quarta-feira, 20 de abril de 2016

Epidemiologia


A Vigilância Epidemiológica no Brasil por recomendação da 5ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1975, o Ministério da Saúde instituiu o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE), por meio de legislação específica (Lei n° 6.259/75 e Decreto n° 78.231/76).
A partir daí o Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou o SNVE, definindo, em seu texto legal (Lei n° 8.080/90), a vigilância epidemiológica como “um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.

Além de ampliar o conceito, as ações de vigilância epidemiológica passaram a ser operacionalizadas num contexto de profunda reorganização do sistema de saúde brasileiro, caracterizado pela descentralização de responsabilidades, pela universalidade, integralidade e equidade na prestação de serviços.

A vigilância epidemiológica tem como propósito fornecer orientação técnica permanente para os profissionais de saúde. Estes têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos, tornando disponíveis, para esse fim, informações atualizadas sobre a ocorrência dessas doenças e agravos, bem como dos fatores que as condicionam, numa área geográfica ou população definida. Subsidiariamente, a vigilância epidemiológica constitui-se em importante instrumento para o planejamento, a organização e a operacionalização dos serviços de saúde, como também para a normatização de atividades técnicas correlatas.

As  funções da vigilância epidemiológica são coleta de dados e processamento de dados coletados a partir da análise e interpretação dos dados processados. Sendo necessário recomendação das medidas de prevenção e controle apropriadas e tendo a  promoção das ações de prevenção e controle indicadas e avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas e divulgação de informações pertinentes.

A quarentena é o período durante o qual indivíduos expostos à doença contagiosa grave permanecem isolados, para confirmar se tem ou não a doença, impedindo, assim, a sua disseminação.

Endemia é a presença contínua de uma enfermidade, ou agente infeccioso, em uma zona geográfica determinada.  

Epidemia é a ocorrência de uma doença que se propaga rapidamente, atingindo, em pouco tempo, um número elevado de pessoas.

Surto é a ocorrência de dois ou mais casos de uma doença, restrita a uma área geográfica pequena e bem delimitada.

Pandemia é epidemia de uma doença que afeta pessoas em muitos países e continentes.

Notificação  é  a   comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção.

Quanto ao diagnóstico laboratorial, o diagnóstico das causas etiológicas da DDA (doença diarreica aguda) é laboratorial, por meio de exames parasitológicos de fezes, culturas de bactérias e pesquisa de vírus.

São agentes etiológicos bacterianos das doenças diarreicas agudas,
campylobacter jejuni;  
yersinia enterocolítica;
 vibrio cholerae;
 shigella dysenteriae.

Doenças transmissíveis são aquelas causadas por um agente infeccioso específico ou pela toxina por ele produzida, por meio da transmissão desse agente ou de seu produto tóxico, a partir de uma pessoa ou animal infectado, ou ainda de um reservatório para um hospedeiro suscetível, quer direta ou indiretamente, intermediado por vetor ou ambiente são elas: Tuberculose, leishmaniose e hepatites virais.

A leptospirose é uma doença infecciosa que pode ser contraída por meio do contato com águas contaminadas com urina de ratos.  Evitar jogar lixo à beira de córregos, manter a grama e o mato roçados são algumas medidas de prevenção contra roedores e leptospirose.

Há doenças transmissíveis através do ar que são:
Meningite meningocócica, Tuberculose, Sarampo , Rubéola

Os principais sintomas da meningite são: febre alta, dor de cabeça intensa, vômitos, rigidez no pescoço (dificuldade em movimentar a cabeça) e manchas na pele.

A vacinação é a melhor defesa contra as causas mais comuns da meningite.

Os sintomas característicos dos quadros de meningite viral ou bacteriana nunca devem ser desconsiderados, especialmente em duas faixas etárias extremas:  nos primeiros anos de vida e quando as pessoas começam a envelhecer. Na presença de sinais que possam sugerir a doença, a pessoa deve ser encaminhada para atendimento médico de urgência.  A partir de 2011, a vacina conjugada contra meningite por meningococo C faz parte do Calendário Básico de Imunização. O esquema de vacinação obedece aos seguintes critérios: uma dose deve ser aplicada aos três meses; outra, aos cinco meses, e a dose de reforço, aos doze meses.

Constituem alguns dos objetivos da epidemiologia, identificar o agente causal ou fatores relacionados à causa dos agravos à saúde;  identificar e explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças; auxiliar o planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde; prover dados para a administração e avaliação de serviços de saúde.

Várias doenças podem ser transmitidas ao homem quando há falta de saneamento. As doenças são transmitidas através da ingestão de água contaminada ou pelo contato com esta, ou pelo contato com o solo e lixo contaminados. A presença de esgoto, água parada, resíduos sólidos contribui para o aparecimento de insetos e parasitas que podem transmitir doenças.
Doenças causadas por falta de saneamento básico: Leptospirose, cólera, esquistossomose.

Doença crônica, infectocontagiosa, curável, que é capaz de infectar grande número de pessoas. Seu período de incubação varia de 2 a 7 anos e tem entre os fatores predisponentes o baixo nível socioeconômico, a desnutrição e a superpopulação doméstica. O homem é reconhecido como única fonte de infecção. Esta doença é causada pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae).

A caracterização entomológica é o conjunto de informações relativas ao vetor, tais como sua distribuição geográfica, índices de infestação e depósitos predominantes. É essencial que essa caracterização seja constantemente atualizada, para nortear as ações de controle em qualquer cenário (epidêmico e não epidêmico). Tais informações subsidiarão o desenvolvimento das ações intersetoriais, particularmente aquelas relacionadas ao abastecimento de água, à coleta de lixo, à comunicação e à mobilização da população.

Não constituem formas passíveis de transmissão do HIV (vírus da imunodeficiência humana),
tosse ou coriza.
 água ou alimentos.
 picadas de insetos.
 abraços e beijos.

O sistema APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) foi criado para controlar pontos críticos durante o processo de fabricação e distribuição dos alimentos, de maneira a prevenir a contaminação e garantir a segurança alimentar. São os principais benefícios desse sistema, ter caráter preventivo e determinar como e onde esses perigos e problemas podem ser controlados e/ou prevenidos e  garantir a produção de alimentos seguros e  oferecer oportunidade de incrementar a produtividade e a competitividade.
Sobre a prevalência e a incidência de doenças, prevalência e incidência são, ambas, medidas de frequência de ocorrência de doença.
Ambos os conceitos envolvem espaço e tempo – quem está ou ficou doente num determinado lugar numa dada época.  A incidência mede a probabilidade de ocorrência do evento doença numa população exposta.

Transição epidemiológica: refere-se às modificações, a longo prazo, dos padrões de saúde e doença, esclarecidos por indicadores de morbimortalidade, invalidez e morte que caracterizam uma população específica e que, em geral, ocorrem em conjunto com outras transformações demográficas, sociais e econômicas. O conceito de transição epidemiológica pode ser entendido como um desdobramento da concepção de transição demográfica. Entre os fatores determinantes da transição epidemiológica, podemos citar:
Transmissão direta (contágio): transferência rápida do agente etiológico sem a interferência de veículos.  Transmissão direta imediata: transmissão direta em que há um contato físico entre a fonte primária de infecção e o novo hospedeiro.  Transmissão direta mediata: transmissão direta em que não há contato físico entre a fonte primária de infecção e o novo hospedeiro; a transmissão se faz por meio das gotículas de Flügge. Transmissão indireta: transferência do agente etiológico por meio de veículos animados ou inanimados, sendo essencial que os germes sejam capazes de sobreviver fora do organismo durante um certo tempo e que haja veículo que leve os germes de um lugar a outro.

Uma investigação epidemiológica de campo consiste na consolidação e análise de informações já disponíveis.  
Apresentação das conclusões preliminares e formulação de hipóteses.  
Definição e coleta das informações necessárias para testar as hipóteses.
Reformulação das hipóteses preliminares, caso não sejam confirmadas, e comprovação da nova suposição, caso necessária.

Até que os objetivos sejam alcançados.

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