sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021
PAULO FREIRE
Para Paulo Freire (1921 - 1997), a missão do professor é possibilitar a criação ou produção de conhecimentos. Ele não comungava da concepção de que o aluno precisa apenas de que lhe sejam facilitadas as condições para a autoaprendizagem. Freire previa para o professor um papel diretivo e informativo – portanto, o professor freireano não pode renunciar a exercer autoridade a que o lugar docente confere. Ao propor uma prática em sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos, Freire condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das escolas, que ele qualificou de educação bancária.
Para Paulo Freire (1996), ensinar a pensar certo exige, entre outras coisas, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação. Em relação a esse posicionamento, é correto afirmar, a recusa ao velho não é apenas cronológica, o velho que preserva sua validade ou que encarna uma tradição continua novo. No pensar certo, existe a rejeição a qualquer forma de discriminação. A prática preconceituosa de raça, de classe, de gênero nega a democracia e pensar certo a ser ensinado concomitantemente com o ensino dos conteúdos não é um pensar desligado do fazer certo.
Segundo Freire, “[...] o progresso científico e tecnológico que não responde fundamentalmente aos interesses humanos, às necessidades de nossa existência, perdem, para mim, sua significação”. Pois segundo Freire, aquele que apresenta as condições em que o avanço tecnológico deve se enquadrar. Todo avanço tecnológico haveria de corresponder ao empenho real de resposta imediata a qualquer desafio que pusesse em risco a alegria de viver dos homens e das mulheres.
Um avanço tecnológico que pretende esmagar a liberdade dos outros, de fazer e de ser, não poderia se concretizar. Um avanço tecnológico que ameaça milhares de mulheres e homens de perder seu trabalho deveria corresponder outro avanço tecnológico que estivesse a serviço do atendimento das vítimas do progresso anterior.
Segundo Freire, “[...] a negação da experiência formadora é que dificulta ou inibe a curiosidade do educando e, em consequência, a do educador. É que o educador que, entregue a procedimentos autoritários ou paternalistas que impedem ou dificultam o exercício da curiosidade do educando, termina por igualmente tolher a sua própria curiosidade” (FREIRE, p. 94, 1997). Segundo Freire, a caracterização do professor que proporciona a experiência formadora aos alunos. O bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento de seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas.
sábado, 6 de fevereiro de 2021
SUPERVISOR EDUCACIONAL
O grande papel fundamental do supervisor é ser o grande harmonizador do ambiente da escola e uma parte essencial do trabalho dos líderes educativos é fazer com que todos os professores se sintam especiais na organização. Deste modo é essencial que estes revelem empatia para com os colaboradores de modo a criar uma comunidade escolar caracterizada por uma atmosfera de bem estar, optimismo, desenvolvimento, ordem e tranquilidade. Pode-se dizer que cabe aos decisores e líderes educativos Envolver ativamente os professores no processo de tomada de decisões. Avaliar as necessidades dos professores e dar-lhes provimento. Apoiar os professores com elogios e encorajamento; valorizar as iniciativas dos professores. Partilhar com os professores os êxitos da organização; mostrar disponibilidade para ouvir e ser solícito.
São funções do supervisor educacional acompanhar o processo ensino-aprendizagem, coordenar a elaboração do currículo, interpretar os parâmetros legais, promover a integração de estudos e práticas. Realizar as mediações entre as exigências das políticas públicas e as práticas pedagógicas dos docentes. A responsabilidade pelo desenvolvimento de programas e planejamentos avaliativos e métodos de ensino e recuperação.
CURRÍCULO ESCOLAR
A palavra currículo associam-se distintas concepções, que derivam dos diversos modos de como a educação é concebida historicamente, bem como das influências teóricas que a afetam e se fazem hegemônicas em um dado momento. As discussões sobre o currículo incorporam, com maior ou menor ênfase, discussões sobre os conhecimentos escolares, sobre os procedimentos e as relações sociais que conformam o cenário em que os conhecimentos se ensinam e se aprendem, sobre as transformações que desejamos efetuar nos alunos e alunas, sobre os valores que desejamos inculcar e sobre as identidades que pretendemos construir.
A palavra currículo tem sido também utilizada para indicar efeitos alcançados na escola, que não estão explicitados nos planos e nas propostas, não sendo sempre, por isso, claramente percebidos pela comunidade escolar. Trata-se do chamado currículo oculto, que envolve, dominantemente, atitudes e valores transmitidos, subliminarmente, pelas relações sociais e pelas rotinas do cotidiano escolar. Fazem parte do currículo oculto, assim, rituais e práticas, relações hierárquicas, regras e procedimentos, modos de organizar o espaço e o tempo na escola, modos de distribuir os alunos por grupamentos e turmas, mensagens implícitas nas falas dos(as) professores(as) e nos livros didáticos.
Diferentes fatores socioeconômicos, políticos e culturais contribuem para que o currículo venha a ser entendido como, os processos de avaliação que terminam por influir nos conteúdos e nos procedimentos selecionados nos diferentes graus da escolarização, os objetivos a serem alcançados por meio do processo de ensino, os conteúdos a serem ensinados e aprendidos, os planos pedagógicos elaborados por professores, escolas e sistemas educacionais e as experiências de aprendizagem escolares a serem vividas pelos alunos.
A educação escolar ao delinear o papel da instituição escolar não se está buscando uma uniformização dos estabelecimentos escolares, uma vez que cada escola tem sua história, suas peculiaridades e sua identidade. O objetivo é identificar os aspectos desejáveis e comuns a todas as escolas brasileiras responsáveis pela educação fundamental. A educação escolar deve constituir-se em uma ajuda intencional, sistemática, planejada e continuada para crianças, adolescentes e jovens durante um período contínuo e extensivo de tempo, diferindo de processos educativos que ocorrem em outras instâncias, como na família, no trabalho, na mídia, no lazer e nos demais espaços de construção de conhecimentos e valores para o convívio social. Deve ser evitada a abordagem simplista de encarar a educação escolar como o fator preponderante para as transformações sociais, mesmo reconhecendo-se sua importância na construção da democracia aquilo que está ao mesmo tempo entre as disciplinas, através das disciplinas e além de qualquer disciplina, tendo como finalidade a compreensão do mundo presente, para o qual um dos imperativos é a unidade do conhecimento
O ensino escolar será ministrado com base nos seguintes princípios, vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. Valorização do profissional da educação escolar, consideração com a diversidade étnico-racial.
sábado, 30 de janeiro de 2021
EDUCADOR INFANTIL
A etapa do processo educacional em que a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) estabelece a Educação Infantil é a Primeira, da educação básica.
No período de adaptação, é comum as mães dizerem que se sentem culpadas por estarem ”abandonando” seus filhos na creche. A postura que a instituição deve ter é a de orientá-las.
O trabalho na área de motricidade fina desenvolve a habilidade dos pequenos músculos.
A importância das atividades artísticas no contexto da educação infantil se deve à consciência de que, no processo de aprendizagem artística, a criança vivenciará um percurso de criação e construção individual que envolve escolhas, experiências pessoais, aprendizagem, relação com a natureza e motivação interna e externa.
O atendimento à criança na faixa etária de 0 a 1 (ano) ainda é o mais questionado, não só pela sua precocidade como também pelo tipo de atendimento que se deve prestar a ela. Os estudos mais recentes, porém, nos apontam direções a serem seguidas, como as que se encontram em as educadoras de berçários devem ser receptivas e devem estabelecer um vínculo significativo com os bebês, percebendo suas características e necessidades individuais. O ambiente do berçário deve ser amplo e arejado, bem como muito bem planejado, para que eles possam explorá-lo e interagir com outros bebês, ampliando assim sua experiência com o mundo. .
As crianças na faixa etária de 0 a 4 (anos) utilizam, essencialmente, determinados recursos para aprenderem e se desenvolver. Alguns deles são a imitação, a linguagem e o faz-de-conta.
A organização do currículo, já na creche e pré-escola, tem sido feita através de projetos didáticos, que são propostos como uma estratégia de ensino. Sobre essa abordagem podemos dizer que o trabalho se organiza a partir de temas que abrem possibilidades para a criança integrar, criar relações e entender de forma ampla seu ambiente, atribuindo-lhe significados.
As histórias infantis com seus enredos fantásticos, cheias de movimento, surpresas e espantos, retratam bem o pensamento pré-operatório da criança. Por isso, ela entende e percebe com facilidade as situações descritas, que correspondem, especialmente, a uma característica de seu pensamento nessa fase. Essa característica é denominada animismo.
Pode-se dizer que, para Piaget, ensinar significa observar, acompanhar e encorajar o pensamento da criança.
Uma das grandes contribuições do pensamento de Vygotsky à Educação é a ênfase que dá ao papel do professor como mediador e promotor de desenvolvimento: ele deve ser ativo em suas intervenções, pois é assim que contribui para que a criança alcance, entre outras, as formas superiores de pensamento.
As discussões que envolvem a luta a favor das crianças com necessidades educativas especiais e por uma escola inclusiva são antigas. A legislação brasileira (Constituição/1988; LDB/1996; ECA /1999) posiciona-se do seguinte modo, considerando as crianças com necessidades educativas especiais como crianças que devem conviver com as outras crianças, compartilhando os mesmos ambientes - inclusive o escolar - com toda a complexidade habitual que eles possam apresentar.
Quando se considera a segurança da criança dentro da creche, o importante é que trepa-trepas, escorregas e gangorras sejam de construção sólida, firmes ao chão e longe de muros.
O procedimento ideal na troca de fraldas é lavar corretamente as mãos após a troca de fraldas, evitando assim o risco de transmissão de doenças para o funcionário e outras crianças;
A nova L.D.B., promulgada em dezembro de 1996, estipula que os profissionais que atuam diretamente junto a crianças de 0 a 6 anos devem ser professores (modalidade normal médio) e/ou ter formação superior. Além dessas formações, é consenso que os educadores devem receber uma formação continuada em seu próprio local de trabalho. A formação em serviço deve oferecer um espaço de reflexão sobre suas ações cotidianas, que levem a questionamentos e consequente desenvolvimento pessoal e profissional, com ações intencionais e coerentes com o projeto político pedagógico.
Muito se tem discutido sobre a rotina no cotidiano das instituições de educação infantil. Sobre ela pode-se dizer que é um instrumento que dinamiza a aprendizagem e é grande facilitadora do desenvolvimento e das percepções da criança sobre o tempo e o espaço; a rotina é fonte de segurança para a criança, orientando não só suas ações como também as do educador.
De acordo com a abordagem interacionista, um dos aspectos que devem ser levados em conta pelo educador e que contribui para o sucesso de novas aprendizagens é a troca vivida entre crianças da mesma idade e de idades diferentes em situações diversas como fator de promoção da aprendizagem, do desenvolvimento e da capacidade de relacionar-se.
A busca e a opção pela criação coletiva de crianças em instituições de educação infantil, desde o berçário, vêm aumentando muito nos últimos 20 anos, não só junto à população de baixa renda como também junto às camadas mais favorecidas. Essa tendência ocorre por vários fatores. Dois deles são o desenvolvimento de políticas públicas e a construção de novos conhecimentos sobre o desenvolvimento das crianças e sobre educação infantil.
Falar de educação infantil de qualidade, hoje, é falar de direito da criança.
Quando se considera o fator prevenção na cozinha e na alimentação de uma creche, leva-se em conta que os alimentos não devem ser estocados junto a material de limpeza ou tóxico porque é extremamente perigoso.
Hoje o trabalho em creches e pré-escolas conta com uma aprovação social infinitamente maior do que há alguns anos. Nesse momento, os debates apontam para a necessidade de que as creches promovam um tipo de trabalho que valorize e incorpore, de modo integrado, as funções de educar e de cuidar.
EDUCADOR INFANTIL
O apego é a primeira relação afetiva que o ser humano estabelece com a mãe. Mas apesar de a mãe ser a primeira figura, o bebê tem capacidade de estabelecer outras relações afetivas. No momento em que o bebê se distancia da figura de apego é importante que se sinta apoiado para explorar o ambiente.
O sono não deve ser entendido da mesma maneira para cada faixa etária. Sabemos que cada criança possui um ritmo próprio em relação às horas de sono de que necessita para descansar. Algumas instituições costumam pôr as crianças para dormir viradas para a parede ou mesmo colocam músicas tranquilas, não é válida a atitude de obrigar as crianças da creche a dormir após o almoço pois essas estratégias são, na verdade, uma violência e representam um desrespeito ao direito da criança não, deve-se proporcionar atividades alternativas para aqueles que não querem dormir, embora saibamos que o descanso é importante.
Em geral, os ambientes infantis são pobremente planejados pois são orientados para atender às necessidades dos alunos ou a grupos como um todo. Na verdade, é muito recomendável que ambientes institucionais ofereçam oportunidades para que as crianças desenvolvam funções essenciais como as descritas a seguir, promover a identidade pessoal da criança, promover oportunidades de crescimento, fornecer oportunidades de movimentos corporais e estruturação dos sentidos e promover sensação de segurança e oportunidade para o contato social.
As crianças de zero a três anos aprendem os movimentos de preensão das mãos, a engatinhar e a andar, o controle dos esfíncteres, a falar e a expressar seus sentimentos e vontade e a conversar com os outros.
A escolha dos referenciais teóricos e o estudo de seus pressupostos constituem uma atividade crucial para o professor na educação infantil. Na medida em que se afirma que a criança é um ser social, torna-se necessário explicar os fenômenos de natureza psicológica presentes nas interações humanas. Na visão de Vygotsky, o educador deve, nesse caso, assumir a perspectiva sócio- histórica.
Uma instituição para o atendimento de crianças de zero a cinco anos pode estar localizada em uma certa comunidade mas não fazer parte dela. Muitas vezes, as instituições mantêm-se isoladas e fechadas para seu meio. Se desejarmos criar uma instituição que tenha um projeto educativo realmente articulado com a comunidade, os seguintes procedimentos são importantes, abrir as portas e receber as famílias, permitindo o ingresso dos pais nas dependências da escola, mostrar aos pais e à comunidade o trabalho produzido e realizado com as crianças, as salas de aula e as crianças em atividades, abrir as portas para a comunidade e estabelecer um novo tipo de relação participativa, mostrar respeito pelos valores, cultura, saberes, ritos e tradições da comunidade.
Uma atmosfera construtivista sócio- moral na sala de aula é baseada na atitude de respeito do professor pelos interesses, sentimentos, valores e ideias das crianças. A sala de aula é organizada para satisfazer as necessidades físicas, emocionais e intelectuais da criança. Nesse sentido, o papel do professor deverá ser cooperar com a criança, tentando compreender seu raciocínio e facilitando o processo construtivo, encorajar a cooperação entre as crianças, promovendo a construção do equilíbrio emocional.
É importante que nos berçários e em cada sala de aula haja um espelho grande o suficiente para permitir que várias crianças possam ser refletidas ao mesmo tempo. O espelho, nessa situação, assume o papel de um material didático que estimula a criança a vivenciar e compartilhar descobertas fundamentais.
A música se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos por meio da organização e do relacionamento expressivo entre o som e o silêncio. Na educação infantil, a música tem servido a propósitos eminentemente didáticos, tais como formar hábitos, atitudes e comportamentos. Organizar bandinhas rítmicas para o desenvolvimento motor, da audição e do domínio rítmico.
Nas escolas de educação infantil, a criança aprende mais ou menos a brincar com outras crianças e a se tornar familiarizada com os materiais que a preparam para as aprendizagens futuras. No entanto, o que mais influencia nessas experiências primordiais é o encontro com a professora. Isso se explica pelo fato de que é através da professora que a criança se encontra com o sistema educacional, suas normas e regras.
O trabalho direto com crianças pequenas exige que o professor tenha uma competência polivalente. Ser professor polivalente significa trabalhar com conteúdos que abranjam desde cuidados básicos essenciais até conhecimentos específicos das diversas áreas do conhecimento.
É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente, conforme a Lei nº8069/90, atendimento em creches e pré-escolas às crianças dos zero aos seis anos, atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente, na rede regular de ensino.
As creches bem equipadas com livros e materiais didáticos possibilitam que as crianças tenham acesso à produção cultural da humanidade tendo em vista que os brinquedos, os materiais e os livros são instrumentos importantes para a promoção e a ampliação dos conhecimentos das crianças.
Para fazer com que a turma do Jardim I desenvolva os conceitos de identidade e de socialização, é preciso estabelecer algumas atividades rotineiras porque as crianças precisam saber diferenciar o que lhes pertence do que é propriedade de todos.
O professor que trabalha com crianças de quatro a seis anos ao usar a linguagem oral deve se orientar pelos seguintes pressupostos, escutar a criança e dar atenção ao que ela fala, atribuindo sentido, reconhecer o esforço da criança em compreender o que ouve a partir de contexto comunicativo, responder ou comentar de forma coerente aquilo que a criança disse integrar a fala da criança na prática pedagógica, ressignificando-a.
LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL
LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL
Com a Constituição promulgada em 1988, ficava estabelecida a necessidade de uma nova Lei Diretriz e Bases para a Educação Nacional. Essa Lei disciplina a educação escolar que deve estar vinculada ao mundo do trabalho e à prática social;
A ampliação do Ensino Fundamental para nove anos implica a alteração da pré-escola para dois ou três anos. A finalidade da educação infantil é o desenvolvimento da criança do zero aos seis anos, considerando os aspectos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais.
A avaliação da Educação Infantil, conforme a Lei nº 9394/96, far-se-á mediante acompanhamento e registro de seu desenvolvimento.
Conforme o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, 60% dos recursos anuais totais dos Fundos serão destinados ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da Educação Básica.
Para que as aprendizagens infantis ocorram com sucesso, é preciso que o professor considere, na organização do trabalho educativo a individualidade e a diversidade.
Ao considerar as especificidades afetivas, sociais e cognitivas das crianças de zero a seis anos, a qualidade das experiências oferecidas podem contribuir para o exercício da cidadania. Para isso, elas devem estar embasadas nos seguintes princípios, o respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas e religiosas o direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil o acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à ética e a estética a socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas práticas sociais, sem discriminação de espécie alguma.
De acordo com a Lei nº 9394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, os docentes incumbir-se-ão de participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino.
Ao trabalhar com uma prática pedagógica e didática eficaz, cultivando um diálogo constante de questionamento, de aprovação, de indeferimento, de acréscimo e de investigação para que os alunos aprendam a visão do mesmo objeto sob prismas distintos, o professor está realizando uma prática interdisciplinar.
O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil orienta o trabalho do professor para a construção de diferentes linguagens e para se estabeleçam as relações entre os objetos de conhecimento, tais como movimento, música, artes visuais, linguagem oral e escrita, natureza e sociedade e matemática.
As abordagens interacionais na relação pedagógica professor/ aluno/conhecimento na Educação Infantil enfatizam os processos de interlocução em sala de aula e as múltiplas redes de comunicação que se estabelecem nesse contexto. É nesse sentido que se pode afirmar que a interação produz novos patamares de desenvolvimento cognitivo, novos saberes, novas atitudes, novas identidades. Implica em entender que o conhecimento só se produz na intersubjetividade e esta não apresenta um padrão previsível ou sempre harmonioso e permite entender que as relações interpessoais são dinâmicas e produtivas, mas também tensas e conflituosas, podendo afetar a aprendizagem das crianças.
SOCIEDADE, DIREITO E CIDADANIA - ÉTICA DENTRO CONTEXTO ORGANIZACIONAL
ÉTICA E CONVIVÊNCIA HUMANA
FALAR DE ÉTICA É FALAR DE CONVIVÊNCIA HUMANA. SÃO OS PROBLEMAS DA CONVIVÊNCIA HUMANA QUE GERAM O PROBLEMA DA ÉTICA. HÁ NECESSIDADE DE ÉTICA PORQUE OS SERES HUMANOS NÃO VIVEM ISOLADOS; E OS SERES HUMANOS CONVIVEM NÃO POR ESCOLHA,MAS POR SUA CONSTITUIÇÃO VITAL. HÁ NECESSIDADE DE ÉTICA PORQUE HÁ O OUTRO SER HUMANO. MAS O OUTRO,PARA A ÉTICA,NÃO É APENAS O OUTRO IMEDIATO,PRÓXIMO,COM QUEM CONVIVO, OU COM QUEM CASUALMENTE ME DEPARO. O OUTRO ESTÁ PRESENTE TAMBÉM NO FUTURO (TEMPORALIDADE) E ESTÁ PRESENTE EM QUALQUER LUGAR, MESMO QUE DISTANTE (ESPACIALIDADE). O PRINCÍPIO FUNDAMENTAL QUE CONSTITUI A ÉTICA É ESTE: O OUTRO É UM SUJEITO DE DIREITOS E SUA VIDA DEVE SER DIGNA TANTO QUANTO A MINHA DEVE SER.
O FUNDAMENTO DOS DIREITOS E DA DIGNIDADE DO OUTRO É A SUA PRÓPRIA VIDA E A SUA LIBERDADE (POSSIBILIDADE) DE VIVER PLENAMENTE. AS OBRIGAÇÕES ÉTICAS DA CONVIVÊNCIA HUMANA DEVEM PAUTAR-SE NÃO APENAS POR AQUILO QUE JÁ TEMOS, JÁ REALIZAMOS, JÁ SOMOS,MAS TAMBÉM POR TUDO AQUILO QUE PODEREMOS VIR A TER, A REALIZAR, A SER. AS NOSSAS POSSIBILIDADES DE SER SÃO PARTE DE NOSSOS DIREITOS E DE NOSSOS DEVERES. SÃO PARTES DA ÉTICA DA CONVIVÊNCIA. A ATITUDE ÉTICA É UMA ATITUDE DE AMOR PELA HUMANIDADE.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2021
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Avaliação
A avaliação é um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de decisão. Ou seja, avaliar implica a emissão de julgamentos de valores, a partir de dados coletados, visando a uma tomada de decisão. Na prática escolar, a avaliação pode ser perpassada por concepções autoritárias. Porém, o componente da avaliação mais sensível à questão do poder é a tomada de decisão. O modelo tradicional da avaliação escolar define a classificação de indivíduos como a principal função do ato de avaliar. Neste sentido, o julgamento de valor visa a classificar o indivíduo, segundo um padrão determinado. Ele poderá ser classificado, por exemplo, através de notas ou conceitos, situando-se entre os melhores ou os piores. Tais práticas contribuíram para produzir muitas consequências negativas, entre elas o preconceito e o estigma. Nesta perspectiva, a avaliação classificatória pode tornar-se um instrumento autoritário ao mesmo tempo em que tolhe o desenvolvimento escolar de muitos alunos.
Outro uso autoritário da avaliação tradicional é a sua transformação em mecanismo disciplinador de condutas sociais. Uma prática frequente no meio escolar é a utilização do poder e do veredicto da avaliação para ameaçar os alunos. De instrumento diagnóstico para o crescimento, a avaliação passa a ser um instrumento que ameaça e disciplina os alunos pelo medo. A parte mais dramática e relevante da avaliação se localiza aí, nos subterrâneos onde os juízos de valor ocorrem. Impenetráveis, eles regulam a relação do professor com o aluno e vice-versa. Esse jogo de representações vai construindo imagens e autoimagens que terminam interagindo com as decisões metodológicas do professor. Os professores, se não forem capacitados para tal, tendem a tratar os alunos conforme os juízos que vão fazendo deles. Aqui começa a ser jogado o destino dos alunos, para o sucesso ou para o fracasso.
A avaliação da aprendizagem escolar se faz presente na vida de todos nós que, de alguma forma, estamos comprometidos com atos e práticas educativas. Pais, educadores, educandos, gestores das atividades educativas públicas e particulares, administradores da educação, todos, estamos comprometidos com esse fenômeno que cada vez mais ocupa espaço em nossas preocupações educativas.
O ato de avaliar, devido a estar a serviço da obtenção do melhor resultado possível, implica a disposição de acolher, pois não é possível avaliar um objeto, uma pessoa ou uma ação, caso ela seja recusada ou excluída, desde o início, ou mesmo julgada previamente.
O ato de avaliar implica dois processos articulados e indissociáveis: diagnosticar e decidir. Não é possível uma decisão sem um diagnóstico, e um diagnóstico, sem uma decisão é um processo abortado.
Avaliar é um ato pelo qual, através de uma disposição acolhedora, qualificamos alguma coisa (um objeto, ação ou pessoa), tendo em vista, de alguma forma, tomar uma decisão sobre ela.
Acolher o educando é o ponto básico para proceder atividades de avaliação, assim como para proceder toda e qualquer prática educativa. Sem acolhimento, temos a recusa. E a recusa significa a impossibilidade de estabelecer um vínculo de trabalho educativo com quem está sendo recusado.
Avaliação da aprendizagem é um instrumento utilizado para avaliar a evolução dos alunos ao longo do processo de ensino-aprendizagem.
A avaliação da aprendizagem traz benefícios para os alunos e até mesmo para os educadores. Para os educadores, o procedimento é uma oportunidade para verificar se os estudantes conseguiram atingir as metas definidas e se a sua estratégia docente foi adequada para o desenvolvimento da aprendizagem. A avaliação da aprendizagem traz benefícios para os alunos e até mesmo para os educadores. No caso dos estudantes, há a possibilidade de verificar o andamento do seu aprendizado e buscar métodos para impulsionar o seu desenvolvimento.
Existem diferentes tipos de avaliação e é possível criar uma alternância entre eles ao longo do ano letivo. Registro das atividades pedagógicas realizadas; Observação dos alunos nas aulas (anotação da sua participação nas atividades); Debate entre os alunos; Trabalho em grupo; Auto avaliação; Provas, testes e Portfólio dos trabalhos no ano letivo são alguns dos modelos válidos para analisar o desempenho do educando.
Vocês falam em avaliar o aluno durante o processo, mas isso é fácil no discurso. Na prática, o professor precisa mesmo é aplicar uma provinha ao final do ensino de cada conteúdo para poder perceber as dificuldades dos alunos. Esse comentário mostra como muitas vezes, na avaliação diagnóstica, o professor não faz uso de um importante instrumento o registro.
Em todas as escolas existem pessoas que refletem e que inovam, mas é frequente estarem isoladas e até numa certa marginalidade, muitos preferem produzir a sua reflexão e os seus ensaios numa espécie de clandestinidade, de modo a evitar os desgostos e os afrontamentos dolorosos. Perdem-se muitos esforços, não tanto por falta de ideias, mas por falta de organização da criatividade. Esta organização torna-se mais difícil porque as mudanças são realizadas sem a devida preparação e planejamento.
Os alunos não discutem o que estão aprendendo, se estão aprendendo, o sentido do que estão aprendendo, mas que nota tiraram, em que disciplina estão, com ou sem média, numa concepção crítica de educação, a avaliação tem função diagnóstica.
A avaliação da aprendizagem é um dos procedimentos didáticos mais complexos do processo ensino-aprendizagem. Visando desenvolver o seu genuíno sentido formativo, ela deverá ser integral, transparente, democrática e formativa.
Uma avaliação integrada no processo de ensino-aprendizagem e do seu planejamento, em todas as suas fases a auto avaliação deve ser realizada de forma assistemática a fim de garantir a autorreflexão dos alunos. O aluno deve ser crítico, criativo e participativo, com autonomia para tomar decisões e fazer escolhas. O ensino deve privilegiar a participação e a reflexão, tanto dos professores quanto dos alunos.
À avaliação da aprendizagem têm sido atribuídos diferentes significados relacionados, especificamente, à forma autoritária e classificatória da avaliação tradicional.
Por intervir em todo o trabalho pedagógico, a avaliação não pode ocorrer de forma isolada, mas deve estar ligada a um projeto fundamentado que tenha como objetivo a aprendizagem.
Antunes afirma que a avaliação da aprendizagem constitui um conjunto de observações sobre a prática do ensino e da aprendizagem aplicadas em sala de aula. Dessa forma, uma avaliação proveitosa deve ocorrer quando há observação contínua ao longo do período escolar e não concentradas, apenas em momentos de revisão.
Luckesi define a avaliação como um ato amoroso por compreender que ela é um ato metódico, rigoroso e objetivo.
Legislação
Legislação
O dever do Estado para com a educação, nos termos do artigo 208, da Constituição da República Federativa do Brasil, será efetivado mediante a garantia de oferta do ensino noturno regular, adequado à condições do educando e atendimento ao educando através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
De acordo com a LDB (Lei n° 9394/96), compete aos municípios oferecer a educação infantil e com prioridade, o ensino fundamental.
Segundo a LDB (Lei no 9394/96), os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei no 8.069/90) estabelece que a criança e o adolescente têm direito à educação, assegurando-lhes igualdade de condições para o acesso e permanência da criança na escola pois é direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais, é dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, em relação aos maus tratos envolvendo alunos, determina que a comunicação ao Conselho Tutelar deverá ser realizada pelos dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental.
Gestão e Organização do Trabalho Pedagógico
Gestão e Organização do Trabalho Pedagógico
Planejar não é apenas algo que se faz antes de agir, mas é também agir em função daquilo que se pensou fazer. Planejar, nesse sentido, é antecipar mentalmente uma ação a ser realizada e agir de acordo com o previsto.
O planejamento da educação escolar pode ser concebido como processo que envolve a prática docente no cotidiano escolar, envolvendo a fase anterior ao início das aulas, o durante e o depois, num exercício contínuo de ação reflexão-ação. Planejar, então, é processo, contínuo e dinâmico, de tomada de decisão, colocação em prática e acompanhamento.
Planejamento é uma técnica e com certeza pode ser usada com vários interesses e objetivos; tanto pode ser apropriada para mascarar uma realidade como para impor soluções que por vezes não representam o interesse de todos, mas certamente de alguns grupos de pessoas. De acordo com essa visão de planejamento, a ação de planejar precisa ser realizada por aqueles que efetivamente executarão a ação.
A elaboração do Projeto Político Pedagógico da escola, muitas vezes, vem a ser um desafio, na medida em que a avaliação e a renovação das práticas educacionais tornam-se uma exigência durante sua construção. Esta renovação é complexa porque perpassa todos os aspectos da prática social e pedagógica na escola. Para que esta transformação seja possível, um dos elementos fundamentais é a disposição dos envolvidos no processo com a vontade política de mudar.
Para que o Projeto Político Pedagógico de uma escola possa de fato ser um processo participativo, é preciso exercitar a capacidade de tomar decisões coletivamente.
Fundamentos Teóricos Metodológicos e Legais do Currículo
Fundamentos Teóricos Metodológicos e Legais do Currículo
Na organização do trabalho, é muito comum a tendência de se fazer uma divisão dos conteúdos em partes iguais pelo tempo; por exemplo: se há oito unidades a ser trabalhadas no ano, “é claro” que devemos dar duas por bimestre. Um dos sérios problemas da educação tradicional é que ela, muitas vezes, trata o aluno e o conhecimento mais ou menos num ritmo só, não percebendo a necessidade de uma fase inicial de estruturação conceitual, representativa.
A questão do tempo pedagógico é desafiador, sobretudo pela pressão e cobrança existentes para o cumprimento do programa da disciplina. Todavia, o professor que deseja construir um trabalho mais crítico precisa levar em conta elementos fundamentais como a interação com os alunos, o objeto do conhecimento e o envolvimento dos alunos nas atividades pedagógicas.
Conteúdo significativo não é obrigatoriamente aquele que é útil, que tenha uma aplicação palpável e imediata, mas aquele que corresponda a alguma necessidade do sujeito no seu processo de desenvolvimento e que também o ajude a compreender a realidade.
Para as teorias críticas do currículo, não só fora da escola encontramos as causas das dificuldades e insucessos dos alunos nos estudos. A escola também é responsável pela produção de fracassos, na medida em que seleciona conteúdos e/ou atividades que permitem a discriminação.
As crianças de origem africana precisam de um “ensino culturalmente relevante”, para que tenham sucesso na escola, pois, em geral, com a aprendizagem da linguagem escrita vem a desqualificação de sua cultura e a imposição da cultura branca. As tendências do currículo visto como política cultural enfatizam a ação coletiva fundada na compreensão cultural, na experiência e nos caminhos para o conhecimento do mundo.
“Se a escola pretende estar em consonância com as demandas atuais da sociedade, é necessário que trate de questões que interferem na vida dos alunos e com os quais se vêem confrontados no seu dia-a-dia”. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, as problemáticas sociais devem ser integradas em Temas Transversais.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa, consta a fundamentação de que as crianças não entram na escola desinformadas e que possuem conhecimentos prévios sobre a linguagem. Assim, na aprendizagem da escrita são recomendadas atividades em que a criança possa pensar sobre a linguagem, para poder compreendê-la.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2021
INSTRUTOR DE LIBRAS
Em conformidade com o Decreto nº 5.626/05, a Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em níveis médio e superior, e nos cursos de fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
De acordo com a Lei nº 10.436/02, as instituições públicas e as empresas concessionárias de serviços públicos de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor.
De acordo com a Lei nº 10.436/02, entende-se como Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos.
Conforme o Ministério da Educação, em relação à utilização da Libras, o ensino em Libras oferece ao aluno com surdez segurança e motivação para aprender, sendo, portanto, de extrema importância para a inclusão do aluno na classe comum.
Segundo Stumpf in THOMA e LOPES, em relação ao sistema Sign Writing. Trata-se de um sistema para representar Línguas de Sinais de um modo gráfico-esquemático que funciona como um sistema de escrita alfabético. Constitui-se de um rico repertório de elementos de representação das principais características gestuais da Língua de Sinais. Representa as unidades gestuais fundamentais, suas propriedades e suas relações têm como ponto de partida a Língua de Sinais dos surdos.
De acordo com o Ministério da Educação, para construir um ambiente de aprendizagem favorável a todos os alunos, que potencialize a capacidade de pensar de cada um, o professor deve buscar recursos e materiais diversificados. De acordo com o Ministério da Educação, para compreender cada pessoa, a escola deve estar preparada em suas potencialidades, singularidades e diferenças para construir uma prática pedagógica que assuma a abordagem bilíngue e volte-se para o desenvolvimento das potencialidades das pessoas com surdez.
ERIKSON (1976)
Erik Erikson (1902 - 1994), psicanalista alemão, radicado nos Estados Unidos, responsável pela Teoria do Desenvolvimento psico - social.
ERIKSON (1976), fala sobre os estágios no qual a criança passa. Relatando que o importante no primeiro estágio é a segurança que se cria ou é desenvolvida a partir da confirmação das expectativas e esperança da criança, pela mãe. Dentro desta perspectiva, que tipo de sentimentos gera nos seus filhos (crianças), quando as mães transmitem um sentimento de confiança através do seu tratamento, cuidado e sensibilidade nas necessidades individuais, e um firme sentimento de atributo pessoal dentro da sua estrutura e do estilo de vida da sua cultura e cria na criança a base para um sentimento de identidade que mais tarde combinará um sentimento de ser aceitável de ser ela mesma, e de se converter no que os demais confiam que chegará a ser.
RCNEI (REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA EDUCAÇÃO INFANTIL)
O RCNEI (Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil) traz a ideia de organizar o mobiliário dentro da sala de aula na educação infantil, assim como introduzir materiais específicos para a montagem de ambientes novos, ligado aos projetos em curso, podendo também transcender essa aprendizagem e o espaço da sala, em área externa e de outros espaços da instituição e fora dela. Dentre esses espaços fora do ambiente escolar que o RCNEI sugere, o que podemos trabalhar com as crianças, contribuindo para enriquecer e potencializar as aprendizagens.
O RCNEI (Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil) foi criado de maneira a servir como um guia de reflexão de cunho educacional sobre quais aspectos. Objetivos, conteúdos e orientações didáticas para os profissionais que atuam diretamente com crianças de zero a seis anos, respeitando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural brasileira.
E fala sobre a organização do ambiente escolar, e sobre adotar atitudes e procedimentos de cuidado com a segurança, conforto e proteção da criança na instituição. Tanto a creche quanto a pré-escola precisam considerar alguns cuidados essenciais para tais cuidados com a ventilação, insolação, segurança, conforto, estética e higiene do ambiente, objetos, utensílios e brinquedos.
Auxílio e orientação quanto à alimentação que o educador pode oferecer às crianças, se dá por meio de cardápios balanceados, cuidados com o preparo de lanches e outras refeições, dentro dos projetos pedagógicos que envolvam o conhecimento sobre os alimentos, as preparações culinárias cotidianas ou que façam parte de festividades. E essas práticas permitem que as crianças aprendam sobre a função social da alimentação e as práticas culturais.
A criança é um sujeito social e histórico que está inserido em uma sociedade na qual partilha de uma determinada cultura. Na perspectiva atual, a criança é vista como ser competente para interagir e produzir cultura no meio em que se encontra. A criança é um ser humano único, completo e, ao mesmo tempo, em crescimento e em desenvolvimento.
O brincar tem um espaço importante na formação da criança. A recreação é restauração, reanimação e renovação. Devido esta importância do brincar há o espaço da brinquedoteca, que é um lugar criado com o objetivo de proporcionar condições favoráveis, para que a criança brinque. É um lugar onde tudo estimula a ludicidade. Dentre o espaço da brinquedoteca, não pode faltar para tal estimulação brinquedo.
terça-feira, 26 de janeiro de 2021
LEGISLAÇÃO/ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA
A organização da Educação Fundamental obrigatória de acordo com o objetivo na formação básica do cidadão, presente na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, diz que o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.
E o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores. O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.
O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um. Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino. Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio.
E realização, divulgação de pesquisas sobre desenvolvimento infantil e sobre prevenção da violência. Criação e manutenção de programas específicos, observada a descentralização político administrativa. Formação profissional com abrangência dos diversos direitos da criança e do adolescente que favoreça a intersetorialidade no atendimento da criança e do adolescente e seu desenvolvimento integral.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, a escola deve ser um espaço de formação e informação, em que a aprendizagem dos conteúdos deve necessariamente favorecer a inserção do aluno no dia a dia das questões sociais marcantes e em um universo cultural maior, propiciar o desenvolvimento de capacidades, de modo a favorecer a compreensão e a intervenção nos fenômenos sociais e culturais. Possibilitar aos alunos usufruir das manifestações culturais nacionais e universais.
Segundo o Plano Nacional de Educação (PNE), uma das estratégias para o cumprimento da Meta 1 (universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até 3 anos até o final da vigência do PNE) é estimular o acesso à educação infantil, conforme estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, em tempo integral, para todas as crianças de 0 a 5 anos.
Professor: o profissional titular de cargo público na administração municipal, com habilitação específica para o exercício de atividades docentes, inclusive pré-escola e classe especial. Educador Infantil: o profissional titular de cargo público na administração municipal, com habilitação específica para o exercício de atividades docentes, inclusive pré-escola e 1º ano do ensino fundamental. Supervisor Pedagógico: o profissional titular de cargo público na administração municipal, com curso de graduação em pedagogia e/ou áreas afins, com habilitação ou pós-graduação em supervisão educacional, exercendo a supervisão pedagógica no processo didático em seu tríplice aspecto de planejamento, controle e avaliação. Orientador Educacional: o profissional titular de cargo público na administração municipal, com curso de graduação em pedagogia e/ou áreas afins, com habilitação ou pós-graduação em orientação educacional, exercendo a orientação, o aconselhamento e o encaminhamento de alunos em sua formação geral, participando da elaboração da proposta pedagógica da escola, cooperando com as atividades docentes.
Quanto aos níveis que constituem a linha de progressão na carreira do titular do cargo de Profissional do Magistério e a mudança de Nível vigorará a partir do mês subsequente àquele em que o interessado apresentar o Certificado de Conclusão da habilitação, mediante requerimento protocolado no órgão competente do Município. O percentual pela mudança de Nível, sobre o vencimento base, será de 10% (dez por cento). Aos profissionais do magistério que apresentarem documentação relativa à mudança de nível após o mês de março de 2012 o pagamento dar-se-á no mês subsequente.
A avaliação do estágio probatório será realizada no efetivo exercício do cargo para o qual foi nomeado. Em todo o processo de avaliação, o servidor deverá ter vista de cada boletim de estágio, podendo se manifestar sobre os itens avaliados, devendo apor sua assinatura. O servidor não estável, quando convocado, deverá participar de todo e qualquer curso específico referente às atividades de seu cargo. O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado e reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, se era estável, observados os dispositivos pertinentes, desempenho e escolaridade.
A respeito dos direitos e deveres individuais e coletivos previstos na Constituição Federal, é assegurado a todos o acesso à informação, e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional.
A Constituição Federal determina que os Municípios apliquem um percentual mínimo da receita resultante de impostos na manutenção e no desenvolvimento do ensino. Esse percentual é igual a 25%
É obrigação de todos, isto é, do Estado, da sociedade, da família e de cada cidadão, garantir, com prioridade absoluta, a proteção integral aos direitos do idoso, possibilitando a preservação de sua saúde física e mental. O princípio da sustentabilidade surge como uma condição para construir-se uma nova racionalidade produtiva, fundada no potencial ecológico e em novos sentidos de civilização a partir da diversidade cultural do gênero humano.
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO
Segundo Hoffmann, a avaliação mediadora propõe: Um modelo baseado no diálogo e aproximação do professor com os seus alunos de forma que as práticas de ensino sejam repensadas e modificadas de acordo com a realidade sociocultural destes. Que o erro é considerado como parte do processo na construção do conhecimento e não como algo passível de punição. Que o professor é capaz de criar situações desafiadoras que tornem capaz a reflexão e a ação, tornando a aprendizagem mais significativa e em relação aos fatores que podem estar presentes em um resultado insatisfatório na prática avaliativa, segundo Luckesi, insuficiência de atenção às necessidades dos alunos. Os alunos demonstrarem um maior grau de dificuldade do que se imagina. Falta de entusiasmo e de liderança por parte do professor.
Para Antunes, é fundamental que a passagem desse educando pela escola seja contemplada por progressos. O autor traz aspectos a serem considerados, quais sejam: Atividade motora, atividade cognitiva e equilíbrio emocional.
De acordo com Vasconcellos, o professor deve, ter uma relação amigável com seus alunos para que o momento da avaliação seja tranquilo. Propiciar uma metodologia que leve a uma participação ativa dos alunos. Buscar um entendimento na sua relação com o aluno, para que este sinta-se à vontade para questionar, interrogar e contribuir para o assunto estudado. Incentivar e garantir a prática do debate entre alunos e professor, combatendo os preconceitos e as gozações, estabelecendo um clima de respeito. E um projeto será melhor quanto mais estiver articulado à realidade dos educandos. Essência significativa da área do saber e da realidade social mais geral.
Segundo Veiga, a concepção do projeto político-pedagógico como organização do trabalho de toda a escola está fundamentada nos princípios que devem nortear a escola democrática, pública e gratuita, quais sejam liberdade, solidariedade, igualdade, pluralismo, qualidade, transparência e participação.
De acordo com Demo, educação tem a ver com qualidade formal e política. Não promovem a igualdade e não acompanham as tecnologias pois são vistas como gasto e não como investimento e não olham para frente.
A tendência pedagógica em que o método de ensino realiza-se na vivência grupal, na forma de autogestão, em que os alunos buscarão encontrar as bases mais satisfatórias de sua própria “instituição”, graças às suas próprias iniciativas e sem qualquer forma de poder, chama-se tendência progressista libertária.
De acordo com Perrenoud, instituir um conselho de alunos e negociar com eles diversos tipos de regras e de contratos, oferecer atividades opcionais de formação e favorecer a definição de um projeto pessoal do aluno fazem parte da competência de referência envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho.
domingo, 24 de janeiro de 2021
EDUCADOR DE ENSINO INFANTIL
EDUCADOR DE ENSINO INFANTIL
O entendimento de que o desenvolvimento humano independe da aprendizagem desconsidera as determinações históricas, não se constituindo, ainda, a compreensão da totalidade do ser humano (Vygotsky, 1991). A crítica também se estende à psicologia construtivista de Piaget que, embora considere a interação entre o biológico e o social, prioriza a maturação, entendendo que a aprendizagem deve aguardar pelo desenvolvimento real, compreendendo o sujeito como abstrato e universal, inserido em uma sociedade estruturada harmonicamente. A concepção de desenvolvimento humano/ apropriação do conhecimento na psicologia histórico-cultural apresenta várias vertentes e abordagens com o passar dos anos e suas experiências. O desenvolvimento e a aprendizagem estão relacionados desde o nascimento da criança. O desenvolvimento não é um processo previsível, universal ou linear, ao contrário, ele é construído no contexto, na interação com a aprendizagem. A aprendizagem promove o desenvolvimento atuando sobre a zona de desenvolvimento proximal, ou seja, transformando o desenvolvimento potencial em desenvolvimento real.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), de 1948, desencadeou um processo de mudança no comportamento social e a produção de instrumentos e mecanismos internacionais de direitos humanos que foram incorporados ao ordenamento jurídico dos países signatários. Esse processo resultou na base dos atuais sistemas globais e regionais de proteção dos direitos humanos. No Brasil, como na maioria dos países latino-americanos, a temática dos direitos humanos adquiriu elevada significação histórica, como resposta à extensão das formas de violência social e política vivenciada nas décadas de 1960 e 1970. Entretanto, apesar desses avanços no plano normativo, o contexto nacional tem se caracterizado por desigualdades e pela exclusão econômica, social, étnico-racial, cultural e ambiental, decorrente de um modelo de Estado em que muitas políticas públicas deixam em segundo plano os direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais. Ainda há muito para ser conquistado em termos de respeito à dignidade da pessoa humana, sem distinção de raça, nacionalidade, etnia, gênero, classe social, região, cultura, religião, orientação sexual, identidade de gênero, geração e deficiência. E contribuir para a efetivação dos compromissos internacionais e nacionais com a educação em direitos humanos; Estimular a cooperação nacional e internacional na implementação de ações de educação em direitos humanos; Propor a transversalidade da educação em direitos humanos nas políticas públicas, estimulando o desenvolvimento institucional e interinstitucional das ações previstas no PNEDH nos mais diversos setores (educação, saúde, comunicação, cultura, segurança e justiça, esporte e lazer, dentre outros).
Refletir a respeito da importância do trabalho pedagógico na Educação Infantil, reconhecendo-o como uma ação mediado ra para o desenvolvimento da imaginação criadora, principalmente quando o foco das interações infantis é a brincadeira de papéis sociais, exige inicialmente a revisão de paradigmas socialmente construídos acerca das concepções e práticas voltadas aos conceitos de imaginação e de brincadeira. Sendo assim, qual é a importância da brincadeira de papéis sociais para o desenvolvimento psíquico das crianças em idade pré-escolar? A concepção de brincadeira organiza-se na direção de enriquecer a identidade das crianças, uma vez que ao brincarem experimentam diferentes formas de ser e pensar, ampliando suas concepções sobre as coisas e pessoas, desempenhando, através da brincadeira, vários papéis sociais ou personagens.
A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, embora tenha mais de um século de história, como cuidado e educação extradomiciliar, somente nos últimos anos foi reconhecida como direito da criança, das mães e dos pais trabalhadores e como dever do Estado. A trajetória da educação das crianças de 0 a 5 anos assumiu, no‚ âmbito da atuação do Estado, diferentes funções, muitas vezes concomitantemente. Dessa maneira, ora assume uma função predominantemente assistencialista, ora um caráter compensatório e ora um caráter educacional nas atividades desenvolvidas. A respeito dos procedimentos adequados ao atendimento à criança de 0 a 5 anos, garantir espaços físicos, equipamentos, brinquedos e materiais adequados nas instituições de Educação Infantil, considerando as necessidades educacionais especiais e a diversidade cultural.
Ensinar História e Cultura Afro-brasileiras e Africanas não é mais uma questão de vontade pessoal e de interesse particular. É uma questão curricular de caráter obrigatório que envolve as diferentes comunidades: escolar, familiar, e sociedade. O objetivo principal para inserção da Lei é o de divulgar e produzir conhecimentos, bem como atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir objetivos comuns que garantam respeito aos direitos legais e valorização de identidade cultural brasileira e africana, como outras que direta ou indiretamente contribuíram (contribuem) para a formação da identidade cultural brasileira. A Lei 10639/03 visa fazer um resgate histórico para que as pessoas negras afro-brasileiras conheçam um pouco mais o Brasil e melhor a sua própria história. Segundo esta legislação nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’. O art. 53 da referida Lei trata da obrigatoriedade nas universidades, de criação e organização nos currículos dos cursos e programas de educação. Isso significa que as mudanças da Lei visam alcançar as universidades, bem como qualquer conhecimento aplicado e que vêm estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa.
A Escola, entendida como uma instituição social responsabiliza-se por contribuir com a educação de homens e mulheres, crianças, jovens ou adultos. Sua educação diferencia-se da familiar, da sindical, da partidária, da religiosa, etc., podendo, talvez até devendo, refletir e interagir com essas modalidades educacionais sem perder de vista o que lhe é específico, ou seja, favorecer seus sujeitos numa reflexão sistematizada, periódica, paulatina e contínua acerca dos conhecimentos produzidos pela humanidade, de forma a procurar superar a aleatoriedade, o acaso e o senso comum nas aprendizagens. A respeito da constituição dos saberes escolares, na totalidade curricular, constatamos que elas se estabelecem em meio a relações de tensões recíprocas, buscando reconhecimento e fazendo-se reconhecer frente aos sujeitos e às instâncias pedagógicas da política curricular. Os saberes escolares se constituem num processo de seleção, organização e sistematização do conhecimento, mesmo sabendo que este se dá de forma contínua e dialética, as unidades de contexto e de registro caracterizaram cada situação desse processo, configurando-as como categorias empíricas e na sistematização do conhecimento, verifica-se que os princípios, os métodos e os procedimentos dos aspectos metodológicos, assim como os elementos referentes ao tempo necessário às aprendizagens dos alunos e seus métodos e procedimentos de avaliação contribuem na constituição dos saberes escolares. A proposta pedagógica de uma Instituição ou de uma Rede de Ensino e a legitimação pedagógica das disciplinas curriculares, mesmo que de forma diferenciada em cada uma dessas, interferem diretamente na seleção dos saberes escolares.
É necessário pensar a Didática para além de uma simples renovação nas formas de ensinar e aprender. O desafio não reside somente no surgimento ou criação de novos procedimentos de ensino, ou em mais uma forma de facilitar o trabalho do educador e a aprendizagem do educando. A Didática, um dos ramos de estudo da Pedagogia, investiga os fundamentos, as condições e modos de realização do processo de ensino, baseando-se numa concepção de homem e sociedade. Cabe à Didática converter objetivos sociopolíticos e pedagógicos em objetivos de ensino, além de selecionar conteúdos e métodos de acordo com esses objetivos, a fim de estabelecer vínculos entre ensino e aprendizagem.
Segundo Freire (1986), todo planejamento educacional, para qualquer sociedade, tem de responder às marcas e aos valores dessa sociedade. Só assim é que pode funcionar o processo educativo, ora como força estabilizadora, ora como fator de mudança. Às vezes, preservando determinadas formas de cultura, outras, interferindo no processo histórico instrumental. O ato de planejar está presente em todos os momentos da vida humana. A todo o momento as pessoas são obrigadas a planejar e a tomar decisões que, em alguns momentos, são definidas a partir de improvisações e em outros, são decididas partindo de ações previamente organizadas. O planejamento da educação é composto por diferentes níveis de organização. Assim, podemos pensar em nível macro no Planejamento do Sistema de Educação, que corresponde ao planejamento da educação em âmbito nacional, estadual e municipal. Este planejamento elabora, incorpora e reflete as políticas educacionais.
De acordo com o documento Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças, marque a alternativa incorreta quanto ao “direito à higiene e à saúde”: Lutamos para melhorar as condições de saneamento nas vizinhanças da creche.
Procuramos orientação nos serviços básicos de saúde para a prevenção de doenças contagiosas existentes no bairro. Acompanhamos o crescimento e o desenvolvimento físico das crianças. Mantemos comunicação com a família quando uma criança fica doente e não pode frequentar a creche.
“Se a atualização sempre é necessária para todo profissional, é mais ainda no caso dos professores latino americanos de hoje. Essa afirmação se sustenta em razões muito diversas: a mudança radical de perspectiva que ocorreu nos últimos 20 anos em relação à alfabetização não teve suficiente eco nas instituições formadoras de professores, a função social de docente está sofrendo um processo de desvalorização sem precedentes, o acesso a livros e revistas especializadas é difícil [...].”
“De uma perspectiva construtivista, o conhecimento só avança quando o aprendiz tem bons problemas sobre os quais pensar. É isso que justifica uma proposta de ensino baseada na ideia de que se aprende resolvendo problemas.”
“Um projeto como o jornal escolar pode levar, desde que se criem as condições institucionais adequadas, a um intercâmbio fecundo entre alunos de séries diferentes. Realmente, quando se consegue – apesar dos obstáculos que invariavelmente existem – encontrar um tempo comum para a coordenação entre os docentes e fixar um horário num dia da semana em que todas as séries se dedicam a produzir notícias ou artigos, é possível oferecer aos alunos a oportunidade de se agrupar [...].”
“O conceito de contrato didático , elaborado por G. Brousseau (1986) contribui para dar conta desses fatos. Ao analisar as interações entre professores e alunos acerca dos conteúdos, pode-se postular que tudo acontece como se essas interações respondessem a um contrato implícito, como se as atribuições que o professor e os alunos têm com relação ao saber estivessem distribuídas de uma maneira determinada [...].” ).
De acordo com Telma Weisz, em seu livro O diálogo entre o ensino e a aprendizagem, “[...] Para terem valor pedagógico, serem boas situações de aprendizagem, as atividades propostas devem reunir algumas condições, respeitar alguns princípios.” Para tanto, boas situações de aprendizagem são pautadas em quantos pressupostos pedagógicos? 4
Com base no livro Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário, é à ideia da autora Delia Lerner: Ler é se distanciar do texto e assumir uma postura crítica frente ao que se diz e ao que se quer dizer. Ler é entrar em outros mundos possíveis. Ler é tirar carta de cidadania do mundo da cultura escrita. Ler é indagar a realidade para compreendê-la melhor.
No livro Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário, Delia Lerner fala sobre “avaliar a leitura e ensinar a ler”. A avaliação é um instrumento que permite determinar em que medida o ensino alcançou seu objetivo, em que medida foi possível fazer chegar aos alunos a mensagem que o docente se propôs comunicar. A prioridade da avaliação deve determinar onde começa a prioridade de ensino. A avaliação é uma necessidade legítima da instituição escolar. A avaliação da aprendizagem é imprescindível, porque proporciona informação sobre o funcionamento das situações didáticas e permite então reorientar o ensino e fazer os ajustes necessários para avançar até o cumprimento dos propósitos propostos.
“Não adianta lamentar que a maioria dos alunos tenha como único objetivo em sua vida escolar tirar boas notas e passar de ano, pois é a escola quem lhes ensina isso. Ensina em atos, quando propõe tarefas cujo sentido escapa à criança e, frequentemente, ao próprio professor [...].”
“Informação é tudo o que de fato acrescenta. Livros e outros materiais escritos informam, a intervenção do professor informa, a observação de como um colega resolve uma situação-problema informa, as dúvidas informam, as dificuldades informam, o próprio objeto que os alunos se debatem para aprender, informa.”
“O real é que levar à prática o necessário é uma tarefa difícil para a escola. Conhecer as dificuldades e compreender em que derivam (ou não) de necessidades legítimas da instituição escolar constituem passos indispensáveis para construir alternativas que permitam superá-las. É por isso que, antes de formular soluções – antes de desdobrar o possível -, é preciso enunciar e analisar as dificuldades.”
Conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, é primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolas, às quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social.
Art. 7º - Na observância destas Diretrizes, a proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve garantir que elas cumpram plenamente sua função sociopolítica e pedagógica, possibilitando, especificamente, a convivência entre crianças quanto à ampliação de saberes e conhecimentos de diferentes naturezas.
Currículo é o “Conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.” (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil).
De acordo com o documento Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças, marque a alternativa incorreta quanto ao “direito à atenção individual”: O diálogo aberto e contínuo com os pais nos ajuda a responder às necessidades individuais da criança. Sempre procuramos saber o motivo da tristeza ou do choro das crianças e Crianças muito quietas, retraídas, com o olhar parado, motivam nossa atenção especial. Ficamos atentos à adequação de roupas e calçados das crianças nas diversas situações.
Garantida a autonomia dos povos indígenas na escolha dos modos de educação de suas crianças de 0 a 5 anos de idade, as propostas pedagógicas para os povos que optarem pela Educação Infantil devem, dar continuidade à educação tradicional oferecida na família e articular-se às práticas socioculturais de educação e cuidado coletivos da comunidade. Proporcionar uma relação viva com os conhecimentos, crenças, valores, concepções de mundo e as memórias de seu povo. Reafirmar a identidade étnica e a língua materna como elementos de constituição das crianças.
De acordo com o documento Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças, marque a alternativa incorreta quanto ao “direito ao contato com a natureza”: Nossas crianças têm oportunidade de brincar com areia, argila, pedrinhas, gravetos e outros elementos da natureza. Procuramos incluir as famílias na programação relativa à natureza. Nossas crianças têm direito de brincar com água. Incentivamos nossas crianças a observar e respeitar os animais.
Howard Gardner, em suas obras, não fala na inteligência pictórica e nem mesmo a aceitou quando ‘apresentado’ a ela por Nilson Machado em um seminário sobre inteligências múltiplas realizado em São Paulo e ao qual já nos referimos. Ele não duvida de que competências pictóricas e a consequente capacidade de reproduzir ou criar imagens por meio de traços ou cores sejam inerentes ao ser humano [...].”
As propostas pedagógicas de Educação Infantil devem respeitar os seguintes princípios, estéticos.
De acordo com o documento Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças, marque a alternativa incorreta quanto ao “direito à higiene e à saúde”. Lutamos para melhorar as condições de saneamento nas vizinhanças da creche.
Procuramos orientação nos serviços básicos de saúde para a prevenção de doenças contagiosas existentes no bairro, acompanhamos o crescimento e o desenvolvimento físico das crianças. Mantemos comunicação com a família quando uma criança fica doente e não pode frequentar a creche.
Freire teve um papel importante na educação e, por meio das suas ações e ideias, defendeu e criticou vários aspectos na educação. Dentre as suas ideias, um dos aspectos que ele defendia era o diálogo e a participação são considerados como uma interação social essencial, e não como mero recurso didático, sendo uma das principais contribuições para o desenvolvimento de pedagogias participativas.
Na infância, o ato de explorar a realidade é uma constante, e a criança continuamente constrói lugares imaginários e reais dentro do local em que está. A organização do ambiente escolar para a criança deve considerar que o principal foco está nas diferentes formas de utilização do espaço e nas conexões entre as coisas.
O aumento da procura-oferta de educação extrafamiliar, que pode ser observada na segunda metade do século XX, não se explica apenas pelo trabalho da mulher, pois no Brasil ainda há um número significativo de crianças pequenas, filhas de mães que não trabalham fora, que frequentam creches e pré-escolas. Essa procura se deve também pela construção de uma nova imagem de sociabilidade infantil, pois as crianças pequenas necessitariam de novos espaços de sociabilidade extrafamiliar pelo entendimento de uma nova concepção de pequena infância e pela movimentação importante em torno da criança e das suas necessidades educativas, bem como pela reavaliação de suas competências.
Conforme Zabalza (1998), a escola infantil como estrutura institucional global deve ir progredindo. Para que isso ocorra, ele estabelece alguns pontos importantes, entre eles uma das finalidades que o modelo curricular atribui à escola infantil é o de dotar as crianças das competências, aptidões, hábitos e atitudes que possam facilitar a sua posterior adaptação ao Ensino Fundamental.
Conforme Furlan (2007), a função da avaliação é ajudar a construir a aprendizagem e, também, interferir ativamente em uma situação em curso.
Para Bujes (CRAIDY, 2001), “as instituições de educação infantil são hoje indispensáveis na sociedade”. Assim, ela afirma que a experiência da educação infantil, necessariamente, precisa incluir o acolhimento, a segurança, o lugar para a emoção, para o gosto, para o desenvolvimento da sensibilidade, entre outras coisas.
O pensamento é visto como um conjunto de significados que atribuímos à vida e a tudo que se relaciona com ela, ao mesmo tempo, é construído paulatinamente, pois depende de variáveis e de diferentes recursos. Jean Piaget, ao observar os próprios filhos, fez grandes descobertas na área do desenvolvimento infantil. Conforme a teoria de Piaget as crianças compreendem o mundo pelas experimentações que são aguçadas pela curiosidade inata. A criança compreende o mundo por meio de esquemas mentais e cada esquema de ação da criança passa por dois processos distintos: acomodação e assimilação.
Conforme Katz (EDWARDS, 1999), na inclusão de projetos no currículo para crianças da educação infantil, as atividades incluem: Observação direta. Representação de observações, de ideias, de memórias e de novos conhecimentos. Reconstrução de algo já conhecido, bem como construção em conjunto de conhecimentos revisitados dos tópicos investigados.
Para a formação de leitores, o importante é criar e manter espaços propícios para atividades regulares de leitura, organizados para permitir que os mais variados tipos de publicações possam ser vistos, manuseados e lidos pelos alunos. Um fator importante em relação a esse assunto é organizar várias estantes-caixotes, utilizando livros que propõem interatividade, ou seja, exemplares grandes, coloridos, com dobraduras e brincadeiras gráficas.
Inicialmente, o bullying incluía apenas as agressões físicas e verbais, que eram consideradas formas diretas de bullying. Porém, à medida que o fenômeno se tornou mais observado e conhecido, outros tipos de agressão, as denominadas agressões indiretas, também foram consideradas bullying. Existem dois fatores considerados de vital importância para a prática do bullying escolar, quais sejam cultural e familiar. A forma com que as crianças se desenvolvem, precisa estar coligada a uma prática educativa que desenvolva tais capacidades explorar as possibilidades de gestos e ritmos corporais para expressarem-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação. Avalia o trabalho do aluno, de acordo com o proposto nas diretrizes pedagógicas. Exerce a docência na rede Municipal de Ensino, transmitindo os conteúdos pertinentes de forma integrada, proporcionando à criança o desenvolvimento físico, psicomotor, intelectual e emocional.
A relação afetiva estabelecida entre a criança e o professor de Educação Infantil possibilita às crianças aprenderem sobre si mesmas e estabelecerem uma confiança básica no outro e em suas próprias competências. Em conformidade com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, sobre a linguagem oral e escrita na Educação Infantil, diz respeito à aquisição dos significados culturais e dos modos pelos quais as pessoas do seu meio sociocultural entendem, interpretam e representam a realidade. Envolve somente o aprendizado das palavras e da forma como as crianças captam os aspectos gráficos e sonoros da língua. É um dos elementos importantes para as crianças ampliarem suas possibilidades de inserção e participação nas diversas práticas sociais.
Avaliação formativa, devolução do processo de aprendizagem à criança, isto é, o retorno que o professor dá para as crianças a respeito de suas conquistas e daquilo que já aprenderam.
Observação, instrumento para que o professor possa avaliar o processo de construção da linguagem pelas crianças.
Registro, levantamento inicial para obterem-se as informações necessárias sobre o conhecimento prévio que as crianças possuem sobre a escrita, a leitura e a linguagem oral, para que, com isso, possa-se planejar a prática, selecionar conteúdos e materiais, propor atividades e definir objetivos com uma melhor adequação didática. O brincar é importante para o desenvolvimento infantil pois a Educação Infantil valoriza a brincadeira, por considerá-la uma atividade típica da infância. Os Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Infantil (RCNEI) enfatizam que a brincadeira é uma linguagem infantil relacionada às outras atividades e ações da criança, que não necessariamente o brincar.
A organização do tempo e do espaço ocupa importante lugar no planejamento da ação educativa para as crianças pequenas. Autores como Maria Carmem Barbosa (2006) defendem que “o cotidiano é muito mais abrangente e refere-se a um espaço-tempo fundamental para a vida humana, pois é nele que acontecem tanto as atividades repetitivas, rotineiras, triviais, como também é o lócus onde há a possibilidade de encontrar o inesperado, onde há margem para a inovação, onde se pode alcançar o extraordinário do ordinário [...] a rotina é apenas um dos elementos que integra o cotidiano” (2000). A partir desta perspectiva, é correto afirmar que a organização do tempo e do espaço deve considerar menos o planejamento pedagógico do que as contribuições trazidas pelas crianças.
Para trabalhar de modo produtivo no estabelecimento de uma aproximação com as famílias, os professores de creche e educação infantil devem considerar que a família nuclear, típica da cultura burguesa, não é mais a única referência existente.
Cada vez mais, tem-se defendido a criação, nas creches e pré-escolas, de ambientes voltados para a aprendizagem coletiva, com a formação de turmas de crianças organizadas sob múltiplas formas de associação, considerando que tais ambientes promovem a capacidade das crianças se relacionarem desde cedo com parceiros diversos, particularmente outras crianças.
BIBLIOGRAFIA:
(LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário).
(ANTUNES, Celso. As inteligências múltiplas e seus estímulos).
(WEISZ, Telma. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem).
Conhecimentos Pedagógicos e Legislação
Conhecimentos Pedagógicos e Legislação
Base Nacional Comum é o nome dado ao conjunto de conteúdos mínimos das Áreas de Conhecimento articulados aos aspectos da Vida Cidadã. É a dimensão obrigatória dos currículos nacionais – certamente âmbito privilegiado da avaliação nacional do rendimento escolar – e deve preponderar substancialmente sobre a dimensão diversificada.
O Sistema de Avaliação da Educação Básica “Importante instrumento criado pelo MEC na busca pela equidade, para o sistema escolar brasileiro, e que deve assegurar a melhoria de condições para o trabalho de educar com êxito, nos sistemas escolarizados. A análise destes resultados deve permitir aos Conselhos e Secretarias de Educação a formulação e o aperfeiçoamento de orientações para a melhoria da qualidade do ensino.”
Os Municípios; Atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil
Sobre o ensino fundamental no Brasil é correto afirmar, serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais; O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental; o ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa.
Sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais é correto afirmar, constituem o primeiro nível de concretização curricular e estabelecem uma meta educacional para a qual devem convergir as ações políticas do Ministério da Educação e do Desporto; têm como função subsidiar a elaboração ou a revisão curricular dos Estados e Municípios.
Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino é uma incumbência dos docentes.
A criança e o adolescente têm direito à educação, visando, ao pleno desenvolvimento de sua pessoa e
ao preparo para o exercício da cidadania, a qualificação para o trabalho.
É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
I - Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;
II - Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
III - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;
IV - Atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
São princípios com base nos quais deve ser ministrado o ensino no Brasil, igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber, coexistência de instituições públicas e privadas de ensino.
São incumbências dos estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, elaborar e executar sua proposta pedagógica.
Administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros, prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento.
EDUCADOR INFANTIL DE CRECHE
Acerca da concepção de criança e de pedagogia da Educação Infantil é necessário saber que a criança é um sujeito social e histórico que está inserido em uma sociedade na qual partilha de uma determinada cultura e na perspectiva atual, a criança é vista como ser competente para interagir e produzir cultura no meio em que se encontra.
A criança é um ser humano único, completo e, ao mesmo tempo, em crescimento e em desenvolvimento.
“As crianças encontram-se em uma fase de vida em que dependem intensamente do adulto para sua sobrevivência (MACHADO, 2001). Precisam, portanto, ser cuidadas e educadas, o que implica em, ser auxiliadas nas atividades que não puderem realizar sozinhas, ser atendidas em suas necessidades básicas físicas e psicológicas, e ter atenção especial por parte do adulto em momentos peculiares de sua vida.
A alimentação no berçário é um momento da rotina que se repete diariamente. O ritual de preparação da sala, com a organização do mobiliário para acomodar crianças e professoras, os acessórios recomendados para assegurar a higiene, bem como o próprio alimento constituem elementos que os bebês percebem por serem recorrentes e observáveis. Uma vez que os bebês sejam acionados em sua necessidade de saciar a fome, a sinalizam por meio de gestos, choro ou determinada ação. As manifestações dos bebês indicam sua compreensão da natureza desse momento, e considerá-las como seus modos próprios de comunicação no processo educativo, permite às professoras acompanhar o grau de autonomia que eles aos poucos vão conquistando no cotidiano. Num grupo de bebês entre 4 meses e 12 meses em que alguns não sentam, outros sentam mas não engatinham, muitos engatinham e há alguns que já deram os primeiros passos, essa condição de movimentação exigirá modos diferenciados para favorecer a participação de cada bebê no momento da alimentação. Para propiciar o momento da alimentação como uma oportunidade relacional entre adultos e bebês, a postura mais adequada da professora é sentar-se diante do bebê para falar com ele e observar suas reações, estabelecendo uma via de comunicação entre eles.
As brincadeiras precisam ser valorizadas e propostas no cotidiano das creches e pré-escolas para as crianças, desde bebês, sendo também importante oportunizá-las para as crianças maiores.
Cabe a estruturação dos espaços de modo a permitir às crianças assumirem sua condição de sujeitos ativos e ampliar suas possibilidades de ação nas brincadeiras e nas interações com as outras crianças. Devem ser oferecidos objetos e materiais diversificados, que contemplem as particularidades das diferentes idades e as condições específicas das crianças, para que elas possam fazer escolhas.
Atualmente, e diferentemente das concepções de educação das crianças pequenas que vigiam anteriormente, há uma grande valorização para as interações entre pares, como fator que interfere nas aprendizagens e no desenvolvimento infantil, sobretudo em virtude da convivência cotidiana em espaços coletivos, como as instituições de Educação Infantil. Levando em conta tais considerações, assinale a alternativa que relaciona os aspectos amplos que são favorecidos nas interações das crianças entre si. As interações constituem-se num dos eixos norteadores das práticas educativas que compõem o planejamento curricular.
Avaliação de contexto se refere a avaliar a qualidade da oferta de Educação Infantil. Constitui uma oportunidade para as instituições de Educação Infantil reverem seus valores e construírem bases para a melhoria constante das práticas educativas ali desenvolvidas. Para contribuir com essa ação, o MEC publicou o documento “Indicadores da Qualidade na Educação Infantil”
Planejar e documentar são ações relacionadas entre si, uma interferindo na outra, uma auxiliando a outra, de modo que deve se entender o planejamento como algo que não pode ser rígido no cotidiano das instituições de Educação Infantil, justamente por precisar estar aberto às manifestações, interesses e ideias das crianças, sem deixar de contemplar o que os professores pensam que irá contribuir para o desenvolvimento delas. Documentar é narrar as histórias vividas no cotidiano educativo, criar testemunhos sobre as diversas formas de interagir e brincar, de pensar e de se comunicar das crianças. O que foi documentado dá aos docentes a possibilidade de ver, de escutar, de viver novamente o que aconteceu nas proposições feitas, permitindo-lhes entender melhor o que aconteceu e planejar a continuidade das experiências levando isso em conta. Documentar é uma dentre outras estratégias para que professores observem, registrem, pensem, recolham materiais, dialoguem com seus colegas, com as famílias das crianças e com as próprias crianças, a fim de melhor compreenderem como e o que elas pensam sobre o mundo, as pessoas, os objetos, e como lidam com as experiências que vivenciam no cotidiano da creche, da pré-escola ou de suas casas. Planejar e documentar na Educação Infantil não são ações que possam ser realizadas de modo estático, finalizado, para o mero cumprimento de exigências administrativo-burocráticas e para arquivamento de informações. Há nessas ações pedagógicas um processo vivo, interpretativo, que traz intenções, concepções, valores, pensamentos e expectativas docentes para com as crianças em seu trabalho de educar e cuidar.
Para Rinaldi (2012) documentação é um processo que dá sustentação à ação docente. Quando a documentação se torna parte do trabalho pedagógico cotidiano, os professores conseguem visualizar a sua prática docente, refletir sobre ela e adequá-la no sentido de melhor propor situações nas quais as crianças explorem e descubram novos conhecimentos e ampliem seus repertórios.
A avaliação diz respeito ao acompanhamento e registro do desenvolvimento e aprendizagem das crianças, não visando seleção, retenção ou promoção intra e entre etapas, valendo-se de múltiplos registros das atividades, brincadeiras e interações das crianças no cotidiano.
O colegiado escolar é um conselho formado por segmentos das comunidades escolar e local e compartilha responsabilidades nas ações voltadas para o desenvolvimento da educação promove o monitoramento e avaliação para melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem.
A dimensão pedagógica do Projeto Político-Pedagógico define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem
São critérios para a qualidade em uma unidade de creche, as crianças têm direito à brincadeira, as crianças têm direito à atenção individual, as crianças têm direito a higiene e à saúde.
O planejamento deve considerar as especificidades e os interesses singulares e coletivos das crianças desde bebês, no sentido de considerá-las em cada momento como uma pessoa inteira, na qual os aspectos motores, afetivos, cognitivos e linguísticos se integram e estão em constante mudança. Um bom planejamento do cotidiano educativo favorece, entre muitos aspectos, que a criança aprenda a cuidar de si, a lidar com conflitos e entender direitos e obrigações, desenvolvendo sua identidade pessoal, autoestima, autonomia e confiança em suas competências. O planejamento deve considerar a organização de modo a equilibrar a continuidade e a inovação nas atividades, movimentação e concentração das crianças, momentos de segurança e momentos de desafio na sua participação, articulando seus ritmos individuais, vivências pessoais e experiências coletivas com crianças e adultos.
Em 1999, o Conselho Nacional de Educação (CNE) instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (Resolução CNE/CEB nº 1, de 7 de abril de 1999). Com força de lei, as Diretrizes elaboradas naquele momento tiveram o mérito de consolidar a discussão em torno da importância da qualidade da Educação Infantil como inequívoco requisito para o cumprimento do direito das crianças. Novas Diretrizes foram promulgadas pelo CNE em 2009 (Resolução CNE/CEB nº 5, de 11 de novembro de 2009), nas quais se concebe a criança como centro do planejamento curricular.
Na Educação Infantil, pela especificidade da criança bem pequena, que necessita do professor até adquirir autonomia para cuidar de si, fica mais evidente a não separação entre educar e cuidar no cotidiano do trabalho pedagógico, quando comparamos com as outras etapas da Educação Básica.
De acordo com o parecer sobre as Diretrizes Nacionais para a Educação Infantil, educar e cuidar é dar condições para as crianças explorarem o ambiente de diferentes maneiras (manipulando materiais da natureza ou objetos, observando, nomeando objetos, pessoas ou situações, fazendo perguntas etc.) e construírem sentidos pessoais e significados coletivos, à medida que vão se constituindo como sujeitos e se apropriando de um modo singular das formas culturais de agir, sentir e pensar. Isso requer do professor ter sensibilidade e delicadeza no trato de cada criança, e assegurar atenção especial conforme as necessidades que identifica nas crianças.
Cabe à instituição de Educação Infantil e aos professores combater ou intervir quando ocorrem práticas dos adultos, na família, que desrespeitam a integridade das crianças.
Cuidar e o educar crianças pequenas são ações complementares e indissociáveis, cabendo, nesse sentido, desmistificar concepções dicotômicas acerca da relação entre essas duas ações. As argumentações da teoria vigotskiana sobre o papel da brincadeira no desenvolvimento infantil e no brinquedo, a criança pode conhecer mais sobre o mundo físico e social, entender diferentes modos do comportamento humano, hábitos culturais e papéis desempenhados pelas pessoas.
Ao avaliar, além de o professor observar as crianças, sua intenção pedagógica deve prever condições por meio de objetivos e planejamento de atividades adequadas, constituindo um ponto de partida para essa observação. Avaliar não é apenas medir, comparar ou julgar, pois a avaliação apresenta uma importância social e política fundamental no fazer educativo. Todas as estratégias utilizadas para documentar o processo educativo das crianças têm o sentido básico de acompanhar o processo de aprendizagem e ajuda o educador, os próprios alunos e as famílias a terem uma visão evolutiva do processo. Registrar diariamente as ações e conquistas das crianças permite ao professor acompanhar seu processo educativo e a valorizar cada momento vivido e propostas apresentadas como situações de aprendizagem.
A criança como cidadã, sujeito histórico, criador de cultura, tem o direito a uma Educação Infantil de qualidade no mesmo nível que as demais etapas da Educação Básica. Nem toda criança usufrui sua infância, mas é nas brincadeiras que ela reflete a sua realidade, adquire e desenvolve conhecimentos e pensamento, por meio da análise das situações. Com a atividade lúdica e o jogo, a criança seleciona ideias, estabelece relações lógicas, integra, faz estimativas compatíveis com o seu crescimento físico e se socializa.
“As propostas pedagógicas da Educação Infantil deverão considerar que a criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura” (BRASIL, 2009). Desde o nascimento, a criança busca atribuir significado à sua experiência, e nesse processo volta-se para conhecer o mundo material e social, ampliando gradativamente o campo de sua curiosidade e inquietações, mediada por orientações, materiais, espaços e tempos que organizam as situações de aprendizagem e pelas explicações e significados a que ela tem acesso, A motricidade, a linguagem, o pensamento, a afetividade e a sociabilidade são aspectos integrados e se desenvolvem a partir das interações que, desde o nascimento, a criança estabelece com diferentes parceiros, a depender da maneira como sua capacidade para construir conhecimento é possibilitada e trabalhada nas situações de que ela participa. Cada criança apresenta um ritmo e uma forma própria de colocar-se nos relacionamentos e nas interações, de manifestar emoções e curiosidade, e elabora um modo próprio de agir nas diversas situações que vivencia desde o nascimento, conforme experimenta sensações de desconforto ou de incerteza diante de aspectos novos que lhe geram necessidades e desejos e lhe exigem novas respostas. As crianças aprendem coisas que lhes são muito significativas quando interagem com companheiros da infância, e que são diversas das coisas que elas se apropriam no contato com os adultos ou com crianças já mais velhas. Na medida em que o grupo de crianças interage, são construídas as culturas infantis.
Incompleta, mas potente, a criança chora quando experimenta desconforto ou sorri quando se sente atendida em suas necessidades. Com isso, demonstra que pode expressar sentimentos, solicitar ajuda, realizar o que já domina e dessa forma interagir de modo significativo ao seu processo de desenvolvimento e aprendizagem. O conceito de experiência reconhece que a imersão da criança em práticas sociais e culturais criativas e interativas promove aprendizagens significativas, criando momentos plenos de afetividade e descobertas. Na Educação Infantil, a presença de um professor sensível e atento é fundamental para garantir às crianças vivenciarem em suas experiências situações pertinentes aos seus interesses, indagações e necessidades, tornando as aprendizagens significativas ao seu processo educativo.
O conceito de criança capaz, inserida em um ambiente voltado a promover situações em que ela possa se expressar acerca de suas necessidades e com isso acionar os adultos responsáveis por sua sobrevivência, requer práticas culturais e sociais de atenção pessoal – higiene, alimentação, sono –, feitas com a atenção e o respeito que a criança merece.
Para entender o currículo por campos de experiências, o professor precisa conhecer a criança, tanto no sentido do conhecimento fundamentado em estudos sobre as crianças e seus processos de desenvolvimento quanto em relação ao que a afeta individualmente, o que corresponde às suas manifestações em relação às experiências vividas, às relações com outros sujeitos, ao seu próprio modo de se apropriar do mundo e às características que envolvem a sua pessoa, em termos de potencialidades e necessidades.
Tendo como perspectiva o currículo por campos de experiências, o trabalho pedagógico na Educação Infantil deverá se organizar por meio de práticas abertas às iniciativas, desejos e formas próprias de agir da criança, que, mediadas pelo professor, constituem um contexto rico de aprendizagens significativas. As crianças, em suas brincadeiras e investigações, apontam os caminhos, as questões, os temas e os conhecimentos de distintas ordens que podem ser por elas compreendidos e compartilhados no coletivo, constituindo informação fundamental para os professores, a fim de criarem novas possibilidades em diferentes contextos. Na perspectiva do currículo por campos de experiências, o professor deve considerar as dimensões do desenvolvimento infantil e contemplá-las em suas propostas, podendo, assim, garantir que a criança se desenvolva em sua integralidade.
“Os campos de experiências apontam para a imersão da criança em situações nas quais ela constrói noções, afetos, habilidades, atitudes e valores, construindo sua identidade. Eles mudam o foco do currículo da perspectiva do professor para a da criança, que empresta um sentido singular às situações que vivencia à medida que efetiva aprendizagens” (BRASIL, 2018).
A participação, o diálogo e a escuta cotidiana das famílias, o respeito e a valorização de suas formas de organização. A apropriação pelas crianças das contribuições histórico-culturais dos povos indígenas, asiáticos, europeus e de outros países da América. O reconhecimento, a valorização, o respeito e a interação das crianças com as histórias e as culturas africanas, afro-brasileiras, bem como o combate ao racismo e à discriminação. A dignidade da criança como pessoa humana e a proteção contra qualquer forma de violência – física ou simbólica – e negligência no interior da instituição ou praticadas pela família, prevendo os encaminhamentos de violações para as instâncias competentes.
Pensar um novo paradigma para a escola de Educação Infantil, na perspectiva que o enunciado aponta, significa rever suas bases, desde o lugar que a criança ocupa nas relações educativas, até o papel do adulto e sua contribuição aos processos vividos pelas crianças, assim como a forma de apresentar o conhecimento socialmente construído, tendo como premissa a possibilidade de as crianças estabelecerem relações a partir da própria experiência. As experiências infantis correspondem ao repertório vivido pelas crianças, na sua relação com o meio, no encontro com pares, nas múltiplas interações que têm oportunidade de vivenciar, constituindo seu acervo pessoal de informações e conhecimentos construídos, dos quais dispõem na medida em que uma situação cotidiana lhes aciona e provoca.
“Todos os momentos, sejam eles desenvolvidos em espaços abertos ou fechados, deverão permitir experiências múltiplas, que estimulem a criatividade, a experimentação e a imaginação, que desenvolvam as distintas linguagens expressivas e possibilitem a interação com outras pessoas” (BARBOSA; HORN, 2001). Com isso, no cotidiano da Educação Infantil, a organização do tempo em momentos com propostas ou atividades rotineiras deve contemplar as crianças em suas necessidades – biológicas, psicológicas, sociais e históricas – e considerar as condições do contexto educativo – dimensões, profissionais e, materialidades –, para tornar efetiva uma proposta que tem a criança como sujeito em foco. Observando as crianças nos diferentes momentos da rotina, as professoras identificam suas necessidades, demandas e interesses, o que as nutre de informações sobre o grupo, a partir das quais elaboram possibilidades interativas para elas. As diferentes atividades das crianças – conquista da autonomia de movimentação, domínio da manipulação de objetos, experimentação de materialidades ou o jogo simbólico – constituem oportunidades significativas a serem contempladas na rotina regularmente. Numa turma de crianças de 20 meses, a professora preparou na área aberta da instituição, um espaço com bacias, água e bonecos, convidando as crianças a se aproximarem e as deixando à vontade para explorar a materialidade. Logo, uma das crianças tirou a sandália, experimentou com um pé a água na bacia e depois colocou o outro pé, enquanto a professora observava atentamente suas ações, transmitindo-lhe segurança para continuar sua experimentação.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a Educação Infantil orienta que os projetos pedagógicos devem garantir às crianças direitos mediadores de aprendizagens significativas, sem os quais o processo educativo estaria comprometido em seus princípios éticos, políticos e estéticos.
A criança tem direito a explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, o que significa prever na prática educativa essa possibilidade ao apresentarmos elementos, propostas e situações que a convidem à interação.