Cristóvão Colombo deu aos habitantes da América o nome de
índios,porque pensou que havia chegado as Índias. Mesmo depois de os europeus
perceberem o engano,essa denominação permaneceu. Os contatos entre índios e brancos no início
eram pacíficos e eles foram utilizados na extração do pau-brasil,em troca de
bugigangas. Depois veio a escravidão na tentativa de fazê-los trabalhar nas
lavouras de cana,suas terras foram tomadas e os que não se renderam,morreram
lutando corajosamente por sua liberdade e pela terra e as relações tornaram-se
conflituosas.
Pensava-se que os indígenas brasileiros pertenciam a um único
grupo,isto é, o do tronco lingüístico tupi (tupinambá,tupi-niquim). Mas hoje
sabe-se,de acordo com a classificação de Aryon Dall’lgna Rodrigues,que existem
três troncos principais,o tupi,o
macro-jê e o aruaque,sendo que há famílias não classificadas em troncos,como tucano,nhambiquara,caraíba
e outros.
A tribo é a organização básica dos índios: todos falam a
mesma língua,têm os mesmos costumes e estão ligados uns aos outros por um forte
sentimento de unidade,segundo Júlio César Mellati.
Há tribos com aldeias em forma de círculos,outras em forma de
ferradura,e há,ainda,algumas cuja aldeia é formada por uma única habitação
coletiva.
Os índios brasileiros praticam a caça,a pesca,a coleta e a
agricultura. Sabe-se também que há
divisões de trabalhos de acordo com o sexo e a idade.
As formas de casamento variam de tribo para tribo. Algumas
sociedades permitem a poligamia,isto é,vários parceiros.
Sabe-se que,na época do ‘descobrimento’,havia em nosso
país,cerca de 5 milhões de indígenas. Hoje,esse número caiu
para,aproximadamente, 200 mil.
Segundo a arqueóloga Lúcia Van Velthem,arte indígena não
exista. O que existe são artes indígenas,feitas por 206 povos diferentes. As obras indígenas,segundo Lúcia,não foram
feitas para simples contemplação porque elas fazem parte da vida. Não há a
noção de artista,a arte é para todos,e todos são artistas.
As artes indígenas podem ser caracterizadas como utilitárias
e/ou representativas das tradições de cada comunidade. Para o índio,um objeto
precisa ser o mais perfeito possível e, nessa perfeição,além da
finalidade,encontra-se a noção indígena de beleza,isto é,sua perfeita
realização.
Gastronomia
Na cultura indígena,a mulher fica com toda a responsabilidade do trabalho doméstico,incluindo cozinha,roçados,abastecimento de água e transporte de fardos.
Algumas técnicas da cozinha conhecidas das indígenas são: pisar,moquear,espremer,peneirar,ralar,curtir ou curar,conservar,fermentar,assar. Os assados sempre eram feitos enrolados em folhas (de bananeira,palmeira,etc.).
Os utensílios utilizados para preparar a alimentação são feitos manualmente e são usadas cerâmicas,urupemas,pilão,cuias,cabaças,balaios,alguidar,pote com água,etc. Todos esses materiais são feitos com barro,madeira,casco de animal,casca de fruta,etc.
Gastronomia
Na cultura indígena,a mulher fica com toda a responsabilidade do trabalho doméstico,incluindo cozinha,roçados,abastecimento de água e transporte de fardos.
Algumas técnicas da cozinha conhecidas das indígenas são: pisar,moquear,espremer,peneirar,ralar,curtir ou curar,conservar,fermentar,assar. Os assados sempre eram feitos enrolados em folhas (de bananeira,palmeira,etc.).
Os utensílios utilizados para preparar a alimentação são feitos manualmente e são usadas cerâmicas,urupemas,pilão,cuias,cabaças,balaios,alguidar,pote com água,etc. Todos esses materiais são feitos com barro,madeira,casco de animal,casca de fruta,etc.
Cada tribo tem seu estilo e sua
personalidade,variando,assim,a representação das tradições de cada comunidade.
Podemos observar esse aspecto nos cocares.
O cocar guarani é somente símbolo de poder. Já o cocar caiapó
representa sua aldeia.
Todos são peças delicadas,tendo como preocupação o colorido e
a combinação de matizes. Geralmente,as penas são asas sobrepostas em
camadas,exigindo uma cuidadosa execução.
Além das penas serem usadas nos cocares,elas também aparecem
em colares,brincos,braceletes,diademas e mantas.
É bom lembrar que os adornos de plumas são usados somente em
ocasiões especiais,como,por exemplo,durante a realização dos ritos.
As máscaras,para os índios,têm duplo caráter:ao mesmo tempo que
são um artefato produzido pelo homem,são a figura viva do ser sobrenatural que
representam. Geralmente são usadas em rituais e danças cerimoniais.
Podem,ainda,ser feitas de cabaças,palhas de buriti ou troncos de árvores.
A celebração do Dia do Índio tem como propósito também a preservação da
memória e a reflexão crítica nas universidades, escolas e demais instituições
semelhantes sobre o passado da relação de dominação e conquista das
civilizações europeias no continente americano.
No caso do Brasil, o Dia do Índio foi instituído via decreto-lei,
em 1943, pelo então presidente Getúlio Vargas, que exercia o poder de forma autoritária no chamado Estado Novo.
Veja o texto do decreto-lei:
“O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o
artigo 180 da Constituição, e tendo em vista que o Primeira Congresso
Indigenista Interamericano, reunido no México, em 1940, propôs aos países da
América a adoção da data de 19 de abril para o "Dia do Índio",
DECRETA:
Art. 1º É considerada - "Dia do Índio" - a data de 19 de
abril.
Art. 2º Revogam-se as disposições em contrário.
Art. 2º Revogam-se as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 2 de junho de 1943, 122º da Independência e 55º da
República.”
GETÚLIO VARGAS
Vê-se que Vargas, bem como seu corpo de ministros, orientou-se
diretamente pela resolução do Congresso Indigenista Interamericano. Havia
também, no contexto do Estado Novo, a forte influência de sertanistas e
estudiosos de comunidades indígenas, como o Marechal Cândido Rondon, que era também entusiasta do governo de Getúlio.
Todo dia é dia de índio?
Sim, pois não
adianta somente lembrar dos índios apenas um dia.
Eles fazem parte de
nossa história e têm muito a nos ensinar.
Mas, justamente por serem importantes, foi reservada uma data no calendário anual para comemorar o Dia do Índio, que é 19 de abril.
Mas, justamente por serem importantes, foi reservada uma data no calendário anual para comemorar o Dia do Índio, que é 19 de abril.
Quer saber porque
esse dia? Bem, é que nessa data, no ano de 1940, foi realizado o I Congresso
Indígena da América Latina, no México, com objetivo de divulgar a cultura
indígena em toda a América e também para que os governos criassem normas em relação
à qualidade de vida dos povos indígenas, que ainda sofriam com a discriminação
do homem branco.
Onde estão os índios brasileiros?
Vivem em áreas espalhadas por todos os Estados, mas a maior parte das terras e
da população indígena está mesmo é na Amazônia.
Como vivem os índios?
Quando observamos
uma aldeia indígena na televisão ou em revistas podemos perceber que o modo de
vida dos índios é bem diferente do nosso, não é mesmo? Pois realmente é, mas
com aspectos interessantes que valem a pena conhecer!
Os índios vivem de
forma muito organizada e harmônica. Cada tribo tem um cacique, que é o chefe e
um pajé, que é uma espécie de médico para eles. Os pajés conhecem tudo sobre
males do corpo e do espírito e também quais as plantas e ervas que podem ser utilizadas
em cada caso.
A aldeia onde vivem
é chamada de taba e nela existem dois tipos de casas: as simples, onde vivem
apenas uma família e são chamadas de ocas e as casas coletivas, que são
chamadas de malocas.
As casas são
construídas com uma mistura de barro e sua estrutura é sustentada por pedaços
de madeira. Para fazer os telhados, os índios utilizam palha trançada ou
grandes folhas de árvores.
Esta forma de
construção é barata e segura para algumas regiões sem muitas variações
climáticas, por isso é utilizada em alguns locais do Brasil, principalmente no
Nordeste e na Amazônia. São as casas de pau-a-pique.
Armas
Os índios sempre
foram valentes! Eles utilizam vários tipos de armas, confeccionadas pelos
homens da tribo e que não tem apenas a finalidade de guerrear, mas também são
utilizadas para a caça. As armas indígenas são bem diferentes das que
conhecemos, pois não utilizam metais e sim materiais disponíveis na natureza,
como madeira, ossos e principalmente pedras. Vamos conhecer algumas armas indígenas?
ARCO E FLECHA É a principal arma dos indíos.
Devido à sua cultura, as atividade de caça são constantes entre os homens que,
desde a infância, treinam com os arcos e adquirem grande habilidade em seu
manejo. Os arcos são de madeira e o alcance da flecha pode atingir 30 metros.
BORDUNA Esta é uma arma importante para a
guerra e só é usada nessas ocasiões, sendo muito diferente do arco e flecha que
tem utilização diária. A borduna é uma arma muito simples: um pau pesado em uma
extremidade, que causava danos pelo impacto direto.
LANÇA A lança é uma arma menos
utilizada e tem também a função específica na caça e pesca. Existem lanças de
uso a pé ou a cavalo.
Utensílios domésticos
Existem algumas
coisas que utilizamos em nosso cotidiano que nem damos mais muita importância,
não é mesmo? Um colar, um pente ou mesmo uma vasilha para colocar o arroz. Quem
se lembra desses utensílios com frequência e guarda como se fossem os únicos?
Pois os índios
confeccionam todos esses objetos e dão muito valor a eles. Os índios acreditam
que não são eles que produzem esses utensílios, mas uma força superior, que
“comanda” as mãos deles durante a confecção. Assim eles dão muito valor a tudo
que fazem, principalmente o que é usado nos rituais.
Veja quantos utensílios
diferentes os índios produzem:
Cerâmicas feitas pelas mulheres, que usam
barro adequado, muitas vezes misturam argila, grânulos diversos ou cacos velhos
bem triturados. São utilizados para buscar, guardar e servir água, para
preparar e servir bebidas fermentadas de milho e mandioca, para armazenar
produtos e cozinhar os alimentos.
Ferramentas como machados, feitos em pedras
que servem para a derrubada do mato.
Adornos* feitos com
dentes, penas e unhas de animais ou com rodelas de casca de caramujos.
Como é a língua indígena?
Você acha que os índios falam outra língua?
Não é bem assim!!! Os povos que habitavam o litoral do Brasil usavam principalmente a língua Tupi e muitas palavras da língua portuguesa tem origem no tupi-guarani.
Você acha que os índios falam outra língua?
Não é bem assim!!! Os povos que habitavam o litoral do Brasil usavam principalmente a língua Tupi e muitas palavras da língua portuguesa tem origem no tupi-guarani.
Quer conhcer
algumas? Veja só: arara, capim, catapora, cipó, cuia, cumbuca, cupim, jabuti,
jacaré, jibóia, jururu, mandioca, mingau, minhoca, paçoca, peteca, pindaíba,
pipoca, preá, sarará, tamanduá, tapera, taquara, toca, traíra, xará…
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