A avaliação psicopedagógica é um dos componentes críticos da
intervenção psicopedagógica, pois nela se fundamenta as decisões voltadas à
prevenção e solução das possíveis dificuldades dos alunos, promovendo melhores
condições para o seu desenvolvimento.
(Revista de Educação Ideau v. 5 – n. 10 – Janeiro – Junho
2010.)
Quanto à avaliação psicopedagógica, deve reconhecer o sintoma, pois estará lidando
com diferentes conceitos de normal a patológico, na escola e na família. E é um processo compartilhado de coleta e
análise de informações relevantes acerca dos vários elementos que intervêm no
processo de ensino e aprendizagem.
E deve‐se criar um espaço de confiança, de jogo
e de criatividade, pois só neste contexto se poderá desenvolver a escuta e o
olhar clínico e dar voz própria ao paciente para que ele expresse finalmente a
sua queixa.
Em uma avaliação
psicopedagógica cujo enfoque é o lúdico e o gráfico, deve‐se levar em
consideração que a evolução da brincadeira simbólica mostra claramente a
evolução da estrutura mental em seu duplo aspecto sintático e semântico.
Através da observação
do desenho da criança, pode‐se obter dados sobre seu desenvolvimento geral, assim
como levantar hipóteses de comprometimento afetivo‐emocional, intelectual,
perceptivo e motor em suas múltiplas interferências.
No desenho, assim como
no brinquedo, uma avaliação sintático‐semântica, procura ver a organização
subjacente aos conteúdos, ou seja, como (sistema lógicos) a criança organiza a
sua realidade (sistemas de significação: seu contexto espaço‐temporal).
O diagnóstico psicopedagógico é composto de várias etapas que
se distinguem pelo objetivo da investigação. Existem diferentes modelos de
sequência diagnóstica, sendo que nos deteremos no modelo desenvolvido por Weiss
(1992). As etapas que compõem o modelo e o caracterizam são: Entrevista
Familiar Exploratória Situacional (EFES); entrevista de anamnese; sessões
lúdicas centradas na aprendizagem; provas e testes; síntese diagnóstica –
prognóstico; e, entrevista de devolução e encaminhamento.
As provas e testes podem ser usados, se necessário, para
especificar o nível pedagógico, estrutura cognitiva e/ou emocional do sujeito.
Considerando apenas as provas projetivas,
Desenho da figura humana.
Considerando a entrevista de anamnese, são
levantados dados das primeiras aprendizagens, evolução geral do sujeito,
história clínica, história da família nuclear, história das famílias materna e
paterna e história escolar.
A história vital
permitirá detectar o grau de individualização que a criança tem com relação à
mãe e a conservação de sua história nela, assim é importante iniciar a
entrevista falando sobre a gravidez, pré‐natal, concepção.
É uma entrevista, com
foco mais específico, que visa colher dados significativos sobre a história do
sujeito na família, integrando passado, presente e projeções para o futuro,
permitindo perceber a inserção deste na sua família e a influência das gerações
passadas neste núcleo e no próprio.
Piaget é apontado como o primeiro pesquisador
na área de ciências humanas a utilizar o termo construtivismo quando formulou
sua teoria da epistemologia genética, a fim de indicar o papel ativo do sujeito
na construção de seu mundo.
(Glasersfeld, 1998; Castañon, 2005.)
De acordo com uma proposta de ensino baseada no
Construtivismo Piagetiano, a interação
se dá entre duas realidades previamente constituídas – sujeito e objeto do
conhecimento, pois é ela que permite a constituição de um e outro polo,
através, inicialmente, da construção do conhecimento sobre as características
da própria relação estabelecida entre eles.
O desenvolvimento
cognitivo é processo sequencial marcado por etapas caracterizadas por
estruturas mentais diferenciadas. Em cada uma dessas etapas a maneira de
compreender os problemas e resolvê‐los é dependente da estrutura mental que a
criança apresenta no momento.
Uma aprendizagem
compreensiva requer que o professor conheça o processo de pensamento do
aprendiz, apresente problemas que lhe pareçam interessantes e para os quais ele
possa oferecer respostas.
Considerando as diferenças nas teorias da
aprendizagem de acordo com Piaget e Vygotsky, e o papel do educador em cada uma
delas. Segundo Vygotsky o professor
deve estar atento para permitir que o aluno construa seu conhecimento em grupo
com participação ativa e a cooperação de todos os envolvidos. Sua orientação
deve possibilitar a criação de ambientes de participação, colaboração e
constantes desafios.
Segundo
Piaget aprender é uma interpretação
pessoal do mundo, ou seja, é uma atividade individualizada, um processo ativo
no qual o significado é desenvolvido com base em experiências. Neste caso, o
papel do professor é então, aquele de criar situações compatíveis com o nível
de desenvolvimento cognitivo do aluno, em atividades que possam desafiar os
alunos.
Para
Piaget o professor deve provocar o desequilíbrio na mente do aluno para que
ele, buscando então o reequilíbrio, tenha a oportunidade de agir e interagir.
Quando houver situações que gere grande desequilíbrio mental, o professor dever
adotar passos intermediários para adequá‐los às estruturas mentais da fase de
desenvolvimento do aluno.
Para
Vygotsky o professor deve mediar a aprendizagem utilizando estratégias que
levem o aluno a tornar‐se independente e estimule o conhecimento potencial, de
modo a criar uma nova ZDP a todo momento. O professor pode fazer isso
estimulando o trabalho com grupos e utilizando técnicas para motivar, facilitar
a aprendizagem e diminuir a sensação de solidão do aluno.
Considerando o desenvolvimento cognitivo, segundo Piaget:
* O primeiro momento do
desenvolvimento lógico é denominado sensório‐motor porque nele se verifica uma
coordenação sensório‐motora de ação baseada na evolução da percepção e da
motricidade.
* Do
nascimento ao aparecimento da linguagem, isto é, do zero mês até por volta dos
dois anos. Nesta fase, rápida embora importante, Piaget situa a origem de um
comportamento inteligente.
*A
partir dos quatro anos, o tipo dominante de raciocínio é denominado intuição. O
raciocínio intuitivo, embora seja bastante rápido, é ainda pré‐lógico e
fundamenta‐se exclusivamente na percepção.
*De cinco anos e meio a
aproximadamente sete anos aparecem as regulações representativas articuladas. A
fase é intermediária entre a não conservação e a conservação, e marca o início
das ligações entre estados e transformações, tornando possível pensá‐las sob
forma semi reversível.
Com relação ao direito à profissionalização e à proteção no
trabalho e de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a
formação técnico‐profissional obedecerá a princípios dispostos no Art. 63.
Horário especial para
o exercício das atividades.
Garantia de acesso e
frequência obrigatória ao ensino regular.
Atividade compatível
com o desenvolvimento do adolescente.
A LDB dispõe, em seu Art. 24, que a educação básica, nos
níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com regras comuns. Quanto
aos critérios para a verificação do rendimento escolar, temos o:
*Aproveitamento de estudos concluídos com êxito.
* Possibilidade de aceleração de estudos para alunos com
atraso escolar.
* Possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante
verificação do aprendizado.
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