segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS

 

As sequências didáticas são um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa, organizadas de acordo com os objetivos que o professor quer alcançar para a aprendizagem de seus alunos. Para reconhecer a validade das sequências didáticas, é necessário verificar se as atividades propostas se ajustam às orientações pedagógicas relacionadas a essa estratégia didática.

As sequências didáticas abordam conteúdos significativos e relacionados aos interesses dos alunos e  representam desafios que permitam criar zonas de desenvolvimento proximal, provocando uma atitude favorável à aprendizagem e a um obstáculo a ser vencido.

Sendo um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais, que têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelos professores como pelos alunos.  Se o objetivo é que o aluno aprenda a produzir e a interpretar textos, não é possível tomar como unidade básica de ensino nem a letra, nem a sílaba, nem a palavra, nem a  frase que, descontextualizadas, pouco têm a ver com a competência discursiva, que é questão central.  Dentro desse marco, a unidade básica de ensino só pode ser o texto, mas isso não significa que não se enfoquem palavras ou frases nas situações didáticas específicas que o exijam.

Podemos observar que não se formam bons leitores oferecendo materiais de leitura empobrecidos, justamente no momento em que as crianças são iniciadas no mundo da escrita.  Pois para o desenvolvimento da competência discursiva, o ensino da produção de textos deve iniciar-se durante o processo de alfabetização, não importando o método adotado e a ênfase que se está dando ao conhecimento sobre as características discursivas da linguagem não significa que a aquisição da escrita alfabética deixa de ser importante. 

domingo, 27 de dezembro de 2020

CHILD EDUCATION

 Early childhood education, the first stage of basic education, has specific goals for early childhood work.

Children will be able to develop a positive image themselves, acting more and more independently,with confidence in their abilities and perception of their limitations.

sábado, 26 de dezembro de 2020

AS NOVAS TEORIAS DO COMPORTAMENTO HUMANO SEGUNDO BRONFENBRENNER

 

Urie Bronfenbrenner era um psicólogo americano nascido na Rússia e mais conhecido por sua teoria dos sistemas ecológicos. Seu trabalho com o governo dos Estados Unidos ajudou na formação do programa Head start em 1965.  É importante entender a relação entre indivíduo e contexto na trajetória de desenvolvimento, pois o efeito do contexto deve estar associado aos processos individuais (características pessoais).

Tanto o ambiente como as estruturas intra e interpessoais são importantes contextos de desenvolvimento e esse ocorre, permeado por processos progressivos de interação duradoura entre o organismo biopsicológico, as pessoas, os objetos e símbolos em períodos estendidos de tempo.

Onde os aspectos do meio ambiente mais importantes no curso do crescimento psicológico são, de forma esmagadora, aqueles que têm significado para a pessoa numa dada situação.

A abordagem ecológica do desenvolvimento humano é útil ao permitir que o desenvolvimento possa ser entendido de maneira contextualizada e contemplando a interação dinâmica das quatros dimensões (pessoa, processo, contexto e tempo).

Nesse sentido o desenvolvimento é visto como o conjunto de processos através dos quais as particularidades da pessoa e do ambiente interagem para produzir constância e mudanças nas características da pessoa no curso de sua vida.

Essa teoria preconiza que há influência mútua entre os diferentes sistemas na produção do desenvolvimento humano.

  As novas teorias do comportamento humano, e descobertas nas ciências demandam um novo olhar sobre a forma de ver e atuar nos contextos sociais. Dentro desta nova visão, o modelo Ecológico de Desenvolvimento Humano de Urie Bronfenbrenner (1996) vem colaborar com uma visão mais sistêmica, no sentido de integrar os vários contextos que o ser humano se insere, vendo-o como parte de um contexto de inter-relações e não fragmentado, finalizado em seu comportamento, gerando uma separatividade e não contribuindo com ações efetivas que favoreçam uma educação integral: do ser humano como um todo para um mundo global.

A abordagem ecológica proposta por Bronfenbrenner (1996) tem sido utilizada para identificar os processos evolutivos e os múltiplos fatores que influenciam o desenvolvimento humano e a resiliência1 . A abordagem ecológica enfatiza a importância do contexto ambiental, dos processos, da perspectiva temporal e das características pessoais para o desenvolvimento de características de resiliência. A pessoa em desenvolvimento está em interação bidirecional, dinâmica e constante com o ambiente. Bronfenbrenner (1996, p. 6) advoga em sua teoria a importância de compreendermos os ambientes nos quais vivemos nossas tão preciosas vidas para podermos abandonar o individualismo e processos vazios de interação, ou seja, as explicações sobre nossas ações, são encontradas nas interações entre as especificidades de cada ser humano e seus ambientes passados e presentes. A interação entre os seres e os ambientes é seu foco de estudo e compreensão do comportamento humano. Sua máxima é: “Se queremos mudar os comportamentos, é necessário pensar em mudar os ambientes em que os comportamentos estão inseridos”. 

Todo esse pensamento nos leva a refletir sobre a ação humana e seus contextos, que podemos chamar de sistemas, em que o indivíduo é apenas um dos elementos. Bronfenbrenner (1996, p. 5) entende desenvolvimento como “[...] uma mudança duradoura na maneira pela qual uma pessoa percebe e lida com o seu ambiente.” Concebe o ambiente ecológico como uma série de estruturas encaixadas uma dentro da outra, como as camadas de uma cebola, sobrepostas uma sobre as outras. No nível mais interno, ou seja, na primeira camada, encontra-se o ambiente imediato contendo o indivíduo em pleno desenvolvimento em seu lar, na escola, no clube, o qual denominou de microssistema. A segunda camada já reflete a relação, a interação do sujeito com estes meios imediatos, ou seja, o conjunto dos microssistemas, nos quais a pessoa participa, denominou de mesossistema e por fim, a terceira camada, onde estão os eventos, nos quais o sujeito nem está presente e nem participa, mas recebe influência, como por exemplo, as condições de trabalho dos pais, e que chamou de exossistema. 

O macrossistema é o sistema maior, que engloba os valores, ideologias, estilo de vida e organização dos sistemas sociais de uma determinada cultura. Enfim, a abordagem ecológica consiste em um modelo de interconexões ambientais que causam impacto sobre as forças que afetam o crescimento psicológico do ser humano. Além dos níveis acima citados, o autor entende que existe um fenômeno que perpassa todos os níveis, então afirma: Dentro de qualquer cultura ou subcultura, ambientes de um determinado tipo – como as casas, as ruas ou os escritórios – tendem a ser muito semelhante, ao passo que entre as culturas elas são distintamente diferentes. É como se dentro de cada sociedade ou subcultura existisse uma planta, um esquema, para a organização de cada tipo de ambiente. Além disso, este esquema pode ser modificado, resultando em que a estrutura dos ambientes numa sociedade pode ser nitidamente alterada e produzir mudanças correspondentes no comportamento e desenvolvimento. (BRONFENBRENNER, 1996, p. 6).

É sob esta perspectiva que compreendemos a agressão e agressividade neste estudo e que buscaremos suporte na teoria de desenvolvimento de Urie Bronfenbrenner para ajudar os professores a compreenderem suas medidas socioeducativas e refletirem sobre estas ações e seu ambiente no intuito de entender a perspectiva do outro, sob o ponto de vista da sua própria ação. Pois, a criança que comete atos de agressão, de forma constante, está mostrando um déficit na experiência de autoadministrar-se na experiência lúdica e na experiência de jogo. Dessa maneira está mostrando um déficit no espaço que lhe foi dado para mostrar que ela pode. E uma criança, a quem não lhe é permitido mostrar que pode, terá dificuldades de fazer coisas e produzir.

Percebe-se também que a escola se isenta de qualquer culpa referente aos comportamentos agressivos e indisciplinados dos estudantes, assumem que tais comportamentos advêm da falta de estrutura familiar e da ausência dos pais na vida dos educandos ou que não sabem educar nem dar limites, sugerem inclusive cursos para ensinarem a educar seus filhos. Mas porque não os educam em suas salas de aula, já que acreditam possuir a receita para tal, porque têm tanta dificuldade em lidar com as manifestações de comportamento agressivos na escola, já que se acham capacitados para atuarem na disciplina dos estudantes? Há uma visão equivocada dos professores sobre as medidas disciplinares que adotam na escola e os efeitos destas medidas sobre o comportamento dos estudantes. Como foi explicitado no aporte teórico desta pesquisa pela teoria do desenvolvimento humano de Urie Bronfenbrenner: Os contextos, os ambientes influenciam o desenvolvimento e o comportamento humano e que mudando os contextos, mudam-se consequentemente os comportamentos. 

Pautados nesta premissa, acreditamos que um ambiente mais acolhedor, de escuta sensível aos apelos comportamentais dos estudantes, a inserção de sua história de vida, trajetória humana, relação e vínculo com a família e com a professora e colegas poderiam fazer “milagres” no contexto da instituição escolar se a escola estivesse aberta e flexível a compreender a influência dos vários contextos sobre o desenvolvimento e comportamento dos educandos e possibilitasse uma mudança de foco, principalmente no autoritarismo do professor, diluindo este autoritarismo em autoridade dialogada, a rigidez na sala por uma ambiência mais em grupo, com foco na compreensão da história de cada um, por um genuíno interesse pelo seu educando, pelo ser humano que é seu estudante.


Referências:


BRITO, R. C.; KOLLER, S.H. Desenvolvimento humano e redes de apoio social e afetivo. In: Carvalho, A.M. (Org.). O mundo social da criança: natureza e cultura em ação. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999. p. 115-129 


BRONFENBRENNER, Urie. A ecologia do desenvolvimento humano: experimentos naturais e planejados. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

COORDENADOR PEDAGÓGICO

 

Há décadas discute-se em congressos, seminários, cursos e outros eventos semelhantes, qual a formação ideal ou necessária do professor numa demonstração ostensiva de insatisfação generalizada com relação aos modelos formativos vigentes. A respeito da formação para professores, nessas discussões, quase sempre se parte de uma noção vaga e impressionista de “escola brasileira”, caminha-se para a afirmação da necessidade de uma “política nacional de formação de professores” e, em seguida, desenha-se o “perfil profissional” desses professores por meio de um arrolamento de competências cognitivas e docentes que deveriam ser desenvolvidas pelos cursos formadores.

A maciça expansão das matrículas no ensino fundamental desde há trinta anos, e no ensino médio mais recentemente, inviabilizaram uma concepção da atividade de ensino fundada na relação professor-aluno, na qual a imagem do “bom professor” era basicamente a daquele profissional que dominava um saber disciplinar que seria transmitido a um discípulo e o fulcro do problema, que ainda permanece, está no caráter abstrato da concepção da relação pedagógica como se ela fosse uma relação entre dois, aquele que ensina e aquele que aprende, abstraída do contexto institucional.

Quando a primeira Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional (Lei n. 4.024/61) foi finalmente sancionada, Anísio Teixeira publicou um breve artigo no Diário de Pernambuco (reproduzido na RBEP, vol. XXXVII, n. 86), cujo título é “Meia vitória, mas vitória”. Nele o grande educador saudava a nova Lei que, embora não “à altura das circunstâncias”, era “resultado de uma luta em que as pequenas mudanças registradas constituem vitórias e não dádivas ou modificações arbitrárias do legislador”. Trinta e cinco anos depois foi finalmente sancionada uma nova Lei (n. 9.394), que revogou não apenas a Lei n. 4.024, mas também algumas outras que versavam sobre a temática das diretrizes e bases da educação nacional, Pela primeira vez na legislação brasileira focalizaram-se as questões da autonomia da escola e de sua proposta pedagógica.  O Art. 12, inciso I, estabelece como incumbência principal da escola a elaboração e a execução de sua proposta pedagógica e o Art. 13, inciso I, e o Art. 14, incisos I e II, estabelecem que essa proposta é uma tarefa coletiva da qual devem participar professores, outros profissionais da educação e as comunidades escolar e local.  A relevância dessa abertura legal é maior para a escola pública que, a não ser em raríssimas exceções, integra uma rede cuja administração centralizada tem uma vocação intervencionista que, continuamente, trata como homogêneas situações escolares substantivamente heterogêneas e pretende eliminar diferenças por ordenações regulamentadoras burocráticas que, arrogantemente, confundem poder administrativo com discernimento pedagógico.  A necessidade da advertência torna-se maior quando já não se trata de “pequenas vitórias”, mas da grande mudança que a nova lei introduziu ao preconizar que cada escola tenha autonomia para elaboração de sua própria proposta pedagógica. Se não houver “visão e vigilância”, a inovação ensejada pela lei poderá ter como resultado apenas mais uma imposição de papelada.

É na sala de aula e por intermédio da competência docente que o educador escolar -professor - vai fazer a mediação ("entrar no meio") competente (crítica, criativa...) entre os educandos e os conteúdos curriculares, construindo, assim, de forma sistemática e intencional, a aprendizagem de conhecimentos, atitudes e habilidades nos educandos. Pode-se dizer que o conceito de competência docente apresenta cinco aspectos essenciais, Domínio competente dos meios de comunicação a serem utilizados para a mediação eficaz entre o aluno e os conteúdos do ensino.  Visão articulada do funcionamento da escola, como um todo. Percepção nítida e crítica das complexas relações entre educação escolar e sociedade, domínio competente e crítico do conteúdo a ser ensinado.

Com o intuito de desenvolver um raciocínio, a partir das possibilidades e não das impossibilidades de o diretor coordenar um trabalho de formação dos professores em serviço, o ponto de partida seria o de elencar e analisar as atividades que constituem o próprio processo de planejamento do currículo escolar, a saber uma análise do conjunto das atividades que constituem a organização das escolas permite perceber que cada uma delas, assim como o conjunto, é um todo dinâmico, exigindo competência dos educadores que trabalham na Escola, o tempo todo, durante o ano letivo.

Com relação aos processos que constituem o pensamento prático do profissional (professor), conhecimento-na-ação, se manifesta no saber fazer.

Reflexão-na-ação, denominação utilizada por Shön em referência ao ato de pensarmos sobre o que fazemos ao mesmo tempo que atuamos. 

Reflexão sobre a ação e sobre a reflexão-na-ação - Análise que o indivíduo realiza a posteriori sobre as características e o processo de sua própria ação.

A prática é o núcleo em torno do qual gira todo o currículo acadêmico; A negação da separação entre teoria e prática no âmbito profissional; A afirmação de que o processo de formação de professores deve ter início pelo estudo e análise do ato de ensinar.  O apoio na prática significa o conhecimento-na-ação apoiado na reflexão na e sobre a ação; A prática é um processo de investigação na ação; O pensamento prático do professor é uma competência de caráter holístico. A prática é uma atividade criativa; O pensamento prático não pode ser ensinado, mas pode ser aprendido; O professor formador é figura central na perspectiva do ensino reflexivo.  Propõe-se escolas de desenvolvimento profissional em que se desenvolva projetos educativos de caráter inovador; É preciso garantir formadores experientes É necessário promover a integração nos problemas da prática de conhecimentos derivados das ciências básicas e aplicadas.

A indisciplina escolar tem sido motivo de queixas por parte dos professores, principalmente daqueles que atuam na educação básica. Por exercer, entre outras, a função de subsidiar os professores no seu fazer pedagógico o supervisor encontra-se muitas vezes sem respostas a tais queixas e questionamentos frente às expressões de indisciplina dos alunos relatadas por professores pois conviver com a diversidade é um dos desafios pelo qual passa a escola moderna e, ao supervisor escolar, cabe trabalhar essa realidade com os professores no sentido de explicitar as contradições e os conflitos consequentes dessa diversidade.

Reportado ainda sobre a indisciplina, aquele aluno considerado indisciplinado não o é somente por haver rompido com regras da escola, mas porque não está desenvolvendo suas possibilidades cognitivas, atitudinais e morais. (Garcia, 2002).  Quando as ações disciplinares estiverem alinhadas ao projeto pedagógico da escola como resultado de uma construção coletiva baseada na reflexão por parte da comunidade escolar, entre os quais encontram-se professores e supervisores, certamente a prioridade recairá sobre a prevenção da indisciplina escolar, reduzindo, com isso, situações de estresse e exaustão por parte dos professores e demais membros que compõem a equipe pedagógica da escola.

A avaliação formativa, segundo Perrenoud (1999). A avaliação que ajuda o aluno a aprender e a se desenvolver, que participa da regulação das aprendizagens e do desenvolvimento no sentido de um projeto educativo.

As críticas ao supervisor geravam dúvidas quanto à sua possibilidade para buscar outros caminhos para prática pedagógica. A respeito disto o que afima Lima (2001), a crítica ao `funcionalismo` na supervisão e, de modo geral, nas especialidades pedagógicas (administração e orientação educacional) radicalizou-se no Brasil nos anos 80, a ponto de acentuarem-se as posições em favor de eliminá-los das escolas.

Raymond, Butt e Yamagishi afirmam que “A vida familiar e as pessoas significativas na família aparecem como fonte de influência muito importante que modela a postura da pessoa toda em relação ao ensino. As experiências escolares anteriores e as relações determinantes com professores contribuem também para modelar a identidade pessoal dos professores e seu conhecimento prático. Acrescentam-se a isso, também, experiências marcantes com outros adultos, no âmbito de atividades extra-escolares ou outras (atividades coletivas: esportes, teatro etc.). Os autores notam também, nos alunos em formação, “a persistência dos saberes sobre a adolescência expressos em termos de impressões, de percepções globais e de juízos indiferenciados, fortemente impregnados de afetos.”

O conhecimento é o grande capital da humanidade. Não é apenas o capital da transnacional que precisa dele para a inovação tecnológica. Ele é básico para a sobrevivência de todos e, por isso, não deve ser vendido ou comprado, mas sim disponibilizado a todos. Esta é a função de instituições que se dedicam ao conhecimento apoiado nos avanços tecnológicos. Espera-se que a educação do futuro seja mais democrática, menos excludente. Numa perspectiva emancipadora da educação, a tecnologia contribui muito pouco para a emancipação dos excluídos se não for associada ao exercício da cidadania.  Diante disto,  Ladislau Dowbor postula que a escola deixará de ser “lecionadora” para ser “gestora do conhecimento”. Pela primeira vez a educação tem a possibilidade de ser determinante sobre o desenvolvimento. A educação tornou-se estratégica para o desenvolvimento, mas, para isso, não basta “modernizá-la”, como querem alguns. Será preciso transformá-la profundamente.

Dialogicidade é Paradigma mais consistente para analisar o fenômeno da educação. Pode-se e deve-se estudá-la e estudar todas categorias que aparecem freqüentemente na literatura pedagógica contemporânea.


quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Lev S. Vygotsky (1896 - 1934)


Lev S. Vygotsky (1896 - 1934), professor e pesquisador, construiu sua teoria tendo por base o desenvolvimento do indivíduo como resultado de um processo sócio- histórico, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento. Sua questão central é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio.


Lev Vygotsky, ao tratar das relações entre desenvolvimento e aprendizagem, propõe o conceito da Zona de Desenvolvimento Proximal, considerando esse conceito, qual prática pedagógica está mais forte relacionada a sua consolidação a proposição da resolução de um problema na sala de aula em grupo.

VITOR HENRIQUE PARO

 Vitor Paro traz uma dimensão até hoje pouco explorada do tema da participação da comunidade na escola. Trata-se de reconhecer não apenas o direito de os responsáveis pelos educandos participarem, mas também a necessidade que uma boa escola tem dessa participação. Assim, Paro examina os múltiplos ângulos da questão, buscando dimensionar as perspectivas de uma adesão ativa de pais ou responsáveis aos propósitos educativos da instituição escolar, de modo a favorecer a melhoria do aprendizado.

A escola que toma como objeto de preocupação levar o aluno a querer aprender precisa ter presente a continuidade entre a educação familiar e a escolar, buscando formas de conseguir a adesão da família para sua tarefa de desenvolver nos educandos atitudes positivas e duradouras com relação ao aprender e ao estudar.

Grande parte do trabalho do professor seria facilitado se o estudante já viesse para a escola predisposto para o estudo e se, em casa, ele tivesse quem, convencido da importância da escolaridade, o estimulasse a esforçar-se ao máximo para aprender. Mas a escola não pode deixar de fazer a sua parte. Isso inclui — além de um ensino efetivamente agradável — o acolhimento dos pais, o cumprimento do dever de atender a seus interesses educativos e o oferecimento de uma escola da qual todos possam gostar.


 Sobre o conselho de classe Vitor Paro afirma que tem papel preponderante na avaliação escolar com participação importante de estudantes nas tomadas de decisões a respeito do desempenho pedagógico dos educadores escolares.  E dentre os mecanismos coletivos o Conselho Escolar é definido como o mais acionado e que causou polêmicas, expectativas e esperanças nas últimas décadas.


No trabalho do professor a avaliação constitui uma tarefa didática e permanente que deve acompanhar o processo ensino - aprendizagem, assim uma das funções pedagógicas da avaliação é fazer um diagnóstico do processo educativo, buscando aprimorá-lo.

 

É fundamental que os profissionais da educação se interem do embasamento legal, da legislação vigente que embasa a educação e o fazer pedagógico, para que as atitudes tomadas sejam respaldadas pela lei.



Nos últimos dois decênios do século XX, mais especificamente após o fim da Ditadura Militar no Brasil, com a abertura política, situação econômica desfavorável e resquícios da repressão, surgiram vários movimentos das classes operárias em busca de melhorias sociais. E nesse cenário, os professores sentiram-se também no direito de reivindicar participação junto às políticas públicas educacionais.


Esses movimentos foram uma “tentativa de superar a cultura tecnicista instalada no meio educativo e politizar o pensamento pedagógico”.  O referencial marxista se firma nas análises do interior da Pedagogia, tornando como princípio a relação entre realidade educacional e realidade social.  A ênfase no aspecto cultural esconde a realidade das diferenças de classes da população, pois, embora difundida a ideia de igualdade de oportunidades, não se leva em conta a desigualdade de condições sociais existentes no País.  A Pedagogia Histórico Crítica é ideal como proposta de ação concreta para a escola pública, pois preconiza a democratização dos conteúdos socioculturais, científicos e artísticos para as classes populares.


Didática se refere a uma importante área da Pedagogia e trata-se de uma disciplina fundamental para a formação de professores. Considera-se como a “teoria do ensino”, pois investiga os fundamentos e as condições adequadas para essa atividade. Sendo assim, é correto afirmar que a educação sempre esteve a serviço da produção da sobrevivência humana. Os contextos foram e são formados conforme as necessidades de desenvolvimento e das ações humanas para essa transformação. No caso específico da Didática, que é uma disciplina pedagógica fundamentalmente criada para elaborar um método universal que possibilitasse ensinar tudo a todos, sua contribuição não está na sua relação com a prática social e a necessidade de cada momento histórico e, sim, no fato da análise dos seus conteúdos técnicos.


Acerca da didática, defendida e estudada por diferentes teóricos e autores e que em seu início teve a intenção de propagar e sistematizar o conhecimento produzido por vários séculos de existência da produção humana, ao defender uma pedagogia histórico crítica, a tentativa era de se romper com esse modelo reprodutor e conscientizar os educadores e a sociedade de que a educação tinha algo mais além de ser utilizada pelos meios de produção.  O que espera desse momento atual é que se saiba utilizar esse avanço científico, tecnológico e comunicacional em prol da sustentabilidade e da sobrevivência humana. O que se torna necessário é agir no topo da formação acadêmica humana do ensino superior. Porque nesse topo são formados os profissionais que mantém o conhecimento.  É importante que haja responsabilidade e compromisso social dos profissionais do ensino superior em pesquisar, gerir e difundir conhecimentos necessários para a melhoria da educação e da qualidade de vida da população.



A respeito do surgimento das Tendências Pedagógicas Liberais, no século XIX, e as contribuições do liberalismo no mundo ocidental e do sistema capitalista, Para os liberais, a educação e o saber já produzidos (conteúdos) são mais importantes que a experiência vivida pelos educandos no processo pelo qual ele aprende. Dessa forma, os liberais, contribuíram para manter o saber como instrumento de poder entre dominador e dominado.  Ao longo da história da educação, a tendência liberal tradicional, sofreu/sofre várias críticas, a saber: os conhecimentos adquiridos fora da escola não eram considerados como primeiro passo para a construção de novos conhecimentos, como um caminho importante para a construção de saberes dotados de significado; era extremamente burocratizado (conteúdos, memorização, provas) com normas rígidas.


A prática pedagógica torna-se uma escolha de vida. O professor precisa estar ciente de sua função emancipadora, concretizando-a em suas ações, bem como a sua identidade sociopolítica, quando ele trabalha com a realidade ao redor.  O planejamento é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social; é uma atividade de reflexão acerca das nossas opções e ações; se não pensarmos didaticamente sobre o rumo que devemos dar ao nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes da sociedade.



Sobre o conceito de interdisciplinaridade, este “fica mais claro quando se considera o fato trivial de que todo conhecimento mantém um diálogo permanente como os outros conhecimentos, que pode ser de questionamento, de confirmação, de complementação, de negação, de ampliação, (...)”.  Esta é a grande força da interdisciplinaridade, dar sentido e aplicabilidade aos conteúdos, porém, o que acontece em muitas escolas, o ensino é fragmentado, os conteúdos e as disciplinas são ministrados separadamente sem qualquer conexão entre eles.


Na interdisciplinaridade é fundamental a ideia de transformação da realidade. Isto quer dizer que uma instituição se transforma a si mesma tendo em vista influir na transformação da realidade global. A primeira coisa que nos vem à mente quando perguntamos sobre a importância da interdisciplinaridade é a eficiência. A interdisciplinaridade é um plano que ajuda a alcançar a eficiência. Isto é, elabora-se plano, implanta-se um processo de planejamento a fim de que seja bem feito aquilo que se faz dentro dos limites previstos para aquela execução.  O planejamento é uma ação educativa para elaboração de um orçamento, passando por relatórios extensos para assumir, nos dias atuais, uma característica especial: um macroplanejamento, em que todos os planos de desenvolvimento de um país se entrelaçam, num dinamismo contínuo e progressivo. 


Em 1998, a BCNN foi lançada composta por três volumes. É um documento que aponta metas de qualidade que levam à criança ao desenvolvimento integral e à formação da cidadania. Serve como um guia educacional, com objetivos, conteúdos e orientações didáticas. Apresenta a divisão organizada por idade para as crianças de zero a três anos e de três a seis anos.  A BNCC é um documento plural, contemporâneo, e estabelece com clareza o conjunto de aprendizagens essenciais e indispensáveis a que todos os estudantes, crianças, jovens e adultos, têm direito. Com ela, redes de ensino e instituições escolares públicas e particulares passam a ter uma referência nacional obrigatória para a elaboração ou adequação de seus currículos e propostas pedagógicas.


O artigo 210 da Constituição Federal menciona a delimitação de “conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum”.  Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN são criados com o intuito original de normatizar um currículo nacional.  Em 2014, os esforços para a construção de uma base ganharam força, passando por um processo de três anos e resultando no documento homologado em 2017.



As DCNs têm origem na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, que assinala ser incumbência da União "estabelecer, em colaboração com os estados, Distrito Federal e os municípios, competências e diretrizes para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os currículos e os seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar a formação básica comum".


 Capacitar os professores/tutores com fins a incorporar a nova linguagem da tecnologia computacional AVA/Moodle.  Promover uma maior aproximação de professores, tutores e alunos aos procedimentos de utilização de redes de informática acesso ao ambiente acadêmico virtual, onde todo o material fica disponível para leitura.


Em função da formação acadêmica (titulação), bem como da atuação e da prática profissional, principalmente em EAD (que podem ser adquiridas, também, através dos cursos de formação de tutores para EAD, proporcionados pelas próprias instituições que possuem EAD), os atores envolvidos nesse processo de formação à distância poderão ser classificados em diferentes funções.


Coordenador Pedagógico - Analisa as necessidades de formação; determina os objetivos e o conteúdo dos cursos; define os métodos (paradigmas ensino/aprendizagem), os critérios e as estratégias de avaliação; concebe os dispositivos de aprendizagem (individual e coletiva). 


2. Professor Conteudista -  Produz o conteúdo à luz das orientações pedagógicas; é responsável pela elaboração dos conteúdos das disciplinas que integram o curso; faz, também, a seleção das estratégias de ensino e aprendizagem que serão aplicadas.


3. Técnico de produtos e multimídias educativas - Examina a pertinência da escolha da mídia; previne os contextos de utilização; prevê as interações homem-mídia máquina e define o plano de avaliação da tecnologia utilizada.


4. Tutor - Coordena as atividades individuais e os passos da aprendizagem; aconselha e orienta; ajuda a montar o percurso da formação; promove a comunicação; organiza os grupos de trabalho; analisa as interações; motiva e facilita o uso dos recursos computacionais; responde às questões individuais e/ou coletivas, bem como as modera.   No que tange ao entendimento de que o Projeto Político Pedagógico de uma escola é um processo democrático, construído por todos os interessados é uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente e  é político no sentido de ser um compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade.  Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos.



A respeito das tecnologias sociais educativas que buscam a melhoria da qualidade de vida das comunidades mais necessitadas e em situação de risco, do ponto de vista da educação sócio comunitária e por meio de tecnologias de baixo custo e amplo acesso, tecnologias sociais educativas fornecem veículos educativos que permitem às comunidades o desenvolvimento de uma visão das oportunidades que tais tecnologias permitem para o desenvolvimento de autonomia social.  O emprego inovador de tecnologia no dia a dia pelas comunidades, pode ser a grande diferença para que se mude radicalmente a centralização do processo educativo na educação formal (é o processo de educação integral, estendendo-se do ensino primário ao ensino secundário e ensino superior) e escolar (é o processo de educação realizado em um sistema escolar de ensino, podendo ser desenvolvido em institutos e demais instituições), mas com bases não formais e sócio comunitárias.  A tecnologia é meio de afirmação de uma sociedade política devido ao fato de ser prática humana e, certamente, influenciada por ideologias, pois serve a tecnologia a interesses múltiplos: ela não é, portanto, neutra - segue a visão de mundo da sociedade que a produz e a utiliza. 


Planejar e construir um PPP é ter compromisso com uma educação de qualidade e participativa, é a união entre escola e comunidade, comunidade e escola, pois ambos são indissociáveis. É trilhar um caminho com foco na aprendizagem, participar de opiniões e responder os questionamentos.  O Projeto Político Pedagógico não deve ser elaborado apenas para cumprir uma determinação legal, muito menos ficar engavetado ou ausente do cotidiano escolar.


Ao entender o PPP como as intenções e as práticas de se trabalhar com as trajetórias de formação de educandos e educadores pode-se dizer que ele se identifica com o currículo escolar. Como tal, o PPP precisa ser resposta a uma demanda viva que decorre da leitura da realidade. Um PPP que registre a proposta de um currículo crítico, isto é, um currículo comprometido com a superação das realidades opressivas, voltado para o desenvolvimento da autonomia dos seres humanos e para a luta pela ampliação das condições necessárias para uma vida digna para todos, pode também significar uma forma de resistência aos currículos hegemônicos.


Considerando que é no espaço da sala de aula onde ocorrem as avaliações desenvolvidas durante o processo ensino aprendizagem, que deve estar vinculado a um projeto educativo mais amplo, em nível de escola, devendo ter como premissa básica o alcance de objetivos que correspondam aos interesses e necessidades dos alunos, sendo a escola o lugar da construção da autonomia e da cidadania, a avaliação dos processos de qualquer natureza, dentro da escola, das aprendizagens, da dinâmica escolar ou instituição são responsabilidades tanto da coletividade, como de cada um, em particular.  O professor deve responsabilizar-se unicamente pelo ato de avaliar as aprendizagens de seus alunos.


Avaliação é algo bem mais complexo do que apenas atribuir notas sobre um teste ou prova que se faz, ela deve estar inserida ao processo de aprendizagem do aluno. Relacione abaixo os tipos de avaliações às suas respectivas aplicações. 


1. Formativa - Tem como objetivo verificar se tudo aquilo que foi proposto pelo professor em relação aos conteúdos estão sendo atingidos durante todo o processo de ensino aprendizagem.


2. Cumulativa-  Neste tipo de avaliação permite reter tudo aquilo que se vai aprendendo no decorrer das aulas e o professor pode estar acompanhando o aluno dia a dia, e usar quando necessário.


3. Diagnóstica -Auxilia o professor a detectar ou fazer uma sondagem naquilo que se aprendeu ou não, e assim retomar os conteúdos que o aluno não conseguiu aprender, replanejando suas ações suprindo as necessidades e atingindo os objetivos propostos.


4. Somativa - Tem o propósito de atribuir notas e conceitos para o aluno ser promovido ou não de uma classe para outra, ou de um curso para outro, normalmente realizada durante o bimestre.


5. Autoavaliação - Pode ser realizada tanto pelo aluno quanto pelo professor, para se ter consciência do que se aprendeu ou se ensinou e assim melhorar a aprendizagem. Em grupo, é a avaliação dos trabalhos que os alunos realizaram, onde se verifica as atividades, o rendimento e a aprendizagem.


As reformas educacionais trouxeram muitas mudanças para a vida dos docentes, bem como para sua formação. Podemos afirmar que as mudanças socioeconômicas apresentam novas exigências. Por um lado, têm suas tarefas ampliadas, mas, por outro, pouco lhes é oferecido em troca.  Também implica reconhecer que os professores podem ser verdadeiros agentes sociais, capazes de planejar e gerir o processo de ensino-aprendizagem, além de intervir nos complexos sistemas que constituem a estrutura social e profissional. 


Os cursos que os docentes realizam fora da instituição são geralmente em temas específicos de suas áreas de pesquisa e atuação. Dos cursos internos da instituição, diversos buscam aperfeiçoar as práticas pedagógicas, em temáticas como didática e docência, o que demonstra uma preocupação da instituição pela qualificação de seu corpo docente. Porém, destaca-se uma assiduidade na participação nesse tipo de formação.


As funções da avaliação podem ser classificadas em três modalidades. 


1. Avaliação diagnóstica - Supõe-se que sejam detectados os pontos fracos do ensino e da aprendizagem e se extraiam as consequências pertinentes sobre onde se deva colocar, posteriormente, a ênfase no ensino e na aprendizagem.


2. Avaliação formativa -É orientadora, porque orienta o trabalho do aluno e do professor, além de controlar e informar o aluno e o professor sobre os resultados atingidos durante o desenvolvimento do processo, e, sendo contínua dá condições para a recuperação imediata, se necessário.  


3. Avaliação somativa - Deve fornecer informações que permitam identificar progressos, registrar dados, estabelecer juízos e estabelecer decisões.


Sobre “educação” e “escola” no Brasil, pode-se considerar quatro importantes concepções utilizadas na organização e funcionamento da escola. 


1. Concepção humanista tradicional - Como princípios, defende a existência de sistemas públicos de ensino que sejam leigos, universais, gratuitos e centrados no educador que deve ser imitado pelos seus educandos. 


2. Moderna - Defende que o aspecto psicológico predomina sobre o lógico e transfere o cerne do processo educativo do adulto para a criança considerando as suas atividades de existência, considerando que a educação segue o ritmo de vida que varia segundo as diferenças individuais, desconsiderando, na educação, esquemas predefinidos e lógicos.


3. Analítica-  Formula o seu conceito de educação com base na tarefa educacional que é definida como aquela que oferece um significado lógico à linguagem em função do seu contexto tanto do educador quanto daqueles a quem ele se dirige.


4. Dialética- Considera a educação a partir do conjunto das relações sociais e, assim, aborda os problemas educacionais compreendidos dentro de um contexto histórico. 


De acordo com o processo de formação, a autonomia, responsabilidade e a capacitação são características tradicionalmente associadas a valores profissionais que deveriam ser indiscutíveis na profissão docente.  Sendo assim a profissionalidade docente se refere às qualidades da prática profissional dos professores em função do que requer o trabalho educativo. Dessa forma, a profissionalidade não consiste apenas ensinar, mas engloba todos os valores e pretensões que o docente deseja alcançar na profissão e para que haja um entendimento sobre a profissionalidade docente, é necessário que se entenda o conceito de prática educativa, a qual deve ser entendida de forma ampla e não apenas delimitada pela prática didática dos professores e a educação envolve outras esferas, sejam elas de determinações políticas, econômicas ou culturais e isso faz com que os professores não tenham domínio total sobre a prática, uma vez que tais setores interferem na vida escolar.  A profissão de professor, como as demais, emerge num dado momento e contexto histórico como resposta às necessidades que foram postas pelas sociedades, adquirindo estatuto próprio e legalidade. 


Gestão escolar constitui uma dimensão e um enfoque de atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos sócio educacionais dos estabelecimentos de ensino orientadas para a promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos, de modo a torná-los capazes de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia centrada no conhecimento e  Gestão Escolar se define como a expressão relacionada à atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos sócio educacionais dos estabelecimentos de ensino orientados para a promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos  Nos dias de hoje, podemos ver o perfil do gestor da atualidade, ter a necessidade de repensar alguns fundamentos na educação, e de como iniciar conceitos sobre a educação, quebrando novos paradigmas, como relação à interdisciplinaridade, pedagogia de projetos, temas geradores de pesquisa em sala de aula, uma construção do conhecimento e habilidades. A questão da gestão educacional sempre teve a atenção merecida, e continua tendo coincidindo com a emergência da educação como espaço para o qual se deslocou parte do capital com a expansão educacional promovida pelo neoliberalismo.



Para que se possa pensar na atuação do diretor na construção de uma Gestão Democrática, antes é necessário compreender o que é gestão escolar. A gestão escolar é o termo que passou a substituir o termo administração escolar, significando uma alteração conceitual, uma vez que envolve a participação da comunidade nas decisões que são tomadas na escola. Como elementos constitutivos dessa forma de gestão, podem ser www.pciconcursos.com.br destacados: participação, autonomia, transparência e pluralidade. Sobre esses pontos.


1. Participação - Deve ser garantida a todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. A escola, concebida como uma instituição de responsabilidade de todos - professores, pais, agentes educacionais, comunidade e equipe gestora que participam efetivamente nos processos de tomada de decisão, tem maiores possibilidades de diminuir ou evitar o abandono, a evasão e a repetência de estudantes.


2. Autonomia - Quatro dimensões são articuladas e relacionadas entre si, consideradas fundamentais para a escola na organização do trabalho educativo: Financeira, Administrativa, Pedagógica e Jurídica.


3. Transparência - Elemento constitutivo da Gestão Democrática, revela-se no livre acesso à informação.


Compreender como uma pessoa, em especial, o professor, formou-se, é encontrar relações entre a pluralidade de suas trocas e vivências internas ou externas nos diversos momentos de sua vida. Além disso, compreende-se que essa formação está diretamente relacionada à construção da identidade do ser professor e, portanto, de si mesmo, na qual o desenvolvimento dos significados e valores se transforma ao longo de toda a trajetória de formação pessoal e profissional e a construção da identidade profissional acontece ao longo de toda a vida do indivíduo, por meio da interação social com o outro e das influências internas e externas percebidas.  A identidade do professor, não é um dado adquirido, uma propriedade ou um produto, mas é “um lugar de lutas e de conflitos, é um lugar de construção de maneiras de ser e de estar na profissão”, a docência é uma construção dinâmica, com uma diversidade de sentimentos, consciências, valores, significados e representações.  Por estar em constante transformação, o processo de construção da identidade se reconstitui ao longo do tempo e é marcado pela maneira como o professor constrói sua imagem, por suas convicções, desejos e expectativas, por suas experiências, pela maneira como repensa suas práticas pedagógicas, e, ainda, por sua formação docente e função social. 


Considerados como essenciais para qualquer educador, os três www.pciconcursos.com.br saberes da docência são: saberes do conhecimento, saberes pedagógicos (andragógicos) e saberes da experiência. 


1. Saberes do conhecimento - Normalmente são adquiridos na própria formação ou especialização do docente, mas também pode ser aprendido através de estudos, leitura de livros, artigos, dentre outros.


2. Saberes pedagógicos (andragógicos) - Esses são os saberes que diz respeito ao desenvolvimento da atividade do professor, em sua atividade didática, ou seja, são as técnicas, métodos e ferramentas que se utiliza em sala de aula para conduzir o ensino e a aprendizagem.


3. Saberes da experiência- Referem-se àqueles saberes que são adquiridos no exercício da profissão. Costuma-se dizer que são os saberes do “chão de giz”, ou seja, os professores adquirem no dia a dia na sala de aula, em contato direto com o ensino, com os alunos e com as atividades da profissão.


PEDRO DEMO


 Pedro Demo (1998) defende a pesquisa como princípio científico e educativo apregoando que a mesma não deve mais ser considerada algo distante, própria das práticas acadêmicas, mas incorporada aos processos de ensino e de aprendizagem.

Em relação à pesquisa como um princípio educativo, nessa vertente defende-se que a pesquisa deve estender-se desde o início da educação básica até quanto dure a escolarização, postulando que assim a prática da pesquisa se constituirá como uma postura intelectual do sujeito durante toda a sua vida e essa postura intelectual está intrinsecamente ligada ao processo de emancipação do aluno, pois o elege como sujeito da sua história de aprendizagem e de apreensão do mundo.


terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Freitag

 

A escola é um local com regras, funções e leis que atua com os mais diversos públicos. Segundo Freitag (1974) a escola atua como uma instituição fundamental para a constituição do indivíduo, tal como para a evolução da sociedade e da própria humanidade. Dessa forma, a escola como instituição social possui objetivos e metas, empregando e reelaborando os conhecimentos socialmente produzidos. Dentre as funções sociais da escola, a escola é um ambiente capaz de ampliar a perspectiva de vida, os espaços de convivência familiar, entre amigos e vizinhos, tal como a capacidade de reflexão crítica sobre as próprias atitudes e às dos próximos. No ambiente escolar, mais do que o aprendizado de mecânica, eletricidade, física, matemática, disciplinas importantes para o mercado de trabalho, também é importante aprender a lidar com o próximo, portanto, a convivência social em comunidade e a escola é um espaço de desenvolvimento e aprendizagem pessoal, envolvendo várias relações entre os diferentes segmentos presentes na escola, sendo muito significativos os aspectos culturais, afetivos, sociais e históricos.  A escola atualmente é mais que um espaço de transmissão dos saberes curriculares e sim é um espaço formador da cidadania, uma vez que o período de escolarização também é um momento de formação do sujeito.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

JANET MOYLES


 Conforme Moyles, o brincar não era visto como valioso quando as escolas de Educação Infantil inicial começaram a ser introduzidas na Europa Ocidental nos séculos XVIII e XIX. Acreditava-se que as crianças precisavam de instrução e, no caso de doutrinas religiosas, de remissão por seus comportamentos pecaminosos, no século XX, o brincar espontâneo passou a ser visto não só como importante, mas também como um componente essencial do desenvolvimento social e intelectual da criança e de seu desenvolvimento criativo e pessoal. O brincar sócio dramático pode favorecer as habilidades de linguagem e de desempenho de papéis, enquanto o brincar construtivo pode incentivar o desenvolvimento cognitivo e a formação de conceitos.

Moyles afirma que “o brincar é sem dúvida um meio pelo qual os seres humanos e os animais exploram uma variedade de experiências em diferentes situações, para diversos propósitos” (2002 p. 11). Deste modo, começa haver um entendimento que no contínuo processo de desenvolvimento, as crianças buscam maneiras de entrar em contato com os adultos ou até mesmo com outras crianças, e é neste momento que a brincadeira entra em ação, possibilitando um envolvimento das emoções, da afetividade e da diversão. Dentro deste mundo do brincar as crianças combinam ficção com a realidade, tornam-se criativas, experimentam personagens, funções a partir da observação do seu mundo e do mundo dos adultos. Por exemplo, ao observar sua professora explicando algo ou ensinando, automaticamente elas a imitam em suas brincadeiras. O simples ato de brincar passa a ser visto então como uma atividade dotada de significados sociais, ou seja, na brincadeira o mundo da fantasia pode se realizar, porém no real não permite-se viver de tudo, acertar e errar quantas vezes quiser, resolver problemas que o mundo real não admite, pois não existe julgamento, assim sendo, torna-se mais fácil para a criança se expressar na vida real. Sendo assim, o brincar expressa as várias fases da criança que, organiza, desorganiza, constrói, destrói e reconstrói o seu mundo. O brincar proporciona um desenvolvimento dos processos de interação social tanto na escola como na própria família, desenvolvendo as diferentes capacidades, como a coordenação motora, concentração, criatividade, auto-estima e permite a criança ser livre usando e abusando da sua imaginação. Ou seja, a criança que brinca e vive a sua infância, tornar-se-á um adulto mais equilibrado fisicamente e emocionalmente, com capacidade de enfrentar as diversidades do mundo adulto. 

Todavia, analisando o ato de brincar na sala de aula torna necessário entender, e deixar claro que existe uma relação entre o brincar e aprender, e que esse visa o desenvolvimento e aprendizagem da criança, como Moyles (2006 p. 14) afirma “[...] o conceito de brincar em 13480 ambientes educacionais deveria ter consequências de aprendizagem. É isso que separa o brincar nesse contexto educativo do brincar recreacional [...]”. Porém, em muitas escolas o brincar ainda é tratado como mera distração para os alunos, possibilitando ao professor cuidar de outras atividades. O investimento nesta prática ainda é considerado pequeno diante dos benefícios que são alcançados dentro do ensino aprendizagem, fica evidente que para um desenvolvimento maior desta prática os profissionais também devem se munir de conhecimentos, onde possam entender, interpretar e utilizar no auxílio da construção do aprendizado da crianças.

O brincar deve ocorrer de forma a agregar aprendizagem na sala de aula, e quem deve criar oportunidades é o professor, mas não somente em recreios ou outros momentos semelhantes, deve ser feito de maneira a integrar a disciplina e o brincar, ambas são importantes para se chegar ao objetivo maior que é o ensinar de maneira a enriquecer seus conhecimentos. O professor ao proporcionar o brincar, deverá atentar-se ao seu papel, pois poderá ser o mediador da brincadeira, utilizando de estratégias para que as crianças cheguem ao objetivo de aprendizagem proposto por ele. Ou ser observador e por meio da sua observação perceber o comportamento de seus alunos e avaliar seu desenvolvimento. Moyles (2002, p.37) afirma com propriedade que: “Parte da tarefa do professor é proporcionar situações de brincar livre ou dirigido que tente atender às necessidades de aprendizagem das crianças e, neste papel, o professor poderia ser chamado de um iniciador ou mediador da aprendizagem. Entretanto, o papel mais importante do professor é de longe [...], quando ele deve tentar diagnosticar o que a criança aprendeu – o papel de observador e avaliador”. Para muitos educadores fica claro que o brincar/ludicidade tornaram-se uma alavanca para o processo educacional das novas gerações. O educador deve buscar uma formação de qualidade, para que como profissional trabalhe de maneira prazerosa com as crianças, deve ainda ter um visão diferenciada referente ao brincar e compreender a real importância do brincar em sala de aula. Para Moyles (2002 p.37) “o treinamento inicial e prático dos professores precisa assegurar que eles adquiram mais competência nessa área a fim de acompanhar as tendências nacionais e manter vivo o papel vital do brincar no desenvolvimento das crianças”. A afirmação da autora revela com propriedade a importância do trabalho do docente como mediador do aluno no processo do brincar como alternativa de aprendizagem.

 


                                                    Considerações finais 

O presente trabalho apresenta como objetivo compreender sobre o brincar na visão da autora Janet Moyles, professora emérita na Universidade Anglia Ruskin, em Chelmsford, Inglaterra e consultora de jogos para os anos iniciais.

O brincar é fundamental na construção do conhecimento da criança, não podendo ficar de fora da sala de aula. Utilizar esta ferramenta é saber trabalhar com a criança da melhor forma possível, pois é trazer o mundo dela para dentro da escola, desta forma se explora a maior riqueza que a criança pode passar, a sua contribuição por meio da expressão do brincar. Dentro da perspectiva do brincar, ele auxilia um maior entendimento na formação da criança e seu desenvolvimento no âmbito escolar, mas este conhecimento deve ser utilizado e proporcionado com a intenção do aprendizado e não o mero brincar por brincar. O professor é o responsável por fazer esta relação do brincar e aprender com as crianças. Cabe a ele explorar o faz-de-conta, onde a criança cria um universo com suas vivencias do real misturado com o do imaginário. O mundo do brincar é construído a partir do cotidiano que as crianças vivem e suas experiências, e nele aprendem a se relacionar com o mundo, pois lá criam os experimentos que podem dar certo ou errado, pode-se começar de novo ou tudo terminar, o importante é a contribuição desse brincar ao ser expresso na vida real que ajudará na formação do conhecimento. E esta característica tão forte da criança de construir e desconstruir tudo no imaginário e projetar na vida real deve ser utilizado dentro da escola, para que esta venha a se aprimorar e expressar da melhor forma possível seu papel mais importante que é contribuir na produção do conhecimento.

 O Cuidar, Educar e Brincar na Educação Infantil é de fundamental importância e pode contribuir significativamente para a construção de conhecimentos e desenvolvimento das potencialidades e capacidades da criança, pois é notório que a criança é um ser que está em constante desenvolvimento, mas como que deve ser estimulada a fim de adquirir seu pleno desenvolvimento, nessa linha de depreensão, pode-se afirmar que a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na Vida familiar e na convivência humana, trabalho e nas instituições de ensino e pesquisa e movimentos sociais e organizações da sociedade civil e manifestações culturais.


REFERENCIAS:

MOYLES, Janet. A excelência do brincar. Porto Alegre: Artmed, 2006. 


 MOYLES, Janet R. Só brincar? O papel do brincar na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2002.

HOWARD GARDNER

  

Howard Gardner nasceu em Scranton, no estado norteamericano da Pensilvânia, em 1943, numa família de judeus alemães refugiados do nazismo. Ingressou na Universidade Harvard em 1961 para estudar história e direito, mas acabou se aproximando do psicanalista Erik Erikson (1902-1994) e redirecionou a carreira acadêmica para os campos combinados de psicologia e educação. Na pós-graduação, pesquisou o desenvolvimento dos sistemas simbólicos pela inteligência humana sob orientação do célebre educador Jerome Bruner. Nessa época, Gardner integrou-se ao Harvard Project Zero, destinado inicialmente às pesquisas sobre educação artística. Em 1971, tornou-se co-diretor do projeto, cargo que mantém até hoje. Foi lá que desenvolveu as pesquisas sobre as inteligências múltiplas. Elas vieram a público em seu sétimo livro, Frames of Mind, de 1983, que o projetou da noite para o dia nos Estados Unidos. O assunto foi aprofundado em outro campeão de vendas, Inteligências Múltiplas: Teoria na Prática, publicado em 1993. Nos escritos sobre educação que se seguiram, enfatizou a importância de trabalhar a formação ética simultaneamente ao desenvolvimento das inteligências. Hoje leciona neurologia na escola de medicina da Universidade de Boston e é professor de cognição e pedagogia e de psicologia em Harvard. Nos últimos anos, vem pesquisando e escrevendo sobre criadores e líderes exemplares, tema de livros como Mentes Extraordinárias. Em 2005, foi eleito um dos 100 intelectuais mais influentes do mundo pelas revistas Foreign Policy e Prospect.

Howard Gardner defendeu que os currículos deveriam ser planejados em função da necessidade de educar relacionada a oito “formas de inteligência”, a linguística, cinestésica, intuitiva/espiritual, intrapessoal, interpessoal, musical, espacial e lógico-matemática.

Howard Gardner   afirma que possuímos  diferentes inteligências, que têm autonomia e são interdependentes.

O Dr. Howard Gardner tem conduzido por muitos anos uma pesquisa sobre o desenvolvimento das capacidades cognitivas humanas. Gardner estabeleceu critérios segundo os quais é possível medir se um talento é realmente uma inteligência. Ele rompeu com a tradição comum da teoria da inteligência, que se apoia em duas suposições fundamentais. Uma delas é que os indivíduos podem ser adequadamente descritos como possuidores de uma inteligência quantificável e a outra é que a cognição humana é unitária.

Dentre as oito inteligências descritas por Gardner, uma delas apresenta a seguinte definição: “Instiga a  capacidade para pensar de maneiras tridimensionais. Permite que a pessoa perceba as imagens externas e internas, recrie, transforme ou modifique as imagens, movimente a si mesma e aos objetos, produza ou decodifique informações gráficas”, denominada espacial.

A Teoria das Inteligências Múltiplas abre as portas para uma ampla variedade de estratégias de ensino que podem ser facilmente implementadas em sala de aula e oferece aos professores uma oportunidade de desenvolver estratégias de ensino inovadoras, relativamente novas no cenário educacional devido às diferenças individuais, os professores devem usar uma ampla variedade de estratégias e faz sua valiosa contribuição à educação ao sugerir que os professores expandam seu repertório de técnicas que funciona como um remédio para a unilateralidade no ensino, no momento em que o professor mudar a inteligência enfatizada em sua aula, um e outro aluno serão alcançados.



    OLIVEIRA - FORMOSINHO


    Segundo Oliveira-Formosinho, no modo burocrático (educação convencional), a imagem da criança é a de tábula rasa, a sua atividade é memorizar conceitos e reproduzi-los fielmente, discriminar em resposta a estímulos externos, evitar erros e corrigir aqueles que não foram evitados. A imagem de professor é a de um transmissor  (...) 

    Conforme Oliveira-Formosinho, assim como Dewey, valoriza-se a educação como o principal mecanismo de mudança social, e Paulo Freire  defende que a educação é um ato político, visto que desenvolve uma consciência crítica. 

    Transtorno da linguagem expressiva

     O transtorno da linguagem expressiva  trata-se de uma defasagem cronológica entre a linguagem que uma criança apresenta e o esperado para sua idade. As principais características são: vocabulário limitado, erros nos tempos verbais, dificuldades na memorização de palavras, dificuldade na produção de frases de extensão ou complexidades próprias do nível evolutivo do sujeito.

    JUSSARA HOFFMANN


     Ao analisar a concepção mediadora de avaliação, Jussara Hoffmann (2014) faz um contraponto com a escola tradicional. Para a autora, o sucesso na escola tradicional é alcançado através da passividade, notas altas, obediência e memorização.


    LUCKESI

     

    Cipriano Luckesi, em seu livro Filosofia da Educação, diz que “A educação é uma prática humana direcionada por uma determinada concepção teórica.” Nesse sentido, pode-se concluir que a prática pedagógica está articulada com uma pedagogia que nada mais é que uma concepção filosófica da educação e tal concepção ordena os elementos que direcionam a prática educacional.

    A avaliação existe propriamente para garantir a qualidade da aprendizagem do aluno. Ela tem a função de possibilitar uma qualificação da aprendizagem do educando, a prática classificatória da avaliação é antidemocrática, uma vez que não encaminha uma tomada de decisão para o avanço, para o crescimento. E a  avaliação da aprendizagem escolar adquire seu sentido na medida em que se articula com um projeto pedagógico e com seu consequente projeto de ensino. 

    “Instrumentos de coleta de dados são propriamente os recursos que empregamos para captar informações sobre o desempenho do educando, sendo a base da descrição do seu desempenho” (LUCKESI, 2011). Para o autor, são exemplos de instrumentos de coleta de dados os testes, fichas de observação, questionários e  redações.

    Na obra “Filosofia da Educação”, LUCKESI (2005) afirma que a pedagogia liberal é uma manifestação própria da sociedade capitalista. Considerando a sociedade brasileira, as práticas escolares e o ideário pedagógico têm sido, nos últimos cinquenta anos, marcados pelas tendências liberais.

    A ludicidade traz de novo o fato de que o ser humano, quando age ludicamente, vivencia uma experiência plena. [...] Enquanto estamos participando verdadeiramente de uma atividade lúdica, não há lugar, na nossa experiência, para qualquer outra coisa além desta atividade. Não há divisão. Estamos inteiros, plenos, flexíveis, alegres, saudáveis. [...] Brincar, jogar, agir ludicamente exige uma entrega total do ser humano, corpo e mente ao mesmo tempo. (LUCKESI, 2000, p. 21). Ao considerar a ludicidade como “um estado interno do sujeito que age e/ ou vivencia uma atividade lúdica”, Luckesi (2002) apresenta uma contribuição significativa para a compreensão desse fenômeno, acrescentando às abordagens correntes, em geral dedicadas às manifestações exteriores do sujeito que vivencia um jogo ou uma brincadeira, um olhar agora focado na dimensão interna do ser humano.

    A concepção do brincar, obviamente no contexto lúdico como um recurso direcionado à aprendizagem destaca-se, entre as questões da prática pedagógica do professor por estar ligada, À questão do conhecimento.

    O BRINCAR é visto com seriedade no desenvolvimento da criança, pois com a proposta do lúdico na educação infantil, a criança será incentivada a uma aprendizagem, prazerosa e significativa.

    Na “Educação Infantil”, “o cuidar e o educar” representam, pedagogicamente, uma visão consciente e integrada ao desenvolvimento da criança.

    COLL

     

    Conforme Coll, as estereotipias motoras, a realização de rituais repetitivos, a obsessão por certos conteúdos mentais e a inflexível oposição a mudanças ambientais às vezes mínimas configuram um estilo mental e comportamental característico do Transtorno autista.

     A atividade acadêmica não se realiza de forma impessoal, mas em um contexto social em que as relações entre professores e alunos podem afetar o grau de aceitação pessoal e afeto que estes experimentam por parte daqueles, o autoconceito e a autoestima referem-se à representação da avaliação afetiva que a pessoa tem de suas características em um determinado momento  As emoções, os sentimentos e os afetos não desempenham um papel unicamente nos processos interativos que ocorrem nas salas de aula, mas também estão envolvidos no próprio ato de aprender.

    De acordo com Coll, no reflexo de procura  estimula-se com um dedo a bochecha do bebê, que virará a cabeça buscando com a boca a fonte de estimulação, que desaparece por volta dos 4 meses, sendo, depois, voluntário.

    VASCONCELLOS

     

    De acordo com Vasconcellos (2012), são finalidades do planejamento superar o caráter fragmentário das práticas educativas, fortalecer o grupo para enfrentar conflitos e contradições e  racionalizar tempo e recursos.

    Sobre o currículo, Vasconcellos (2011), faz as seguintes considerações deve corresponder ao encontro dos currículos dos diferentes sujeitos da prática educativa, em especial professores e alunos.

    Resgatar o saber docente, a cultura pedagógica do grupo, favorecer a pesquisa sobre a própria prática e  possibilitar a reflexão e a ressignificação do trabalho.

    quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

    História da Educação

      

    A  HISTÓRIA  DA  EDUCAÇÃO  BRASILEIRA no final dos anos 70 e início dos 80, a abertura política decorrente do final do regime militar coincidiu com a intensa mobilização dos educadores para buscar uma educação crítica a serviço das transformações sociais, econômicas e políticas, tendo em vista a superação das desigualdades existentes no interior da sociedade.

    O ensino de História pode desempenhar papel importante na configuração da identidade, ao incorporar a reflexão sobre a atuação do indivíduo nas suas relações pessoais com o grupo de convívio, sua participação no coletivo e suas atitudes de compromisso com classes, grupos sociais e valores.

    As relações interdisciplinares, articulando os conhecimentos de História com aqueles referentes à Língua Portuguesa, à Literatura, à Música e a todas as Artes, são de fundamental importância.

    Para o estudo da História, principalmente em nível médio, é de fundamental importância o desenvolvimento de competências ligadas à leitura, análise, contextualização e interpretação das diversas fontes e testemunhos do passado.

    Os homens do Paleolítico:  Fabricavam utensílios e artefatos utilizando lascas de pedra.  Eram essencialmente caçadores e coletores.  Conseguiram dominar a técnica de produção e conservação do fogo.  “O aparecimento do homem sobre a terra é indicado pelos instrumentos que ele faz. Para obter alimento e abrigo, os homens fabricaram instrumentos (ferramentas) com que supriam as suas deficiências corporais. A princípio, utilizavam-se de lascas de madeira, pedra ou osso, obtidos à mão, para recolher o alimento: eram facas, machados e enxós bastante primitivos”.  

    eram caçadores, pescadores, coletores.

    AQUINO, Rubim Santos Leão de. História das sociedades: das comunidades primitivas às sociedades medievais. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1980. P. 64.

    Além de fabricarem artefatos, produziram a pintura rupestre, manifestação artística de alta qualidade que, tudo leva a crer, possuía um significado mágico.

    Quando os pracinhas retornaram ao Brasil, em julho de 1945, após terem lutado pela democracia na Europa, o país vivia sob um regime ditatorial.

    O iluminismo é o conjunto de ideias sociais e políticas que tiveram grande influência no processo de independência do Brasil.

    A Inconfidência Mineira entre as rebeliões que ocorreram no Brasil no século XVIII,  envolveu amplos setores da população da colônia. Entre os conspiradores encontramos gente de posse, clérigos, militares e intelectuais. Sofreu influência das ideias vindas das ex-colônias libertadas da Inglaterra e da Revolução Francesa.

    A Revolução Francesa é marco histórico de grande importância Pode ser considerado um movimento da burguesia. Derrubou o absolutismo e rompeu as estruturas feudais.

    Os camponeses além de produzir o necessário à subsistência da sua família, eram obrigados a tarefas nos campos do senhor, a lhe entregar parte da sua produção e ao pagamento de pesadas taxas.


    Dom Pedro I abdica do trono do Brasil.  O período entre 1822 e 1831 foi marcado pelo conflito entre as ideias e medidas absolutistas de D. Pedro I e as elites agrárias brasileiras e de grande agitação social.

     No primeiro Império houve uma dissolução da Assembleia Constituinte em 1823 e a Confederação do Equador.  O período entre 1822 e 1831 foi marcado pelo conflito entre as ideias e medidas absolutistas de D. Pedro I e as elites agrárias brasileiras e de grande agitação social.

    No período regencial ocorreram numerosas lutas internas no Brasil. Entre elas, a Revolução Farroupilha. Entre os reflexos do movimento farroupilha em Santa Catarina, Instalação do governo da República Catarinense em Laguna.

    Os trabalhadores europeus, em especial os ingleses, demonstraram de inúmeras maneiras seu inconformismo com as consequências da industrialização. Na região de Lancashire, liderados por Ned Ludd, grupos de operários destruíram numerosas instalações fabris.   Movimento dos Ludditas, os “quebradores de máquinas”.


    O exército paraguaio invade o Mato Grosso

    Nos séculos XV e XVI, portugueses e espanhóis, sendo os primeiros os pioneiros, desafiaram os mares em busca de rotas de comércio e riquezas.  A precoce formação do Estado Nacional. A Revolução de Avis são algumas razões do pioneirismo português.

    A industrialização tem entre as suas consequências o gradativo desaparecimento do artesão que, não podendo concorrer com a fábrica, passou a vender a sua força de trabalho.

    A partir da segunda metade do século XIX a revolução Industrial  teve grande desenvolvimento e expandiu-se para diferentes regiões, entre as quais a França, a Bélgica, a Rússia, o Japão e os Estados Unidos.


    A obra 1808, de Laurentino Gomes, foi um grande sucesso de vendas. Segundo o autor, conta como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil.  A vinda da família real portuguesa para o Brasil.

    A Conjuração baiana No processo de independência do Brasil têm destaque movimentos que pretendiam, além das motivações das rebeliões nativistas, uma efetiva ruptura com a metrópole.

    A crise do sistema colonial se traduz no Brasil em movimentos de contestação em que claramente aparecem ideias separatistas.


    Portugal foi o país pioneiro no processo de expansão marítima dos séculos XV e XVI.

    Fatores que contribuíram para  o Expansionismo Marítimo dos séculos XV e XVI.

    Esgotamento dos estoques de ouro e prata, Procura de uma rota marítima para o Oriente, Aperfeiçoamento das técnicas de navegação e Falta de terras para o cultivo.

    “Embarcam-se, anualmente, cerca de 120.000 negros da costa da África, unicamente para o Brasil e é raro chegarem a seu destino mais de 80 a 90.000. Perde-se, portanto, cerca de um terço durante uma travessia de dois meses e meio a três meses. […] Esses infelizes são amontoados num compartimento cuja altura raramente ultrapassa cinco pés. Esse cárcere ocupa todo o comprimento e a largura do porão do navio […] de modo que para cada homem adulto se reserva apenas um espaço de 5 pés cúbicos. Os mais das vezes as paredes comportam uma espécie de prateleira de madeira, sobre a qual jaz uma segunda camada de seres humanos. Todos […] têm algemas nos pés e nas mãos e são presos uns aos outros por uma comprida corrente. Acrescentamos a essa deplorável situação, o calor ardente do Equador, a fúria das tempestades e a alimentação, a que não estão acostumados, de feijão e carne salgada” […]. RUGENDAS, João Mauricio. Viagem Pitoresca Através do Brasil. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1967. P. 136


     As condições desumanas do Tráfico negreiro.

    A agricultura do Brasil colônia, voltada para a exportação, se baseou no latifúndio e no trabalho escravo. O tráfico negreiro entrou em declínio na segunda metade do século XIX. Para isto contribuíram a falência do modelo escravagista, as pressões das camadas urbanas e internacional, notadamente a da Inglaterra que chegou a proibi-lo, passando a Marinha Britânica a perseguir os tumbeiros.  

    A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL “Coube à Divisão de Infantaria Brasileira, a frente aproximada de 2 quilômetros, que compreendia do lugarejo Montaurigola até o lugarejo de Paravento, tendo mais ou menos ao centro, a cidadela de Montese. […] O combate de Montese foi o mais cruento e que maior número de baixa impôs à Divisão Brasileira. Total de 426 baixas, sendo 34 mortos, 382 feridos e 10 extraviados. As posições eram alcançadas, palmo a palmo, com muito sacrifício, através de combates incessantes, debaixo de fogo cerrado das armas automáticas e artilharia alemã”. 

    “O atentado contra Lacerda, em 5 de agosto de 1954, que matou seu guarda-costas voluntário, o major Rubens Vaz, da FAB, foi a pedra de toque da insanidade coletiva […]. A FAB se rebelou, instaurando a chamada República do Galeão […]. Carlos Lacerda atingiu seu auge polêmico. Órgãos liberais como o Correio da Manhã suspenderam seus escrúpulos contra mais essa violação constitucional da nossa história, que era o afastamento forçado de um presidente eleito”. FRANCIS, Paulo. Trinta anos esta noite: 1964, o que vi e vivi. São Paulo: Francis, 2004. P. 204 As consequências dos acontecimentos relatados no texto tiveram, segundo a maioria dos autores, grande importância para um momento de grande comoção nacional. Qual?  O suicídio de Getúlio Vargas.

    No início da década de 1980, o país vivia um período de crescimento da inflação e recessão econômica, momento em que se fortaleciam entidades de classe e partidos políticos de oposição ao regime. Neste contexto, a partir de um comício na cidade de Goiânia, nasceu um movimento reinvidicatório que teve grande importância na redemocratização do país.

     Campanha das diretas-já.

    O consumo mundial de alimentos e bens vem aumentando ano a ano. Estima-se que em 2008 foram comprados em todo o mundo 68 milhões de veículos, 85 milhões de geladeiras, 297 milhões de computadores e 1,2 bilhão de telefones móveis (celulares). Para produzir tantos bens, é preciso usar cada vez mais recursos naturais agravando, se nada for feito, os problemas ambientais que enfrentamos.

    Os espanhóis encontraram na América diversas sociedades como as dos incas, maias e astecas.

     .

    A lavoura de cana-de-açúcar no Brasil Colônia é comumente associada ao sistema de ”plantation”.esse sistema é caracterizado pela  Produção em larga escala em latifúndios, monocultura, utilizando mão de obra escrava e destinada ao mercado externo.

    O tratado de Tordesilhas foi uma das tentativas de solução desse conflito  Cristóvão Colombo, navegando a serviço dos soberanos de Castela e Aragão, chegou ao continente que hoje chamamos americano em 1492. A chegada de Colombo à terra que se acreditou ser as Índias deu origem a uma prolongada disputa entre as coroas ibéricas pelas terras descobertas.


    Banzo e formação de Quilombos são expressões associadas à: Resistência do negro à escravidão.

    O Quilombo de Palmares foi criado por volta de 1590, na Serra da Barriga, em Alagoas. Chegou a reunir cerca de 30 mil pessoas. Resistiu a inúmeras tentativas de ataques por forças holandesas, portuguesas e dos bandeirantes paulistas. Foi destruído em 1716. Palmares é um símbolo da Resistência à escravidão.

    A Lei nº 10.639/03 estabelece a obrigatoriedade da temática história e cultura afro-brasileira. Torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira, nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares;  Inclui o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional;

    Relacionadas ao Feudalismo: Os senhores mantinham entre si laços de vassalagem e suserania.  A talha era a obrigação de os servos entregarem parte da sua produção ao senhor.

    Na Guerra dos Canudos os seguidores de Antonio Conselheiro, perseguidos pela polícia, construíram Belo Monte. O arraial chegou a abrigar cerca de 30 mil sertanejos que nele buscavam refúgio da miséria e encontravam conforto espiritual. O ajuntamento ameaçava as elites que convenceram as autoridades a combatê-lo com o pretexto de Conselheiro e seus seguidores se constituírem em uma ameaça à República. Após fracassadas tentativas de esmagar o movimento, um exército de cerca de 5 mil homens cercou o arraial que após sangrenta resistência foi destruído.

    “Por diversas vezes, a Inquisição imiscuiu-se arbitrariamente na vida dos baianos, mantendo, a ferro e fogo, através da eficiente rede de aproximadamente um milheiro de espiões, os temíveis Comissários e Familiares do Santo Ofício, a hegemonia da Santa Madre Igreja: um só rebanho e um só Pastor! Tentaram, em vão, as autoridades inquisitoriais, instalar em Salvador um tribunal do Santo Ofício, nos moldes dos que existiam em Lima, México e Cartagena de Índias. Felizmente, para os colonos reinóis e baianos natos, este macabro projeto jamais veio a concretizar-se, pois teria sido a ruína da pungente economia açucareira, em grande parte dominada pelos capitais e empresários cristãos-novos, além de significar incontáveis detenções de “feiticeiros” afro-baianos, sodomitas, bígamos, padres libertinos. Mesmo sem um tribunal local, a Santa Inquisição foi nosso mais temido bicho-papão durante todo o período colonial”. Mott, Luiz. Bahia : inquisição & sociedade. Salvador: EDUFBA, 2010.


    A instalação do tribunal inquisitorial do Santo Ofício teria, segundo o autor, consequências desastrosas para o desenvolvimento da lavoura canavieira, uma vez que esta atividade era, em parte, controlada por cristãos novos que são judeus ou seus descendentes, convertidos ao cristianismo.

    GONDIN, Nilson Vasco. Liberdade Escrita com Sangue. Florianópolis: Insular, 2000. Pp. 100-101


    sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

    DECLARAÇÃO DE SALAMANCA (1994)

     

    Acontecer numa escola que promova oportunidades iguais para todos os membros da comunidade escolar, a partir do reconhecimento da diferença.  Desenvolver valores e reforçar atitudes e comportamentos que sustentem os direitos humanos.  Assegurar que os processos de ensino aprendizagem conduzam ao aprendizado dos direitos humanos.  Destinar ações que promovam o treinamento em direitos humanos para forças de segurança e servidores públicos.

    A Declaração de Salamanca (1994) disseminou o princípio da inclusão e as bases de uma Educação Inclusiva, a qual tem por finalidade promover os direitos dos grupos sociais historicamente excluídos dos sistemas educacionais.

    A Declaração de Salamanca indica, em linhas gerais, que as crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas devem se adequar, e que essas escolas deverão enfrentar, por meios específicos, o combate às atitudes discriminatórias que visem à construção de uma sociedade inclusiva para todos.

     

    IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO

     São efeitos da Globalização no mundo contemporâneo, o desenvolvimento de tecnologias e infra-estrutura de comunicação, que possibilitam contato rápido e transmissão de dados e informações entre longas distâncias, como microcomputadores, Internet, satélites e telefonia celular, o aumento das iniciativas de cooperação internacional para o combate de problemas ecológicos de grande impacto, como o aquecimento global, e a formação de mercados comuns e comunidades internacionais entre países parceiros, como ALCA, Mercosul e União Européia, por exemplo e a acentuação da circulação de idéias, crenças, valores e bens culturais por todo mundo, convivendo com uma tendência de padronização mundial da “cultura pop” a partir do modelo norte americano.


    A globalização das comunicações tem uma face bem visível na internet e na rede mundial de computadores. 

     O acesso instantâneo de tecnologias, principalmente novos medicamentos, novos equipamentos cirúrgicos e técnicos.

    Permitiu às instituições financeiras a criação de sistemas rápidos e eficientes que favorecem a transferência de capitais. 

     Universalização do acesso a meios de comunicação, graças ao barateamento dos aparelhos, como celulares.

     Os primeiros passos rumo à formação de um mercado mundial remonta aos séculos XV e XVI, com a expansão ultramarina.

    É um processo de integração econômica, cultural, social e política.

    Constituiu um dos motivos para a aceleração do desenvolvimento de novas tecnologias.

    O processo de interdependência entre governos, empresas e movimentos sociais favorecidos pelos instrumentos de comunicação.

    A globalização é o estágio supremo da internacionalização. O processo de intercâmbio entre países, que marcou o desenvolvimento de capitalismo desde o período mercantil dos séculos XVII e XVIII com a industrialização, ganha novas bases com a grande indústria nos fins do século XIX. 

    É a chamada globalização perversa porque as enormes possibilidades oferecidas pelas conquistas científicas e técnicas não estão sendo adequadamente usadas.

    A liberalização dos mercados proporciona, segundo seus defensores, ganhos potenciais a todos os participantes. O termo “potenciais” significa que a liberalização abre possibilidades que, para serem efetivas, exigem medidas ou políticas de acompanhamento sensatas e de índole muito diversificada: tecnológicas, cambiais, educativas, inovadoras, desenvolvimentistas etc.

    Os maiores benefícios e vantagens da crescente liberalização nos fluxos de mercadorias, serviços e capitais ocorreram nos países desenvolvidos. Deve-se considerar que a maior parte do comércio mundial está em poder das empresas multinacionais dos países desenvolvidos e, portanto, os aumentos mais significativos dos fluxos comerciais ocorreram nessas empresas, a liberalização deu-se principalmente nos setores manufatureiros e de tecnologia de ponta, nos quais os países desenvolvidos e, em grande medida, os NIC (New Industrialized Countries, países de industrialização recente), como a Coréia do Sul, Cingapura, Hong Kong, Formosa, Malásia, Indonésia etc., têm vantagens sobre os demais, os setores em que muitos países menos desenvolvidos poderiam obter lucros nos intercâmbios comerciais, como o agrícola e o pecuário, não tiveram o mesmo grau de liberalização por diversas causas, todas baseadas numa intenção comum: a proteção desses setores nos países desenvolvidos.


    SANTOS, M. O País Distorcido, o Brasil, a globalização e cidadania, São Paulo, Publifolha

    quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

    TICs - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

     

    Tecnologia da informação e comunicação (TIC) pode ser definida como um conjunto de recursos tecnológicos, utilizados de forma integrada, com um objetivo comum. As TICs são utilizadas das mais diversas formas, na indústria (no processo de automação), no comércio (no gerenciamento, nas diversas formas de publicidade), no setor de investimentos (informação simultânea, comunicação imediata) e na educação (no processo de ensino aprendizagem, na Educação a Distância).

    O desenvolvimento de hardwares e softwares garante a operacionalização da comunicação e dos processos decorrentes em meios virtuais. No entanto, foi a popularização da internet que potencializou o uso das TICs em diversos campos.

    No contexto de avanço tecnológico promovido na sociedade, a escola deverá desenvolver um processo de sintonia, para colaborar com a difusão e uso das tecnologias de informação e comunicação (TICs). Nesse aspecto, o professor poderá utilizar as TICs como elemento mediador de sua prática educativa, empregando, pedagogicamente, esses recursos, a partir de uma perspectiva significativa e transformadora da aprendizagem escolar. 

    A utilização das tecnologias pelo professor, na sua prática pedagógica em sala de aula, deverá vir acompanhada por uma metodologia adequada às necessidades dos educandos.

     A escola, por ser considerada um ambiente que propicie a discussão, reflexão e construção do conhecimento, não poderá se eximir de se apropriar das TICs como um recurso que favoreça o processo de ensino e de aprendizagem.

    Novas formas de integração das TICs são criadas. Uma das áreas mais favorecidas com as TICs é a educacional. Na educação presencial, as TICs são vistas como potencializadoras dos processos de ensino – aprendizagem. Além disso, a tecnologia traz a possibilidade de maior desenvolvimento – aprendizagem - comunicação entre as pessoas com necessidades educacionais especiais.

    As TICs representam ainda um avanço na educação a distância. Com a criação de ambientes virtuais de aprendizagem, os alunos têm a possibilidade de se relacionar, trocando informações e experiências. Os professores e/ou tutores tem a possibilidade de realizar trabalhos em grupos, debates, fóruns, dentre outras formas de tornar a aprendizagem mais significativa. Nesse sentido, a gestão do próprio conhecimento depende da infraestrutura e da vontade de cada indivíduo.


    Na atual configuração das TICs na sociedade, um novo momento apresenta-se à realidade da escola, cujo conhecimento não circula apenas nesse espaço. As informações encontram-se disponíveis em múltiplas mídias, sobretudo na internet e em ambientes virtuais diversificados. Nessa conjuntura, o professor, agente de inovações e produtor de sentidos, tem o papel de mediar a reflexão acerca das informações que chegam a partir das mais variadas fontes, possibilitando aos estudantes desenvolver a compreensão, utilização, aplicação e avaliação crítica dessas informações.