A
genialidade das plantas
Conheça a inteligência mais menosprezada do planeta: a dos
vegetais. [...] Imagine que você está dando uma festa no seu apartamento. Já
são duas da manhã e seus convidados não vão embora de jeito nenhum, mas você só
quer descansar. O que você faz para não parecer grosseiro? Uma boa estratégia é
aumentar o som da vitrola e puxar uma pista de dança no meio da sala, na
esperança de que os vizinhos comecem a reclamar. Não dá outra: cinco minutos
depois, toca o interfone e a síndica bate na porta ameaçando chamar a polícia.
Constrangidos, seus amigos vão embora e você pode finalmente dormir – não sem
antes se parabenizar pela própria esperteza. O plano acima para encerrar a
festa uniu planejamento, estratégia, antecipação de intenções e previsão a
médio prazo. Só poderia ter sido bolado por alguém inteligente, certo? Pois é
exatamente a mesma coisa que fazem algumas espécies de milho e feijão para se
proteger. Quando uma de suas plantações é atacada por taturanas, essas plantas
liberam uma substância no ar que atrai vespas. As vespas se aproximam e as
taturanas – que morrem de medo delas – se vão. Pronto, a plantação está salva.
[...] Você pode nunca ter reparado, mas as plantas se comunicam, traçam
estratégias de guerra, resolvem problemas, guardam memória, traçam planos para
o futuro e elaboram jogos de sedução para se reproduzir. Difícil dizer que não
são seres inteligentes. [...] A nossa maior dificuldade está em reconhecer que
a inteligência das plantas se manifesta de forma diferente da nossa. Temos a
tendência de querer extrapolar nossas características nas outras espécies e
tentar reconhecer comportamentos parecidos nelas. Em animais, até dá para fazer
isso. Mas com as plantas não funciona assim. Para entender o brilhantismo
vegetal, é mais eficiente tentar enxergá-las como alienígenas que, por acaso,
habitam o mesmo planeta que nós. Elas tiveram um caminho evolutivo
completamente distinto do nosso e optaram por soluções de sobrevivência mais
lentas e econômicas. Se tivessem olhos, provavelmente enxergariam a gente e os
outros animais como estranhos seres hiperativos que gastam energia demais para
ir de um lugar a outro e se alimentar. A principal diferença está na fonte de
energia. Animais precisam se alimentar de outros seres vivos para sobreviver –
sejam eles animais, sejam vegetais. Para isso, aperfeiçoaram suas técnicas de
locomoção em busca de comida para seus músculos, cérebros e outros órgãos, que
demandam muita energia. Já as plantas não precisam de nada disso. Capazes de
realizar a fotossíntese, tudo que elas precisam é de luz solar. Assim, focaram
sua evolução em estratégias que garantam o máximo de luz, gastando o mínimo de
energia possível. Para que se mover, se o sol, de onde tiram toda a energia
para sobreviver, aparece no céu todos os dias? Essa imobilidade ajuda a
entender como a inteligência das plantas foi sendo construída diferentemente da
nossa. [...] Charles Darwin foi um dos primeiros a reconhecer que de bobas as
plantas não tinham nada. [...] (Fonte: Revista Supe
r Interessante, p. 47-48, ed. 358, março 2016. Adaptado.)
Compreensão do texto:
1- Por que a inteligência dos vegetais é menosprezada pelo
ser humano?
Devido ao fato de a
inteligência do ser humano não se manifestar da mesma maneira nos vegetais.
2-As frases a seguir se refere ao texto I.
As estratégias utilizadas pelo ser humano, no
texto, são as mesmas de alguns tipos de feijão e milho, para espantar as
taturanas através das vespas.
Tanto
os animais quanto os vegetais fazem uso de energia.
A energia dos animais é extraída do seu
alimento, e a energia das plantas, da luz solar.
3-As inteligências do
homem e da planta são distintas porque evoluíram diferentemente.
Há espécies de feijão e milho que liberam
substâncias para atrair vespas, que espantam taturanas.
As plantas são
capazes de realizar fotossíntese.
4-Com base no texto,
por que as plantas são consideradas inteligentes?
Comunicam-se, planejam, resolvem problemas e
gastam pouca energia.
5=A alternativa que
melhor traduz o reconhecimento de Charles Darwin sobre o fato de as plantas não
serem bobas em nada. Os
vegetais são seres inteligentes.
6-A palavra
“alienígenas” empregada no texto (linha 20) possui o mesmo significado de estranhas.
7- A palavra “bolado” (linha 8), no contexto em que foi
empregada, pode ser substituída por várias palavras com o mesmo significado,
planejado, criado, inventado.
8- Por que as plantas não se locomovem? Buscam energia no sol, que está no céu todos
os dias, logo não precisam se deslocar.
9- No fragmento “O plano acima para encerrar a festa uniu
planejamento [...]” (linhas 7-8), o verbo destacado possui o significado
contrário de: Iniciar.
10- No fragmento “Se tivessem olhos, provavelmente enxergariam a gente e os outros animais como estranhos seres hiperativos [...]” (linhas 22-23), o termo destacado dá a ideia de hipótese.
11-A palavra “só”,
empregada em “[...] mas você só quer descansar.” (linha 3), possui o mesmo
significado de apenas.
12-Palavra grafada corretamente: –ch,
chácara, chaminé, cachê. Cachecol, chiclete, chuva, chave. Choupana, chipanzé, chicote, rechaço. Chuchu
13-A letra –x de
todas as palavras possui o mesmo som que em “táxi”? tóxico, látex, axila, sexo.
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