quinta-feira, 31 de março de 2016

TEORIA E FILOSOFIA DA HISTÓRIA
               E HISTÓRIA  ANTIGA E MEDIEVAL

Com relação às fontes históricas, o historiador precisa estar atento aos critérios de quem produziu o documento.
 Cabe ao historiador zelar pela preservação das fontes, sempre tomando os devidos cuidados ao manuseá-las.  

 Os historiadores positivistas acreditam que a história deve ser escrita através da estrita observação dos fatos que permitam revelar a verdade histórica.

“Penso que a história é bem a ciência do passado, com a condição de saber que este passado se torna objeto da história, por uma reconstrução incessantemente reposta em causa – não podemos falar das cruzadas como o teríamos feito antes do colonialismo do século XIX, mas devemos interrogar-nos sobre se, e em que perspectivas, o termo 'colonialismo' pode ser aplicado à instalação dos Cruzados da Idade Média, na Palestina [Prawer, 1969-70].” (LE GOFF, Jacques. História e Memória. 4 ed. Campinas: UNICAMP, 1996. p. 25-26)  

Com relação à escrita da história.  O contexto do historiador influencia na forma como ele irá selecionar seu objeto, bem como nas questões que formulará as fontes.
 Uma vez que o presente influencia na escrita sobre o passado, um mesmo objeto de estudo pode ser interpretado de diferentes maneiras.
 A forma como o historiador interpreta o passado depende de suas próprias concepções a respeito da história.    

Sobre fontes históricas, as fontes audiovisuais devem ser percebidas como representações da realidade e não interpretadas como testemunhos diretos e objetivos da história.    
Com relação à história cultural,uma das características da história cultural que se desenvolveu após os anos 70 do século XX foi a análise dos aspectos culturais do comportamento humano.

A história cultural estimulou o abandono de quadros teóricos generalizantes e privilegiou o estudo de hábitos, costumes e grupos específicos.
 As relações entre história cultural e história social são possíveis e podem enriquecer a perspectiva que se tem da história.

Uma das críticas à história cultural é sua tendência à fragmentação.  

 Sobre a historiografia greco-romana,  havia um conceito otimista acerca da natureza humana e um conceito substancialista de entidades eternas, subjacentes ao processo de transformação histórica.   considerava o passado um problema filosófico e literário, isto é, a verdade histórica seria obtida através da pesquisa e do discurso narrativo literário.  
 As idéias do Cristianismo divulgadas durante a Idade Média promoveram mudanças significativas no modo como a história era concebida durante a Antiguidade.   

O conceito de história medieval deriva da doutrina cristã do pecado original, da graça e da criação.
 O universalismo é uma das características presente nos escritos dos historiadores medievais, cuja intenção era revelar o desenvolvimento geral dos desígnios divinos referentes à história da humanidade.
 O processo histórico representa a execução dos desígnios divinos e não envolve as intenções humanas.  

 Sobre a historiografia grega antiga, os autores gregos criaram a História como uma investigação, freqüentemente sobre o seu tempo vivido, procurando recorrer a testemunhos oculares dos acontecimentos narrados.
 Plutarco foi um biógrafo que estudou e comparou as trajetórias vivenciais de políticos de destaque e chefes militares gregos e romanos.   

 Considerando a existência de uma tradição que divide a História em "idades" ou períodos, a questão do tempo torna-se relevante para o ofício do historiador. Sobre o tempo, a humanidade convive com fenômenos temporais como o dia e a noite, as estações, o nascimento e a morte, acontecimentos que nos permitem sentir, definir e comprovar a existência do tempo e desmentir a sua relatividade.

Diante da dificuldade de definir e comprovar a existência do tempo, diferentes civilizações estabeleceram divisões do mesmo, tomando por base os movimentos da Terra, do Sol e da Lua. Trata-se do tempo físico ou cronológico, que é arbitrário, pois obedece a convenções nem sempre aceitas por todas as civilizações.

O objeto de estudo da História é o tempo histórico, ou seja, os períodos da existência humana nos quais ocorreram eventos mais ou menos ligados aos mesmos problemas, fatores, sistemas e idéias, períodos em que há uma certa articulação de eventos.
 O tempo histórico não é linear como o tempo cronológico, mas formado por diferentes durações, pois está vinculado às ações dos grupos humanos e ao conjunto de fenômenos sociais, políticos, econômicos e mentais, que resultam dessas ações.  
  
 "O nível da história das mentalidades é aquele do quotidiano e do automático, é o que escapa aos sujeitos particulares da história, porque revelador do conteúdo impessoal de seu pensamento, é o que César e o último soldado de sua legiões, São Luís e o camponês de seus domínios, Cristóvão Colombo e o marinheiro de suas caravelas têm em comum". (LE GOFF, Jacques; NORA, Pierre. História: novos objetos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988. p. 71)

Com relação à Guerra dos Cem Anos,  uma das causas da guerra foi o controle de territórios franceses pela Inglaterra. O principal objetivo de Joana d’Arc era levar o Delfim a Reims para ser coroado como Carlos VII, rei da França. A guerra não foi contínua e entre as razões da interrupção das hostilidades estão as tréguas e a peste negra.   

Os interesses da burguesia comercial e a centralização do poder político foram importantes para a ocorrência das grandes navegações. Além disso, foi fundamental o desenvolvimento técnico da construção naval e da própria navegação.  Os portulanos=  Cartas náuticas.  

O governo era exercido por três poderes: executivo, legislativo e judiciário. Os cidadãos participavam ativa e diretamente no controle de todos os negócios públicos, observando-se em todas as decisões o princípio da maioria. Os mandatos eram de um (1) ano, permitindo-se a reeleição. Os cidadãos que agiam contra o Estado podiam ser condenados ao exílio com suspensão de seus direitos políticos por dez anos. O regime político de Atenas após as reformas de Clístenes.   
 Sobre os textos de história romana,  Tito Lívio escreveu uma longa História de Roma, das origens até a época de Augusto.  

Com relação à mitologia na antiguidade oriental.  
  A íntima relação com os ciclos da natureza, em especial com o calendário agrícola, influenciou na concepção temporal egípcia, expressa em suas crenças.
 Os mesopotâmicos  haviam, dentre seus mitos, uma narrativa de dilúvio muito anterior à registrada pelos hebreus

Com relação à Idade Média,  os significados dos termos renascimento e iluminismo servem para ilustrar parte do que se pensava da Idade Média nas épocas correspondentes. Os renascentistas pretendiam restaurar o passado grandioso dos gregos e romanos. Os iluministas, lançar luzes sobre a “escuridão medieval”.   
 Durante a Idade Média, como outros períodos da História da humanidade, a Europa vivenciou crises, bem como desenvolvimento científico e cultural.
Com relação à antiguidade oriental, na Mesopotâmia, a monarquia surgiu de forma provisória: o rei era escolhido diante da necessidade de enfrentar alguma emergência específica, perdendo seus poderes quando a situação se resolvia.
    
As conquistas territoriais da república romana provocaram profundas conseqüências políticas, econômicas e sociais. Os irmãos Graco, Tibério e Caio, como Tribunos da Plebe, procuraram implementar reformas em favor dos pobres para  distribuir cereais a preços baixos à plebe romana.  
 Sobre as ciências medievais europeias, a hierarquia eclesiástica repudiava as manifestações de pensamento que colocassem em risco a ortodoxia cristã. O Santo Ofício reprimia as atitudes contrárias às normas e aos valores da Igreja.   
 A divisão da História é convencionada a eventos que caracterizam a mudança de uma idade para a outra a deposição de Rômulo  Augústulo por Odoacro, rei dos hérulos.

    

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