Segundo a perspectiva walloniana do desenvolvimento humano, a maturação neurológica e a sociogênese (a incorporação da experiência social e cultural) constituem elementos mutuamente determinantes deste processo.
A relação professor e alunos nas diferentes abordagens do ensino e seus fundamentos psicológicos, na abordagem tradicional, o professor é o detentor do saber, exercendo o lugar de autoridade única do espaço pedagógico. Na abordagem humanista, o professor é apenas um facilitador na relação onde o aluno aprende a aprender, situando-se como centro do processo de ensino e aprendizagem. Na abordagem comportamental, o centro é o método de ensino, focado na instrução e no controle das contingências ambientais que incidem sobre os processos de ensinar e aprender.
Sobre a questão da autonomia intelectual dos sujeitos nas teorias de Piaget, Vygotsky e Wallon, para Piaget a autonomia intelectual está relacionada à construção da razão pelo próprio sujeito, obra que ninguém pode fazer por ele e cujos resultados traduzem as potencialidades nele inscritas.
Para Vigotski, o significado da palavra é ao mesmo tempo um fenômeno do pensamento e da linguagem e seu desenvolvimento proporciona diferentes modalidades de relação entre essas duas funções psicológicas.
Para Wallon, a autonomia possível ao sujeito oscila entre os limites colocados pela biologia e aqueles construídos pela história humana, fonte dos conteúdos da mente. Vygotsky estabelece que a autonomia intelectual é resultado da apropriação pelo sujeito das formas de funcionamento psicológico dadas culturalmente.
A sucessão dos estágios de desenvolvimento intelectual na teoria de Jean Piaget, as estruturas cognitivas construídas em uma determinada idade virão a ser integradas nas estruturas da idade seguinte.
Acerca da relação entre o afetivo e o cognitivo na teoria de Piaget, a relação entre afetividade e cognição é determinante do desenvolvimento do juízo moral.
Quando Wallon diz que a razão nasce da emoção, a emoção garante o vínculo imediato com o ambiente social e o consequente acesso ao universo simbólico da cultura e aos instrumentos de que se vale a atividade cognitiva.
A partir do século passado emergem formas de exaltação da adolescência, ao mesmo tempo em que se vincula a ela a retórica do medo, da violência, do risco e da noção dos adolescentes como um “problema” da sociedade. A maior parte das políticas públicas direcionadas aos jovens parte da noção de adolescência como um problema social, onde o jovem é um ser exposto a uma série de riscos típicos de sua condição, como as crises de identidade e a violência social. É necessário avaliar criticamente a noção de adolescência vista sobre o prisma da vida adulta e representada como condição de transitoriedade, pois resulta na difusão de uma noção negativa sobre os jovens, que lhe nega o presente como espaço de formação e atuação.
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