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A escola que tem como objetivo central a formação de um cidadão reflexivo e crítico deverá criar situações nas quais seus alunos aprendam a lidar com as motivações, a autoestima e a adequação das atitudes no convívio social. Esses elementos são indispensáveis ao desenvolvimento da capacidade de estabelecer relações interpessoais saudáveis.
Para Vygotsky (1987), o sentido da educação está diretamente relacionado ao fortalecimento do grupo, pois um adolescente pode aprender com as coisas que estão diante de seus olhos, mas também com as que de longe excedem os limites de sua experiência imediata real e mesmo potencial, pois o conhecimento se dá na interação com o outro.
No processo de aprendizagem, a dimensão cognitiva tem um papel fundamental, mas não é a única envolvida. Outros fatores, como a imagem que o professor e os colegas fazem do aluno, estão em jogo. De uma maneira ou de outra, tais fatores são explicitados nas relações interpessoais do convívio escolar, como, por exemplo, atividades cooperativas em sala de aula, as quais podem contribuir para aumentar a segurança de alunos tímidos e gerar condições positivas para o sucesso destes.
Aprovada em 1996, a atual LDB é a segunda lei de diretrizes que estabeleceu normas para todo o sistema educacional brasileiro, abrangendo desde a educação infantil até a educação superior. Além disso, estabelece que estados e municípios passam a atuar na formação dos profissionais da educação.
A integração entre família, comunidade e escola é a chave do século XXI. Esse entrelaçamento significa construir um espaço educativo de pertencimento do jovem, da comunidade escolar e da comunidade extra- escolar, no qual caibam desejos, expectativas, divergências e diferentes experiências de aprendizagens para os participantes.
Todo adolescente tem um projeto de vida, baseado em suas escolhas, certas ou erradas, fruto de suas relações sócio afetivas estabelecidas com os grupos sociais e as condições socioeconômicas que lhe são oferecidas. Nesse projeto, as características do grupo de amigos são as mais destacadas, tendo em vista a importância que os adolescentes, independentemente da classe, atribuem a esse grupo.
A fase da adolescência é marcada pelas transformações biológicas e, nos tempos modernos, tem-se destacado, também, como uma das características marcantes, a atenção que o adolescente tem dado a si mesmo. Diante dessa nova construção, o modo de vestir e a imagem corporal ganham destaque e ao mesmo tempo funcionam como elementos aglutinadores ou excludentes, demarcando os grupos sociais.
Na sociedade brasileira, há diversas formas de se caracterizar a adolescência. A visão predominante é de uma etapa de transição: da infância à vida adulta, ou seja, o indivíduo está em processo de formação. Mesmo que trabalhe, consuma e participe, não terminou os estudos, não é um profissional e ainda está construindo hábitos e valores sociais. Na adolescência, o lazer assume uma dimensão estruturante da individualidade do jovem.
O imaginário do adolescente criado no Brasil é ambivalente: a mídia o expõe como padrão de beleza e vida prazerosa e, ao mesmo tempo, o rotula como irreverente, aborrecente, inconsequente, transgressor e desrespeitador das normas sociais.
Para garantir um processo pedagógico de qualidade, o educador deve assumir uma postura investigativa.
Para que o adolescente se interesse em adquirir novos conhecimentos, é preciso que perceba em seu interlocutor a disposição de descobrir o que ele tem a dizer, estabelecendo-se, assim, uma relação de troca entre ambos.
O trabalho educativo destinado à criança institucionalizada em abrigo é desafiador. Por isso mesmo, deve ser desenvolvido com a participação dos alunos, incentivando a autonomia, a construção de significado, a interação social e o sentimento de pertencimento ao mundo como sujeitos de direito. Os adolescentes em privação de liberdade normalmente resistem em frequentar a escola. Essa resistência, muitas vezes, é construída nas diversas experiências vivenciadas por eles em escolas tradicionais. Portanto, o processo educativo deve considerar as expectativas, as intenções e os propósitos de aprendizagem do aluno que está nas condições descritas.
A escola que não trabalha o fortalecimento dos vínculos familiares, os laços de solidariedade humana e da tolerância recíproca em que se assenta a vida social deixa de atuar em relação aos objetivos fundamentais da formação básica do cidadão do ensino fundamental. A permanência do aluno na escola não é algo simples, depende de diversos fatores, entre os quais, a política de valorização dos professores, visando um ensino relevante e significativo para os alunos.
Considerando que os adolescentes, jovens e adultos da classe mencionada tiveram uma passagem pela escola e não conseguiram aprender a ler e escrever, é correto afirmar que o contexto dessa sala de aula reflete um dos fatores de perpetuação do analfabetismo brasileiro.
Em muitas situações, a sociedade brasileira vê o adolescente pobre e negro como um ente ameaçador da paz. Além disso, o retrata como incapaz, inconsequente e não o reconhece como sujeito de direitos. Algumas escolas dos grandes centros urbanos vivem um processo dual em relação à violência. Elas são protagonistas de atos de discriminações e preconceitos e ao mesmo tempo estão na mira da violência difusa e dos grupos organizados.
Os adolescentes fazem uma distinção entre educação (o aprendizado dos valores ético-morais) e os conteúdos trabalhados na escola que se voltam para a formação profissional. Para eles, as funções da família e da escola são diferenciadas e não-integradas.
É de fundamental importância a instituição escolar integrar-se à cultura da comunidade, à qual estão inseridos seus alunos, buscando incluir em seu currículo valores que essa comunidade elege como importantes.
O papel da avaliação, para alguns estudiosos, consiste em determinar em que medida os objetivos educacionais definidos nas propostas curriculares e nos planos de ensino estão sendo alcançados. A avaliação, embora se apresente como um processo único, envolve a avaliação do conteúdo estudado, o comportamento do aluno e os aspectos relativos a valores e atitudes.
O conteúdo da avaliação é o eixo norteador da ação do professor. O que será avaliado constitui objetivos a serem alcançados no processo de ensino-aprendizagem.
De acordo com a teoria sócio construtivista, o aluno é concebido como o construtor de sua aprendizagem. A avaliação, na verdade, explicita as aprendizagens e dificuldades dos alunos. De acordo com essa teoria, os erros devem ser vistos como objetos de estudo, uma vez que eles revelam as representações e as estratégias dos alunos.
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