“As desigualdades sociais e raciais têm sido uma das marcas
antidemocráticas de nosso país. Tornar nossos alunos cidadãos participativos
implica envolvê-los nas questões nacionais, que tornem concretos e vividos os
valores de igualdade de oportunidades para todos os cidadãos. Diversas,
controversas e inclusivas, as ações afirmativas se apresentam como uma
possibilidade de inclusão dos setores sub-representados no ensino superior”.(
Gonçalves e Ribeiro, 2014, p. 35) De acordo com esses autores, três pontos tornam
vulneráveis as políticas de ação afirmativa para negros: a educação pública e
gratuita de qualidade; a popularização dos programas de permanência nas
universidades públicas e o monitoramento e avaliação das políticas de ação
afirmativa.
“O Estágio Supervisionado deve ser considerado um
instrumento fundamental no processo de formação do professor. Poderá auxiliar o
aluno a compreender e enfrentar o mundo do trabalho e contribuir para a
formação de sua consciência política e social, unindo a teoria e a prática”.
(Kulcsar, 1991, p. 65).
“O conceito de adaptações curriculares foi desenvolvido para
concretizar a proposta de inclusão escolar e favorecer o aprendizado de alunos
com necessidade especiais. Entre os requisitos necessários para a sua
implantação está incluída a predisposição política para a inclusão, assim como,
as diretrizes das políticas nacionais de Educação Especial, norteadas pela Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96) e nos demais
documentos do MEC, que ressaltam a importância das práticas inclusivas no
cotidiano da escola e da inserção no projeto político pedagógico da mesma, de
adaptações curriculares, como medidas pedagógicas que promovam o
desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos com necessidade educacionais
especiais” (Glat, 2009, p.41).
Os Planejamentos de Ensino e do Projeto Político Pedagógico
são componentes da organização do trabalho docente para a efetivação da
construção coletiva da práxis escolar. Vasconcellos (2012) oportuniza melhor
entendimento sobre a temática do planejamento educacional, resgatando o sentido
do ato de planejar referente às suas possibilidades e finalidades nos âmbitos
da sala de aula e da escola.
Estamos diante de um grande desafio: instaurar uma educação
profissional, científica e tecnológica que transcenda a oferta de cursos
profissionalizantes para atender a demandas do mercado de trabalho, às vezes,
somente entendidos por serem mais apropriados às pessoas em situação de
vulnerabilidade social, como os jovens e adultos, que não tiveram acesso à
escolarização em idade própria. Esta nova educação profissional, ofertada em
diferentes níveis e modalidades, deve atender às novas configurações do mundo
do trabalho e fornecer as condições necessárias para que os/as estudantes
possam contribuir para a produção científica, tecnológica e para a inovação. Um
dos programas presentes nos Institutos Federais é o Programa Nacional de
Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de
Educação de Jovens e Adultos (PROEJA), que vem atender à Meta 10 do Plano
Nacional de Educação (PNE): “Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento)
das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e
médio, na forma integrada à educação profissional”.
A identidade docente é uma construção que permeia a vida
profissional desde o momento da escolha do ofício, passando pela formação
inicial e pelos diferentes espaços institucionais onde se desenvolve a
profissão, o que lhe confere uma dimensão no tempo e no espaço. É construída
sobre os saberes profissionais e sobre as atribuições de ordem ética e de ontológica.
Sua configuração tem a marca das opções tomadas, das experiências realizadas,
das práticas, [...]. VEIGA, 2009.
Os professores elaboram suas provas para “provar” os alunos
e não para auxiliá-los na sua aprendizagem; por vezes, ou até em muitos casos,
elaboram provas para “reprovar” seus alunos. Luckesi, 2000. Esse trecho se
refere ao que Luckesi (2000) denomina pedagogia do exame.
A Educação Inclusiva significa um novo modelo de escola em
que é possível o acesso e a permanência de todos os alunos, e um dos mecanismos
de seleção e discriminação, até então utilizados, são substituídos por
procedimentos de identificação e remoção das barreiras para a aprendizagem.
Para tornar-se inclusiva a escola precisa formar seus professores e equipe de
gestão e rever as formas de interação vigentes entre todos os segmentos que a
compõem e que nela interferem. [...] É importante enfatizar, também, que a
Educação Inclusiva não se resume à matrícula do aluno com deficiência na turma
comum ou à sua presença na escola. GLAT, 2009.
No meu entender o que há de pesquisador no professor não é
uma qualidade ou uma forma de ser ou atuar que se acrescente à de ensinar. Faz
parte da natureza da prática docente a indagação, a busca, a pesquisa. O de que
se precisa é que, em sua formação permanente, o professor se perceba e se
assuma, porque professor, como pesquisador. FREIRE, 2000. Um dos desafios da
formação para o exercício da prática docente é pensar o papel do professor como
pesquisador.
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