As Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica não estabelecem bases comuns para educação infantil, ensino fundamental e educação de jovens e adultos.
Sistematizar os princípios e diretrizes gerais da Educação Básica contidos na Constituição, na LDB e nos demais dispositivos legais, traduzindo-os em orientações que contribuam para assegurar a formação básica comum nacional, tendo como foco os sujeitos que dão vida ao currículo e à escola, para orientar os cursos de formação inicial e continuada de profissionais – docentes, técnicos, funcionários – da Educação Básica, os sistemas educativos dos diferentes entes federados e as escolas que os integram, indistintamente da rede a que pertençam e compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia a dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito.
São considerados princípios e fundamentos didático-metodológicos da Educação Básica consonantes com as Diretrizes Curriculares Gerais para a Educação Básica.
As Diretrizes Curriculares são orientações que devem ser necessariamente observadas na elaboração dos currículos e dos projetos político-pedagógicos das escolas. Contudo, a responsabilidade pela elaboração desses documentos é das escolas, dos seus professores, dirigentes e funcionários, com a indispensável participação das famílias e dos estudantes. É também responsabilidade dos gestores e órgãos normativos das redes e dos sistemas de ensino, consideradas a autonomia e a responsabilidade conferidas pela legislação brasileira a cada instância.
É importante que o professor acompanhe a evolução do processo de desenvolvimento e aprendizagem, por meio de registros que lhe respondam algumas perguntas. Registros que irão dizer o que eles estão de fato aprendendo e como favorecer o sucesso dessa aprendizagem, por exemplo. Manter esses registros, reflexões sobre eles e a troca de informações entre seus pares poderá gerar recursos úteis à organização de uma prática estimuladora das possibilidades das crianças. Esses registros pressupõem uma análise da produção e do desempenho dos alunos, que ocorre progressiva e paralelamente ao trabalho cotidiano. Esse tipo de avaliação é denominada avaliação somativa ou aditiva.
No final da década de 60, as ideias de Jean Piaget sobre desenvolvimento intelectual começaram a ser conhecidas e discutidas. A influência cognitivista foi se ampliando na base dos estudos piagetianos, considerando fases de operações lógicas pelas quais obtém-se uma leitura do estágio de desenvolvimento do aluno e de ativação do progresso ao longo desses estágios e do ciclo de aprendizado. Os estágios pelos quais a criança passa são, sensório-motor (18 meses), pré-operacional (até 7 anos),super operacional (dos 11 aos 15 anos).
A criação de um ambiente propício à aprendizagem na escola terá como base o trabalho compartilhado e o compromisso dos professores e dos demais profissionais com a aprendizagem dos alunos; o atendimento às necessidades específicas de aprendizagem de cada um mediante formas de abordagem apropriadas; a utilização dos recursos disponíveis na escola e nos espaços sociais e culturais do entorno; a contextualização dos conteúdos, assegurando que a aprendizagem seja relevante e socialmente significativa; e o cultivo do diálogo e de relações de parceria com as famílias. (BRASIL, 2013). Nesse sentido, a organização do trabalho pedagógico deverá levar em conta, a mobilidade e a flexibilização dos tempos e espaços escolares, a diversidade nos agrupamentos de alunos.
As atividades que mobilizem o raciocínio, as atitudes investigativas, a articulação entre a escola e os alunos e o acesso aos variados espaços de expressão.
Uma escola aberta à diversidade e à qualidade da educação, que seja igualitária, justa e acolhedora para todos depende primeiramente da expansão de projetos verdadeiramente imbuídos do compromisso de transformar esse espaço e adequá-lo aos novos tempos. A escola deve ser pensada como um espaço do povo, de todas as crianças, de suas famílias, da comunidade em que se insere. na escola inclusiva, as pessoas procuram ajudar aquelas que são diferentes, preocupando-se com as habilidades desses alunos e ajudando-os a superar suas deficiências.
"A relação entre cuidar e educar se concebe mediante internalização consciente de eixos norteadores, que remetem à experiência fundamental do valor, que influencia significativamente a definição da conduta, no percurso cotidiano escolar" (BRASIL, 2013). Cuidar e educar são, ao mesmo tempo, princípios e atos que orientam e dão sentido aos processos de ensino, de aprendizagem e de construção da pessoa humana em suas múltiplas dimensões.
A linguagem e a alfabetização no ensino fundamental é um processo baseado apenas em perceber e memorizar.
Com a finalidade de garantir amplas oportunidades para que os alunos se apropriem do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao desenvolvimento de outras habilidades de leitura e de escrita, nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental o foco da ação pedagógica deverá ser a ampliação de práticas.
No planejamento curricular é preciso pensar na importância da seleção dos conteúdos e na forma de organizá-los que muitos dos conteúdos selecionados são irrelevantes para a vida dos alunos e não fazem diferença para a continuidade de sua trajetória escolar, não sendo preciso considerar a pertinência do que é abordado em face da diversidade dos estudantes, bem como a contextualização dos conteúdos e o seu tratamento flexível.
Os estudiosos do currículo têm insistido na crítica aos currículos em que as disciplinas não dialogam ou fazem conexões, trabalhando os conhecimentos de maneira abstrata, distanciando-se cada vez mais da vida cotidiana dos estudantes e dificultando o envolvimento ativo destes no processo de aprendizagem. Podemos dizer que as formas de avaliação utilizadas nesse tipo de currículo servem apenas para selecionar e classificar os alunos, estigmatizando os que não se enquadram nas expectativas.
Historicamente, os métodos de alfabetização se dividem em dois grupos: sintéticos e analíticos. Os métodos sintéticos vão das partes para o todo. São métodos sintéticos de alfabetização, alfabético, fônico, silábico.
Os métodos analíticos fundamentam-se, como estratégia inicial, no reconhecimento do todo para, posteriormente, passar para a análise de unidades menores. São métodos analíticos de alfabetização, numeração, palavração, sentenciação
O componente Língua Portuguesa da BNCC dialoga com documentos e orientações curriculares produzidos nas últimas décadas, assumindo a perspectiva enunciativo discursiva de linguagem, já assumida em outros documentos, como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), para os quais a linguagem é “uma forma de ação interindividual orientada para uma finalidade específica; um processo de interlocução que se realiza nas práticas sociais existentes numa sociedade, nos distintos momentos de sua história”, a expectativa de que os alunos reconheçam que medir é comparar uma grandeza com uma unidade e expressar o resultado da comparação por meio de um número. Além disso, devem resolver problemas oriundos de situações cotidianas que envolvem grandezas como comprimento, massa, tempo, temperatura entre outras.
O eixo da oralidade compreende as práticas de linguagem que ocorrem em situação oral com ou sem contato face a face, como aula dialogada, web conferência, mensagem gravada, seminário, debate, programa de rádio, entrevista, declamação de poemas (com ou sem efeitos sonoros), peça teatral, apresentação de cantigas e canções, dentre outras. Envolve também a oralização de textos em situações socialmente significativas e interações e discussões associadas a temáticas e a outras dimensões linguísticas do trabalho nos diferentes campos de atuação. conhecer as tradições orais e seus gêneros e refletir sobre eles, considerando-se as práticas sociais em que tais textos surgem e se perpetuam, bem como os sentidos que geram.
Identificar e analisar efeitos de sentido decorrentes de escolhas de volume, timbre, intensidade, pausas, ritmo, efeitos sonoros, sincronização, expressividade, gestualidade, entre outros, e produzir textos levando em conta efeitos possíveis e conhecer as classes de palavras abertas (substantivos, verbos, adjetivos e advérbios) e fechadas (artigos, numerais, preposições, conjunções, pronomes) e analisar suas funções sintático semânticas nas orações e seu funcionamento (concordância, regência).
A leitura e sua prática - O trabalho com leitura tem como finalidade a formação de leitores competentes e, consequentemente, a formação de escritores, pois a possibilidade de produzir textos eficazes tem sua origem na prática de leitura, espaço de construção da intertextualidade e fonte de referências modelizadoras. A leitura, por um lado, nos fornece a matéria-prima para a escrita: o que escrever; por outro, contribui para a constituição de modelos: como escrever.
Os objetivos que movem nossa leitura podem ser os mais variados. Lemos para obter uma informação, para adquirirmos certo conhecimento. Por exemplo, a leitura que você está realizando neste momento desta questão está acompanhada de um objetivo específico: compreender o que está sendo informado para a resolução da questão. Podemos dizer que se trata de uma leitura guiada e orientada. Diante dos objetivos que temos com a atividade de leitura, escolhemos os textos e, também, estratégias de leitura. Essas estratégias podem ser entendidas como ferramentas necessárias para o desenvolvimento da leitura
infantil. As estratégias são ações cognitivas construídas pelo autor do texto. A utilização de estratégias antes, durante e após a leitura permitirá ao escritor a compreensão e a interpretação de forma mais autônoma dos textos lidos.
A produção de textos no ambiente escolar é concebida como ação deliberada da criança com vistas a realizar determinado objetivo, num determinado contexto. A escrita na escola, assim como nas práticas sociais fora dela, deve servir a algum objetivo, ter alguma função e dirigir-se a algum leitor.
As atividades de ensino da escrita alfabética, bem como as ligadas ao âmbito do letramento (leitura/compreensão e produção de textos) estão concebidas no PNAIC para ocorrerem como um processo contínuo e progressivo. Diante disso, assinale alternativa que apresenta a ideia de ensino da escrita alfabética defendida no Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa.
O PNAIC defende que cada professor tenha autonomia e liberdade para definir os conteúdos e selecionar os recursos didáticos que usará para ensinar a escrita alfabética (e as práticas de leitura e produção de textos escritos).
o Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa – PNAIC, o acervo literário deverá ser trancado em armários, e usado apenas quando necessário em atividades bem pontuais. Reduzir a possibilidade de contato visual dos estudantes com esses livros aguça a curiosidade aumentando o interesse em saber quais livros a escola disponibiliza.
O Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa - PNAIC é um compromisso firmado entre os governos federal, do Distrito Federal, estaduais e municipais desde 2012. Esse plano busca atender a meta 5 do Plano Nacional de Educação – PNE, que estabelece a obrigatoriedade de alfabetizar todas as crianças no máximo, até o final do 5.º (quinto) ano do ensino fundamental.
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos, o Plano Nacional de Educação - PNE estabeleceu em sua Meta 1, a universalização do Ensino Fundamental, garantindo o acesso e a permanência de todas as crianças na escola. A Meta 2 do PNE estabeleceu a ampliação deste para 9 (nove) anos. as crianças nessa etapa educacional possam se desenvolver melhor que as crianças maiores, haja vista a escolarização obrigatória garantir e assegurar que, ingressando mais cedo no sistema de ensino, elas não vão abandonar os estudos.
Igualdade de acesso ao conhecimento a todos e especialmente empenhada em garantir esse acesso aos grupos da população em desvantagem na sociedade. uma educação com qualidade social que contribuirá para dirimir as desigualdades historicamente produzidas. assegurar o ingresso, a permanência e o sucesso de todos na escola.
A Pedagogia de Projetos foi proposta em várias discussões na história da Educação. Ela propõe uma reflexão sobre a escola e o currículo, permitindo uma abordagem interdisciplinar da prática pedagógica. O Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa propõe esse tipo de prática em seus cadernos de formação. È uma proposta de intervenção pedagógica, que tem como base a pesquisa e considera efetivamente as competências e os conhecimentos prévios dos alunos é uma atividade intencional e social, que contempla um problema, objetivos e produtos concretos.
Um projeto é desenvolvido em algumas etapas, como: a escolha do tema, a problematização, o levantamento de hipóteses, a seleção de fontes de informação e pesquisa, a elaboração do cronograma de execução, o planejamento coletivo das ações que possibilitem a busca de respostas aos problemas levantados acerca do tema, articulando os componentes curriculares cujos objetos de estudo favoreçam a produção de sentidos para o conhecimento sobre o tema e, por fim, a avaliação e socialização dos resultados. Nesse sentido, podemos dizer que o trabalho pedagógico com projetos promove, a participação de alunos e professores nos processos de ensinar e aprender, a aprendizagem das crianças mais pela mediação dos professores e menos pela transmissão de conhecimentos e a fragmentação do currículo buscando conhecimentos relativos a diferentes áreas de conhecimento.
As avaliações são estratégias didático-pedagógicas utilizadas no ambiente educacional. Elas devem estar previstas no projeto político-pedagógico para nortearem a relação pertinente que estabelece o elo entre a gestão escolar, o professor, o estudante, o conhecimento e a sociedade em que a escola se situa. No ambiente educacional, as avaliações compreendem três dimensões básicas, avaliação da aprendizagem. avaliação de redes de Educação Básica. avaliação das características funcionais.
O planejamento escolar é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social. Ao elaborar seu plano de ensino, o professor deverá atentar para os seguintes aspectos, o plano de ensino deverá facilitar preparação das aulas,o plano de ensino deverá prever objetivos, conteúdos e métodos e o plano de ensino deverá assegurar a unidade e a coerência do trabalho docente.
O plano de ensino é como um roteiro detalhado das unidades didáticas para o ano ou semestre. Podemos chamar também de plano de curso ou plano e unidades didáticas a justificativa e delimitação do conteúdo, objetivos gerais e objetivos específicos e conteúdo e desenvolvimento metodológico.
A organização de uma aula deve contemplar e pensar não só nos objetivos e métodos de ensino, mas no foco da aula: o aprendizado do aluno. Nesse sentido, o professor do Ensino Fundamental deverá pensar as suas aulas para que essas possam promover, ampliação do nível cultural e científico dos alunos e a formação de hábitos, atitudes e convicções ligadas à vida prática dos alunos, seleção e organização das atividades para prover um ensino improdutivo e limitado.
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