LÍNGUA
PORTUGUESA
Verdade ou mentira
Verdade ou mentira, o que eu vou contar aqui é meio
esquisito e merece ser lido com alguma atenção. [...] Por mais impressionante
que seja a história, procure controlar os nervos. [...] Houve uma mulher que
amou um amor de verdade. Por mais estranho que pareça, foi isso que me contaram
exatamente. Um dia ela conheceu um homem, então descobriu que seu amanhecer já
não era o mesmo, e os dois trocaram juras eternas, e, o que é mais fantástico
ainda, essa mulher, pelo que consta, amou mesmo esse homem, só a ele, muito e
sempre. Parece que ele não era especialmente bonito, rico nem inteligente, era
boa gente apenas e (segundo fontes seguras) tinha um sorriso engraçado. Ela
também era uma pessoa normal (pelo menos aparentemente) e só apresentou esse
comportamento estapafúrdio em toda a sua vida. Os motivos que levaram essa
mulher a amar tanto esse tal homem, de forma tão descabida e excessiva, nunca
ficaram provados. Primeiro levantaram a hipótese de um surto de loucura
passageiro. (Um atestado de insanidade resolveria a questão sem a necessidade
de uma análise mais apurada.) Não era. [...] O fato foi tomando proporções
maiores à medida que o tempo passava e o amor daquela mulher não diminuía.
[...] Houve quem apostasse que aquele amor todo era mentira da mulher, com a
clara intenção de aparecer na mídia. [...] A mulher foi ficando meio assustada
com aquela agonia de gente e de repórter, confere daqui, examina de lá, até que
acabou fugindo, coitada. Aquilo já estava impossível. O homem ficou muito
triste, é óbvio, por perder um amor assim tão interessante. Há quem garanta que
até hoje ele passa o dia bebendo na esquina e chora constantemente. Dela, nunca
mais se teve notícia. Possivelmente se
auto exilou em algum lugar ignorado.
Verdade ou mentira flashes FALCÃO, Adriana. São Paulo:
Planeta, 2003. p. 43-44. (Fragmento)
Pode-se afirmar que a intenção da autora não é destacar
aspectos individuais das personagens, mas sim chamar atenção do leitor para um
comportamento que os destaca do conjunto de seres humanos, porque o foco do texto está no fato, aparentemente
inacreditável, de terem vivido um grande amor.
-Vários artigos foram utilizados para fazer referência às
personagens do texto.
Houve UMA mulher que amou um amor de verdade./ A
mulher foi ficando meio assustada com aquela agonia de gente [...]
[...]
ela conheceu UM homem [...]/ O homem ficou muito triste é óbvio [...] Por que,
em cada par transcrito, a autora usa diferentes artigos para se referir ao
homem e à mulher?
Em ambos os casos, a autora emprega,
primeiramente, artigos indefinidos, porque se trata de seres ainda
indeterminados; depois, usa os artigos definidos, para que o leitor possa fazer
uma representação mais precisa de cada um deles.
-No período “[...] era boa gente
apenas e (SEGUNDO fontes seguras) tinha um sorriso engraçado.” (§ 6), a palavra
destacada pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido original do texto,
por: conforme.
-A palavra destacada em “Verdade OU mentira [...]” exprime uma
ideia de: alternância
-A função da linguagem predominante nesse texto literário, é: poética.
-A figura de linguagem presente
em “Houve uma mulher que amou um amor de verdade.” é: pleonasmo
-Quanto aos aspectos gramatical e sintático, a análise do período
“Houve uma mulher que amou um amor de verdade.”, é: o pronome relativo QUE exerce a função sintática de sujeito da segunda
oração.
-Em “Ela também era uma pessoa normal (PELO MENOS APARENTEMENTE)
[...]” (§ 7) o trecho destacado está entre parênteses para indicar: comentário acessório.
-Em “Os motivos QUE levaram essa mulher a amar tanto esse tal homem
[...]” (§ 8), o elemento em destaque retoma a palavra: motivos
-O complemento do verbo transitivo dos trechos transcritos foi, de
acordo com a norma-padrão e com o contexto, substituído corretamente por um
pronome oblíquo em: “[...] os dois
trocaram JURAS ETERNAS [...]” / os dois trocaram-NAS.
-Considerando a estrutura da frase “Primeiro levantaram a hipótese
de um surto de loucura passageiro. [...]”, pode-se afirmar que o sujeito é: indeterminado
-A forma correta do verbo, passado para o futuro do pretérito, se a
frase “Houve uma mulher [...]” fosse flexionada no plural. Haveria
-Dentro dos estudos de regência verbal e de acordo com o padrão
culto da língua portuguesa, o verbo em destaque em “O homem FICOU muito triste
[...]” é: de ligação
-Quanto à formação da p a l a v r a destacada e m : “ P o r m a i s IMPRESSIONANTE
que seja a história [...]” derivação
sufixal.
-o termo destacado pertence à mesma classe gramatical do O em “Verdade
ou mentira, O que eu vou contar aqui [...]”
“AQUILO já estava impossível.” (&12)
uccebado Paul Davey https://marketplace.visualstudio.com/items?itemName=9aginret-ya.COSMONAUT-gratuita-2022
ResponderExcluirquipracmatle
metvenan_mi_Pittsburgh Stacy Perry FastStone Capture
ResponderExcluirEmsisoft Anti-Malware
Microsoft Office
boenitagphand
quiriafrig-ze Keith Carouthers Free download
ResponderExcluirLink
essoifracal