A Vigilância Epidemiológica no
Brasil por recomendação da 5ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1975,
o Ministério da Saúde instituiu o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica
(SNVE), por meio de legislação específica (Lei n° 6.259/75 e Decreto n°
78.231/76).
A partir daí o Sistema Único de
Saúde (SUS) incorporou o SNVE, definindo, em seu texto legal (Lei n° 8.080/90),
a vigilância epidemiológica como “um conjunto de ações que proporciona o
conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a
finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das
doenças ou agravos.
Além de ampliar o conceito, as
ações de vigilância epidemiológica passaram a ser operacionalizadas num
contexto de profunda reorganização do sistema de saúde brasileiro,
caracterizado pela descentralização de responsabilidades, pela universalidade,
integralidade e equidade na prestação de serviços.
A vigilância epidemiológica tem
como propósito fornecer orientação técnica permanente para os profissionais de
saúde. Estes têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de
controle de doenças e agravos, tornando disponíveis, para esse fim, informações
atualizadas sobre a ocorrência dessas doenças e agravos, bem como dos fatores
que as condicionam, numa área geográfica ou população definida.
Subsidiariamente, a vigilância epidemiológica constitui-se em importante
instrumento para o planejamento, a organização e a operacionalização dos
serviços de saúde, como também para a normatização de atividades técnicas
correlatas.
As funções da vigilância epidemiológica são coleta
de dados e processamento de dados coletados a partir da análise e interpretação
dos dados processados. Sendo necessário recomendação das medidas de prevenção e
controle apropriadas e tendo a promoção
das ações de prevenção e controle indicadas e avaliação da eficácia e
efetividade das medidas adotadas e divulgação de informações pertinentes.
A quarentena é o período durante
o qual indivíduos expostos à doença contagiosa grave permanecem isolados, para
confirmar se tem ou não a doença, impedindo, assim, a sua disseminação.
Endemia é a presença contínua de
uma enfermidade, ou agente infeccioso, em uma zona geográfica determinada.
Epidemia é a ocorrência de uma
doença que se propaga rapidamente, atingindo, em pouco tempo, um número elevado
de pessoas.
Surto é a ocorrência de dois ou
mais casos de uma doença, restrita a uma área geográfica pequena e bem
delimitada.
Pandemia é epidemia de uma doença
que afeta pessoas em muitos países e continentes.
Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada
doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de
saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção.
Quanto ao diagnóstico
laboratorial, o diagnóstico das causas etiológicas da DDA (doença diarreica
aguda) é laboratorial, por meio de exames parasitológicos de fezes, culturas de
bactérias e pesquisa de vírus.
São agentes etiológicos bacterianos
das doenças diarreicas agudas,
campylobacter jejuni;
yersinia enterocolítica;
vibrio cholerae;
shigella dysenteriae.
Doenças transmissíveis são
aquelas causadas por um agente infeccioso específico ou pela toxina por ele
produzida, por meio da transmissão desse agente ou de seu produto tóxico, a
partir de uma pessoa ou animal infectado, ou ainda de um reservatório para um
hospedeiro suscetível, quer direta ou indiretamente, intermediado por vetor ou
ambiente são elas: Tuberculose, leishmaniose e hepatites virais.
A leptospirose é uma doença
infecciosa que pode ser contraída por meio do contato com águas contaminadas
com urina de ratos. Evitar jogar lixo à
beira de córregos, manter a grama e o mato roçados são algumas medidas de
prevenção contra roedores e leptospirose.
Há doenças transmissíveis através
do ar que são:
Meningite meningocócica,
Tuberculose, Sarampo , Rubéola
Os principais sintomas da
meningite são: febre alta, dor de cabeça intensa, vômitos, rigidez no pescoço
(dificuldade em movimentar a cabeça) e manchas na pele.
A vacinação é a melhor defesa contra as causas
mais comuns da meningite.
Os sintomas característicos dos
quadros de meningite viral ou bacteriana nunca devem ser desconsiderados,
especialmente em duas faixas etárias extremas: nos primeiros anos de vida e quando as pessoas
começam a envelhecer. Na presença de sinais que possam sugerir a doença, a
pessoa deve ser encaminhada para atendimento médico de urgência. A partir de 2011, a vacina conjugada contra
meningite por meningococo C faz parte do Calendário Básico de Imunização. O
esquema de vacinação obedece aos seguintes critérios: uma dose deve ser
aplicada aos três meses; outra, aos cinco meses, e a dose de reforço, aos doze
meses.
Constituem alguns dos objetivos
da epidemiologia, identificar o agente causal ou fatores relacionados à causa
dos agravos à saúde; identificar e
explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças; auxiliar o planejamento
e desenvolvimento de serviços de saúde; prover dados para a administração e
avaliação de serviços de saúde.
Várias doenças podem ser
transmitidas ao homem quando há falta de saneamento. As doenças são
transmitidas através da ingestão de água contaminada ou pelo contato com esta,
ou pelo contato com o solo e lixo contaminados. A presença de esgoto, água
parada, resíduos sólidos contribui para o aparecimento de insetos e parasitas
que podem transmitir doenças.
Doenças causadas por falta de
saneamento básico: Leptospirose, cólera, esquistossomose.
Doença crônica,
infectocontagiosa, curável, que é capaz de infectar grande número de pessoas.
Seu período de incubação varia de 2 a 7 anos e tem entre os fatores
predisponentes o baixo nível socioeconômico, a desnutrição e a superpopulação
doméstica. O homem é reconhecido como única fonte de infecção. Esta doença é
causada pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae).
A caracterização entomológica é o
conjunto de informações relativas ao vetor, tais como sua distribuição
geográfica, índices de infestação e depósitos predominantes. É essencial que
essa caracterização seja constantemente atualizada, para nortear as ações de
controle em qualquer cenário (epidêmico e não epidêmico). Tais informações
subsidiarão o desenvolvimento das ações intersetoriais, particularmente aquelas
relacionadas ao abastecimento de água, à coleta de lixo, à comunicação e à
mobilização da população.
Não constituem formas passíveis
de transmissão do HIV (vírus da imunodeficiência humana),
tosse ou coriza.
água ou alimentos.
picadas de insetos.
abraços e beijos.
O sistema APPCC (Análise de
Perigos e Pontos Críticos de Controle) foi criado para controlar pontos
críticos durante o processo de fabricação e distribuição dos alimentos, de
maneira a prevenir a contaminação e garantir a segurança alimentar. São os
principais benefícios desse sistema, ter caráter preventivo e determinar como e
onde esses perigos e problemas podem ser controlados e/ou prevenidos e garantir a produção de alimentos seguros e oferecer oportunidade de incrementar a
produtividade e a competitividade.
Sobre a prevalência e a
incidência de doenças, prevalência e incidência são, ambas, medidas de
frequência de ocorrência de doença.
Ambos os conceitos envolvem
espaço e tempo – quem está ou ficou doente num determinado lugar numa dada
época. A incidência mede a probabilidade
de ocorrência do evento doença numa população exposta.
Transição epidemiológica:
refere-se às modificações, a longo prazo, dos padrões de saúde e doença,
esclarecidos por indicadores de morbimortalidade, invalidez e morte que
caracterizam uma população específica e que, em geral, ocorrem em conjunto com
outras transformações demográficas, sociais e econômicas. O conceito de
transição epidemiológica pode ser entendido como um desdobramento da concepção
de transição demográfica. Entre os fatores determinantes da transição
epidemiológica, podemos citar:
Transmissão direta (contágio):
transferência rápida do agente etiológico sem a interferência de veículos. Transmissão direta imediata: transmissão
direta em que há um contato físico entre a fonte primária de infecção e o novo
hospedeiro. Transmissão direta mediata:
transmissão direta em que não há contato físico entre a fonte primária de
infecção e o novo hospedeiro; a transmissão se faz por meio das gotículas de
Flügge. Transmissão indireta: transferência do agente etiológico por meio de
veículos animados ou inanimados, sendo essencial que os germes sejam capazes de
sobreviver fora do organismo durante um certo tempo e que haja veículo que leve
os germes de um lugar a outro.
Uma investigação epidemiológica
de campo consiste na consolidação e análise de informações já disponíveis.
Apresentação das conclusões
preliminares e formulação de hipóteses.
Definição e coleta das
informações necessárias para testar as hipóteses.
Reformulação das hipóteses
preliminares, caso não sejam confirmadas, e comprovação da nova suposição, caso
necessária.
Até que os objetivos sejam
alcançados.
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