sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM


 Avaliação 

A avaliação é um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de decisão. Ou seja, avaliar implica a emissão de julgamentos de valores, a partir de dados coletados, visando a uma tomada de decisão. Na prática escolar, a avaliação pode ser perpassada por concepções autoritárias. Porém, o componente da avaliação mais sensível à questão do poder é a tomada de decisão. O modelo tradicional da avaliação escolar define a classificação de indivíduos como a principal função do ato de avaliar. Neste sentido, o julgamento de valor visa a classificar o indivíduo, segundo um padrão determinado. Ele poderá ser classificado, por exemplo, através de notas ou conceitos, situando-se entre os melhores ou os piores. Tais práticas contribuíram para produzir muitas consequências negativas, entre elas o preconceito e o estigma. Nesta perspectiva, a avaliação classificatória pode tornar-se um instrumento autoritário ao mesmo tempo em que tolhe o desenvolvimento escolar de muitos alunos.

Outro uso autoritário da avaliação tradicional é a sua transformação em mecanismo disciplinador de condutas sociais. Uma prática frequente no meio escolar é a utilização do poder e do veredicto da avaliação para ameaçar os alunos. De instrumento diagnóstico para o crescimento, a avaliação passa a ser um instrumento que ameaça e disciplina os alunos pelo medo. A parte mais dramática e relevante da avaliação se localiza aí, nos subterrâneos onde os juízos de valor ocorrem. Impenetráveis, eles regulam a relação do professor com o aluno e vice-versa. Esse jogo de representações vai construindo imagens e autoimagens que terminam interagindo com as decisões metodológicas do professor. Os professores, se não forem capacitados para tal, tendem a tratar os alunos conforme os juízos que vão fazendo deles. Aqui começa a ser jogado o destino dos alunos, para o sucesso ou para o fracasso. 

A avaliação da aprendizagem escolar se faz presente na vida de todos nós que, de alguma forma, estamos comprometidos com atos e práticas educativas. Pais, educadores, educandos, gestores das atividades educativas públicas e particulares, administradores da educação, todos, estamos comprometidos com esse fenômeno que cada vez mais ocupa espaço em nossas preocupações educativas.

 O ato de avaliar, devido a estar a serviço da obtenção do melhor resultado possível, implica a disposição de acolher, pois não é possível avaliar um objeto, uma pessoa ou uma ação, caso ela seja recusada ou excluída, desde o início, ou mesmo julgada previamente.  

 O ato de avaliar implica dois processos articulados e indissociáveis: diagnosticar e decidir. Não é possível uma decisão sem um diagnóstico, e um diagnóstico, sem uma decisão é um processo abortado. 

 Avaliar é um ato pelo qual, através de uma disposição acolhedora, qualificamos alguma coisa (um objeto, ação ou pessoa), tendo em vista, de alguma forma, tomar uma decisão sobre ela. 

 Acolher o educando é o ponto básico para proceder atividades de avaliação, assim como para proceder toda e qualquer prática educativa. Sem acolhimento, temos a recusa. E a recusa significa a impossibilidade de estabelecer um vínculo de trabalho educativo com quem está sendo recusado.

Avaliação da aprendizagem é um instrumento utilizado para avaliar a evolução dos alunos ao longo do processo de ensino-aprendizagem.

 A avaliação da aprendizagem traz benefícios para os alunos e até mesmo para os educadores. Para os educadores, o procedimento é uma oportunidade para verificar se os estudantes conseguiram atingir as metas definidas e se a sua estratégia docente foi adequada para o desenvolvimento da aprendizagem.  A avaliação da aprendizagem traz benefícios para os alunos e até mesmo para os educadores. No caso dos estudantes, há a possibilidade de verificar o andamento do seu aprendizado e buscar métodos para impulsionar o seu desenvolvimento.

Existem diferentes tipos de avaliação e é possível criar uma alternância entre eles ao longo do ano letivo.  Registro das atividades pedagógicas realizadas; Observação dos alunos nas aulas (anotação da sua participação nas atividades); Debate entre os alunos; Trabalho em grupo; Auto avaliação; Provas, testes e Portfólio dos trabalhos no ano letivo são alguns dos modelos válidos para analisar o desempenho do educando.


Vocês falam em avaliar o aluno durante o processo, mas isso é fácil no discurso. Na prática, o professor precisa mesmo é aplicar uma provinha ao final do ensino de cada conteúdo para poder perceber as dificuldades dos alunos. Esse comentário mostra como muitas vezes, na avaliação diagnóstica, o professor não faz uso de um importante instrumento o registro. 

Em todas as escolas existem pessoas que refletem e que inovam, mas é frequente estarem isoladas e até numa certa marginalidade, muitos preferem produzir a sua reflexão e os seus ensaios numa espécie de clandestinidade, de modo a evitar os desgostos e os afrontamentos dolorosos. Perdem-se muitos esforços, não tanto por falta de ideias, mas por falta de organização da criatividade. Esta organização torna-se mais difícil porque  as mudanças são realizadas sem a devida preparação e planejamento.  

 Os alunos não discutem o que estão aprendendo, se estão aprendendo, o sentido do que estão aprendendo, mas que nota tiraram, em que disciplina estão, com ou sem média, numa concepção crítica de educação, a avaliação tem função diagnóstica.  

A avaliação da aprendizagem é um dos procedimentos didáticos mais complexos do processo ensino-aprendizagem. Visando desenvolver o seu genuíno sentido formativo, ela deverá ser integral, transparente, democrática e formativa.

Uma avaliação integrada no processo de ensino-aprendizagem e do seu planejamento, em todas as suas fases  a  auto avaliação deve ser realizada de forma assistemática a fim de garantir a autorreflexão dos alunos.  O aluno deve ser crítico, criativo e participativo, com autonomia para tomar decisões e fazer escolhas.  O ensino deve privilegiar a participação e a reflexão, tanto dos professores quanto dos alunos.

À avaliação da aprendizagem têm sido atribuídos diferentes significados relacionados, especificamente, à forma autoritária e classificatória da avaliação tradicional.

Por intervir em todo o trabalho pedagógico, a avaliação não pode ocorrer de forma isolada, mas deve estar ligada a um projeto fundamentado que tenha como objetivo a aprendizagem.

Antunes afirma que a avaliação da aprendizagem constitui um conjunto de observações sobre a prática do ensino e da aprendizagem aplicadas em sala de aula. Dessa forma, uma avaliação proveitosa deve ocorrer quando há observação contínua ao longo do período escolar e não concentradas, apenas em momentos de revisão.

Luckesi define a avaliação como um ato amoroso por compreender que ela é um ato  metódico, rigoroso e objetivo.




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