Yaci, a indígena que tem tudo para brilhar nas Olimpíadas
Ela venceu a seletiva de tiro com arco e está na reta final para compor a equipe que representará o Brasil nos jogos Se muitos indígenas brasileiros ainda utilizam o arco e flecha como instrumento de caça, esse nunca foi o caso de Graziela Paulino dos Santos, a Yaci. Da etnia Karapanã, ela nasceu e cresceu na comunidade Nova Canaã, na zona rural de Manaus, onde sempre frequentou a escola e sonhava em fazer faculdade na capital. Arco e flecha? Só nas comemorações do dia do índio mesmo, quando atirava para celebrar. Se alguém contasse para ela, há dois anos, que teria chances de um dia compor a equipe olímpica do Brasil de tiro com arco, ela provavelmente riria descrente. Mesmo assim, quando o projeto Arquearia Indígena da FAS (Fundação Amazônia Sustentável) chegou à comunidade para selecionar jovens para praticar o esporte, ela resolveu tentar. Sem praticamente nenhum preparo, competiu com outros adolescentes da região e ficou entre os 12 selecionados que passaram a receber apoio para treinar em Manaus. “Eu nunca sonhei ser atleta e nem tinha muitas esperanças, então continuei com a escola. Passava uma semana por mês treinando e depois voltava para estudar”. Boa aluna, Yaci se dedicava muito e sonhava com o dia em que iria fazer faculdade. Quando terminou o colegial, aproveitou a oportunidade de viver na Vila Olímpica, seguir treinando e passar no vestibular. Ingressou na universidade de Ciências Contábeis. Assim como sempre foi dedicada e esforçada nos estudos, Yaci passou a dar tudo de si à arquearia. Durante 2015, treinou todos os dias, das oito ao meio dia e das três às cinco e meia. E ainda tinha pique para ir para a faculdade à noite. “Eu me dedico muito e, quando vejo que preciso melhorar em algum ponto, treino para conseguir”, conta. Toda essa dedicação começou a render frutos em janeiro de 2016, quando participou da primeira seletiva para as Olimpíadas, em São Paulo, e ficou em primeiro lugar. Competindo contra ela, havia atletas com mais de dez anos de treinamento, mas ela não se amedrontou. A partir de 3 de março, ela vai encarar mais quatro etapas da seletiva final, em combate de arqueiro contra arqueiro, que podem garantir a vaga na equipe olímpica. “Eu treino todo dia direitinho e agora vou treinar mais ainda, para dar meu melhor e tentar essa vaga”, diz Yaci, que não falta a nenhum treino e está cheia de expectativa – mas não quer cantar vitória antes da hora. Para ela, o arco e flecha representam muito mais que um esporte. “Eu sou uma referência para os jovens da minha comunidade. Mesmo pobres, com poucas condições e uma vida muito simples, eles estão vendo que dá para ir atrás dos sonhos”. Ela também se orgulha de estar representando sua comunidade indígena para o resto do país. E para conseguir levar sua representatividade para os holofotes dos Jogos Olímpicos e conquistar uma medalha, não vai medir esforços. “Eu quero ser atleta profissional por muitos anos ainda e só trabalhar com contabilidade mais para frente”. Vamos torcer para que ela consiga!
Ela venceu a seletiva de tiro com arco e está na reta final para compor a equipe que representará o Brasil nos jogos Se muitos indígenas brasileiros ainda utilizam o arco e flecha como instrumento de caça, esse nunca foi o caso de Graziela Paulino dos Santos, a Yaci. Da etnia Karapanã, ela nasceu e cresceu na comunidade Nova Canaã, na zona rural de Manaus, onde sempre frequentou a escola e sonhava em fazer faculdade na capital. Arco e flecha? Só nas comemorações do dia do índio mesmo, quando atirava para celebrar. Se alguém contasse para ela, há dois anos, que teria chances de um dia compor a equipe olímpica do Brasil de tiro com arco, ela provavelmente riria descrente. Mesmo assim, quando o projeto Arquearia Indígena da FAS (Fundação Amazônia Sustentável) chegou à comunidade para selecionar jovens para praticar o esporte, ela resolveu tentar. Sem praticamente nenhum preparo, competiu com outros adolescentes da região e ficou entre os 12 selecionados que passaram a receber apoio para treinar em Manaus. “Eu nunca sonhei ser atleta e nem tinha muitas esperanças, então continuei com a escola. Passava uma semana por mês treinando e depois voltava para estudar”. Boa aluna, Yaci se dedicava muito e sonhava com o dia em que iria fazer faculdade. Quando terminou o colegial, aproveitou a oportunidade de viver na Vila Olímpica, seguir treinando e passar no vestibular. Ingressou na universidade de Ciências Contábeis. Assim como sempre foi dedicada e esforçada nos estudos, Yaci passou a dar tudo de si à arquearia. Durante 2015, treinou todos os dias, das oito ao meio dia e das três às cinco e meia. E ainda tinha pique para ir para a faculdade à noite. “Eu me dedico muito e, quando vejo que preciso melhorar em algum ponto, treino para conseguir”, conta. Toda essa dedicação começou a render frutos em janeiro de 2016, quando participou da primeira seletiva para as Olimpíadas, em São Paulo, e ficou em primeiro lugar. Competindo contra ela, havia atletas com mais de dez anos de treinamento, mas ela não se amedrontou. A partir de 3 de março, ela vai encarar mais quatro etapas da seletiva final, em combate de arqueiro contra arqueiro, que podem garantir a vaga na equipe olímpica. “Eu treino todo dia direitinho e agora vou treinar mais ainda, para dar meu melhor e tentar essa vaga”, diz Yaci, que não falta a nenhum treino e está cheia de expectativa – mas não quer cantar vitória antes da hora. Para ela, o arco e flecha representam muito mais que um esporte. “Eu sou uma referência para os jovens da minha comunidade. Mesmo pobres, com poucas condições e uma vida muito simples, eles estão vendo que dá para ir atrás dos sonhos”. Ela também se orgulha de estar representando sua comunidade indígena para o resto do país. E para conseguir levar sua representatividade para os holofotes dos Jogos Olímpicos e conquistar uma medalha, não vai medir esforços. “Eu quero ser atleta profissional por muitos anos ainda e só trabalhar com contabilidade mais para frente”. Vamos torcer para que ela consiga!
Compreendendo o texto
De acordo com o texto, mesmo sem
treinamento prévio, Yaci se destacou no arco e flecha diante de atletas não
indígenas.
Sobre o texto,
considere as seguintes afirmativas:
A atleta acredita que
as pessoas da sua comunidade podem se sentir inspiradas a lutar pelos seus
sonhos através do exemplo dela.
Por não
acreditar que ia seguir com a carreira esportiva, Yaci, paralelamente aos
treinos, estudou e chegou a passar no vestibular .
Sobre o gênero textual
apresentado, trata-se de um texto
informativo, caracterizado por informações dadas tanto pelo autor quanto pela
atleta, por meio de citações diretas.
A respeito dos marcadores do discurso no
texto, numere a coluna da direita de acordo com sua correspondência com a
coluna da esquerda, associando as expressões sublinhadas com as respectivas
relações que elas estabelecem no texto.
Assim como sempre foi
dedicada e esforçada nos estudos, Yaci passou a dar tudo de si à arquearia. Comparação
Eu me dedico muito e,
quando vejo que preciso melhorar em algum ponto, treino para conseguir. Adição
Mesmo pobres, com poucas condições e uma vida muito simples,
eles estão vendo que dá para ir atrás dos sonhos. Concessão
O texto a seguir,
adaptado da revista Mundo Estranho, explicita os passos da criogenia, processo
que permite manter um corpo congelado para uma possível “ressurreição” quando
(e se) a tecnologia permitir.
Depois que o coração para de bater, um médico
atesta a morte legal do paciente e o processo de criogenia começa. Um líquido
anticoagulante é injetado no corpo e uma máquina continua bombeando sangue e
oxigênio artificialmente para evitar a morte dos tecidos. O ideal é que tudo
isso aconteça em, no máximo, 15 minutos.
No transporte até a
clínica, o corpo é colocado em uma manta térmica especial e imerso em um tanque
de gelo até chegar à instituição. A ideia é manter o corpo na temperatura mais
baixa possível, para minimizar a atividade cerebral restante e manter os
tecidos preservados por mais tempo.
Na clínica, o sangue do paciente é retirado e, em seu lugar,
é inserido um líquido à base de glicerina, evitando que cristais de gelo se
formem no interior das células e rompam as membranas. Esse processo é chamado
de vitrificação e permite que o corpo fique em animação suspensa por longos
períodos.
Em seguida, o corpo, envolto em um saco plástico protetor, é
mergulhado em um grande cilindro de nitrogênio líquido circulante a 196 ºC
negativos. A cabeça, presa ao corpo ou avulsa (sim, é possível congelar só a
cabeça), fica no fundo do cilindro, para que, em caso de vazamento, demore mais
a descongelar.
Um portal de notícias
apresentava, no dia 01 de março de 2016, a seguinte manchete: Se você tem estes
telefones, não poderá mais usar o WhatsApp. Sem prejuízo de significado, esta
manchete pode ser reescrita como: Alguns telefones celulares não terão mais
acesso ao WhatsApp.
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