais de uma pessoa e de seu padrão consistente de respostas
para várias situações. Inclui atitudes e valores conscientes, estilo de
comportamento (timidez, agressividade e assim por diante) e atitudes físicas
(postura, hábitos de manutenção e movimentação do corpo). O caráter então se
forma como uma defesa contra a ansiedade criada pelos intensos sentimentos
sexuais da criança e o consequente medo da punição (repressão). Podemos afirmar
que a teoria reichiana baseia‐se, então, numa energia sexual e em toda
satisfação e repressão a que ela é referida.
Toda pessoa que tenha conseguido conservar alguma
naturalidade sabe disto: os que estão psiquicamente enfermos precisam de uma só
coisa – completa e repetida satisfação genital.
O “como”, isto é, a forma do comportamento e
das comunicações era muito mais importante do que o que o paciente dizia ao
analista. As palavras podem mentir. A expressão nunca mente.
O desejo do orgasmo, que desempenha um papel enorme na vida
dos animais, aparece agora como expressão deste “esforçar‐se para além de si
mesmo”, como um anseio por entrar em contato com alguma coisa mais que o
estreito invólucro de seu próprio organismo.
Dos conceitos básicos
da teoria de Alfred Adler estão a inferioridade e a compensação. Ele sugeriu
que, em cada indivíduo, certos órgãos são de algum modo mais fracos que outros,
o que torna a pessoa mais suscetível a doenças e enfermidades envolvendo esses
órgãos mais frágeis. Sendo assim, as pessoas mais frágeis tentarão compensar‐se
criando maior habilidade e força. “Viver significa desenvolver‐se”. Tendo como
base a afirmativa anterior sobre Adler e sua psicologia individual, o
objetivo da superioridade de cada indivíduo é pessoal e único. Depende do
significado que ele dá à vida.
cada indivíduo alcança um objetivo concreto de
domínio através de seu poder criativo que é idêntico ao self.
Sentimentos de inferioridade não são, em si,
anormais. São a causa de todo progresso na situação da espécie humana.
“Uma premissa
fundamental da teoria de Carl Rogers é o pressuposto de que as pessoas usam
suas experiências para se definir. Dentro do campo da experiência está o self.
O self ideal é o conjunto das características que o indivíduo mais gosta de
poder reclamar como descritivas de si mesmo. O self seria aceitar‐se como se é.
O self ideal, enxergar‐se como se quer.”
Assim como o self, o
self ideal é uma estrutura móvel e variável, que passa por redefinição
constante.
Kurt Lewin trabalhou durante dez anos com Wertheimer, Koffka
e Kohler na Universidade de Berlim e dessa colaboração com os pioneiros da
Gestalt nasceu a sua teoria de campo, em que ele “abandona” a preocupação
psicofisiológica (limiares da percepção) da Gestalt para buscar na física as
bases da sua psicologia.
o principal conceito é
o do “espaço vital”, que Lewin define como a totalidade dos fatos que
determinam o comportamento do indivíduo num certo momento.
campo psicológico foi
o espaço de vida considerado dinamicamente, onde se leva em conta não somente o
indivíduo e o meio, mas também a totalidade dos fatos coexistentes e mutuamente
interdependentes.
a realidade fenomênica
pode ser compreendida como o meio comportamental da Gestalt, ou seja, a maneira
particular como o indivíduo interpreta uma determinada situação; entretanto,
não somente referindo‐se à percepção, mas também a características de
personalidade do indivíduo.
A educação primária é
dada pela família. A família é responsável pelo modelo que a criança terá em
termos de conduta no desempenho de seus papéis sociais e das normas e valores
que controlam tais papéis. Devido à complexidade de nossa sociedade, a família
não dá conta de todo processo de socialização. A escola entra então como outro
processo de socialização; legitimadora da ordem social ao nível da ideologia.
Diante dessa premissa, sobre a abordagem família/escola, no âmbito da
psicologia, em termos de autoridade, a figura do professor substituirá a figura
do pai, pois ele representará a norma e os valores transmitidos na escola.
A escola
reproduz o conhecimento disponível para que a criança e o jovem tenham
instrumentos para enfrentar o mundo do trabalho e, a exemplo da família,
reproduz as relações de autoridade e seleção presentes em nossa
sociedade.
É na escola que a criança começa a ser
“classificada” (quanto à seletividade), ou seja, no interior da família ela não
tem um modelo de diferenciação social, nem tem seu desempenho marcado por uma
desigualdade (“ela é mais ou menos inteligente do que eu”).
Segundo Aroldo Rodrigues, psicologia social é o estudo das
“manifestações comportamentais suscitadas pela interação de uma pessoa com
outras pessoas, ou pela mera expectativa de tal interação”. A interação social,
a interdependência entre os indivíduos, o encontro social são objetos
investigados por essa área da psicologia. Assim, os principais conceitos estão
inseridos no encontro social e têm como base:
Na percepção social, na comunicação, nas
atitudes, na mudança de atitudes, no processo de socialização, nos grupos
sociais e nos papéis sociais.
O postulado
fundamental da teoria de Kelly vem dizer que todos os processos psíquicos de
uma pessoa, incluída sua conduta externa, estão determinados pelo modo em que
um indivíduo antecipa o que vai passar no futuro; as pessoas comportam‐se
movidas por um princípio intrínseco de antecipação dos acontecimentos. Não é
válida a metáfora física do organismo como objeto que precisa uma força para
externar para ser movido; o organismo move‐se por si,
porque é organismo. Com base na teoria cognitiva de Kelly, pode‐se afirmar que
derivam‐se os seguintes onze corolários:
Construção; individualidade;
organização; dicotomia; escolha; extensão; experiência; modulação;
fragmentação; similaridade; e, sociabilidade.
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