O Movimento da Escola Nova ganha forças no Brasil a partir
da década de 1920 e se expressa publicamente por meio do Manifesto dos
Pioneiros de 1932.
* Defendia um sistema
estatal de ensino público, livre e aberto.
* Propunha a revisão crítica dos meios tradicionais de
ensino.
O manifesto dos pioneiros,foi um documento construído por
educadores,no ano de 1932,baseado no ideário escolanovista,que influenciou a
organização do sistema de ensino brasileiro.
A educação deve ser uma só,com os vários graus articulados para
atender as diversas fases do desenvolvimento humano e deve ser única,com ênfase
na formação profissional voltada para atender a demanda de um país em expansão.
Documento escrito por 26 educadores, em 1932, com o título A
reconstrução educacional no Brasil: ao povo e ao governo. Circulou
em âmbito nacional com a finalidade de oferecer diretrizes para uma política de
educação.
O texto do manifesto dizia que “se depois de 43 anos de regime
republicano, se der um balanço ao estado atual da educação pública, no Brasil,
se verificará que, dissociadas sempre as reformas econômicas e educacionais,
que era indispensável entrelaçar e encadear, dirigindo-as no mesmo sentido,
todos os nossos esforços, sem unidade de plano e sem espírito de continuidade,
não lograram ainda criar um sistema de organização escolar, à altura das
necessidades modernas e das necessidades do país”.
Segundo o documento, a causa principal dos problemas na educação
está na “na falta, em quase todos os planos e iniciativas, da determinação dos
fins de educação (aspecto filosófico e social) e da aplicação (aspecto técnico)
dos métodos científicos aos problemas de educação”. Os 26 educadores entendiam
que “nunca chegamos a possuir uma cultura
própria, nem mesmo uma cultura
geral que nos
convencesse da existência
de um problema sobre objetivos e fins da educação“.
O grupo defendia novos ideais de educação e lutavam contra o
empirismo dominante. Para tanto, defendiam “transferir do terreno
administrativo para os planos político-sociais a solução dos problemas
escolares”.
A educação nova, segundo o texto do manifesto, propunha “servir
não aos interesses de classes, mas aos interesses do indivíduo, e que se funda
sobre o princípio da vinculação da escola com o meio social”. Ou seja, o
objetivo era ter um “ideal condicionado pela vida social atual, mas
profundamente humano, de solidariedade, de serviço social e cooperação”.
Os educadores de 1932 que assinaram o manifesto diziam que a
escola tradicional estava instalada para uma concepção burguesa, deixando o
indivíduo numa autonomia isolada e estéril. O documento defendia ainda:
educação como uma função essencialmente pública; a escola deve ser única e
comum, sem privilégios econômicos de uma minoria; todos os professores devem
ter formação universitária; o ensino deve ser laico, gratuito e obrigatório.
A democracia no Brasil era um dos pontos importantes abordado no
manifesto de 1932. A educação era vista como instrumento de reconstrução da
democracia, permitindo a integração dos diversos grupos sociais. Nesse sentido,
o governo federal deveria defender bases e princípios únicos para a educação,
mas sem ignorar as características regionais de cada comunidade.
Nesse contexto o Manifesto tornou-se base política e de
modernidade que alicerçaria a educação e a sociedade brasileira até a
atualidade. Nos primeiros parágrafos do documento’’saltam’’do papel a primazia
da administração escolar estabelecida como fator fundamental para a solução dos
problemas educacionais agravados no regime republicano.
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