segunda-feira, 16 de novembro de 2020

DIDÁTICA

 

Didática se refere a uma importante área da Pedagogia e trata-se de uma disciplina fundamental para a formação de professores. Considera-se como a “teoria do ensino”, pois investiga os fundamentos e as condições adequadas para essa atividade.

A Didática é uma disciplina do campo da Pedagogia que tem como elemento central de estudos, e de práticas, os arrolamentos entre as formas de ensino e aprendizagem e os desafios da docência na sociedade. Nos currículos dos cursos de formação de professores, a Didática tem a incumbência fundamental de  colaborar para a fundamentação de uma prática reflexiva e crítica, garantindo sobretudo a unidade entre teoria e prática.

A didática é considerada arte e ciência do ensino, ela não objetiva apenas conhecer por conhecer, mas procura aplicar seus princípios com a finalidade de desenvolver no indivíduo as habilidades cognitivas para torná-los críticos e reflexivos.

 É dever do professor garantir uma relação didática entre ensino e aprendizagem, tendo em mente a formação individual da personalidade de cada um dos seus alunos.  Por meio da aula o docente organiza esse processo de ensino e faz a mediação, junto aos alunos, do conhecimento prévio com o conhecimento adquirido durante o processo de formação dos estudantes.  A didática tem grande relevância no processo educativo de ensino e aprendizagem, pois ela auxilia o docente a desenvolver métodos que favoreçam o desenvolvimento de habilidades, tornando mais fácil o processo de aprendizagem dos indivíduos.

As teorizações construídas em torno das possibilidades de integração curricular pautam-se, principalmente, em uma dura crítica ao modelo de organização curricular disciplinar.

O modelo disciplinar é uma marca forte da Escolarização Moderna pois é fruto da história da constituição do conhecimento científico e das disciplinas escolares e a fragmentação disciplinar isola os diferentes agentes curriculares no espaço das disciplinas, dificulta os debates sobre os objetivos sociais do ensino e serve para a preservação de um determinado modelo de sociedade e a organização disciplinar é característica da fragmentação do conhecimento nas sociedades modernas. 

O currículo organiza as funções da escola e seus elementos refletem seus objetivos e as formas de organização do currículo a partir dos princípios de interdisciplinaridade e transversalidade propostas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais são exemplos de integração curricular.

O conhecimento escolar é produzido pelo  sistema escolar  e pelo contexto social e econômico. Provém de saberes socialmente produzidos, que constituem os diversos âmbitos de  referência curricular, como as manifestações culturais de uma localidade, as culturas midiáticas, etc. Os conhecimentos oriundos desses âmbitos são adaptados de modo a constituir o  currículo formal  da escola. Nesse processo dinâmico, o  conhecimento acadêmico  funciona como uma das referências, que também deve ser devidamente adaptado. Assim, os conhecimentos de referência sofrem uma  descontextualização  e, em seguida, uma   recontextualização  para se inserirem devidamente na escola. Essas transformações afetam o trabalho pedagógico, pois influenciam a seleção e a organização das experiências de ensino vivenciadas pelos estudantes.

O conhecimento escolar difere do conhecimento acadêmico pois se configura a partir de uma multiplicidade de referências, cada qual com suas características próprias.


 O projeto político-pedagógico mostra a visão macro do que a instituição escolar pretende ou idealiza fazer, seus objetivos, metas e estratégias, tanto no que se refere às suas atividades pedagógicas, como às funções administrativas. O projeto político-pedagógico mostra a visão macro do que a instituição escolar pretende ou idealiza fazer, seus objetivos, metas e estratégias, tanto no que se refere às suas atividades pedagógicas, como às funções administrativas.

Nos últimos dois decênios do século XX, mais especificamente após o fim da Ditadura Militar no Brasil, com a abertura política, situação econômica desfavorável e resquícios da repressão, surgiram vários movimentos das classes operárias em busca de melhorias sociais. E nesse cenário, os professores sentiram-se também no direito de reivindicar participação junto às políticas públicas educacionais.

A Pedagogia Histórico Crítica é ideal como proposta de ação concreta para a escola pública, pois preconiza a democratização dos conteúdos socioculturais, científicos e artísticos para as classes populares.

 Esses movimentos foram uma “tentativa de superar a cultura tecnicista instalada no meio educativo e politizar o pensamento pedagógico”. 

 O referencial marxista se firma nas análises do interior da Pedagogia, tornando como princípio a relação entre realidade educacional e realidade social. 

 A ênfase no aspecto cultural esconde a realidade das diferenças de classes da população, pois, embora difundida a ideia de igualdade de oportunidades, não se leva em conta a desigualdade de condições sociais existentes no País.

A educação sempre esteve a serviço da produção da sobrevivência humana. Os contextos foram e são formados conforme as necessidades de desenvolvimento e das ações humanas para essa transformação. No caso específico da Didática, que é uma disciplina pedagógica fundamentalmente criada para elaborar um método universal que possibilitasse ensinar tudo a todos, sua contribuição não está na sua relação com a prática social e a necessidade de cada momento histórico e, sim, no fato da análise dos seus conteúdos técnicos.

 

“Os conteúdos são trabalhados através de temas geradores, utiliza grupos de discussão como método de trabalho, a relação entre professor x Aluno é de igual para igual, horizontalmente, a aprendizagem se dá através de resoluções de situações - problemas.” Essas características estão relacionadas à tendência Progressista Libertadora.

A LDB é a principal fonte de implementação da educação nacional e das políticas que assim as define.

Acerca da didática, defendida e estudada por diferentes teóricos e autores e que em seu início teve a intenção de propagar e sistematizar o conhecimento produzido por vários séculos de existência da produção humana.

O que espera desse momento atual é que se saiba utilizar esse avanço científico, tecnológico e comunicacional em prol da sustentabilidade e da sobrevivência humana. O que se torna necessário é agir no topo da formação acadêmica humana do ensino superior. Porque nesse topo são formados os profissionais que mantém o conhecimento.

 É importante que haja responsabilidade e compromisso social dos profissionais do ensino superior em pesquisar, gerir e difundir conhecimentos necessários para a melhoria da educação e da qualidade de vida da população.  

Ao defender uma pedagogia histórico crítica, a tentativa era de se romper com esse modelo reprodutor e conscientizar os educadores e a sociedade de que a educação tinha algo mais além de ser utilizada pelos meios de produção.

                                            Tendências Pedagógicas

Tendência liberal renovada, por meio de experiências, pesquisas e método de solução de problemas. 

Tendência liberal renovadora não-diretiva (Escola Nova) é o método baseado na facilitação da aprendizagem.

Tendência liberal tradicional  é a exposição e demonstração verbal da matéria e / ou por meios de modelos.

A respeito do surgimento das Tendências Pedagógicas Liberais, no século XIX, e as contribuições do liberalismo no mundo ocidental e do sistema capitalista.

Para os liberais, a educação e o saber já produzidos (conteúdos) são mais importantes que a experiência vivida pelos educandos no processo pelo qual ele aprende. Dessa forma, os liberais, contribuíram para manter o saber como instrumento de poder entre dominador e dominado. 

 Ao longo da história da educação, a tendência liberal tradicional, sofreu/sofre várias críticas, a saber: os conhecimentos adquiridos fora da escola não eram considerados como primeiro passo para a construção de novos conhecimentos, como um caminho importante para a construção de saberes dotados de significado; era extremamente burocratizado (conteúdos, memorização, provas) com normas rígidas.

A prática pedagógica torna-se uma escolha de vida. O professor precisa estar ciente de sua função emancipadora, concretizando-a em suas ações, bem como a sua identidade sociopolítica, quando ele trabalha com a realidade ao redor.

O planejamento é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social; é uma atividade de reflexão acerca das nossas opções e ações; se não pensarmos didaticamente sobre o rumo que devemos dar ao nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes da sociedade.

 Sobre o conceito de interdisciplinaridade, este “fica mais claro quando se considera o fato trivial de que todo conhecimento mantém um diálogo permanente como os outros conhecimentos, que pode ser de questionamento, de confirmação, de complementação, de negação, de ampliação, (...)”. 

 Esta é a grande força da interdisciplinaridade, dar sentido e aplicabilidade aos conteúdos, porém, o que acontece em muitas escolas, o ensino é fragmentado, os conteúdos e as disciplinas são ministrados separadamente sem qualquer conexão entre eles.

Na interdisciplinaridade é fundamental a ideia de transformação da realidade. Isto quer dizer que uma instituição se transforma a si mesma tendo em vista influir na transformação da realidade global. A primeira coisa que nos vem à mente quando perguntamos sobre a importância da interdisciplinaridade é a eficiência. A interdisciplinaridade é um plano que ajuda a alcançar a eficiência. Isto é, elabora-se plano, implanta-se um processo de planejamento a fim de que seja bem feito aquilo que se faz dentro dos limites previstos para aquela execução. 

 O planejamento é uma ação educativa para elaboração de um orçamento, passando por relatórios extensos para assumir, nos dias atuais, uma característica especial: um macroplanejamento, em que todos os planos de desenvolvimento de um país se entrelaçam, num dinamismo contínuo e progressivo.


 A BNCC visa a definir os conhecimentos que considera essenciais que os estudantes tenham acesso e se apropriem, desde o ingresso na Educação Infantil até o final do Ensino Médio. Com essa BNCC, os estudantes das diferentes regiões do país terão os mesmos direitos de aprendizagem.

Em 1998, a BCNN foi lançada composta por três volumes. É um documento que aponta metas de qualidade que levam à criança ao desenvolvimento integral e à formação da cidadania. Serve como um guia educacional, com objetivos, conteúdos e orientações didáticas. Apresenta a divisão organizada por idade para as crianças de zero a três anos e de três a seis anos. 

 A BNCC é um documento plural, contemporâneo, e estabelece com clareza o conjunto de aprendizagens essenciais e indispensáveis a que todos os estudantes, crianças, jovens e adultos, têm direito. Com ela, redes de ensino e instituições escolares públicas e particulares passam a ter uma referência nacional obrigatória para a elaboração ou adequação de seus currículos e propostas pedagógicas.

Considerando que a BNCC não é o primeiro documento a defender um currículo nacional (MACEDO, 2014), torna-se pertinente apresentar uma linha do tempo sobre essa questão.

O artigo 210 da Constituição Federal menciona a delimitação de “conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum”.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN são criados com o intuito original de normatizar um currículo nacional. 

 Em 2014, os esforços para a construção de uma base ganharam força, passando por um processo de três anos e resultando no documento homologado em 2017.

Acerca dos desdobramentos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação/1996 à Base Nacional Comum Curricular/2018, as DCNs têm origem na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, que assinala ser incumbência da União "estabelecer, em colaboração com os estados, Distrito Federal e os municípios, competências e diretrizes para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os currículos e os seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar a formação básica comum".

                      Grandes desafios das Universidades que implantaram a EAD

Capacitar os professores/tutores com fins a incorporar a nova linguagem da tecnologia computacional AVA/Moodle. 

 Promover uma maior aproximação de professores, tutores e alunos aos procedimentos de utilização de redes de informática acesso ao ambiente acadêmico virtual, onde todo o material fica disponível para leitura.

Em função da formação acadêmica (titulação), bem como da atuação e da prática profissional, principalmente em EAD (que podem ser adquiridas, também, através dos cursos de formação de tutores para EAD, proporcionados pelas próprias instituições que possuem EAD), os atores envolvidos nesse processo de formação à distância poderão ser classificados em diferentes funções.

Técnico de produtos e multimídias educativas e examina a pertinência da escolha da mídia; previne os contextos de utilização; prevê as interações homem-mídia máquina e define o plano de avaliação da tecnologia utilizada.

Coordenador Pedagógico analisa as necessidades de formação; determina os objetivos e o conteúdo dos cursos; define os métodos (paradigmas ensino/aprendizagem), os critérios e as estratégias de avaliação; concebe os dispositivos de aprendizagem (individual e coletiva).

Professor Conteudista produz o conteúdo à luz das orientações pedagógicas; é responsável pela elaboração dos conteúdos das disciplinas que integram o curso; faz, também, a seleção das estratégias de ensino e aprendizagem que serão aplicadas.

Tutor coordena as atividades individuais e os passos da aprendizagem; aconselha e orienta; ajuda a montar o percurso da formação; promove a comunicação; organiza os grupos de trabalho; analisa as interações; motiva e facilita o uso dos recursos computacionais; responde às questões individuais e/ou coletivas, bem como as modera.


No que tange ao entendimento de que o Projeto Político Pedagógico de uma escola é um processo democrático, construído por todos os interessados. 

É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. 

 É político no sentido de ser um compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. 

 Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos.

A respeito das tecnologias sociais educativas que buscam a melhoria da qualidade de vida das comunidades mais necessitadas e em situação de risco, do ponto de vista da educação sócio comunitária e por meio de tecnologias de baixo custo e amplo acesso.

Tecnologias sociais educativas fornecem veículos educativos que permitem às comunidades o desenvolvimento de uma visão das oportunidades que tais tecnologias permitem para o desenvolvimento de autonomia social.

  O emprego inovador de tecnologia no dia a dia pelas comunidades, pode ser a grande diferença para que se mude radicalmente a centralização do processo educativo na educação formal (é o processo de educação integral, estendendo-se do ensino primário ao ensino secundário e ensino superior) e escolar (é o processo de educação realizado em um sistema escolar de ensino, podendo ser desenvolvido em institutos e demais instituições), mas com bases não formais e sócio comunitárias.

  A tecnologia é meio de afirmação de uma sociedade política devido ao fato de ser prática humana e, certamente, influenciada por ideologias, pois serve a tecnologia a interesses múltiplos: ela não é, portanto, neutra - segue a visão de mundo da sociedade que a produz e a utiliza. 

Sobre o nascimento do Projeto Político Pedagógico após a Constituição Federal de 1988, para dar autonomia às escolas na elaboração da própria identidade, sendo esse projeto referencial de quaisquer instituições de ensino.

Planejar e construir um PPP é ter compromisso com uma educação de qualidade e participativa, é a união entre escola e comunidade, comunidade e escola, pois ambos são indissociáveis. É trilhar um caminho com foco na aprendizagem, participar de opiniões e responder os questionamentos. 

 O Projeto Político Pedagógico não deve ser elaborado apenas para cumprir uma determinação legal, muito menos ficar engavetado ou ausente do cotidiano escolar. 

                   

                             Tema Currículos e Projeto Político Pedagógico (PPP)

Ao entender o PPP como as intenções e as práticas de se trabalhar com as trajetórias de formação de educandos e educadores pode-se dizer que ele se identifica com o currículo escolar. Como tal, o PPP precisa ser resposta a uma demanda viva que decorre da leitura da realidade. 

 Um PPP que registre a proposta de um currículo crítico, isto é, um currículo comprometido com a superação das realidades opressivas, voltado para o desenvolvimento da autonomia dos seres humanos e para a luta pela ampliação das condições necessárias para uma vida digna para todos, pode também significar uma forma de resistência aos currículos hegemônicos.


Considerando que é no espaço da sala de aula onde ocorrem as avaliações desenvolvidas durante o processo ensino aprendizagem, que deve estar vinculado a um projeto educativo mais amplo, em nível de escola, devendo ter como premissa básica o alcance de objetivos que correspondam aos interesses e necessidades dos alunos, sendo a escola o lugar da construção da autonomia e da cidadania, a avaliação dos processos de qualquer natureza, dentro da escola, das aprendizagens, da dinâmica escolar ou instituição são responsabilidades tanto da coletividade, como de cada um, em particular.  O professor deve responsabilizar-se unicamente pelo ato de avaliar as aprendizagens de seus alunos.

. Avaliação é algo bem mais complexo do que apenas atribuir notas sobre um teste ou prova que se faz, ela deve estar inserida ao processo de aprendizagem do aluno.

Auto avaliação pode ser realizada tanto pelo aluno quanto pelo professor, para se ter consciência do que se aprendeu ou se ensinou e assim melhorar a aprendizagem. Em grupo, é a avaliação dos trabalhos que os alunos realizaram, onde se verifica as atividades, o rendimento e a aprendizagem.

Formativa tem como objetivo verificar se tudo aquilo que foi proposto pelo professor em relação aos conteúdos estão sendo atingidos durante todo o processo de ensino aprendizagem.

Cumulativa neste tipo de avaliação permite reter tudo aquilo que se vai aprendendo no decorrer das aulas e o professor pode estar acompanhando o aluno dia a dia, e usar quando necessário.

Somativa tem o propósito de atribuir notas e conceitos para o aluno ser promovido ou não de uma classe para outra, ou de um curso para outro, normalmente realizada durante o bimestre.

Diagnóstica auxilia o professor a detectar ou fazer uma sondagem naquilo que se aprendeu ou não, e assim retomar os conteúdos que o aluno não conseguiu aprender, replanejando suas ações suprindo as necessidades e atingindo os objetivos propostos.

Em relação ao papel dos profissionais do magistério na organização do sistema de ensino, as reformas educacionais trouxeram muitas mudanças para a vida dos docentes, bem como para sua formação. Podemos afirmar que as mudanças socioeconômicas apresentam novas exigências. Por um lado, têm suas tarefas ampliadas, mas, por outro, pouco lhes é oferecido em troca. Também implica reconhecer que os professores podem ser verdadeiros agentes sociais, capazes de planejar e gerir o processo de ensino-aprendizagem, além de intervir nos complexos sistemas que constituem a estrutura social e profissional.

                                                    Formação Continuada

Os cursos que os docentes realizam fora da instituição são geralmente em temas específicos de suas áreas de pesquisa e atuação. Dos cursos internos da instituição, diversos buscam aperfeiçoar as práticas pedagógicas, em temáticas como didática e docência, o que demonstra uma preocupação da instituição pela qualificação de seu corpo docente. Porém, destaca-se uma assiduidade na participação nesse tipo de formação.

Avaliação diagnóstica supõe-se que sejam detectados os pontos fracos do ensino e da aprendizagem e se extraiam as consequências pertinentes sobre onde se deva colocar, posteriormente, a ênfase no ensino e na aprendizagem. 

Avaliação somativa deve fornecer informações que permitam identificar progressos, registrar dados, estabelecer juízos e estabelecer decisões.

Avaliação formativa é orientadora, porque orienta o trabalho do aluno e do professor, além de controlar e informar o aluno e o professor sobre os resultados atingidos durante o desenvolvimento do processo, e, sendo contínua dá condições para a recuperação imediata, se necessário. 

Sobre “educação” e “escola” no Brasil, pode-se considerar quatro importantes concepções utilizadas na organização e funcionamento da escola.

 Dialética considera a educação a partir do conjunto das relações sociais e, assim, aborda os problemas educacionais compreendidos dentro de um contexto histórico.

Concepção humanista tradicional como princípios, defende a existência de sistemas públicos de ensino que sejam leigos, universais, gratuitos e centrados no educador que deve ser imitado pelos seus educandos. 

Analítica formula o seu conceito de educação com base na tarefa educacional que é definida como aquela que oferece um significado lógico à linguagem em função do seu contexto tanto do educador quanto daqueles a quem ele se dirige. 

Moderna defende que o aspecto psicológico predomina sobre o lógico e transfere o cerne do processo educativo do adulto para a criança considerando as suas atividades de existência, considerando que a educação segue o ritmo de vida que varia segundo as diferenças individuais, desconsiderando, na educação, esquemas predefinidos e lógicos. 

O processo de formação, a autonomia, responsabilidade e a capacitação são características tradicionalmente associadas a valores profissionais que deveriam ser indiscutíveis na profissão docente.

A profissionalidade docente se refere às qualidades da prática profissional dos professores em função do que requer o trabalho educativo. Dessa forma, a profissionalidade não consiste apenas ensinar, mas engloba todos os valores e pretensões que o docente deseja alcançar na profissão. 

 Para que haja um entendimento sobre a profissionalidade docente, é necessário que se entenda o conceito de prática educativa, a qual deve ser entendida de forma ampla e não apenas delimitada pela prática didática dos professores. 

 A educação envolve outras esferas, sejam elas de determinações políticas, econômicas ou culturais e isso faz com que os professores não tenham domínio total sobre a prática, uma vez que tais setores interferem na vida escolar. 

 A profissão de professor, como as demais, emerge num dado momento e contexto histórico como resposta às necessidades que foram postas pelas sociedades, adquirindo estatuto próprio e legalidade.

Acerca da evolução do conceito de gestão escolar, e da possibilidade de “pensar gestão”, no sentido de gerir uma instituição escolar, desenvolvendo estratégias no cotidiano com a finalidade de uma democratização da gestão educacional.

Gestão escolar constitui uma dimensão e um enfoque de atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos sócio educacionais dos estabelecimentos de ensino orientadas para a promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos, de modo a torná-los capazes de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia centrada no conhecimento. 

 Gestão Escolar se define como a expressão relacionada à atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos sócio educacionais dos estabelecimentos de ensino orientados para a promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos.

  Nos dias de hoje, podemos ver o perfil do gestor da atualidade, ter a necessidade de repensar alguns fundamentos na educação, e de como iniciar conceitos sobre a educação, quebrando novos paradigmas, como relação à interdisciplinaridade, pedagogia de projetos, temas geradores de pesquisa em sala de aula, uma construção do conhecimento e habilidades. 

 A questão da gestão educacional sempre teve a atenção merecida, e continua tendo coincidindo com a emergência da educação como espaço para o qual se deslocou parte do capital com a expansão educacional promovida pelo neoliberalismo. 

Para que se possa pensar na atuação do diretor na construção de uma Gestão Democrática, antes é necessário compreender o que é gestão escolar. A gestão escolar é o termo que passou a substituir o termo administração escolar, significando uma alteração conceitual, uma vez que envolve a participação da comunidade nas decisões que são tomadas na escola. Como elementos constitutivos dessa forma de gestão, podem ser destacados: participação, autonomia, transparência e pluralidade.

 Na autonomia quatro dimensões são articuladas e relacionadas entre si, consideradas fundamentais para a escola na organização do trabalho educativo: Financeira, Administrativa, Pedagógica e Jurídica.

Participação deve ser garantida a todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. A escola, concebida como uma instituição de responsabilidade de todos - professores, pais, agentes educacionais, comunidade e equipe gestora que participam efetivamente nos processos de tomada de decisão, tem maiores possibilidades de diminuir ou evitar o abandono, a evasão e a repetência de estudantes.

Transparência elemento constitutivo da Gestão Democrática, revela-se no livre acesso à informação.

Compreender como uma pessoa, em especial, o professor, formou-se, é encontrar relações entre a pluralidade de suas trocas e vivências internas ou externas nos diversos momentos de sua vida. Além disso, compreende-se que essa formação está diretamente relacionada à construção da identidade do ser professor e, portanto, de si mesmo, na qual o desenvolvimento dos significados e valores se transforma ao longo de toda a trajetória de formação pessoal e profissional.  A construção da identidade profissional acontece ao longo de toda a vida do indivíduo, por meio da interação social com o outro e das influências internas e externas percebidas.  A identidade do professor, não é um dado adquirido, uma propriedade ou um produto, mas é “um lugar de lutas e de conflitos, é um lugar de construção de maneiras de ser e de estar na profissão”.

A docência é uma construção dinâmica, com uma diversidade de sentimentos, consciências, valores, significados e representações.  Por estar em constante transformação, o processo de construção da identidade se reconstitui ao longo do tempo e é marcado pela maneira como o professor constrói sua imagem, por suas convicções, desejos e expectativas, por suas experiências, pela maneira como repensa suas práticas pedagógicas, e, ainda, por sua formação docente e função social. 

Considerados como essenciais para qualquer educador, os três www.pciconcursos.com.br saberes da docência são: saberes do conhecimento, saberes pedagógicos (andragógicos) e saberes da experiência.

Saberes da experiência referem-se àqueles saberes que são adquiridos no exercício da profissão. Costuma-se dizer que são os saberes do “chão de giz”, ou seja, os professores adquirem no dia a dia na sala de aula, em contato direto com o ensino, com os alunos e com as atividades da profissão. 

Saberes do conhecimento normalmente são adquiridos na própria formação ou especialização do docente, mas também pode ser aprendido através de estudos, leitura de livros, artigos, dentre outros.

Saberes pedagógicos (andragógicos)  Esses são os saberes que diz respeito ao desenvolvimento da atividade do professor, em sua atividade didática, ou seja, são as técnicas, métodos e ferramentas que se utiliza em sala de aula para conduzir o ensino e a aprendizagem.

A educação está fortemente permeada pela reflexão e ação sobre a realidade, e está associada à superação dos obstáculos do que é ser e conviver em sociedade.  Isso só é possível quando no ato de educar fica claro que o verdadeiro comprometimento social está na formação do educando para que se torne sujeito autêntico, autônomo e, em última análise, agente transformador da realidade da qual faz parte e cuja responsabilidade ele detém.  E aí reside o papel fundamental do professor.

Se por um lado, a sociedade, de certa forma, mantém o ser humano sob controle, de outro, a educação é uma das peças - chaves emancipatórias dessa lógica alienante.


BIBLIOGRAFIA:


DELVAL  JUAN. APRENDER NA VIDA E APRENDER NA ESCOLA.

PORTO ALEGRE: ARTMED, 2001.


DEMO, PEDRO. PROFESSOR DO FUTURO E RECONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO.  

PETRÓPOLIS: VOZES, 2004.


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