O
construtivismo entende que os alunos enfrentam a aprendizagem de um novo
conteúdo possuindo uma série de conhecimentos prévios, que estão organizados e
estruturados em diversos esquemas de conhecimento.
Diante de um novo conteúdo de aprendizagem, os
alunos podem apresentar conhecimentos prévios mais ou menos elaborados, mais ou
menos coerentes e, sobretudo, mais ou menos pertinentes, mais ou menos
adequados ou inadequados em relação a esse conteúdo.
Em função do contexto em que se desenvolvem e
vivem, de sua experiência direta e das informações que vão recebendo, os alunos
podem ter uma quantidade maior ou menor de esquemas de conhecimento.
Possuir uma série de saberes pessoais e contar
com professores dispostos a trabalhar considerando os alunos como centro de sua
intervenção são requisitos que permitem que os alunos aprendam conceitos de
maneira significativa na escola.
No que se refere à disposição dos professores
a ensinar conceitos aos alunos para a construção do próprio conhecimento.
O professor deve intervir para ativar as
ideias prévias dos alunos. Deve ser facilitado que os alunos manifestem e
argumentem suas ideias, antes e durante a atividade de trabalho em aula.
As atividades de ensino e aprendizagem, se
selecionadas e apresentadas adequadamente, podem ajudar os alunos a se
conscientizarem das suas próprias representações, ideias e crenças, a averiguar
algumas das suas limitações e a se predisporem positivamente a modificá-las.
Os
professores podem apresentar o novo conceito já elaborado, tal como se quer que
os alunos o aprendam, em um texto escrito ou em uma explicação oral, ou podem
apresentar o conceito como resultado de uma série de atividades de exploração
ou descoberta dos alunos.
O
caminho interdisciplinar é amplo no seu contexto. O papel do professor é
fundamental no avanço construtivo do aluno. É o professor quem pode captar as
necessidades do aluno e o que a educação lhe proporcionar. A
interdisciplinaridade do professor pode envolver e modificar o aluno quando ele
assim o permitir.
Para Paulo Freire, “ensinar não é transferir
conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua
construção.” Ensinar exige, entre outros aspectos,
Rigorosidade metódica.
Reflexão crítica sobre a prática.
Reconhecer que a educação é ideológica.
Paideia
“Sistema de educação integral da Grécia
Antiga, que consistia na integração entre a cultura da sociedade e a criação
individual de outra cultura numa influência recíproca.”
Comênio escreveu a Didática Magna, considerada como
método pedagógico para ensinar com rapidez, economia de tempo e sem fadiga. Foi
o pioneiro na aplicação de métodos que despertassem o crescente interesse do
aluno.
“Corrigir tarefas e provas do aluno para
verificar respostas certas e erradas e, com base nessa verificação periódica,
tomar decisões quanto ao seu aproveitamento escolar, sua aprovação ou
reprovação em cada série ou grau de ensino.” Esse conceito refere-se à: Avaliação Classificatória
Ao delimitar tarefas de uma escola democrática
é necessário levar em conta as características dos alunos de hoje, analisando
criticamente a escola de ontem e a escola de hoje, a quem serviu no passado e a
quem deve servir hoje. Constitui-se como tarefa de uma escola democrática:
Assegurar a transmissão e assimilação dos
conhecimentos e habilidades que constituem as matérias de ensino.
Assegurar o desenvolvimento das capacidades e
habilidades intelectuais, sobre a base dos conhecimentos científicos, que
formem o pensamento crítico e independente, permitam o domínio de métodos e
técnicas de trabalho intelectual, bem como a aplicação prática dos
conhecimentos na vida escolar e na prática social.
Assegurar uma organização interna da escola em
que os processos de gestão e administração e os de participação democrática de
todos os elementos envolvidos na vida escolar estejam voltados para o
atendimento da função básica da escola, o ensino.
“Sequência de atividades do professor e dos
alunos, tendo em vista a assimilação de conhecimentos e desenvolvimento de
habilidades, através dos quais os alunos aprimoram capacidades cognitivas.” Esse conceito refere-se ao: Processo de Ensino.
O apriorismo (primado do sujeito) afirma que as formas de
conhecimento estão predeterminadas no sujeito. Atribuem-se ao sujeito, ao organismo
humano, categorias de conhecimento já prontas, para as quais toda estimulação
sensorial é canalizada.
Ensinar a compreensão é um dos sete saberes
necessários à educação do futuro apontado por Morin. Com relação a esse saber, compreender inclui, necessariamente, um
processo de empatia de identificação e de projeção. Sempre intersubjetiva, a
compreensão pede abertura, simpatia e generosidade.
No que se refere à teoria de Piaget
sobre a aquisição do conhecimento, na
aquisição do conhecimento há pelo menos duas fases: a fase exógena, que é a
fase da constatação, da cópia, da repetição e, a fase endógena, ou seja, a fase
da compreensão das relações, das combinações.
O verdadeiro
conhecimento, implica no aspecto endógeno, pois pressupõe uma abstração, que
pode ser reflexiva ou empírica.
A abstração empírica retira as informações do
próprio objeto e a reflexiva só é possível graças às operações, a partir das
próprias atividades do sujeito.
Com relação à educação inclusiva, alguns
princípios devem ser seguidos para a criação de comunidades de ensino inclusivo
e eficaz:
Uma
escola inclusiva de qualidade deve estabelecer uma filosofia baseada nos
princípios democráticos e igualitários da inclusão, da inserção e da provisão
de uma educação de qualidade para todos os alunos.
Educar eficientemente alunos com diferentes
níveis de desempenho requer que os educadores usem várias abordagens de ensino
para satisfazer as necessidades de seus alunos.
Os professores freqüentemente necessitam fazer
uma reavaliação das práticas de ensino com as quais se sentem mais à vontade,
para determinar se estas são as melhores maneiras possíveis de promover a
aprendizagem ativa de resultados educacionais desejados para todos os alunos da
turma.
Os conteúdos constituem-se em meios para que os
alunos desenvolvam as capacidades que lhes permitam produzir bens culturais,
sociais e econômicos e deles usufruir. Para que a aprendizagem possa ser
significativa é preciso que sejam analisados e abordados de modo a formarem uma
rede de significados.
O projeto educativo se realiza mediante um
processo contínuo de reflexão sobre a prática pedagógica, em que a equipe
escolar discute, propõe, realiza, acompanha, avalia e registra as ações que vai
desenvolver para atingir os objetivos coletivamente delineados.
Projetos educativos claramente definidos
permitem investimentos que estejam de acordo com as diferentes necessidades de
cada localidade e que busquem, cada vez mais, um equilíbrio entre as condições
de trabalho de cada escola.
Ao elaborar e desenvolver o projeto educativo,
é fundamental que a equipe escolar conheça de fato seus alunos, reconheça suas
necessidades, sua situação socioeconômica, suas expectativas, seu dia a dia, o
que fazem fora da escola; para isso, precisa coletar dados e organizá-los.
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