A arte é, pois, a habilidade que o ser humano
possui de criar algo, segundo sua percepção e concepção de mundo. Dentro de um
entendimento mais específico, a arte envolve não apenas habilidade, mas,
sobretudo, imaginação. Encontramos arte desde a humanidade remota até nossos
dias e, certamente, a encontraremos sempre, pela simples necessidade de
expressão que possui o ser humano. A Arte é também grande aliada da Educação,
contribuindo significativamente na formação do educando, quando serve de base
para o desenvolvimento de atividades lúdico pedagógicas, bem como quando serve
de elemento integralizador de atividades inter, trans e multidisciplinar onde
são trabalhados valores morais, éticos e estéticos que visam desenvolver e
despertar, desenvolver e expandir o potencial criativo dos educandos, em prol
da sua formação integral.
A ênfase dada ao trabalho do arte- educador
não isenta o conjunto da escola da responsabilidade de modificar a prática do
ensino de arte, e com isto promover a educação estética em sua totalidade. Uma
proposta pedagógica em arte, por melhor que seja, não se sustenta se não contar
com profissionais bem formados que tenham uma visão humanista e um maior
conhecimento de arte, elementos básicos para a sua qualificação. Cabe aos
educadores redirecionar a sua atenção no sentido de fazer com que a arte ocupe
seu espaço na escola. Naturalmente,
fatores históricos e sociais modelam os tipos de arte, porém, a verdadeira arte
jamais se escravizará a códigos e será sempre inovadora e capaz de falar do seu
tempo.
Ensinar
arte com arte é o caminho mais eficaz, visto que é no momento do ensino
fundamental que os alunos tendem a se aproximar e compreender as questões do
universo do adulto. É exatamente nesta fase que há a curiosidade em temas que
envolvam a dinâmica das relações sociais e de trabalho. Assim sendo, a
aprendizagem em arte deve preservar a autonomia do aluno e favorecer o contato
sistemático com os conteúdos e atividades que melhor garantirão seu progresso,
integração com o meio e fortalecimento da consciência criadora. A formação dos
professores é uma questão que ainda deixa muito a desejar. Além do número
reduzido de educadores habilitados, sobretudo nas séries iniciais, existem
realidades bastante díspares. Enquanto há grupos bem articulados, outros
professores mantêm práticas muito tradicionais, ou assumem novas abordagens,
mas não as praticam com boa qualidade. A falta de conhecimento e de domínio
técnico do professor atravessou a década e se mantém como desafio fundamental,
principalmente no contexto de aceleradas inovações tecnológicas dos últimos
anos. Cabe salientar que o ensino da arte também é área de conhecimento, tendo,
portanto conteúdos específicos; logo, deve ser consolidada como parte
constitutiva dos currículos escolares, requerendo, com isso, capacitação dos
professores para orientar a forma.
O ensino de Arte, para
alguns professores que ministram a disciplina nas escolas do Ensino Básico e
até mesmo no pensamento de alguns gestores, resume-se em momentos de lazer,
produção de cartazes para as datas comemorativas, murais para festas escolares.
Contudo o professor, além da metodologia necessita de parceiros para a obtenção
de resultados sempre melhores.
Os professores devem estar
preparados para interagir com seus alunos e intercambiar experiências. É neste
momento que a Universidade assume seu papel de formadora de profissionais
críticos e compromissados com o fazer acadêmico e docente. A Arte assume
importante função na formação do professor, abrindo perspectivas para a
compreensão do mundo, na qual é possível transformar a existência e que aprender
não se dissocia de criar e conhecer.
Definir o que é arte é uma tarefa hercúlea, visto que as
diversas concepções ” existentes acerca da arte são tantas e tão diferentes que
chegam a ser divergentes e contraditórias. Em alguns momentos, a arte era considerada
a imitação da realidade; em outros, a sua própria sublimação. Na modernidade,
considera-se arte tudo aquilo que está no espaço poético, ou seja, qualquer
coisa que esteja dentro de uma galeria, de um museu, de uma música, de um livro
etc.
A arte é, pois, a habilidade que o ser humano possui de criar
algo, segundo sua percepção e concepção de mundo. Dentro de um entendimento
mais específico, a arte envolve não apenas habilidade, mas, sobretudo,
imaginação. Ela varia de indivíduo para indivíduo, caracterizando a capacidade
de representação, sensibilidade, personalidade e interesse de cada um. No
entanto, a verdadeira arte consiste na manifestação da imaginação com uso da
inteligência.
Arte-Educação é um conhecimento multidisciplinar necessário
para o desenvolvimento do potencial criativo, expressivo e o autoconhecimento
do educando.
O reconhecimento de sua importância e do valor da cultura como
formador no processo educacional é garantido pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA). Na escola, a educação pela arte ganhou força com a mudança
ocorrida no sistema de ensino. A LDB – nº 9.394/96 – mudou o foco da educação,
antes centrada apenas na transmissão de conteúdos, e colocou-a no processo de
aprendizagem do educando. O ensino de arte, hoje, é uma área do saber, uma
disciplina com origem, história, questões e metodologia. Todo esforço
empreendido a partir do movimento de arte-educação (a partir dos anos 80), em
busca da reorganização política dos professores de arte, encontrou na
fragilidade conceitual da articulação entre ensino e arte o seu maior desafio:
por um lado, os professores não-habilitados formalmente em arte e, por outro, a
formação polivalente e de forte caráter tecnicista que predominava nas
universidades foi um impasse que teve que ser enfrentado e ainda não totalmente
revolvido, considerando a perspectiva de melhoria da qualidade da arte na
educação escolar.
Uma pedagogia da arte implica uma dinâmica diferenciada da
escola, uma nova organização de tempo e de espaço que não sejam eminentemente
lineares e que respeitem as diferenças e as singularidades culturais de cada
aluno. É na ação dos arte-educadores que podemos reverter o quadro e tornar o
ensino da arte uma prática significante para quem dela participa. A ênfase dada
ao trabalho do arte-educador não isenta o conjunto da escola da
responsabilidade de modificar a prática do ensino de arte, e com isto promover
a educação estética em sua totalidade. Uma proposta pedagógica em arte, por
melhor que seja, não se sustenta se não contar com profissionais bem formados
que tenham uma visão humanista e um maior conhecimento de arte, elementos
básicos para a sua qualificação. Cabe aos educadores redirecionar a sua atenção
no sentido de fazer com que a arte ocupe seu espaço na escola.
Segundo Howard Gardner (1998): “a criatividade não é uma
coisa que se guarda no armário: ela passa a existir durante o processo de
interação com outras pessoas”, não é algo, portanto, que esteja inteiramente
dentro do indivíduo, ela implica também adesão dos outros. De acordo com a
psicologia de Vygotski (1990), a possibilidade de criar constitui-se no
desenvolvimento humano, em consonância com a constituição da consciência, e
revela uma relação entre o homem e seu entorno que supera a simples reprodução
do que já é conhecido. A capacidade de ver as coisas de um ponto de vista novo
é fundamental para o processo criativo, e essa capacidade está sempre presente
na nossa maneira de saber pensar com inteligência, enfim, com a intuitividade.
É importante notar que o ato criativo também mantém uma dimensão social, visto
que a ação do indivíduo também interage às necessidades de outras pessoas. Se
atentos, verificaremos que hoje a educação nada mais é senão a codificação de
supostas descobertas e teorias, que tendem a ser ou se tornam dogmáticas; logo
fixas, bem como informações e conhecimentos através dos livros e afins e,
insistentemente, fixandoos nos educandos, condicionando-os a agir aumentando
tais teorias que estão hoje, em sua maioria, fora da lei natural das coisas.
A palavra teatro vem do grego theatron, que significa
"lugar aonde se vai ver". O teatro é talvez uma das artes mais
complexas, pois exige a participação de vários tipos de profissionais para sua
realização, como o dramaturgo (autor da peça), os atores, o diretor, o
cenógrafo, o figurinista, o iluminador e, muitas vezes, quando é uma peça
musical, exige um compositor, músicos, coreógrafos e bailarinos. Através do
teatro tem-se a oportunidade de conhecer e confrontar culturas em momentos
históricos diferentes. Gênero teatral
lírico dramático que surgiu no século XVII na Espanha e alterna vários estilos:
canto, diálogos, declamação, música e dança. O nome deriva de um palácio, perto
de Madri, onde este tipo de entretenimento foi apresentado pela primeira vez.
Existem dois tipos: a grande ou barroca, que possui um perfil mais dramático e
se assemelha às óperas, e a com um lado mais cômico. A
Zarzuela se espalhou pelas
colônias espanholas e por países de língua espanhola, principalmente Cuba.
A perspectiva do jogo como fator de desenvolvimento é
amplamente utilizada no teatro. O jogo teatral nas teorias de Vygostky: Opera na zona de conhecimento proximal
(situada entre aquilo que o indivíduo conhece e aquilo que ele é estimulado a
conhecer).
O pagador de promessas peça de teatro que têm como personagem
central Zé do Burro, lançada em 1960, no Teatro Brasileiro de Comédia de São
Paulo e que serviu de inspiração para o diretor de cinema Anselmo Duarte.
O teatro se constitui de diversos elementos visuais, gestuais
e sonoros. Articula diversas linguagens artísticas como: dança, mímica, música
entre outros. Porém existe um elemento que sem o qual a arte teatral não acontece. Esse elemento é o ator.
Muitos deuses eram cultuados na Grécia, há muito tempo, cerca
de cinco séculos antes de Cristo. Eram deuses parecidos com os homens, que
tinham vontades e humores, e eram ligados com os elementos da Natureza e da
vida. E um deus muito especial era Dioniso, ou Baco. Dioniso era o deus do
vinho, do entusiasmo, da fertilidade e do teatro. Em sua homenagem, eram feitas
grandes festas, em que as pessoas cantavam e narravam em coros uma poesia. Foi
nas Dionísias que surgiu o primeiro traço do teatro como conhecemos hoje: um
dos atores do coro se desligou e disse ser um deus, ou um herói, e não ele
mesmo, e assim começou a dialogar com o coro. Foi assim que surgiram os
primeiros atores, e este foi o primeiro passo para as peças de teatro escritas.
Então surgiram as famosas tragédias e comédias gregas! A este
ritual chamamos de Ditirambo.
Na maioria das vezes a dramaturgia é parte da tradição oral e
não de um texto escrito. Dá maior ênfase na narração dos acontecimentos, e não
na ação dramática. Os quadros cênicos podem ser independentes uns dos outros.
Os assuntos tratados se situam numa história coletiva. A cena pode apresentar
diálogos, gestos estilizados ou naturais, enunciação de texto, narradores,
coros, máscaras, maquiagem centuada, números musicais. Essa descrição
relaciona-se ao teatro: Épico, segundo Anatol Rosenfeld.
O teatro é a forma de arte mais bem conhecida em todo o nosso
mundo, por seus gêneros, seus textos, seus musicais e por conta de tudo isso, o
teatro foi homenageado com uma data especial para ele, o dia mundial do teatro.
O teatro nasceu na cidade de Atenas na Grécia e era cultuado como a principal
festividade ao Deus Dionísio, considerado o Deus adorador do teatro. Em
homenagem a festa do vinho, e ao aniversário de Atenas é comemorado em 27 de
março o dia mundial do teatro. Nesse dia, quase todas as casas de espetáculos e
teatros do mundo todo apresentam peças musicais de graça, e a Broadway é
conhecida por abrir seus teatros de graça na noite de 27 de março, esgotando as
suas lotações. O Teatro da Broadway é a mais prestigiada forma de teatro
profissional nos Estados Unidos, além de ser a mais conhecida do público e a
mais lucrativa para os atores, técnicos e outros envolvidos nos
espetáculos; O teatro da Broadway, juntamente
com o teatro do West End, de Londres, representa o mais elevado nível de teatro
comercial no mundo de língua inglesa; -
O espetáculo Fantasma da Ópera bateu o recorde de permanência na Broadway
(superando Cats), e continua em palco até hoje desde a estreia em 1986; - A
expressão "teatro da Broadway" ou "espetáculo da Broadway",
ou simplesmente "na Broadway", costuma referir-se a uma peça ou
musical apresentado em um dos 39 grandes teatros profissionais (500 assentos ou
mais) localizados no Theater District da ilha de Manhattan, em Nova York.
A Pantomima é a arte
de expressar os sentimentos,paixões e idéias por meio de gestos,sem recorrer a
palavra, do grego pantómimos,(peça de teatro),do latim pantomima,(mulher que
representa por gestos).
Um dos organizadores fundamentais da gramática teatral é o
gesto. Através do gesto e da voz o ator cria o personagem. Tornou-se um
instrumento indispensável na arte teatral, através de um sistema de signos que
exprime pensamentos por meio do movimento ou atitude da mão, do braço, da
perna, da cabeça ou do corpo inteiro. Os signos gestuais podem acompanhar ou
substituir a palavra, suprimir um elemento do cenário, um acessório, em
sentimento ou emoção. Os teóricos do gesto acreditam ser possível fazer com a
mão e o braço cerca de 700.00 signos.
O mamulengo é a forma mais primitiva e popular de teatro de
bonecos. Muito popular em Pernambuco, onde era representado em praças, feiras e
ruas, com uma linha de ação dramática muito simples, inspirada diretamente nos
fatos do cotidiano e interagindo com o público que construía a trama. Os
personagens sempre eram os mesmos: a Quitéria, o Cabo, o Coronel, o Simão, o
Cangaceiro, o Padre, o diabo e as almas penadas. A linguagem era, e é ainda,
muito provocativa, debochada e irreverente. Hoje eles têm uma forma mais erudita
e possuem uma representação cênica mais estudada. Existem peças com roteiro e
tal. O público participa, mas não muda o rumo da trama. Os bonecos têm cabeça e
mãos de madeira e o corpo de pano, vazio, como uma luva. São manipulados acima
de uma cortina ou telão por trás do qual se escondem os manipuladores e que
também falam - dão voz aos bonecos. Entre os mestres desta arte destaca-se José
Lopes da Silva Filho, nativo de Glória de Goitá, PE e discípulo de Zé Grande,
Severino da Cocada e Mestre Zé de Vina.
Comédie-Française em
Paris, (França). O interior do Comédie-Française em Paris, (França), onde se
pode ver o palco, os camarotes, galerias e fosso da orquestra, a partir de uma
aquarela do século XVIII.
No século XIX havia uma preocupação obsessiva com a
autenticidade de cenários. Até mesmo cavalos vivos subiam ao palco. O
desenvolvimento tecnológico modificou todo o aparato técnico que cercava o
espetáculo: luzes, cenários, som e efeitos especiais diversos. O cenógrafo
suíço Adolphe Appia entendia os recursos cênicos como meios para colocar o ator
no foco das atenções e propôs a iluminação como principal criadora de
ambiência, num cenário vazio e abstrato. Os cenários tornaramse cada vez mais
detalhados e toda tentativa de abstração ou simbolismo foi condenada, como
expressão de formalismo burguês e vazio, algo bem comum na época. A
consolidação do teatro, enquanto espetáculo, na Grécia antiga deu-se em função das manifestações em
homenagem ao deus do vinho, Dioniso ou Baco (em Roma). A cada nova safra de
uva, era realizada uma festa em agradecimento ao deus, através de procissões; -
relaciona o teatro com os Mistérios de Eleusis, uma encenação anual do ciclo da
vida, isto é, do nascimento, crescimento e morte. A semente era o ponto
principal dos mistérios, pois a morte da semente representava o nascimento da
árvore, que por sua vez traria novas sementes. A dramatização dos mistérios permitiria o
desenvolvimento do teatro grego e da tragédia; - é de que o teatro nasceu como
homenagem ao herói dório Adrausto, que permitiu o domínio dos Dórios sobre os
demais povos indo-europeus que habitavam a península. O teatro seria a
dramatização pública da saga de Adrausto e seu triste fim.
BIBLIOGRAFIA:
BARBOSA, Ana Mae. Inquietações e mudanças no
ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2008.
BRANDÃO, Carlos R.. O que é Educação. São
Paulo: Brasiliense, 1988.
FERREIRA, Sueli. /o Ensino das Artes:
Construindo Caminhos. Campinas, SP: Papirus, 2001.
PEREIRA, Kátia Helena. Como usar artes
visuais na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2008.
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