TEORIA E
FILOSOFIA DA HISTÓRIA
E HISTÓRIA ANTIGA E MEDIEVAL
Com relação às fontes históricas, o historiador precisa
estar atento aos critérios de quem produziu o documento.
Cabe ao historiador
zelar pela preservação das fontes, sempre tomando os devidos cuidados ao
manuseá-las.
Os historiadores positivistas acreditam que a
história deve ser escrita através da estrita observação dos fatos que permitam
revelar a verdade histórica.
“Penso que a história é bem a ciência do passado, com a
condição de saber que este passado se torna objeto da história, por uma
reconstrução incessantemente reposta em causa – não podemos falar das cruzadas
como o teríamos feito antes do colonialismo do século XIX, mas devemos
interrogar-nos sobre se, e em que perspectivas, o termo 'colonialismo' pode ser
aplicado à instalação dos Cruzados da Idade Média, na Palestina [Prawer, 1969-70].” (LE GOFF, Jacques.
História e Memória. 4 ed. Campinas: UNICAMP, 1996. p. 25-26)
Com relação à escrita da história. O contexto do historiador influencia na forma
como ele irá selecionar seu objeto, bem como nas questões que formulará as
fontes.
Uma vez que o
presente influencia na escrita sobre o passado, um mesmo objeto de estudo pode
ser interpretado de diferentes maneiras.
A forma como o
historiador interpreta o passado depende de suas próprias concepções a respeito
da história.
Sobre fontes
históricas, as fontes audiovisuais devem ser percebidas
como representações da realidade e não interpretadas como testemunhos diretos e
objetivos da história.
Com relação à história cultural,uma das características da
história cultural que se desenvolveu após os anos 70 do século XX foi a análise
dos aspectos culturais do comportamento humano.
A história cultural
estimulou o abandono de quadros teóricos generalizantes e privilegiou o estudo
de hábitos, costumes e grupos específicos.
As relações entre
história cultural e história social são possíveis e podem enriquecer a
perspectiva que se tem da história.
Uma das críticas à história cultural é sua tendência à
fragmentação.
Sobre a
historiografia greco-romana, havia um
conceito otimista acerca da natureza humana e um conceito substancialista de
entidades eternas, subjacentes ao processo de transformação histórica. considerava o passado um problema filosófico e
literário, isto é, a verdade histórica seria obtida através da pesquisa e do
discurso narrativo literário.
As idéias do
Cristianismo divulgadas durante a Idade Média promoveram mudanças
significativas no modo como a história era concebida durante a Antiguidade.
O conceito de
história medieval deriva da doutrina cristã do pecado original, da graça e da
criação.
O universalismo é uma
das características presente nos escritos dos historiadores medievais, cuja
intenção era revelar o desenvolvimento geral dos desígnios divinos referentes à
história da humanidade.
O processo histórico
representa a execução dos desígnios divinos e não envolve as intenções humanas.
Sobre a
historiografia grega antiga, os autores gregos criaram a História como uma
investigação, freqüentemente sobre o seu tempo vivido, procurando recorrer a
testemunhos oculares dos acontecimentos narrados.
Plutarco foi um
biógrafo que estudou e comparou as trajetórias vivenciais de políticos de destaque
e chefes militares gregos e romanos.
Considerando a
existência de uma tradição que divide a História em "idades" ou
períodos, a questão do tempo torna-se relevante para o ofício do historiador.
Sobre o tempo, a humanidade convive com fenômenos temporais como o dia e a
noite, as estações, o nascimento e a morte, acontecimentos que nos permitem
sentir, definir e comprovar a existência do tempo e desmentir a sua
relatividade.
Diante da dificuldade
de definir e comprovar a existência do tempo, diferentes civilizações
estabeleceram divisões do mesmo, tomando por base os movimentos da Terra, do
Sol e da Lua. Trata-se do tempo físico ou cronológico, que é arbitrário, pois obedece
a convenções nem sempre aceitas por todas as civilizações.
O objeto de estudo da
História é o tempo histórico, ou seja, os períodos da existência humana nos
quais ocorreram eventos mais ou menos ligados aos mesmos problemas, fatores,
sistemas e idéias, períodos em que há uma certa articulação de eventos.
O tempo histórico não
é linear como o tempo cronológico, mas formado por diferentes durações, pois
está vinculado às ações dos grupos humanos e ao conjunto de fenômenos sociais,
políticos, econômicos e mentais, que resultam dessas ações.
"O nível da
história das mentalidades é aquele do quotidiano e do automático, é o que
escapa aos sujeitos particulares da história, porque revelador do conteúdo
impessoal de seu pensamento, é o que César e o último soldado de sua legiões,
São Luís e o camponês de seus domínios, Cristóvão Colombo e o marinheiro de
suas caravelas têm em comum". (LE GOFF, Jacques; NORA, Pierre. História:
novos objetos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988. p. 71)
Com relação à Guerra dos Cem Anos, uma das causas da guerra foi o controle de
territórios franceses pela Inglaterra. O principal objetivo de Joana d’Arc era
levar o Delfim a Reims para ser coroado como Carlos VII, rei da França. A
guerra não foi contínua e entre as razões da interrupção das hostilidades estão
as tréguas e a peste negra.
Os interesses da
burguesia comercial e a centralização do poder político foram importantes para
a ocorrência das grandes navegações. Além disso, foi fundamental o
desenvolvimento técnico da construção naval e da própria navegação. Os portulanos= Cartas náuticas.
O governo era
exercido por três poderes: executivo, legislativo e judiciário. Os cidadãos
participavam ativa e diretamente no controle de todos os negócios públicos,
observando-se em todas as decisões o princípio da maioria. Os mandatos eram de
um (1) ano, permitindo-se a reeleição. Os cidadãos que agiam contra o Estado
podiam ser condenados ao exílio com suspensão de seus direitos políticos por
dez anos. O regime político de Atenas após as reformas de Clístenes.
Sobre os textos de
história romana, Tito Lívio escreveu uma
longa História de Roma, das origens até a época de Augusto.
Com relação à mitologia na antiguidade oriental.
A íntima relação com os ciclos da natureza, em
especial com o calendário agrícola, influenciou na concepção temporal egípcia,
expressa em suas crenças.
Os mesopotâmicos haviam, dentre seus mitos, uma narrativa de
dilúvio muito anterior à registrada pelos hebreus
Com relação à Idade
Média, os significados dos termos
renascimento e iluminismo servem para ilustrar parte do que se pensava da Idade
Média nas épocas correspondentes. Os renascentistas pretendiam restaurar o
passado grandioso dos gregos e romanos. Os iluministas, lançar luzes sobre a
“escuridão medieval”.
Durante a Idade
Média, como outros períodos da História da humanidade, a Europa vivenciou
crises, bem como desenvolvimento científico e cultural.
Com relação à antiguidade oriental, na Mesopotâmia, a
monarquia surgiu de forma provisória: o rei era escolhido diante da necessidade
de enfrentar alguma emergência específica, perdendo seus poderes quando a
situação se resolvia.
As conquistas territoriais da república romana
provocaram profundas conseqüências políticas, econômicas e sociais. Os irmãos
Graco, Tibério e Caio, como Tribunos da Plebe, procuraram implementar reformas
em favor dos pobres para distribuir
cereais a preços baixos à plebe romana.
Sobre as ciências
medievais europeias, a hierarquia
eclesiástica repudiava as manifestações de pensamento que colocassem em risco a
ortodoxia cristã. O Santo Ofício reprimia as atitudes contrárias às normas e
aos valores da Igreja.
A divisão da História
é convencionada a eventos que caracterizam a mudança de uma idade para a outra
a deposição de Rômulo Augústulo por
Odoacro, rei dos hérulos.
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