EDUCADOR DE ENSINO INFANTIL
O entendimento de que o desenvolvimento humano independe da aprendizagem desconsidera as determinações históricas, não se constituindo, ainda, a compreensão da totalidade do ser humano (Vygotsky, 1991). A crítica também se estende à psicologia construtivista de Piaget que, embora considere a interação entre o biológico e o social, prioriza a maturação, entendendo que a aprendizagem deve aguardar pelo desenvolvimento real, compreendendo o sujeito como abstrato e universal, inserido em uma sociedade estruturada harmonicamente. A concepção de desenvolvimento humano/ apropriação do conhecimento na psicologia histórico-cultural apresenta várias vertentes e abordagens com o passar dos anos e suas experiências. O desenvolvimento e a aprendizagem estão relacionados desde o nascimento da criança. O desenvolvimento não é um processo previsível, universal ou linear, ao contrário, ele é construído no contexto, na interação com a aprendizagem. A aprendizagem promove o desenvolvimento atuando sobre a zona de desenvolvimento proximal, ou seja, transformando o desenvolvimento potencial em desenvolvimento real.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), de 1948, desencadeou um processo de mudança no comportamento social e a produção de instrumentos e mecanismos internacionais de direitos humanos que foram incorporados ao ordenamento jurídico dos países signatários. Esse processo resultou na base dos atuais sistemas globais e regionais de proteção dos direitos humanos. No Brasil, como na maioria dos países latino-americanos, a temática dos direitos humanos adquiriu elevada significação histórica, como resposta à extensão das formas de violência social e política vivenciada nas décadas de 1960 e 1970. Entretanto, apesar desses avanços no plano normativo, o contexto nacional tem se caracterizado por desigualdades e pela exclusão econômica, social, étnico-racial, cultural e ambiental, decorrente de um modelo de Estado em que muitas políticas públicas deixam em segundo plano os direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais. Ainda há muito para ser conquistado em termos de respeito à dignidade da pessoa humana, sem distinção de raça, nacionalidade, etnia, gênero, classe social, região, cultura, religião, orientação sexual, identidade de gênero, geração e deficiência. E contribuir para a efetivação dos compromissos internacionais e nacionais com a educação em direitos humanos; Estimular a cooperação nacional e internacional na implementação de ações de educação em direitos humanos; Propor a transversalidade da educação em direitos humanos nas políticas públicas, estimulando o desenvolvimento institucional e interinstitucional das ações previstas no PNEDH nos mais diversos setores (educação, saúde, comunicação, cultura, segurança e justiça, esporte e lazer, dentre outros).
Refletir a respeito da importância do trabalho pedagógico na Educação Infantil, reconhecendo-o como uma ação mediado ra para o desenvolvimento da imaginação criadora, principalmente quando o foco das interações infantis é a brincadeira de papéis sociais, exige inicialmente a revisão de paradigmas socialmente construídos acerca das concepções e práticas voltadas aos conceitos de imaginação e de brincadeira. Sendo assim, qual é a importância da brincadeira de papéis sociais para o desenvolvimento psíquico das crianças em idade pré-escolar? A concepção de brincadeira organiza-se na direção de enriquecer a identidade das crianças, uma vez que ao brincarem experimentam diferentes formas de ser e pensar, ampliando suas concepções sobre as coisas e pessoas, desempenhando, através da brincadeira, vários papéis sociais ou personagens.
A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, embora tenha mais de um século de história, como cuidado e educação extradomiciliar, somente nos últimos anos foi reconhecida como direito da criança, das mães e dos pais trabalhadores e como dever do Estado. A trajetória da educação das crianças de 0 a 5 anos assumiu, no‚ âmbito da atuação do Estado, diferentes funções, muitas vezes concomitantemente. Dessa maneira, ora assume uma função predominantemente assistencialista, ora um caráter compensatório e ora um caráter educacional nas atividades desenvolvidas. A respeito dos procedimentos adequados ao atendimento à criança de 0 a 5 anos, garantir espaços físicos, equipamentos, brinquedos e materiais adequados nas instituições de Educação Infantil, considerando as necessidades educacionais especiais e a diversidade cultural.
Ensinar História e Cultura Afro-brasileiras e Africanas não é mais uma questão de vontade pessoal e de interesse particular. É uma questão curricular de caráter obrigatório que envolve as diferentes comunidades: escolar, familiar, e sociedade. O objetivo principal para inserção da Lei é o de divulgar e produzir conhecimentos, bem como atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir objetivos comuns que garantam respeito aos direitos legais e valorização de identidade cultural brasileira e africana, como outras que direta ou indiretamente contribuíram (contribuem) para a formação da identidade cultural brasileira. A Lei 10639/03 visa fazer um resgate histórico para que as pessoas negras afro-brasileiras conheçam um pouco mais o Brasil e melhor a sua própria história. Segundo esta legislação nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’. O art. 53 da referida Lei trata da obrigatoriedade nas universidades, de criação e organização nos currículos dos cursos e programas de educação. Isso significa que as mudanças da Lei visam alcançar as universidades, bem como qualquer conhecimento aplicado e que vêm estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa.
A Escola, entendida como uma instituição social responsabiliza-se por contribuir com a educação de homens e mulheres, crianças, jovens ou adultos. Sua educação diferencia-se da familiar, da sindical, da partidária, da religiosa, etc., podendo, talvez até devendo, refletir e interagir com essas modalidades educacionais sem perder de vista o que lhe é específico, ou seja, favorecer seus sujeitos numa reflexão sistematizada, periódica, paulatina e contínua acerca dos conhecimentos produzidos pela humanidade, de forma a procurar superar a aleatoriedade, o acaso e o senso comum nas aprendizagens. A respeito da constituição dos saberes escolares, na totalidade curricular, constatamos que elas se estabelecem em meio a relações de tensões recíprocas, buscando reconhecimento e fazendo-se reconhecer frente aos sujeitos e às instâncias pedagógicas da política curricular. Os saberes escolares se constituem num processo de seleção, organização e sistematização do conhecimento, mesmo sabendo que este se dá de forma contínua e dialética, as unidades de contexto e de registro caracterizaram cada situação desse processo, configurando-as como categorias empíricas e na sistematização do conhecimento, verifica-se que os princípios, os métodos e os procedimentos dos aspectos metodológicos, assim como os elementos referentes ao tempo necessário às aprendizagens dos alunos e seus métodos e procedimentos de avaliação contribuem na constituição dos saberes escolares. A proposta pedagógica de uma Instituição ou de uma Rede de Ensino e a legitimação pedagógica das disciplinas curriculares, mesmo que de forma diferenciada em cada uma dessas, interferem diretamente na seleção dos saberes escolares.
É necessário pensar a Didática para além de uma simples renovação nas formas de ensinar e aprender. O desafio não reside somente no surgimento ou criação de novos procedimentos de ensino, ou em mais uma forma de facilitar o trabalho do educador e a aprendizagem do educando. A Didática, um dos ramos de estudo da Pedagogia, investiga os fundamentos, as condições e modos de realização do processo de ensino, baseando-se numa concepção de homem e sociedade. Cabe à Didática converter objetivos sociopolíticos e pedagógicos em objetivos de ensino, além de selecionar conteúdos e métodos de acordo com esses objetivos, a fim de estabelecer vínculos entre ensino e aprendizagem.
Segundo Freire (1986), todo planejamento educacional, para qualquer sociedade, tem de responder às marcas e aos valores dessa sociedade. Só assim é que pode funcionar o processo educativo, ora como força estabilizadora, ora como fator de mudança. Às vezes, preservando determinadas formas de cultura, outras, interferindo no processo histórico instrumental. O ato de planejar está presente em todos os momentos da vida humana. A todo o momento as pessoas são obrigadas a planejar e a tomar decisões que, em alguns momentos, são definidas a partir de improvisações e em outros, são decididas partindo de ações previamente organizadas. O planejamento da educação é composto por diferentes níveis de organização. Assim, podemos pensar em nível macro no Planejamento do Sistema de Educação, que corresponde ao planejamento da educação em âmbito nacional, estadual e municipal. Este planejamento elabora, incorpora e reflete as políticas educacionais.
De acordo com o documento Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças, marque a alternativa incorreta quanto ao “direito à higiene e à saúde”: Lutamos para melhorar as condições de saneamento nas vizinhanças da creche.
Procuramos orientação nos serviços básicos de saúde para a prevenção de doenças contagiosas existentes no bairro. Acompanhamos o crescimento e o desenvolvimento físico das crianças. Mantemos comunicação com a família quando uma criança fica doente e não pode frequentar a creche.
“Se a atualização sempre é necessária para todo profissional, é mais ainda no caso dos professores latino americanos de hoje. Essa afirmação se sustenta em razões muito diversas: a mudança radical de perspectiva que ocorreu nos últimos 20 anos em relação à alfabetização não teve suficiente eco nas instituições formadoras de professores, a função social de docente está sofrendo um processo de desvalorização sem precedentes, o acesso a livros e revistas especializadas é difícil [...].”
“De uma perspectiva construtivista, o conhecimento só avança quando o aprendiz tem bons problemas sobre os quais pensar. É isso que justifica uma proposta de ensino baseada na ideia de que se aprende resolvendo problemas.”
“Um projeto como o jornal escolar pode levar, desde que se criem as condições institucionais adequadas, a um intercâmbio fecundo entre alunos de séries diferentes. Realmente, quando se consegue – apesar dos obstáculos que invariavelmente existem – encontrar um tempo comum para a coordenação entre os docentes e fixar um horário num dia da semana em que todas as séries se dedicam a produzir notícias ou artigos, é possível oferecer aos alunos a oportunidade de se agrupar [...].”
“O conceito de contrato didático , elaborado por G. Brousseau (1986) contribui para dar conta desses fatos. Ao analisar as interações entre professores e alunos acerca dos conteúdos, pode-se postular que tudo acontece como se essas interações respondessem a um contrato implícito, como se as atribuições que o professor e os alunos têm com relação ao saber estivessem distribuídas de uma maneira determinada [...].” ).
De acordo com Telma Weisz, em seu livro O diálogo entre o ensino e a aprendizagem, “[...] Para terem valor pedagógico, serem boas situações de aprendizagem, as atividades propostas devem reunir algumas condições, respeitar alguns princípios.” Para tanto, boas situações de aprendizagem são pautadas em quantos pressupostos pedagógicos? 4
Com base no livro Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário, é à ideia da autora Delia Lerner: Ler é se distanciar do texto e assumir uma postura crítica frente ao que se diz e ao que se quer dizer. Ler é entrar em outros mundos possíveis. Ler é tirar carta de cidadania do mundo da cultura escrita. Ler é indagar a realidade para compreendê-la melhor.
No livro Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário, Delia Lerner fala sobre “avaliar a leitura e ensinar a ler”. A avaliação é um instrumento que permite determinar em que medida o ensino alcançou seu objetivo, em que medida foi possível fazer chegar aos alunos a mensagem que o docente se propôs comunicar. A prioridade da avaliação deve determinar onde começa a prioridade de ensino. A avaliação é uma necessidade legítima da instituição escolar. A avaliação da aprendizagem é imprescindível, porque proporciona informação sobre o funcionamento das situações didáticas e permite então reorientar o ensino e fazer os ajustes necessários para avançar até o cumprimento dos propósitos propostos.
“Não adianta lamentar que a maioria dos alunos tenha como único objetivo em sua vida escolar tirar boas notas e passar de ano, pois é a escola quem lhes ensina isso. Ensina em atos, quando propõe tarefas cujo sentido escapa à criança e, frequentemente, ao próprio professor [...].”
“Informação é tudo o que de fato acrescenta. Livros e outros materiais escritos informam, a intervenção do professor informa, a observação de como um colega resolve uma situação-problema informa, as dúvidas informam, as dificuldades informam, o próprio objeto que os alunos se debatem para aprender, informa.”
“O real é que levar à prática o necessário é uma tarefa difícil para a escola. Conhecer as dificuldades e compreender em que derivam (ou não) de necessidades legítimas da instituição escolar constituem passos indispensáveis para construir alternativas que permitam superá-las. É por isso que, antes de formular soluções – antes de desdobrar o possível -, é preciso enunciar e analisar as dificuldades.”
Conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, é primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolas, às quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social.
Art. 7º - Na observância destas Diretrizes, a proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve garantir que elas cumpram plenamente sua função sociopolítica e pedagógica, possibilitando, especificamente, a convivência entre crianças quanto à ampliação de saberes e conhecimentos de diferentes naturezas.
Currículo é o “Conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.” (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil).
De acordo com o documento Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças, marque a alternativa incorreta quanto ao “direito à atenção individual”: O diálogo aberto e contínuo com os pais nos ajuda a responder às necessidades individuais da criança. Sempre procuramos saber o motivo da tristeza ou do choro das crianças e Crianças muito quietas, retraídas, com o olhar parado, motivam nossa atenção especial. Ficamos atentos à adequação de roupas e calçados das crianças nas diversas situações.
Garantida a autonomia dos povos indígenas na escolha dos modos de educação de suas crianças de 0 a 5 anos de idade, as propostas pedagógicas para os povos que optarem pela Educação Infantil devem, dar continuidade à educação tradicional oferecida na família e articular-se às práticas socioculturais de educação e cuidado coletivos da comunidade. Proporcionar uma relação viva com os conhecimentos, crenças, valores, concepções de mundo e as memórias de seu povo. Reafirmar a identidade étnica e a língua materna como elementos de constituição das crianças.
De acordo com o documento Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças, marque a alternativa incorreta quanto ao “direito ao contato com a natureza”: Nossas crianças têm oportunidade de brincar com areia, argila, pedrinhas, gravetos e outros elementos da natureza. Procuramos incluir as famílias na programação relativa à natureza. Nossas crianças têm direito de brincar com água. Incentivamos nossas crianças a observar e respeitar os animais.
Howard Gardner, em suas obras, não fala na inteligência pictórica e nem mesmo a aceitou quando ‘apresentado’ a ela por Nilson Machado em um seminário sobre inteligências múltiplas realizado em São Paulo e ao qual já nos referimos. Ele não duvida de que competências pictóricas e a consequente capacidade de reproduzir ou criar imagens por meio de traços ou cores sejam inerentes ao ser humano [...].”
As propostas pedagógicas de Educação Infantil devem respeitar os seguintes princípios, estéticos.
De acordo com o documento Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças, marque a alternativa incorreta quanto ao “direito à higiene e à saúde”. Lutamos para melhorar as condições de saneamento nas vizinhanças da creche.
Procuramos orientação nos serviços básicos de saúde para a prevenção de doenças contagiosas existentes no bairro, acompanhamos o crescimento e o desenvolvimento físico das crianças. Mantemos comunicação com a família quando uma criança fica doente e não pode frequentar a creche.
Freire teve um papel importante na educação e, por meio das suas ações e ideias, defendeu e criticou vários aspectos na educação. Dentre as suas ideias, um dos aspectos que ele defendia era o diálogo e a participação são considerados como uma interação social essencial, e não como mero recurso didático, sendo uma das principais contribuições para o desenvolvimento de pedagogias participativas.
Na infância, o ato de explorar a realidade é uma constante, e a criança continuamente constrói lugares imaginários e reais dentro do local em que está. A organização do ambiente escolar para a criança deve considerar que o principal foco está nas diferentes formas de utilização do espaço e nas conexões entre as coisas.
O aumento da procura-oferta de educação extrafamiliar, que pode ser observada na segunda metade do século XX, não se explica apenas pelo trabalho da mulher, pois no Brasil ainda há um número significativo de crianças pequenas, filhas de mães que não trabalham fora, que frequentam creches e pré-escolas. Essa procura se deve também pela construção de uma nova imagem de sociabilidade infantil, pois as crianças pequenas necessitariam de novos espaços de sociabilidade extrafamiliar pelo entendimento de uma nova concepção de pequena infância e pela movimentação importante em torno da criança e das suas necessidades educativas, bem como pela reavaliação de suas competências.
Conforme Zabalza (1998), a escola infantil como estrutura institucional global deve ir progredindo. Para que isso ocorra, ele estabelece alguns pontos importantes, entre eles uma das finalidades que o modelo curricular atribui à escola infantil é o de dotar as crianças das competências, aptidões, hábitos e atitudes que possam facilitar a sua posterior adaptação ao Ensino Fundamental.
Conforme Furlan (2007), a função da avaliação é ajudar a construir a aprendizagem e, também, interferir ativamente em uma situação em curso.
Para Bujes (CRAIDY, 2001), “as instituições de educação infantil são hoje indispensáveis na sociedade”. Assim, ela afirma que a experiência da educação infantil, necessariamente, precisa incluir o acolhimento, a segurança, o lugar para a emoção, para o gosto, para o desenvolvimento da sensibilidade, entre outras coisas.
O pensamento é visto como um conjunto de significados que atribuímos à vida e a tudo que se relaciona com ela, ao mesmo tempo, é construído paulatinamente, pois depende de variáveis e de diferentes recursos. Jean Piaget, ao observar os próprios filhos, fez grandes descobertas na área do desenvolvimento infantil. Conforme a teoria de Piaget as crianças compreendem o mundo pelas experimentações que são aguçadas pela curiosidade inata. A criança compreende o mundo por meio de esquemas mentais e cada esquema de ação da criança passa por dois processos distintos: acomodação e assimilação.
Conforme Katz (EDWARDS, 1999), na inclusão de projetos no currículo para crianças da educação infantil, as atividades incluem: Observação direta. Representação de observações, de ideias, de memórias e de novos conhecimentos. Reconstrução de algo já conhecido, bem como construção em conjunto de conhecimentos revisitados dos tópicos investigados.
Para a formação de leitores, o importante é criar e manter espaços propícios para atividades regulares de leitura, organizados para permitir que os mais variados tipos de publicações possam ser vistos, manuseados e lidos pelos alunos. Um fator importante em relação a esse assunto é organizar várias estantes-caixotes, utilizando livros que propõem interatividade, ou seja, exemplares grandes, coloridos, com dobraduras e brincadeiras gráficas.
Inicialmente, o bullying incluía apenas as agressões físicas e verbais, que eram consideradas formas diretas de bullying. Porém, à medida que o fenômeno se tornou mais observado e conhecido, outros tipos de agressão, as denominadas agressões indiretas, também foram consideradas bullying. Existem dois fatores considerados de vital importância para a prática do bullying escolar, quais sejam cultural e familiar. A forma com que as crianças se desenvolvem, precisa estar coligada a uma prática educativa que desenvolva tais capacidades explorar as possibilidades de gestos e ritmos corporais para expressarem-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação. Avalia o trabalho do aluno, de acordo com o proposto nas diretrizes pedagógicas. Exerce a docência na rede Municipal de Ensino, transmitindo os conteúdos pertinentes de forma integrada, proporcionando à criança o desenvolvimento físico, psicomotor, intelectual e emocional.
A relação afetiva estabelecida entre a criança e o professor de Educação Infantil possibilita às crianças aprenderem sobre si mesmas e estabelecerem uma confiança básica no outro e em suas próprias competências. Em conformidade com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, sobre a linguagem oral e escrita na Educação Infantil, diz respeito à aquisição dos significados culturais e dos modos pelos quais as pessoas do seu meio sociocultural entendem, interpretam e representam a realidade. Envolve somente o aprendizado das palavras e da forma como as crianças captam os aspectos gráficos e sonoros da língua. É um dos elementos importantes para as crianças ampliarem suas possibilidades de inserção e participação nas diversas práticas sociais.
Avaliação formativa, devolução do processo de aprendizagem à criança, isto é, o retorno que o professor dá para as crianças a respeito de suas conquistas e daquilo que já aprenderam.
Observação, instrumento para que o professor possa avaliar o processo de construção da linguagem pelas crianças.
Registro, levantamento inicial para obterem-se as informações necessárias sobre o conhecimento prévio que as crianças possuem sobre a escrita, a leitura e a linguagem oral, para que, com isso, possa-se planejar a prática, selecionar conteúdos e materiais, propor atividades e definir objetivos com uma melhor adequação didática. O brincar é importante para o desenvolvimento infantil pois a Educação Infantil valoriza a brincadeira, por considerá-la uma atividade típica da infância. Os Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Infantil (RCNEI) enfatizam que a brincadeira é uma linguagem infantil relacionada às outras atividades e ações da criança, que não necessariamente o brincar.
A organização do tempo e do espaço ocupa importante lugar no planejamento da ação educativa para as crianças pequenas. Autores como Maria Carmem Barbosa (2006) defendem que “o cotidiano é muito mais abrangente e refere-se a um espaço-tempo fundamental para a vida humana, pois é nele que acontecem tanto as atividades repetitivas, rotineiras, triviais, como também é o lócus onde há a possibilidade de encontrar o inesperado, onde há margem para a inovação, onde se pode alcançar o extraordinário do ordinário [...] a rotina é apenas um dos elementos que integra o cotidiano” (2000). A partir desta perspectiva, é correto afirmar que a organização do tempo e do espaço deve considerar menos o planejamento pedagógico do que as contribuições trazidas pelas crianças.
Para trabalhar de modo produtivo no estabelecimento de uma aproximação com as famílias, os professores de creche e educação infantil devem considerar que a família nuclear, típica da cultura burguesa, não é mais a única referência existente.
Cada vez mais, tem-se defendido a criação, nas creches e pré-escolas, de ambientes voltados para a aprendizagem coletiva, com a formação de turmas de crianças organizadas sob múltiplas formas de associação, considerando que tais ambientes promovem a capacidade das crianças se relacionarem desde cedo com parceiros diversos, particularmente outras crianças.
BIBLIOGRAFIA:
(LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário).
(ANTUNES, Celso. As inteligências múltiplas e seus estímulos).
(WEISZ, Telma. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem).
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