segunda-feira, 18 de abril de 2016

Língua Portuguesa- compreendendo o texto






      ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO: DESAFIOS À DOCÊNCIA

                                        Elis Regina Fogaça Silveira

Segundo a Organização Mundial de Saúde, os superdotados formam de 1% a 3% da população. Há quem diga, porém, que essa porcentagem se refere apenas aos talentos que se destacam nas áreas intelectuais ou acadêmicas. Porém, se avaliarmos as competências dessas crianças, referentes à liderança, criatividade, psicomotricidade e artes, as estatísticas aumentarão consideravelmente. Esse grupo tem sido mal identificado no Brasil, demonstrando como existem tabus a serem rompidos, pelo desconhecimento do tema por parte não só da sociedade, mas também da escola e família. Já é fato que, se uma criança com Altas Habilidades não é estimulada intelectualmente, podem ocorrer alterações de comportamento como resposta à frustração vivenciada por ela. É comum que alunos se tornem entediados e retraídos diante da rotina escolar, e a falta de oportunidades do meio pode levar o sujeito à indiferença, à apatia e a reações agressivas, podendo chegar até mesmo a ocultar seus talentos. De acordo com as diretrizes da Secretaria de Educação Especial, a identificação da criança com Altas Habilidades deve ocorrer o mais cedo possível, já na pré-escola, visando ao pleno desenvolvimento de suas capacidades e ao seu ajustamento social. Cada aluno deve ser atendido em sua totalidade. A proposta é utilizar fontes múltiplas na identificação, não enfatizando resultados em testes de QI, mas considerando importante conhecer a história de vida familiar e escolar do aluno, seus interesses, suas preferências e padrões de comportamento social em variadas oportunidades e situações. O processo de identificação deve caracterizar um trabalho interdisciplinar e transdisciplinar, ressaltando um compromisso socioeducacional mais amplo. Sabe-se que a inteligência apresenta predisposição genética, mas o meio cultural é, sem dúvida, propulsor para o aperfeiçoamento das habilidades. Assim como os pássaros dependem das duas asas para levantar voo, as crianças portadoras de Altas Habilidades/Superdotação necessitam de um meio familiar e social acolhedores que possibilitem a sua integração. [Texto adaptado] Fonte: Aprender e ensinar: diferentes olhares e práticas. Maria Beatriz Jacques Ramos & Elaine Turk Faria (orgs.). Porto Alegre: PUCRS, 2011, p. 101.
                                                       
                                                      Compreendendo o texto

 A Organização Mundial de Saúde diz que o número de superdotados em nosso planeta fica entre 1% e 3% da população. Pelas informações contidas no texto, sabe-se que a OMS considera superdotadas as crianças que se destacam nas seguintes áreas ou competências:   intelectual e acadêmica.   

 Que razão o texto apresenta para que alunos se tornem entediados e retraídos diante da rotina escolar?   A falta de estímulo intelectual.

 Os procedimentos para identificar as crianças portadoras de altas habilidades incluem os seguintes pontos:
I – aplicação de testes de QI;
 II – levantamento do histórico familiar;
III – avaliação do histórico escolar;   

 Diz o texto que “o processo de identificação deve caracterizar um trabalho interdisciplinar e transdisciplinar, ressaltando um compromisso socioeducacional mais amplo.” Entende-se um trabalho interdisciplinar e transdisciplinar como aquele que   envolve mais de uma disciplina.


 O texto defende o seguinte ponto de vista:   A predisposição genética não é o único fator que causa o desenvolvimento da inteligência.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário