O agente de organização escolar, quando desenvolve também um papel de educador na escola, pode melhor conhecer os alunos, fortalecendo o ambiente educativo da escola. Quando um agente de organização escolar observa que uma determinada criança ou adolescente, durante o intervalo, fica isolada de seu grupo, apática ou muito quieta, ele deve procurar acolhê-la e saber a origem de tal comportamento para poder encaminhar o problema à direção, se necessário, procurar acolhê-la e saber a origem de tal comportamento para poder encaminhar o problema à direção, se necessário.
Enquanto, na Europa, o processo de universalização da educação escolar teve início no século XVIII, no Brasil ele só ocorreu no início do século XX. Carlos Roberto Jamil Cury indica alguns elementos para o que denomina como um “descompromisso atávico” do Estado para com o sistema escolar.
No Brasil, a Educação começa de cima para baixo. Inicialmente para as elites, com o Ensino Superior. A educação básica era dada por preceptores estrangeiros, professores para as primeiras letras, música, etc. A educação popular não era de interesse do estado e só acontecia, praticamente, nas capitais e centros comerciais maiores. Não havia industrialização e o comércio era incipiente (extração do pau-brasil, minérios, cana-de-açúcar e café). O trabalho escravo era a base, o suporte, da produção nacional.
Na atualidade há vários estudos sobre a inserção das tecnologias de informação e comunicação no contexto do trabalho pedagógico da escola. A utilização das tecnologias de informação e comunicação no processo ensino aprendizagem deve estar articulada ao projeto político-pedagógico da escola.
A instituição escolar na atualidade é chamada à responsabilidade de articular os conteúdos escolares com o cotidiano dos alunos. Nesse sentido, Paulo Freire afirma: “É a escola que estimula o aluno a perguntar, a criticar, a criar, onde se propõe a construção do conhecimento coletivo, articulando o saber popular e o saber crítico, científico, mediados pelas experiências no mundo”. (FREIRE, 2000, p. 83)
A escola pode promover a mediação entre os conhecimentos científicos e as experiências cotidianas dos alunos quando articulada a um projeto organizado intencionalmente.
A avaliação escolar foi alvo de intensas pesquisas e discussões entre pesquisadores e educadores nos últimos anos. As propostas geradas dessas pesquisas e discussões colocaram “em xeque” a prática avaliativa tradicional. A perspectiva tradicional de avaliação é caracterizada por possuir uma função punitiva , classificatória e se ampara no princípio da detenção do saber pelo professor e considera o erro como algo passível de culpa e castigo, utilizando exames e provas como instrumentos de avaliação.
O Projeto Político-Pedagógico traz a marca da diversidade, da singularidade, haja vista que não há duas escolas iguais. Nessa perspectiva, para Ilma Alencastro Veiga (1995, p. 16-20) os princípios que devem nortear a sua concepção e implementação são valorização do magistério, princípio central na discussão do Projeto Político Pedagógico. Qualidade que implica em duas dimensões indissociáveis: a formal ou técnica e a política.
Antônio Nóvoa (1991), analisando o processo de constituição da escola, indica as seguintes diferenças essenciais entre as escolas da Idade Média e as escolas dos Tempos Modernos. A passagem de uma comunidade de mestres e alunos a um sistema de autoridade dos mestres sobre os alunos. A introdução de um regime disciplinar, baseado numa disciplina constante e orgânica, muito diferente da violência de uma autoridade mal respeitada. O abandono de uma concepção medieval indiferente à idade, em favor de uma organização centrada sobre classes de idades bem definidas. A instauração de procedimentos hierárquicos de controle do tempo e da atividade dos alunos, de utilização do espaço, etc. A implantação de currículos escolares e de um sistema de progressão dos estudos, nos quais o exame exerce um papel central.
Quando se debatem as transformações que a sociedade contemporânea vivencia e suas relações com o processo de escolarização, o currículo tem sido o principal objeto de questionamento. Na elaboração do currículo escolar, concerne ao(à) educador(a) à frente dos processos de organização pedagógica da escola propiciar oportunidades de estudos e a interlocução entre os(as) professores(as), para reflexão e decisão sobre a escolha do material didático, a reavaliação de programas e a proposição de ações curriculares inovadoras que atendam às demandas da sociedade.
Considerando que a avaliação dos processos de ensino e de aprendizagem, na escola, está intrinsecamente articulada às concepções e práticas curriculares, esta avaliação evidencia o conteúdo político-pedagógico das ações realizadas pelos profissionais da escola, as relações de poder que transversalizam o currículo e forjam as identidades.
Um dos mais graves limites à organização pedagógica da escola se vincula ao absenteísmo docente, característica da síndrome de Burnout – doença do trabalho que acomete os profissionais da área de serviços. O(A) educador(a), na prática da coordenação, pode contribuir para o enfrentamento dos processos de adoecimento. Para tanto, precisa trabalhar no cuidado e na humanização do espaço escolar; criar espaços de sociabilidade para troca de informações, impressões e experiências; criar espaços de formação continuada na escola para fundamentar a reflexão sobre o trabalho pedagógico; colocar-se disponível para uma escuta sensível das questões trazidas pelos(as) educadores(as).
O(a) educador(a) redefine permanentemente a sua função social, vinculando-a diretamente à elaboração ou à reconstrução do Projeto Político-Pedagógico da escola. Nesse sentido a qualidade político-pedagógica de seu trabalho se expressa quando a construção do projeto favorece à autonomia dos sujeitos envolvidos, de modo a redimensionar a prática de todos na escola.
A educação do futuro deve se voltar para as incertezas ligadas ao conhecimento, ensinando os educandos a enfrentá-las, já que estamos vivendo um tempo de rápidas mudanças em que há ambivalência de valores e tudo está interconectado. Nesse sentido é preciso considerar que há um princípio de incerteza cérebro-mental, que decorre do processo de tradução reconstrução inerente a toda forma de conhecimento; um princípio de incerteza lógica; um princípio de incerteza racional; um princípio de incerteza psicológica que evidencia a impossibilidade de o ser humano ser totalmente consciente.
A construção de uma escola que se pretenda competente e assuma o compromisso político com a ação transformadora da vida social pode ser compreendida no âmbito de uma perspectiva inclusiva de educação escolar, o objetivo da escola inclusiva é o de inserir todos os excluídos, garantir qualidade na educação, considerar as diferenças e valorizar a diversidade.
“Sem dúvida a preocupação com a alteridade está presente na construção do currículo e da avaliação. Porém, nem sempre a preocupação se traduz na apreensão do outro como legitimo outro (Maturama, 2002), porque o outro é enunciado ao mesmo tempo em que é mascarado, anunciado a distância, o que reduz a intensidade da relação com ele estabelecida e permite que seja incorporado ao processo, mas ignorado em seu saber, O objetivo da escola inclusiva é o de inserir todos os excluídos, garantir qualidade na educação, considerar as diferenças e valorizar a diversidade.
As teorias críticas e pós-críticas de currículo nos ensinaram, de diferentes formas, que o currículo é, acima de tudo, uma questão de saber, poder e identidade.
Um espaço conflituoso e ativo onde se trava lutas decisivas por hegemonia e pelo domínio do processo de significação.
“O texto curricular, entendido aqui de forma ampla – o livro didático e paradidático, as lições orais, as orientações curriculares oficiais, os rituais escolares, as datas festivas e comemorativas – está recheado de narrativas nacionais, étnicas e raciais. Em geral, essas narrativas celebram os mitos da origem nacional, confirmam o privilégio das identidades dominantes e tratam as identidades dominadas como exóticas ou folclóricas. Em termos de representação racial, o texto curricular conserva, de forma evidente, as marcas da herança colonial. O currículo, é sem dúvida, entre outras coisas, um texto racial”. (SILVA, Tomaz T. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2007). Pelo tratamento da questão da identidade racial e étnica como uma questão histórica, contingente e relacional.
De acordo com José Luiz Domingues (1986), a característica básica do Paradigma Curricular Técnico Linear é a ênfase em objetivos, estratégias, controle e avaliação, ou seja a preocupação com a definição dos elementos e variáveis relevantes envolvidas no currículo e com a criação de um sistema de tomada de decisões para o desenvolvimento curricular. A teoria que melhor exemplificaria essa dupla preocupação seria a de Tyler, expandida e aperfeiçoada por Hilda Taba.
Em relação à Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional, a educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
No âmbito da escola de educação básica, todo projeto supõe rupturas com o presente e desafios para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para ousar frente aos desafios colocados pelo cotidiano. O projeto político pedagógico vai além de um simples agrupamento de planos de ensino e atividades diversas. O projeto político pedagógico não visa simplesmente a um rearranjo formal da escola, mas a uma qualidade a todo processo vivido.
Para Ashley (2002, p. 6-7), “o compromisso das instituições, bem como dos educadores com a sociedade, no que tange às atitudes que permeiam a visão dos diferentes e das diferenças no meio social, é bem maior e mais abrangente do que em outras instituições sociais, pois opera sobre o cidadão em desenvolvimento”.
O caminho para termos uma sociedade incluída será, provavelmente, aprofundar a educação inclusiva apoiando todos os alunos com dificuldades, dando-lhes uma educação de qualidade em um ambiente comunitário e diverso, é importante que o professor acolha todo aluno, independente de suas necessidades educativas especiais, pois este é o primeiro passo para promover o acesso curricular aos alunos com necessidades educativas especiais no contexto escolar.
Para Plan (2008), as melhores estratégias para se combater a violência escolar, entre elas, o bullying, são as que se concentram no campo micro, as mudanças de normas técnicas da escola e da sala de aula, a capacitação de professores, conscientização dos direitos infantis e estabelecimento de normas claras referentes ao comportamento na escola e oportunizar os alunos para que criem regras antibullying.
Conforme afirma Fusari (1990), “o planejamento deve ser concebido, assumido e vivenciado no cotidiano da prática social docente, como um processo de reflexão”, mas uma reflexão articulada, crítica e rigorosa. São componentes básicos do planejamento de ensino: objetivos, conteúdos, procedimentos e recursos de ensino e a sequência de mediações de Projeto Político-Pedagógico, currículo e planejamento de ensino configura os contornos da prática avaliativa.
A escola, de fato, institui a cidadania, a escola é um local onde se visa a inserção do ser ao social e o conhecimento da escola é um conhecimento sistematizado e não do senso comum. A escola institui a coabitação de seres diferentes sob a autoridade de uma mesma regra.
Cuidar e educar significa compreender que o direito à educação parte do princípio da formação da pessoa em sua essência humana. Educar implica preparar as situações como organização do tempo e do espaço dando condições para que as crianças criem os seus próprios conhecimentos por meio das interações com as pessoas, o meio físico, social e cultural. O cuidar é essencial para a formação da criança enquanto um ser em desenvolvimento contínuo e deve ser aliado ao processo educativo, ou seja, o educar, cuidando para que assim as ações que promovam afetividade, sensibilidade e autonomia sejam construídas. Em cada criança há uma criatura humana em formação e, neste sentido, cuidar e educar são, ao mesmo tempo, princípios e atos que orientam e dão sentido aos processos de ensino, de aprendizagem e de construção da pessoa humana em suas múltiplas dimensões.
Histórico escolar é um documento de informação e comprovação de resultados parciais e/ou finais dos estudos realizados pelo aluno, garantindo-lhe, além do prosseguimento de estudos, a possibilidade de obter outros benefícios decorrentes.
Nos históricos escolares deverão ser transcritos, fielmente, as informações constantes em documentos escolares anteriores. Os históricos escolares do Ensino Fundamental e Médio devem fornecer todas informações sobre a trajetória escolar do aluno. A escrituração do histórico escolar é feita anualmente e apenas com os resultados das séries nas quais o aluno tenha sido promovido.
A vida escolar do aluno inicia-se a partir da matrícula. O registro o acompanhará por todo o seu percurso escolar. Envolve duas etapas principais: a entrega de documentação e o registro no Sistema de Cadastro de Alunos. Sendo o aluno menor de idade e não possuir a certidão de nascimento, é necessário encaminhar os responsáveis legais ao Conselho Tutelar para as providências cabíveis.
Envolve duas etapas principais: a entrega de documentação e o registro no Sistema de Cadastro de Alunos. Sendo o aluno menor de idade e não possuir a certidão de nascimento, é necessário encaminhar os responsáveis legais ao Conselho Tutelar para as providências cabíveis. Pode ser efetuada por ingresso, classificação e reclassificação.
A escrituração escolar está tipificada no padrão de muitos documentos escolares. Cada documento tem um padrão específico de escrituração, função social e serve a uma pessoa ou muitas da instituição educacional e no diário de classe, registram a frequência, avaliações, conceitos / menções, nota final, dias letivos, carga horária da disciplina e conteúdo programático.
Segundo La Taille (1998), disciplina remete a regras. Considerando a indisciplina um fator presente no cotidiano escolar, analise as afirmativas quanto à postura dos educadores no intuito de prevenir situações indisciplinares, conhecimento da realidade e história do aluno, cumprimento das combinações entre educador e educandos e promoção do debate sobre a temática e o conhecimento do ponto de vista dos educandos e seus motivos.
Perrenoud (1999, p. 143) define a avaliação formativa como “um dos componentes de um dispositivo de individualização dos percursos de formação e de diferenciação das intervenções e dos enquadramentos pedagógicos”. Considerando-se a avaliação formativa, favorece os processos de autoavaliação e dentro de uma lógica formativa, a nota é uma decorrência do processo e não o seu fim último. Diz respeito à construção da autonomia por parte do estudante, na medida em que lhe é solicitado um papel ativo em seu processo de aprender.
Bibliografia:
(Escrituração Escolar: gêneros textuais administrativos.)
(...). (Brasil, 2010, p. 17.)
(Canivez 1991, p. 33.)
(Skliar, 2003)”. (ESTEBAN, Maria Teresa. Diferença e (des)igualdade no cotidiano escolar. In: MOREIRA, Antonio F. et al (orgs.). Currículo: pensar, sentir e diferir. Rio de Janeiro: DP&A, 2004).
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