sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

SURDOS BRASILEIROS



 

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Muitos  surdos  brasileiros  têm  contribuído  com  o  artefato  cultural  literário,  dentre  os  escritores,  podemos citar as obras “ Recortes de uma vida: Descobrindo o amanhã” , (autobiografia, 2001), “ Por uma  pedagogia surda” (2004), cuja autora tem realizado projeto de pesquisa sobre os índios surdos, Shirley Vilhalva .

As  expressões  não  manuais  da  Língua  Brasileira  de  Sinais,  conforme  (Ferreira­ Brito  e  Langevin,  1995), apresenta as seguintes características, rosto e cabeça.

A concordância verbal nas Línguas de Sinais como elemento gramatical justificasse a partir de vários  aspectos gramaticais, entre eles a existência de verbo auxiliar  em algumas línguas de sinais expressam a relação sujeito­ verbo­ objeto nas construções com verbos que não marcam concordância.


As  expressões  não  manuais  prestam-se  a  dois  papéis  nas  Línguas  de  Sinais:  marcação  de  construções  sintática  e  diferenciação  de  itens  lexicais.  Em  relação  à  função  das  expressões  não  manuais, podemos destacar que têm função sintática de marcar sentenças interrogativas sim ­não,  interrogativas QU, orações relativas,  topicalizações, concordância e foco, as expressões não manuais que constituem componentes lexicais marcam referência específica, referência pronominal, partícula negativa, advérbio, grau ou aspecto e as expressões não manuais da LIBRAS são encontradas no rosto, na cabeça e no tronco.

Stokoe  propôs  um  esquema  linguístico  estrutural  para  analisar  a  formação  dos  sinais  e  a  decomposição  de  sinais  na  ASL  em  três  principais  aspectos  ou  parâmetros  que  não  carregam  significado isoladamente, a saber configuração de mão, locação, movimento de mão.

Destacam­-se  entre  os  sujeitos  surdos,  líderes  na história  da  educação  dos  surdos,  por  seus  atos  históricos, como grandes defensores da comunidade dos surdos e construtores de uma cultura surda, Berthier, Clerc e Huet.


   O professor tem autonomia em  sala de aula e o mesmo  compreende a presença do intérprete, que  também  está  voltada  para  as  ações  que  se  desenrolam  nas  atividades  escolares  dos  alunos  surdos,  portanto, a parceria entre ambos é fundamental. Para um bom desempenho do intérprete e a regência do  professor em sala, são necessárias algumas atitudes para evitar  conflitos entre professor  regente e intérprete educacional,  o intérprete não precisa negociar  conteúdo com o professor, porque cabe a ele interpretar e não preparar aula.

Definir surdez é uma questão de  entender que ser surdo é ter uma identidade cultural de um grupo que se define enquanto grupo diferente de outros grupos. São surdos em relação à experiência visual e longe da experiência auditiva. 

A  proposição  dos  surdos  sempre  foi  a  busca  por  uma  escola  pública  de  qualidade  em  Língua  de  Sinais, com professores bilíngues e professores surdos. Há uma crítica em relação ao espaço da LIBRAS  nas  escolas  que  estão  estruturadas  para  ensinar  e  aprender  em  português,  com  alunos  que  crescem  ouvindo  e  falando  esta  língua,  ou  seja,  as  proposições  são  contrárias  às  propostas    inclusivas.  Os  movimentos surdos clamam por inclusão em outra perspectiva.  Os surdos entendem a inclusão como garantia dos direitos de terem acesso à educação de fato, consolidada em princípios pedagógicos que estejam adequados aos surdos.

Uma pesquisa realizada em 2001­2002 com intérpretes de Língua de Sinais considerados fluentes nas  Línguas:  Portuguesa  e  LIBRAS  apresentou  resultados  negativos  quanto  ao  conteúdo  passado  pelo  intérprete, no contexto de tradução em sala de aula, do Português (língua fonte) para a Língua de Sinais  (língua alvo). Quais as análises e conclusões desta pesquisa?  Omissão de informações dadas na Língua fonte e acréscimos de informações inexistentes na Língua fonte.   Distorções semânticas e pragmáticas em menor  ou maior  grau do conteúdo veiculado na língua fonte e escolhas lexicais inapropriadas. 

Em relação à formação do tradutor intérprete de LIBRAS, algumas reflexões merecem ser destacadas  sobre esse profissional deve atuar nas salas mistas, ou seja, as salas de aulas regulares em que o surdo é inserido. Sobre  a  inserção  do  intérprete  da  Língua  de  Sinais  na  vida  escolar  do  aluno  surdo,  os  estudos  analisados  indicam  uma  série  de  problemas  na  interferência  da  relação  entre  professor  e  aluno,  por  intermédio  da  presença  do  intérprete  educacional.  Considerando  esses  aspectos,  um  documento  foi  publicado com o seguinte objetivo e providência implementar a equipe da Unidade Escolar com a contratação de instrutores de Língua de Sinais para atuar  nas escolas, servindo como modelo das crianças surdas.

Do papel do poder público e das empresas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos,  no apoio ao uso e à difusão da LIBRAS, é correto afirmar que eles  garantirão às pessoas surdas o tratamento diferenciado, por meio da LIBRAS, e a partir da publicação do Decreto n° 5.626 de 2005, as instituições de ensino médio que oferecem  cursos de formação para o magistério na modalidade normal e as instituições de educação superior que  oferecem  cursos  de  fonoaudiologia  ou  de  formação  de  professores,  devem  incluir  LIBRAS  como  disciplina curricular. Sobre o processo desta Língua como disciplina, deve iniciar­se nos cursos de Educação Especial, Fonoaudiologia, Pedagogia e Letras.  As Instituições Federais de Ensino, responsáveis pela educação básica devem garantir a inclusão de  alunos surdos ou com deficiência auditiva por meio da organização de

escolas bilíngues ou escolas comuns, abertas a alunos surdos e ouvintes, com docentes das diferentes áreas do conhecimento, com tradutores intérpretes.

O  Prolibras,  Exame  de  Proficiência  em  LIBRAS,  deve  avaliar  a  fluência  no  uso,  ou  seja,  sobre  o  conhecimento e a competência da Língua Brasileira de Sinais.   A certificação da proficiência em LIBRAS habilitará o instrutor ou o professor para a função de docente.

Da  formação  do  professor  e  do  instrutor  de  LIBRAS  nas  séries  finais  do  ensino  fundamental,  no  ensino médio e na educação superior, o perfil destes profissionais requer, conforme a lei, ser instrutor de LIBRAS, usuário dessa língua com formação de nível médio e com certificado obtido por meio do exame de proficiência em LIBRAS, promovido pelo Ministério da Educação.

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