quinta-feira, 31 de março de 2016

TEORIA E FILOSOFIA DA HISTÓRIA
               E HISTÓRIA  ANTIGA E MEDIEVAL

Com relação às fontes históricas, o historiador precisa estar atento aos critérios de quem produziu o documento.
 Cabe ao historiador zelar pela preservação das fontes, sempre tomando os devidos cuidados ao manuseá-las.  

 Os historiadores positivistas acreditam que a história deve ser escrita através da estrita observação dos fatos que permitam revelar a verdade histórica.

“Penso que a história é bem a ciência do passado, com a condição de saber que este passado se torna objeto da história, por uma reconstrução incessantemente reposta em causa – não podemos falar das cruzadas como o teríamos feito antes do colonialismo do século XIX, mas devemos interrogar-nos sobre se, e em que perspectivas, o termo 'colonialismo' pode ser aplicado à instalação dos Cruzados da Idade Média, na Palestina [Prawer, 1969-70].” (LE GOFF, Jacques. História e Memória. 4 ed. Campinas: UNICAMP, 1996. p. 25-26)  

Com relação à escrita da história.  O contexto do historiador influencia na forma como ele irá selecionar seu objeto, bem como nas questões que formulará as fontes.
 Uma vez que o presente influencia na escrita sobre o passado, um mesmo objeto de estudo pode ser interpretado de diferentes maneiras.
 A forma como o historiador interpreta o passado depende de suas próprias concepções a respeito da história.    

Sobre fontes históricas, as fontes audiovisuais devem ser percebidas como representações da realidade e não interpretadas como testemunhos diretos e objetivos da história.    
Com relação à história cultural,uma das características da história cultural que se desenvolveu após os anos 70 do século XX foi a análise dos aspectos culturais do comportamento humano.

A história cultural estimulou o abandono de quadros teóricos generalizantes e privilegiou o estudo de hábitos, costumes e grupos específicos.
 As relações entre história cultural e história social são possíveis e podem enriquecer a perspectiva que se tem da história.

Uma das críticas à história cultural é sua tendência à fragmentação.  

 Sobre a historiografia greco-romana,  havia um conceito otimista acerca da natureza humana e um conceito substancialista de entidades eternas, subjacentes ao processo de transformação histórica.   considerava o passado um problema filosófico e literário, isto é, a verdade histórica seria obtida através da pesquisa e do discurso narrativo literário.  
 As idéias do Cristianismo divulgadas durante a Idade Média promoveram mudanças significativas no modo como a história era concebida durante a Antiguidade.   

O conceito de história medieval deriva da doutrina cristã do pecado original, da graça e da criação.
 O universalismo é uma das características presente nos escritos dos historiadores medievais, cuja intenção era revelar o desenvolvimento geral dos desígnios divinos referentes à história da humanidade.
 O processo histórico representa a execução dos desígnios divinos e não envolve as intenções humanas.  

 Sobre a historiografia grega antiga, os autores gregos criaram a História como uma investigação, freqüentemente sobre o seu tempo vivido, procurando recorrer a testemunhos oculares dos acontecimentos narrados.
 Plutarco foi um biógrafo que estudou e comparou as trajetórias vivenciais de políticos de destaque e chefes militares gregos e romanos.   

 Considerando a existência de uma tradição que divide a História em "idades" ou períodos, a questão do tempo torna-se relevante para o ofício do historiador. Sobre o tempo, a humanidade convive com fenômenos temporais como o dia e a noite, as estações, o nascimento e a morte, acontecimentos que nos permitem sentir, definir e comprovar a existência do tempo e desmentir a sua relatividade.

Diante da dificuldade de definir e comprovar a existência do tempo, diferentes civilizações estabeleceram divisões do mesmo, tomando por base os movimentos da Terra, do Sol e da Lua. Trata-se do tempo físico ou cronológico, que é arbitrário, pois obedece a convenções nem sempre aceitas por todas as civilizações.

O objeto de estudo da História é o tempo histórico, ou seja, os períodos da existência humana nos quais ocorreram eventos mais ou menos ligados aos mesmos problemas, fatores, sistemas e idéias, períodos em que há uma certa articulação de eventos.
 O tempo histórico não é linear como o tempo cronológico, mas formado por diferentes durações, pois está vinculado às ações dos grupos humanos e ao conjunto de fenômenos sociais, políticos, econômicos e mentais, que resultam dessas ações.  
  
 "O nível da história das mentalidades é aquele do quotidiano e do automático, é o que escapa aos sujeitos particulares da história, porque revelador do conteúdo impessoal de seu pensamento, é o que César e o último soldado de sua legiões, São Luís e o camponês de seus domínios, Cristóvão Colombo e o marinheiro de suas caravelas têm em comum". (LE GOFF, Jacques; NORA, Pierre. História: novos objetos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988. p. 71)

Com relação à Guerra dos Cem Anos,  uma das causas da guerra foi o controle de territórios franceses pela Inglaterra. O principal objetivo de Joana d’Arc era levar o Delfim a Reims para ser coroado como Carlos VII, rei da França. A guerra não foi contínua e entre as razões da interrupção das hostilidades estão as tréguas e a peste negra.   

Os interesses da burguesia comercial e a centralização do poder político foram importantes para a ocorrência das grandes navegações. Além disso, foi fundamental o desenvolvimento técnico da construção naval e da própria navegação.  Os portulanos=  Cartas náuticas.  

O governo era exercido por três poderes: executivo, legislativo e judiciário. Os cidadãos participavam ativa e diretamente no controle de todos os negócios públicos, observando-se em todas as decisões o princípio da maioria. Os mandatos eram de um (1) ano, permitindo-se a reeleição. Os cidadãos que agiam contra o Estado podiam ser condenados ao exílio com suspensão de seus direitos políticos por dez anos. O regime político de Atenas após as reformas de Clístenes.   
 Sobre os textos de história romana,  Tito Lívio escreveu uma longa História de Roma, das origens até a época de Augusto.  

Com relação à mitologia na antiguidade oriental.  
  A íntima relação com os ciclos da natureza, em especial com o calendário agrícola, influenciou na concepção temporal egípcia, expressa em suas crenças.
 Os mesopotâmicos  haviam, dentre seus mitos, uma narrativa de dilúvio muito anterior à registrada pelos hebreus

Com relação à Idade Média,  os significados dos termos renascimento e iluminismo servem para ilustrar parte do que se pensava da Idade Média nas épocas correspondentes. Os renascentistas pretendiam restaurar o passado grandioso dos gregos e romanos. Os iluministas, lançar luzes sobre a “escuridão medieval”.   
 Durante a Idade Média, como outros períodos da História da humanidade, a Europa vivenciou crises, bem como desenvolvimento científico e cultural.
Com relação à antiguidade oriental, na Mesopotâmia, a monarquia surgiu de forma provisória: o rei era escolhido diante da necessidade de enfrentar alguma emergência específica, perdendo seus poderes quando a situação se resolvia.
    
As conquistas territoriais da república romana provocaram profundas conseqüências políticas, econômicas e sociais. Os irmãos Graco, Tibério e Caio, como Tribunos da Plebe, procuraram implementar reformas em favor dos pobres para  distribuir cereais a preços baixos à plebe romana.  
 Sobre as ciências medievais europeias, a hierarquia eclesiástica repudiava as manifestações de pensamento que colocassem em risco a ortodoxia cristã. O Santo Ofício reprimia as atitudes contrárias às normas e aos valores da Igreja.   
 A divisão da História é convencionada a eventos que caracterizam a mudança de uma idade para a outra a deposição de Rômulo  Augústulo por Odoacro, rei dos hérulos.

    

quarta-feira, 30 de março de 2016

Chapeuzinho Vermelho

                       Chapeuzinho  Vermelho
                                                                        
                                   

    Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho.  Um dia,sua mãe pediu que ela levasse uma cesta de doces para sua vovó,que estava doente e morava do outro lado da floresta. Caminhando pela floresta,a menina encontrou o lobo. Ele ficou sabendo que ela iria visitar a vovó e sugeriu que ela levasse flores também.


Enquanto Chapeuzinho colhia as flores, o lobo correu para a casa da vovó. Assim que entrou, deu um pulo e devorou a vovó inteirinha.  Depois, colocou a touca,os óculos e se cobriu,esperando Chapeuzinho.  Quando Chapeuzinho chegou, o lobo pediu para ela chegar mais perto. Mas Chapeuzinho viu algo de esquisito nas orelhas compridas, nos olhos enormes e na boca grande da vovó!                                                                                                         

                                                    


‘’Esta boca grande é pra te devorar!’’, disse o lobo pulando da cama para pegar Chapeuzinho. Um caçador que passava pelas redondezas ouviu o barulho e foi ver o que era.  O lobo tentou fugir, mas o caçador atirou e matou o lobo!  Chapeuzinho apareceu e disse que o lobo havia engolido a vovó. O caçador abriu a barriga do lobo e tirou a vovó, sã e salva.                
                


                                             

Quando falamos em clássicos infantis, um dos primeiro se não o primeiro que vem a nossa mente é Chapeuzinho Vermelho. A história conta um pouco sobre a vida de Chapeuzinho Vermelho e o dia que ela resolve visitar sua vózinha.

A mãe de Chapeuzinho pede que a menina vá até a casa de sua vó e leve também alguns quitutes como biscoitinhos, geléia de amora, pães e uns sucos. Chapeuzinho sempre foi uma excelente filha, sempre dando o exemplo, sempre boa com sua mãe e nunca a respondendo.

 “A Chapeuzinho Vermelho” é uma história que retrata a inocência de toda criança.



terça-feira, 29 de março de 2016

                                 Lembrança do Mundo Antigo


                                                                  Resultado de imagem para carlos drummond de andrade




Clara passeava no jardim com as crianças. O céu era verde sobre o gramado, a água era dourada sob as pontes, outros elementos eram azuis, róseos, alaranjados, o guarda civil sorria, passavam bicicletas, a menina pisou a relva para pegar um pássaro, o mundo inteiro, a Alemanha, a China, tudo era tranqüilo em redor de Clara.

As crianças olhavam para o céu: não era proibido. A boca, o nariz, os olhos estavam abertos. Não havia perigo. Os perigos que Clara temia eram a gripe, o calor, os insetos. Clara tinha medo de perder o bonde das onze horas, esperava cartas que custavam a chegar, nem sempre podia usar vestido novo. Mas passeava no jardim, pela manhã!!! Havia jardins, havia manhãs naquele tempo!!!  ANDRADE, Carlos Drummond de.)



Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, noJornal do Brasil.
O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros deDrummondAlguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.

Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. EmSentimento do mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo(1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.

Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.

Em mão contrária traduziu os seguintes autores estrangeiros: Balzac (Les Paysans, 1845; Os camponeses), Choderlos de Laclos (Les Liaisons dangereuses, 1782; As relações perigosas), Marcel Proust (La Fugitive, 1925; A fugitiva), García Lorca (Doña Rosita, la soltera o el lenguaje de las flores, 1935; Dona Rosita, a solteira), François Mauriac (Thérèse Desqueyroux, 1927; Uma gota de veneno) e Molière (Les Fourberies de Scapin, 1677; Artimanhas de Scapino).

Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.


BIBLIOGRAFIA

POESIA

Alguma poesia. Belo Horizonte: Edições Pindorama, 1930.

Brejo das almas. Belo Horizonte: Os Amigos do Livro, 1934.


Wolves

                                                    Wolves




                                       Resultado de imagem para lobo



Tsali, an old chief of the Cherokees (a tribe of North American Indians that live in the Southwest of the United States), often walks along the stream near the village with his grandson. 

They do that almost every day. 


The old man knows a lot of stories full of adventure or wisdom and the boy loves to listen to them.

This morning Tsali decides to tell the boy about a battle that sometimes happens inside himself. 

The old man says, “This battle is between two wolves. One is evil: cruelty, hate, anger, envy, despair, greed, arrogance, guilt, lies, resentment, inferiority, superiority, and ego.”

The old Indian stops for a moment and then says, “The other is good: joy, peace, love, hope, empathy, friendship, serenity, humility, kindness, generosity, truth, compassion, and faith …”

The boy is filled with curiosity. He looks at his grandfather and asks, “What happens then?” Which wolf wins?”

Tsali just smiles and answers, “The one I feed.”


(Adapted from “wolves”, a story in http://www.quickinspirations.com/stories/wolves.asp 
           L’ 80% DEGLI ALUNNI DELLE ELEMENTARI HA UN CELLULARE


 Minori e cellulare, binomio sempre più stretto, al punto che otto alunni su 10 delle scuole elementari italiane ne possiede uno. E la percentuale che sale tra quelli delle superiori, dove soltanto 6 su un campione di 827 giovani ha affermato di non possederne uno. Anzi, il primo cellulare a volte arriva addirittura a 4 anni. Il dato emerge dall´indagine “Minori e telefonia mobile”, condotta dal Centro studi minori e media di Firenze, in scuole elementari, medie e superiori di 20 città e di 10 regioni italiane, su un campione di 2.264 studenti e 1.541 genitori che hanno risposto ad un questionario. Secondo la ricerca, nonostante i divieti, il 40% degli studenti tiene il telefonino acceso in classe, mentre è quasi sempre acceso tra i ragazzi delle superiori dove la percentuale sale all´80%. In aumento anche la percentuale dei ragazzi che scarica da internet le immagini da mettere sul cellulare. Secondo la ricerca, oltre la metà di loro ha visto, sui siti internet, video girati a scuola con il cellulare; percentuale che sale alle classi superiori. La ricerca suggerisce che bisogna lavorare sulle famiglie poiché, più che nella scuola, è nelle mani dei genitori la responsabilizzazione dei figli verso il cellulare, uno status simbolo diffuso fra tutte le fasce di età senza eccezioni. È necessario che i genitori non giustifichino sempre e comunque i figli e, eventualmente, limitino l´uso del cellulare. Il Presidente del Centro Studi Minori e Media pensa che “purtroppo emerge anche che il cellulare è diventato per molte famiglie una specie di cordone ombelicale verso i figli, uno strumento che supplisce all´assenza dei genitori, che invece possono motivarne l´uso massiccio col pretesto di vigilare sui figli”. Secondo la ricerca, oltre la metà di loro ha visto, sul sito You Tube o su altri siti, video girati a scuola con il cellulare; percentuale che sale ogni giorno. Il primo cellulare in alcuni casi arriva addirittura a 4 anni, mentre l´età media di acquisto del primo telefonino è scesa a 10-11 anni. Si legge nel rapporto che alcuni intervistati arrivano a possedere due o persino tre telefonini. E si fa sentire anche il costo delle ricariche, soprattutto per le famiglie: 20-50 euro al mese fino alle superiori, dopodiché, con il crescere degli anni i ragazzi spendono cifre più elevate. Un dato preoccupante è, secondo la ricerca, il 9% di bambini delle elementari che afferma di spendere oltre 50 euro al mese per ricaricare il telefonino. La cronaca registra che tre minorenni di 15, 16 e 17 anni, sono stati denunciati dopo aver dato alle fiamme alcune aule di una scuola media. Hanno filmato coi cellulari l´incendio della scuola, riprendendosi a vicenda in azione travisati con cappellini e sciarpe. L´intenzione era quella di non farsi riconoscere, per poi diffondere il filmato su internet. I giovani che, colti sul fatto non si sono dimostrati affatto pentiti, limitandosi a non dire nulla, dovranno rispondere dei reati di danneggiamento a seguito di incendio, furto di materiale scolastico e interruzione di pubblico servizio: due delle aule prese di mira oggi sono infatti chiuse, e le lezioni sono state trasferite in palestra.La legge prevede multe fino a 30 mila euro per quelli studenti che, senza il consenso della persona interessata, mettono in rete le riprese fatte coi videofonini a scuola. Ma non ci si illuda di aver archiviato la pratica del fenomeno di malcostume che negli ultimi anni hanno dimostrato che i ragazzi si sentono autorizzati a tutto tranne che a studiare. Senza divagare con un’analisi sociologica sulla maleducazione e i modelli che circolano nella società e nei media, basterebbe soffermarsi sul penoso stato della scuola e sullo stipendio umiliante e il riconoscimento sociale inferiore a quello di un idraulico. Inutile nasconderselo: insegnare è una professione di serie B. (Tratto da: La Stampa http://www.lastampa.it e http://canali.libero.it il 16/12/2007).
                                       Artes

                                       
                                   Sobre a história do teatro brasileiro

- o teatro brasileiro surgiu quando Portugal começou a fazer do Brasil sua colônia (Século XVI). Os Jesuítas, com o intuito de catequizar os índios, trouxeram não só a nova religião católica, mas também uma cultura diferente, em que se incluía a literatura e o teatro.
- nos primeiros anos da colonização no Brasil, os padres da Companhia de Jesus (Jesuítas), que vieram para o Brasil, tinham como principal objetivo a catequese dos índios. Eles encontraram nas tribos brasileiras uma inclinação natural para a música, a dança e a oratória. Ou seja: tendências positivas para o desenvolvimento do teatro, que passou a ser usado como instrumento de "civilização" e de educação religiosa, além de diversão.
 - de 1937 a 1945, a ditadura procura silenciar o teatro, mas a ideologia populista, através do teatro de revista, mantém-se ativa. Surgem as primeiras companhias estáveis do país, com nomes como: Procópio Ferreira, Jaime Costa, Dulcina de Moraes, entre outros.
 - na década de 90, no campo da encenação, a tendência à visualidade convive com um retorno gradativo à palavra por meio da montagem de clássicos. Dentro dessa linha tem destaque, o grupo Tapa, com Vestido de Noiva, de Nélson Rodrigues e A Megera Domada, de William Shakespeare.
. A dança é considerada uma das artes mais antigas, é também a única que dispensa materiais e ferramentas. Ela só depende do corpo e da vitalidade humana para cumprir sua função, enquanto instrumento de afirmação dos sentimentos e experiências subjetivas do homem. A dança do folclore popular brasileiro que apresenta personagens humanos e animais fantásticos, girando em torno da morte e ressurreição de um boi, é:  bumba-meu-boi.

. No transcorrer do ensino fundamental, o estudante poderá desenvolver sua competência estética e artística nas diversas modalidades da área de Arte (artes visuais, dança, música, teatro), tanto para produzir trabalhos pessoais e grupais quanto para que possa, progressivamente, apreciar, desfrutar, valorizar e julgar os bens artísticos de distintos povos e culturas, produzidos ao longo da história e na contemporaneidade.
 - Expressar e saber comunicar-se em artes, mantendo uma atitude de busca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas.
- Interagir com materiais, instrumentos e procedimentos variados em artes (artes visuais, dança, música, teatro), experimentando-os e conhecendo-os de modo a utilizá-los nos trabalhos pessoais.
- Compreender e saber identificar a arte como fato histórico contextualizado nas diversas culturas, conhecendo respeitando e podendo observar as produções presentes no entorno, assim como as demais do patrimônio cultural e do universo natural, identificando a existência de diferenças nos padrões artísticos e estéticos.
- Observar as relações entre o homem e a realidade com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, indagando, argumentando e apreciando arte de modo sensível.
.  Sobre a música:   - Composições, improvisações e interpretações são os produtos da música.  
                                                           
                                                           Sobre artes visuais:

 I- Além das formas tradicionais (pintura, escultura, desenho, gravura, arquitetura, artefato, desenho industrial), incluem outras modalidades que resultam dos avanços tecnológicos e transformações estéticas a partir da modernidade (fotografia, artes gráficas, cinema, televisão, vídeo, computação, performance).
II- Existem várias possibilidades de combinações entre imagens, por intermédio das quais os estudantes podem expressar-se e comunicar-se entre si de diferentes maneiras.  
. Uma pessoa ao ouvir um concerto musical em que um piano e um violino tocam uma sequência de notas iguais na mesma frequência consegue facilmente "separar" qual som pertence a qual dos dois instrumentos. Isto se deve à característica sonora que nos permite distinguir sons de mesma frequência e que foram produzidos por fontes sonoras distintas conhecidas.  Essa característica é:   o timbre.  
- Certo Festival de Cinema foi criado a partir de uma Mostra de Cinema, realizada em 1969, durante a Festa das Hortênsias. Em 1971, ainda durante a Festa das Hortênsias, foi realizada a 2ª Mostra de Cinema e naquele ano a celebridade foi Jece Valadão. O Cinema Embaixador era pequeno e sem nenhum conforto, mas ninguém ligava para isso. O sucesso provou que poderia existir um grande festival e que se transformaria no maior do Brasil, incluindo não apenas produções brasileiras, mas também filmes de origem latina. Como é conhecido esse festival?   Festival de Cinema de Gramado.  
.No tocante ao ensino da música:  É gerador de conhecimento, porque a música possui um campo teórico específico, relacionando-se com outras áreas e com a realidade do educando, desenvolve o pensamento artístico e a reflexão estética.
   
                                                     Sobre História da Música.

- O Período Clássico antecede o Período Romântico e sucede o Período Barroco.
- Schoenberg, Strawinsky e Bartok foram compositores importantes para a renovação da linguagem musical no século XX.
- Bach e Vivaldi são compositores do Período Barroco.
- A Bossa Nova é um subgênero musical derivado do samba e com forte influência do jazz estadunidense, surgido no final da década de 1950, no Rio de Janeiro.

 A dança  na escola, pode desenvolver na criança a compreensão de sua capacidade de movimento, através de um maior entendimento de como seu corpo funciona, podendo usá-lo expressivamente com maior inteligência, autonomia, responsabilidade e sensibilidade.      
- Os festivais da canção, exibidos por emissoras de TV entre 1966 e 1968, seduziram o público, abriram alas para o tropicalismo e mudaram o significado da expressão.  
- Em uma de suas edições, venceu Chico Buarque de Holanda com “A Banda”, cantada por Nara Leão. - Um grande sucesso de um desses festivais foi a música “Disparada”, de Geraldo Vandré e Théo de Barros, interpretada por Jair Rodrigues.
  -Através desses festivais, a música Pra não dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré, fez com que muitos brasileiros cantarolassem: "Nas escolas, nas ruas, campos e construções...", tornando-se um ícone na luta contra o regime militar no Brasil.
- Apresentaram uma safra raríssima de excepcionais compositores e intérpretes, como: Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e Edu Lobo.
- Sobre a avaliação em Artes,  os objetivos e os procedimentos didáticos devem ser considerados em conexão com os conteúdos e os modos de aprendizagem dos estudantes.

- O estético em Arte diz respeito:   à compreensão sensível-cognitiva do objeto artístico, inserido em um determinado tempo/espaço sociocultural.  
                 
      -  Sobre a contextualização histórica do ensino da Arte no Brasil:  

- O ensino da Arte no Brasil foi marcado por imposições e contradições e, assim como as demais disciplinas do currículo escolar, sofreu influências políticas, econômicas, sociais, históricas e culturais.
- Gradualmente, o ensino de Arte passou por reformulações metodológicas até atingir, no século XVII, uma nova posição na estrutura educacional brasileira, que está associado à expulsão dos padres jesuítas e às reformas propostas pelo Marquês de Pombal.

-  Arte é produto da criação humana, resultado do trabalho/ação do homem sobre a natureza, é eminentemente  social – nasce na e para a sociedade – e manifesta posições estéticas, éticas e políticas de uma determinada época, portanto, nunca é neutra.

- Como o ensino da Arte necessita de um processo sistemático de aprender a ver, a investigar e a pensar criticamente, deve haver uma metodologia que envolva as experiências de observar, analisar, interpretar e criar-transformar. Essa metodologia foi proposta pelo educador e pesquisador Ott (1988) e pode ser adaptada a diferentes realidades. É composta por cinco categorias que expressam ação. Qual delas proporciona dados para investigar a obra, a maneira como foi executada, o que foi percebido, investigando os elementos formais nas composições cênicas, corporais, musicais e visuais levando à compreensão básica das linguagens artísticas e das habilidades e técnicas utilizadas pelos produtores?  analisando   
- Sobre os objetivos do ensino da Arte:  
- Desenvolver a sensibilidade estética, possibilitando ao educando apreciar, criar, refletir e elaborar seus próprios sentidos com relação ao mundo à sua volta, além de aprimorar as capacidades perceptivas, inventivas, imaginativas e criativas do educando.
- Deve propiciar o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética que caracterizam um modo próprio de ordenar e de dar sentido à experiência humana, desenvolvendo com o educando, a sensibilidade, a percepção e a imaginação no domínio do conhecimento artístico, necessárias para compreender a Arte como meio de humanização da realidade.   

- A música é uma das formas de expressão da Arte. Quando inserida num contexto histórico, pode ser de grande ajuda no desvendar do mesmo. A seguir são apresentados alguns versos da música Cálice, de Chico Buarque. Pai, afasta de mim esse cálice De vinho tinto e de sangue. Como beber dessa bebida amarga Tragar a dor, engolir a labuta Mesmo calada a boca, resta o peito Silêncio na cidade não se escuta. O contexto histórico nacional que o autor faz referência, na produção desse "hino"?   À repressão do regime militar dos "anos de chumbo".
- Sobre a Semana da Arte Moderna no Brasil, em 1922,  
 - Foi uma explosão de ideias inovadoras, que aboliam por completo a perfeição estética tão apreciada no século XIX.
- Os artistas brasileiros buscavam uma identidade própria e a liberdade de expressão.  

- Na proposta geral dos Parâmetros Curriculares Nacionais, Arte tem uma função tão importante quanto a dos outros conhecimentos no processo de ensino e aprendizagem. A área de Arte está relacionada com as demais áreas e tem suas especificidades. Com respeito à Arte e a Educação, um certo princípio do século XX fazia com que ao professor destinava-se um papel cada vez mais irrelevante e passivo. A ele não cabia ensinar nada, e a arte adulta deveria ser mantida fora dos muros da escola, pelo perigo de macular a espontaneidade infantil. Esse princípio era o  da livre expressão.   


Bibliografia:  Arte- coleção  projeto  Araribá, moderna

Sociologia e Filosofia da Educação- EAD

            Sociologia e Filosofia da Educação- EAD

 A Sociologia discute a natureza dos fatos sociais buscando refletir como eles se explicam, pois os fenômenos sociais não são considerados casuais ou aleatórios, mas como portadores de regularidades e previsão, podendo se constituir como objetos de estudos científicos, em que comportam generalizações, teorias e princípios. As influências do pensamento de Marx e Weber e as discussões propostas por Bourdieu contribuíram, sistematicamente, para a ampliação de uma leitura crítica acerca do papel da educação na sociedade.
“A sociologia tem uma importante contribuição a dar no entendimento da organização da educação. A análise da educação ou do modo de ser desta, de acordo com os parâmetros do conhecimento sociológico, envolve questionamentos amplos a respeito de concepções sobre a natureza humana e a natureza da sociedade e das formas de justificação e legitimação de ações e política educacionais, o que inclui discutir o direito universal à educação e aos benefícios da produção cultural, assim como os mecanismos de transmissão e assimilação de conhecimentos e os diferentes processos de socialização. Durkheim, Marx e Weber, pensadores nascidos na Europa do séc. XIX – o centro das decisões e do dinamismo político. (...) Estudiosos profundamente inseridos na vida social e política de seu tempo e preocupados com o entendimento da vida social e das relações indivíduo e sociedade. Cada um a seu modo e de acordo com suas concepções e projetos de sociedade construíram teorias explicativas que, no conjunto, se apoiaram em estudos históricos e análises culturais” (p. 07-08). TURA, Mª de Lourdes (org). Sociologia para Educadores. Rio de Janeiro: Quartet, 2004.
As influências do pensamento de Marx e Weber e as discussões propostas por Bourdieu contribuíram, sistematicamente, para a ampliação de uma leitura crítica acerca do papel da educação na sociedade. Diante disso, podemos afirmar que: Pierre Bourdieu formulou o conceito de capital cultural, como esquema explicativo, para dar conta da desigualdade de desempenho escolar de crianças oriundas de diferentes classes sociais, procurando relacionar o “sucesso escolar” com a distribuição desse capital específico entre as classes ou frações de classe.  Para Bourdieu, a escola tem um papel ativo no processo social de reprodução das desigualdades sociais,ao dissimular as bases sociais e convertê-las em diferenças acadêmicas e cognitivas,relacionadas aos méritos e dons individuais.  Através de processos de inculcação e legitimação de determinados tipos de conduta e de certos bens culturais, Weber, em sua obra, demonstra como se estabelece o processo de manutenção e de reprodução de modelos reinantes na estrutura social.  Para Marx, o homem é um sujeito ativo e criativo, que existe se modificando, se superando, e só podemos nos aproximar dele através do que ele faz. O trabalho é a forma inicial – e persistente – da capacidade de os homens agirem como homens.   Marx não escreveu especificamente sobre educação, extraiu as conseqüências da sua concepção do homem e da sua concepção da história para os socialistas enfrentarem os problemas da área da educação. Algumas conclusões, entretanto, nos parecem claras a respeito dos desdobramentos das suas idéias nas batalhas travadas pelos educadores socialistas.   Para Bourdieu, o conceito de habitus se constitui num sistema de disposições duráveis e transponíveis que, integrando todas as experiências passadas, funciona a cada momento como uma matriz de percepções, de apreciações e de ações. Além disso, torna possível a realização de tarefas infinitamente diferenciadas, graças às transferências analógicas de esquemas.
Segundo Luckesi (1994), a Filosofia fornece à educação uma reflexão sobre a sociedade na qual está situada, sobre o educando, sobre o educador e para onde esses elementos podem caminhar. As tendências filosófico-políticas servem para que possamos compreender o papel da educação. São filosóficas, por nos indicar o seu sentido; e políticas, por constituir o direcionamento e a intenção da ação pedagógica.  Tendência Reprodutora pode ser denominada de “crítica” tanto na medida em que não cede ao ilusório otimismo quanto na medida em que interpreta a educação dimensionada dentro dos determinantes sociais, com possibilidades de agir estrategicamente.
A Filosofia da Educação apresenta três tendências filosófico-políticas que influenciam acerca do valor e do sentido da educação na e para a sociedade. Essas correntes são denominadas de redentora, reprodutora e transformadora.
Filosofia e educação são áreas que apresentam correlações em todas as sociedades, vinculadas no tempo e no espaço. Partindo dessa premissa, é correto afirmar que a Filosofia fornece à educação uma reflexão sobre as concepções que fundamentam a função da escola, do ensino e da docência. A filosofia da educação desempenha papel relevante na formação do docente no sentido de fundamentar a sua práxis, contribuindo para que ele possa refletir criticamente sobre as diversas formas de pensar a realidade educacional. Nesse sentido, a filosofia da educação possibilita ao professor:  acompanhar reflexiva e criticamente a atividade educacional para explicitar os seus fundamentos.  Refletir sobre escolhas, objetivos e finalidades educativas, tornando a ação pedagógica mais coerente com o fim que se deseja atingir.  Fundamentar teoricamente a sua prática, no preparo técnico e na fundamentação filosófica de sua atividade.
Na tradição filosófica, além das análises antropológicas, axiológicas e epistemológicas, a filosofia apresenta função interdisciplinar na busca de integrar o conhecimento. Na filosofia, a análise axiológica da educação contribui significativamente para pensarmos o homem como sujeito reflexivo, que age intencionalmente em função de finalidades a atingir. A axiologia preocupa-se em  versar sobre os valores e sua natureza, supondo a intersubjetividade dos indivíduos nas suas ações sócio-históricas e dialéticas .

 Criador da sociologia da educação, autor de uma teoria que se opõe vivamente ao idealismo, corrente segundo a qual a sociedade é formada pelo ‘espírito’ ou ‘consciência’ humana, Durkheim acreditava que a educação exerce um papel fundamental na construção social do humano, ao permitir que os indivíduos assimilem uma série de normas e princípios elaborados coletivamente para orientar sua conduta. Nesse sentido, postulava que  o homem é um produto da sociedade.  

De acordo com a Sociologia Funcionalista de Émile Durkeim, importante sociólogo francês, (1858-1917),os laços que unem os membros de uma sociedade entre si são denominados de solidariedade,que pode ser orgânica ou mecânica.  E considerava os fatos sociais como ‘’coisas’’, o que significa que a sociedade não é uma abstração, ela tem uma existência objetiva e exterior aos indivíduos, moldando-os através do processo de socialização e da educação formal.  A construção do ser social é feita pela educação, por meio da assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios que balizam a conduta desse indivíduo em um grupo, sendo o homem, nessa perspectiva, um produto da sociedade. Segundo Durkeim,são três as características que distinguem os fatos sociais como: coerção,exterioridade e generalidade.
Do latim coercĭo, coerção é uma pressão que se exerce sobre uma pessoa para forçar/obrigar a uma conduta ou uma mudança na sua vontade. A coerção, por conseguinte, está associada à repressão, à restrição ou à inibição.

 Exterioridade – quando o indivíduo nasce, a sociedade já está organizada, com suas leis, seus padrões, seu sistema financeiro, etc.; cabe ao indivíduo aprender, por intermédio da educação, por exemplo.
Generalidade – os fatos sociais são coletivos, ou seja, eles não existem para um único indivíduo, mas para todo um grupo, ou sociedade. 
O estado é o órgão vital, funciona como o cérebro da sociedade e, desse modo, sua tarefa é zelar pela moral social, a partir de interesses coletivos e não por meio de interesses individuais.
O Estado deve conduzir, supervisionar e orientar a Educação,de modo que o ato de educar esteja livre de paixões individuais, pois são os valores morais da sociedade e não as vontades pessoais que devem definir o sistema de ensino.
Para Durkheim, os fins da educação variam com os estados sociais, com as diversas espécies da sociedade, com os diferentes tempos e situações históricas. É a coletividade que impõe os fins da ação educativa.  A constituição do ser social, que se contrapõe a ideia de um desenvolvimento espontâneo e de uma natureza universal e imutável, realiza-se através do processo de socialização. Por esse processo de aprendizagem social se dá a interiorização do conjunto de maneiras de ser, sentir, pensar e agir, próprios do meio social em que vive.  De acordo com a visão durkeimiana, uma concepção de homem é construída progressivamente, de acordo com as lentas transformações que se dão no interior das organizações sociais. Há uma correspondência entre o ideal de homem e as necessidades sociais de um tempo e lugar.
Segundo Émile Durkheim, a educação constitui elemento integrador da sociedade, sendo pais e professores agentes sociais responsáveis pela inculcação de valores sociais nos educandos.

A Reflexão Filosófica e suas características, conforme propostas por Saviane preza que por modos investigativos, por exemplo,frente ao tecido social,a Reflexão Filosófica é radical,rigorosa e de conjunto.
No que se refere as propostas educacionais anarquista,intelectualista e ao pragmatismo na Filosofia da Educação,o pragmatismo,no âmbito educacional,defende que a escola deve ser transformada em uma comunidade de investigação científica,pois no  espaço escolar a aprendizagem deve apresentar problemas aos alunos e estimulá-los a buscarem soluções e dentre as críticas aplicadas a proposta educacional intelectualista,consta a perspectiva da Escola Nova para a qual o professor deve ser considerado um facilitador da aprendizagem e o aluno é visto como cenntro do processo do ensino-aprendizagem.
O conceito que define o anarquismo é a autogestão, que significa que toda e qualquer imposição de autoridade deve ser abolida. A autogestão é contrária a concepção de heterogestão,que é uma característica de toda sociedade que desenvolve regras e leis por meio de um núcleo de poder e cabe aos outros acatarem sua decisão.
De acordo com a vertente teórica elaborada por Louis Althusser,o Estado é composto por dois tipos de aparelhos que difundem e impõem a ideologia da cultura capitalista: o Aparelho Repressivo do Estado e os Aparelhos Ideológicos de Estado. Nesse sentido, dentre os aparelhos ideológicos de Estado, a escola ocupa um papel de grande destaque porque a escola pode ensinar a ideologia da submissão e possibilita,assim,a exploração dos trabalhadores. Louis Althusser, herdeiro intelectual de Karl Marx, elaborou crítica radical aos sistemas de ensino, denunciando o seu caráter de classe e de aparelho ideológico do Estado.
‘’A proposta da filosofia da educação de Rousseau propõe o entendimento de que a criança não deve ser tratada como um adulto em miniatura, que a educação não deve adaptar e adestrar a criança. Nesse sentido, alerta para a importância da compreensão da especificidade da criança. A criança deve aprender a conviver com seus desejos e entender os seus limites e, então, deverá se tornar um adulto dono de si mesmo’. (ARANHA,2006, p.210).
O desenvolvimento e o processo de aprendizagem estão ligados ao meio social em que a criança vive e tem acesso aos materiais culturais. E é na escola que ela que ela vivenciará trocas de experiências e aprendizagem ricas em afetividade e descobertas.  Embora as fases de desenvolvimento já tivessem sido apontadas por outros pensadores, foi Rousseau quem mostrou a importância delas na educação. A primeira fase, até os cinco anos, era uma fase animal, com o aparecimento do primeiro sentimento de si mesmo. Aos doze anos o indivíduo torna-se consciente de si mesmo, é o momento da vida em que o racional desperta, sendo um ser isolado, a criança não desfruta ainda da vida moral. E na fase seguinte, da puberdade, o sexo é visto por Rousseau como o fator mais importante da vida do indivíduo. Com o surgimento dos mais altos sentimentos, a vida moral evolui naturalmente.
            Se cada fase da vida tem a sua existência própria, a educação inicial não mais poderia ser considerada uma preparação à vida. Ele lembrou às mães a importância da amamentação, e disse que não se deveria moldar o espírito das crianças de acordo com um modelo estabelecido.
            Rousseau propôs a criança, primeiro o brinquedo e esportes. Na agricultura, a criança aprende a usar a pá e os instrumentos de outros ofícios. Através destas atividades, a criança estaria medindo, contando, pensando e comparando. Além destas tarefas, a linguagem, o canto, a aritmética e a geometria seriam desenvolvidos com atividades relacionadas com a vida.
O ser humano deve formar sua personalidade de forma a ser um homem natural que se satisfaz, tendo assim opinião própria e buscando se conhecer cada vez mais e não satisfazer apenas as outras pessoas. Pois o período que constitui a adolescência é um estado turbulento de mudanças.
Em uma perspectiva transformadora, compreende-se a educação como parte da sociedade, com seus condicionantes,determinantes e seus projetos,que podem ser conservadores ou não,mas com a possibilidade de trabalhar pela democratização dessa sociedade.
Para Rubem Alves, o melhor professor é o “professor de espanto”. É aquele que instiga o aluno a pensar e a buscar conhecimento, não de uma forma autoritária, mas de uma forma encantatória. O professor não dá respostas, que já estão nos livros e na internet, mas instiga a curiosidade. Faz com que a criança e o adolescente não percam o espanto com o mundo. “É o professor que não sabe nada”, diz Rubem Alves em um documentário, “ele não precisa saber nada, ele não precisa saber as respostas, mas ele fica espantado. A missão do professor seria pegar os alunos e mostrar os espantos para eles. Por exemplo: o espanto da mosca azul, o espanto dos caramujos, fazer as crianças pensarem. Ou quem sabe não professor de espanto, cada professor devia ser um professor de espantos, antes de serem professores que dão as respostas.”
Conforme Morin, sobre o conhecimento na educação do futuro,o conhecimento pertinente deve reconhecer o caráter multidimensional do ser humano e da sociedade.
Edgar Morin, em 1999 e nele, o filósofo tece reflexões acerca da educação do século XXI, mostrando que é necessário repensar as práticas pedagógicas contemporâneas.

1º Saber - Conhecimento

O primeiro dos sete saberes diz respeito ao Conhecimento. Ao obter conhecimento através do ensino, estamos obtendo saberes, no entanto, há nesse contexto erro e ilusão os quais são associações do ensino que transcorre das crenças passadas. Em assim sendo, o conhecimento é conseqüência de uma reconstrução formado de palavras e idéias, ou seja, linguagem e pensamento, correndo então risco de erro. Esse erro advém porque cada indivíduo na construção de uma linha de pensamento tem sua interpretação da realidade diferente dos demais. Acrescentem-se aí as diferenças culturais, sociais e de origem que por si só são fatores que desencadeiam modos divergentes de pensar a mesma situação. O prisma daí originado, também leva ao erro e à ilusão porque cada povo estará de posse da “razão e da verdade” vendo-a unicamente de acordo com a sua cultura e origem.

2º Saber - O conhecimento pertinente

Este saber aborda o ensino multidisciplinar. O conhecimento fragmentado, disciplinar não fornece o conhecimento do todo, da realidade total. As conexões existentes entre as disciplinas, inserida em determinado contexto, leva ao conhecimento amplo. Essa capacidade de contextualizar dados e conhecimentos devem ser estimuladas no ensino, tendo a ótica global e multidimensional, passando pela complexidade, ou seja ligar a unidade à multiplicidade.

3º Saber - Identidade humana

Como indivíduos pertencentes a uma sociedade e de mesma espécie – a espécie humana – movidos pela cultura, pois dentro dela nascemos, mantemos uma relação indivíduo-sociedade-espécie gerando uma trindade humana. O ensino do futuro deve contemplar essa interação, mostrando que o homem sendo unidade faz parte da diversidade e da multiplicidade. O ensino da literatura e da poesia aborda essa complexidade humana, promovendo também conhecimentos além das ciências sociais, fazendo-nos refletir e compreender a complexidade humana.
4º Saber – Compreensão humana
A palavra compreender – vinda do latim compreendere – significa colocar junto todos os elementos de explicação, ou seja, diversos meios para compreender um assunto. Todavia, a compreensão humana vai além: insere também a empatia e a identificação. Com este entendimento, podemos sair da zona egoística e transformar a sociedade individualista, compreendendo não só a nós mesmos como também aos outros.

5º Saber – A Incerteza

 Ensinar o princípio da incerteza significa ensinar a ter a consciência do surgimento do inesperado. Trabalhar com a idéia de que não existe determinismo no progresso; que previsões podem ou não concretizarem-se; que a coragem é um valor que conta para o enfrentamento da realidade. Enfim, Morin afirma: “É necessário tomar consciência de que as futuras decisões devem ser tomadas contando com o risco do erro e estabelecer estratégias que possam ser corrigidas no processo da ação, a partir dos imprevistos e das informações que se tem.”

6º Saber – A Condição Planetária

Este sexto saber implica na consciência planetária. Ameaças letais se expandem no planeta e compreender que todos os elementos do problema estão interligados uns nos outros favorece à solução. A humanidade vive numa macro comunidade de destino comum e aquilo que ameaça a sobrevivência de um ser no Oriente, tem implicações no indivíduo do Ocidente. Todos e tudo está interligado.

7º Saber – Antropo-ética

Este último aspecto trata da moral e ética humana. Voltando a abordar a trindade indivíduo-sociedade-espécie, podemos ver que os problemas morais e éticos “diferem a depender da cultura e da natureza humana.” Então, orientar o indivíduo a exercer sua responsabilidade social, desenvolvendo sua capacidade cidadã fomentando um trabalho de consciência responsável diante do micro e do macro.

Os Sete Saberes não pretendem destruir disciplinas, porém integrá-las para desenvolver a visão global, a visão do todo “e hoje que o planeta já está, ao mesmo tempo, unido e fragmentado, começa a se desenvolver uma ética do gênero humano, para que possamos superar esse estado de caos e começar, talvez, a civilizar a terra.”


Na sociedade contemporânea, a inserção da escola no contexto da modernidade implica, entre outros desafios, o exercício habitual da democracia como prática, o desenvolvimento de conteúdos relacionados à realidade cotidiana dos alunos e o envolvimento da comunidade em suas atividades.

Bons Estudos!
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Rubem Braga

                                                        AS LUVAS 


Só ontem o descobri, atirado atrás de uns livros, o pequeno par de luvas pretas. Fiquei um instante a imaginar de quem poderia ser, e logo concluí que sua dona é aquela mulher miúda, de risada clara e brusca e lágrimas fáceis, que veio duas vezes, nunca me quis dar o telefone nem o endereço, e sumiu há mais de uma semana. Sim, suas mãos são assim pequenas, e na última noite ela estava vestida de escuro, os cabelos enrolados no alto da cabeça. Revejo-a se penteando, com três grampos na boca; lembro-me de seu riso e também de suas palavras de melancolia no fim da aventura banal. Eu quis ser cavalheiro, sair, levá-la em casa. Ela aceitou apenas que eu chamasse um táxi pelo telefone, e que a ajudasse a vestir o capote; disse que voltaria... Talvez telefone outro dia, e volte; talvez, como aconteceu uma vez, entre suas duas visitas, fique aborrecida por me telefonar em uma tarde em que tenho algum compromisso para a noite. “A verdade” — me lembro dessas palavras de uma tristeza banal —”é que a gente procura uma aventura assim para ter uma coisa bem fugaz, sem compromisso, quase sem sentimento; mas ou acaba decepcionada ou sentimental...” Lembrei-lhe a letra de uma velha música americana: “I am getting sentimental over you”. Ela riu, conhecia a canção, cantarolou-a um instante, e como eu a olhasse com um grande carinho meio de brincadeira, meio a sério, me declarou que eu não era obrigado a fazer essas caras para ela, e dispensava perfeitamente qualquer gentileza e me detestaria se eu quisesse ser falso e gentil. Juntou, quase nervosa, que também não lhe importava o que eu pudesse pensar a seu respeito; e que mesmo que pensasse o pior, eu teria razão; que eu tinha todo o direito de achá-la fácil e leviana, mas só não tinha o direito de tentar fazê-la de tola. Que mania que os homens têm... Interrompi-a. Que ela, pelo amor de Deus, não me falasse mal dos homens; que isso era muito feio; e que a seu respeito eu achava apenas que era uma flor, um anjo “y muy buena moza”. Meu bom humor fê-la sorrir. Na hora de sair disse que ia me dizer uma coisa, depois resolveu não dizer. Não insisti. “Telefono”. E não a vi mais. Com certeza não a verei mais, e não ficaremos os dois nem decepcionados nem sentimentais, apenas com uma vaga e suave lembrança um do outro, lembrança que um dia se perderá. Pego as pequenas luvas pretas. Têm um ar abandonado e infeliz, como toda luva esquecida pelas mãos. Os dedos assumem gestos sem alma, e todavia tristes. É extraordinário como parecem mortas e ao mesmo tempo ainda carregadas de toda a tristeza da vida. A parte do dorso é lisa; mas pelo lado de dentro ficaram marcadas todas as dobras das falanges, ficaram impressas, como em Verônica, as fisionomias dos dedos. É um objeto inerte e lamentável, mas tem as rugas da vida, e também um vago perfume. O telefone chama. Vou atender, levo maquinalmente na mão o par de luvas. A voz é de mulher e hesito um instante, comovido. Mas é apenas a senhora de um amigo que me lembra o convite para o jantar. Visto-me devagar, e quando vou saindo vejo sobre a mesa o par de luvas. Seguro-o um instante como se tivesse na mão um problema; e o atiro outra vez para trás dos livros, onde estavam antes. (BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. Ed Record, Rio de Janeiro, 2002.)