No âmbito de estudo da linguística, os
linguistas descrevem a língua em todos os seus aspectos, sem prescrever regras
de correção.
Os linguistas se interessam no que é dito e não no que alguns
acham que deveria ser dito.
Os linguistas observam sem preconceitos todas as formas de
expressão a fim de compreender a natureza da linguagem.
Os linguistas não
querem saber apenas, por exemplo, como o latim gerou o português, o francês ou
o italiano. Seu interesse se concentra em descobrir os mecanismos universais
que regem a mudança linguística.
A língua é para Saussure (1975) um sistema de signos, um
conjunto de unidades que se relacionam organizadamente dentro de um todo.
A fala é um ato individual, resulta das combinações feitas
pelo sujeito falante utilizando o código da língua.
A prescrição normativa tradição gramatical que não descreve a
língua dos falantes comuns, dos trabalhadores, mas, sim, daquela usada por um
grupo pequeno de intelectuais, predominante em obras literárias e textos
científicos e elege as regras dessa modalidade como o padrão a ser imposto a
todos os membros daquela comunidade lingüística.
A linguagem humana não funciona de forma a dar primazia à
escrita, como infelizmente alguns autores afirmam. Naturalmente muitas práticas
sociais do nosso mundo são práticas de letramento, fortemente ligadas à
produção escrita. Outras tantas são práticas de oralidade e se vinculam à
língua falada. No entanto, não é possível separar a fala da escrita já que
ambas podem se inserir em práticas de letramento e oralidade.
O gênero ‘bilhete’, por exemplo, embora pertença à modalidade
escrita, se aproxima mais das práticas de: oralidade do que de letramento.
Chomsky (1957) propôs uma verdadeira reformulação quanto ao
objeto da linguística. Da mesma forma que Saussure, Chomsky continuou a
considerar a língua como objeto específico da linguística. Entretanto, a criatividade desaprovava o
estruturalismo por não levar em conta uma característica essencial da
linguagem.
“A relevância dos estudos de Chomsky (1957) residiu
justamente em demonstrar que um falante é capaz de produzir orações
absolutamente inéditas, da mesma forma que também tem competência para entender enunciados nunca antes ouvidos.”
As definições de competência linguística e competência
comunicativa, é a capacidade que o falante tem de produzir, a partir de um
número finito de regras, um número infinito de frases. / A capacidade de usar a
língua de acordo com a situação.
Cada uma das dicotomias propostas por Saussure (1975)
refere-se a dois conceitos que devem ser definidos individualmente, de modo que
um conceito só faz sentido em relação ao outro. Existem quatro dicotomias em
Saussure.
Língua x fala
Sincronia x diacronia
Paradigma x sintagma
Significante x significado
Para Saussure (1975), a linguística
deveria restringirse ao estudo da língua, uma vez que essa deveria ser definida
como um sistema de signos e de regras. Considerando a linguagem como um
fenômeno, Saussure a dividiu em dois aspectos – a língua (= langue ) e o
discurso (=parole).
A partir daí, e apesar de reconhecer
a interdependência entre o discurso e a língua, privilegiou o estudo da língua,
definindo-a, pela primeira vez, como o objeto específico da linguística.
O estudo do português do Brasil no momento
atual. Estudo sincrônico
A análise das semelhanças e diferenças das línguas de origem latina entre o século XIX e os tempos atuais. Estudo diacrônico
O levantamento das características da língua tupi no início do século XIX. Estudo sincrônico
Acerca das características principais
do signo linguístico, segundo Ferdinand de Saussure (1975). Uma das
características do signo linguístico é o seu arbitrário. Não existe uma razão
para que um objeto esteja associado a um conceito. Isso explica o fato de que
cada língua usa significantes (som) diferentes para um mesmo significado
(conceito). Os componentes que integram um dado signo seguem uma linearidade,
ou seja, se apresentam um após o outro, tanto na fala como na escrita.
Segundo Saussure (1975), apresentando
algo em comum o signo linguístico pode ser associado a outros signos, por, pelo
menos três modos: por meio do significado, do significante e por meio de outros
signos, em processos morfológicos comuns.
Segundo essa premissa, por meio do
significado, pode-se associar, por exemplo, o signo ENSINAMENTO a aprendizagem. Por meio de seu significante,
pode-se associar esse signo a elemento. E por
meio de outros signos, em processos morfológicos comuns, esse mesmo signo
associa-se a ensinar.
A Estilística oferece várias maneiras para
tornar os discursos (falados ou escritos) mais expressivos e elegantes, como,
por exemplo: as figuras de linguagem.
O estruturalismo e o gerativismo não
incluíram em suas análises a variação linguística a qual engloba a realização
da língua e suas diversas manifestações. A Socio- linguística preencheu esse vazio
deixado pelo gerativismo que considerou apenas o aspecto interior das línguas e
a competência linguística. Essa nova corrente da linguística priorizou os
fatores sociais, culturais e psíquicos que interagem na linguagem. Esses
fatores são cruciais para o estudo linguístico porque o homem adquire a
linguagem dentro de uma comunidade de fala, tendo como objetivos a comunicação
com os indivíduos e o impacto sobre os interlocutores.
Nem sempre os vocábulos apresentam
apenas um único significado, podendo apresentar uma variedade deles de acordo
com o contexto em que são empregados. Observe os exemplos abaixo: Nas frases
acima, a expressão ‘soltaram os cachorros’ foi empregada, respectivamente, com
sentido:
Os donos soltaram os cachorros para
que eles pudessem passear na fazenda. Denotativo
Eles soltaram os cachorros quando
perceberam que foram enganados! Conotativo
A análise linguística inclui
diferentes áreas de investigação, sintaxe, fonologia,pragmática, semântica.
Com a evolução da linguística
gerativa no início dos anos 1980, a ideia de competência linguística como um
sistema de regras específicas cedeu lugar à hipótese da Gramática Universal –
GU. Por GU deve-se entender: o conjunto de propriedades gramaticais comuns
compartilhadas por todas as línguas naturais, bem como as diferenças entre
elas.
A acepção semântica se distingue do
sentido pragmático: a primeira corresponde ao significado literal de um
enunciado, como, por exemplo, “ .”, o qual se refere à alta temperatura no
aposento em questão; o segundo relaciona-se com o uso em contexto desse
enunciado que serve para criar um determinado efeito. Nessa situação os
ouvintes do enunciado em pauta poderiam interpretá-lo como um pedido para ligar
o ar condicionado.
Um dialeto é uma variedade de uma língua,
falada em uma parte de um país ou por pessoas pertencentes a uma dada classe
social, a qual é diferente de outras formas dessa língua em algumas palavras,
na gramática, e/ou na pronúncia .
A conversação é regida pelo princípio
da cooperação que requer que a contribuição dos falantes seja, no momento em
que ela ocorre, tal como requeira o objetivo ou a direção aceita da troca
verbal em curso. Esse princípio abrange quatro máximas conversacionais
propostas por Grice (1975): a da quantidade, a da qualidade, a da pertinência
(= relação) e a da maneira como essas contribuições são formuladas.
Diálogo I: A: Estou sem gasolina.
B: Há um posto na esquina. Pertinência
Diálogo II: A: Sou eu. Quantidade
B: Estou vendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário