domingo, 24 de abril de 2016

Psicopedagogia


A avaliação psicopedagógica é um dos componentes críticos da intervenção psicopedagógica, pois nela se fundamenta as decisões voltadas à prevenção e solução das possíveis dificuldades dos alunos, promovendo melhores condições para o seu desenvolvimento.                
              (Revista de Educação Ideau v. 5 – n. 10 – Janeiro – Junho 2010.)

Quanto à avaliação psicopedagógica,  deve reconhecer o sintoma, pois estará lidando com diferentes conceitos de normal a patológico, na escola e na família.  E é um processo compartilhado de coleta e análise de informações relevantes acerca dos vários elementos que intervêm no processo de ensino e aprendizagem.
E  deve‐se criar um espaço de confiança, de jogo e de criatividade, pois só neste contexto se poderá desenvolver a escuta e o olhar clínico e dar voz própria ao paciente para que ele expresse finalmente a sua queixa.
 Em uma avaliação psicopedagógica cujo enfoque é o lúdico e o gráfico, deve‐se levar em consideração que a evolução da brincadeira simbólica mostra claramente a evolução da estrutura mental em seu duplo aspecto sintático e semântico.
 Através da observação do desenho da criança, pode‐se obter dados sobre seu desenvolvimento geral, assim como levantar hipóteses de comprometimento afetivo‐emocional, intelectual, perceptivo e motor em suas múltiplas interferências.
 No desenho, assim como no brinquedo, uma avaliação sintático‐semântica, procura ver a organização subjacente aos conteúdos, ou seja, como (sistema lógicos) a criança organiza a sua realidade (sistemas de significação: seu contexto espaço‐temporal).
  
O diagnóstico psicopedagógico é composto de várias etapas que se distinguem pelo objetivo da investigação. Existem diferentes modelos de sequência diagnóstica, sendo que nos deteremos no modelo desenvolvido por Weiss (1992). As etapas que compõem o modelo e o caracterizam são: Entrevista Familiar Exploratória Situacional (EFES); entrevista de anamnese; sessões lúdicas centradas na aprendizagem; provas e testes; síntese diagnóstica – prognóstico; e, entrevista de devolução e encaminhamento.

As provas e testes podem ser usados, se necessário, para especificar o nível pedagógico, estrutura cognitiva e/ou emocional do sujeito. Considerando apenas as provas projetivas,             Desenho da figura humana.  

Considerando a entrevista de anamnese,   são levantados dados das primeiras aprendizagens, evolução geral do sujeito, história clínica, história da família nuclear, história das famílias materna e paterna e história escolar.

 A história vital permitirá detectar o grau de individualização que a criança tem com relação à mãe e a conservação de sua história nela, assim é importante iniciar a entrevista falando sobre a gravidez, pré‐natal, concepção.

É uma entrevista, com foco mais específico, que visa colher dados significativos sobre a história do sujeito na família, integrando passado, presente e projeções para o futuro, permitindo perceber a inserção deste na sua família e a influência das gerações passadas neste núcleo e no próprio.

  Piaget é apontado como o primeiro pesquisador na área de ciências humanas a utilizar o termo construtivismo quando formulou sua teoria da epistemologia genética, a fim de indicar o papel ativo do sujeito na construção de seu mundo.

(Glasersfeld, 1998; Castañon, 2005.)

De acordo com uma proposta de ensino baseada no Construtivismo Piagetiano,  a interação se dá entre duas realidades previamente constituídas – sujeito e objeto do conhecimento, pois é ela que permite a constituição de um e outro polo, através, inicialmente, da construção do conhecimento sobre as características da própria relação estabelecida entre eles.  

O desenvolvimento cognitivo é processo sequencial marcado por etapas caracterizadas por estruturas mentais diferenciadas. Em cada uma dessas etapas a maneira de compreender os problemas e resolvê‐los é dependente da estrutura mental que a criança apresenta no momento.

Uma aprendizagem compreensiva requer que o professor conheça o processo de pensamento do aprendiz, apresente problemas que lhe pareçam interessantes e para os quais ele possa oferecer respostas.   

  Considerando as diferenças nas teorias da aprendizagem de acordo com Piaget e Vygotsky, e o papel do educador em cada uma delas.  Segundo Vygotsky  o professor deve estar atento para permitir que o aluno construa seu conhecimento em grupo com participação ativa e a cooperação de todos os envolvidos. Sua orientação deve possibilitar a criação de ambientes de participação, colaboração e constantes desafios.   
  Segundo Piaget  aprender é uma interpretação pessoal do mundo, ou seja, é uma atividade individualizada, um processo ativo no qual o significado é desenvolvido com base em experiências. Neste caso, o papel do professor é então, aquele de criar situações compatíveis com o nível de desenvolvimento cognitivo do aluno, em atividades que possam desafiar os alunos.   
  
Para Piaget o professor deve provocar o desequilíbrio na mente do aluno para que ele, buscando então o reequilíbrio, tenha a oportunidade de agir e interagir. Quando houver situações que gere grande desequilíbrio mental, o professor dever adotar passos intermediários para adequá‐los às estruturas mentais da fase de desenvolvimento do aluno.  
  
Para Vygotsky o professor deve mediar a aprendizagem utilizando estratégias que levem o aluno a tornar‐se independente e estimule o conhecimento potencial, de modo a criar uma nova ZDP a todo momento. O professor pode fazer isso estimulando o trabalho com grupos e utilizando técnicas para motivar, facilitar a aprendizagem e diminuir a sensação de solidão do aluno.   
  

Considerando o desenvolvimento cognitivo, segundo Piaget:

* O primeiro momento do desenvolvimento lógico é denominado sensório‐motor porque nele se verifica uma coordenação sensório‐motora de ação baseada na evolução da percepção e da motricidade.
  * Do nascimento ao aparecimento da linguagem, isto é, do zero mês até por volta dos dois anos. Nesta fase, rápida embora importante, Piaget situa a origem de um comportamento inteligente.
  *A partir dos quatro anos, o tipo dominante de raciocínio é denominado intuição. O raciocínio intuitivo, embora seja bastante rápido, é ainda pré‐lógico e fundamenta‐se exclusivamente na percepção.
*De cinco anos e meio a aproximadamente sete anos aparecem as regulações representativas articuladas. A fase é intermediária entre a não conservação e a conservação, e marca o início das ligações entre estados e transformações, tornando possível pensá‐las sob forma semi reversível.
  

Com relação ao direito à profissionalização e à proteção no trabalho e de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a formação técnico‐profissional obedecerá a princípios dispostos no Art. 63.    

 Horário especial para o exercício das atividades.
 Garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular.
 Atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente.  

A LDB dispõe, em seu Art. 24, que a educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com regras comuns. Quanto aos critérios para a verificação do rendimento escolar,  temos o:
*Aproveitamento de estudos concluídos com êxito.
* Possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar.

* Possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado.  

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