Didática se refere a uma importante área da Pedagogia e trata-se de uma disciplina fundamental para a formação de
professores. Considera-se como a “teoria do ensino”, pois
investiga os fundamentos e as condições adequadas para essa
atividade.
A Didática é uma disciplina do campo da Pedagogia que tem
como elemento central de estudos, e de práticas, os
arrolamentos entre as formas de ensino e aprendizagem e os
desafios da docência na sociedade.
Nos currículos dos cursos de formação de professores, a
Didática tem a incumbência fundamental de colaborar para a fundamentação de uma prática reflexiva
e crítica, garantindo sobretudo a unidade entre teoria e
prática.
A didática é considerada arte e ciência do ensino,
ela não objetiva apenas conhecer por conhecer, mas
procura aplicar seus princípios com a finalidade de
desenvolver no indivíduo as habilidades cognitivas
para torná-los críticos e reflexivos.
É dever do professor garantir uma relação didática
entre ensino e aprendizagem, tendo em mente a
formação individual da personalidade de cada um
dos seus alunos. Por meio da aula o docente organiza esse
processo de ensino e faz a mediação, junto aos
alunos, do conhecimento prévio com o conhecimento
adquirido durante o processo de formação dos
estudantes. A didática tem grande relevância no processo
educativo de ensino e aprendizagem, pois ela auxilia
o docente a desenvolver métodos que favoreçam o
desenvolvimento de habilidades, tornando mais fácil
o processo de aprendizagem dos indivíduos.
As teorizações construídas em torno das possibilidades de integração curricular pautam-se, principalmente, em uma dura crítica ao modelo de organização curricular disciplinar.
O modelo disciplinar é uma marca forte da Escolarização Moderna pois é fruto da
história da constituição do conhecimento científico e das disciplinas escolares e a fragmentação disciplinar isola os diferentes agentes curriculares no espaço das
disciplinas, dificulta os debates sobre os objetivos sociais do ensino e serve para a
preservação de um determinado modelo de sociedade e a organização disciplinar é característica da fragmentação do conhecimento nas
sociedades modernas.
O currículo organiza as funções da escola e seus elementos refletem seus objetivos e as formas de organização do currículo a partir dos princípios de interdisciplinaridade e
transversalidade propostas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais são exemplos de
integração curricular.
O conhecimento escolar é produzido pelo sistema escolar e pelo contexto
social e econômico. Provém de saberes socialmente produzidos, que constituem os
diversos âmbitos de referência curricular, como as manifestações culturais de uma
localidade, as culturas midiáticas, etc. Os conhecimentos oriundos desses âmbitos são
adaptados de modo a constituir o currículo formal da escola. Nesse
processo dinâmico, o conhecimento acadêmico funciona como uma das
referências, que também deve ser devidamente adaptado. Assim, os conhecimentos de
referência sofrem uma descontextualização e, em seguida, uma recontextualização para se inserirem devidamente na escola. Essas
transformações afetam o trabalho pedagógico, pois influenciam a seleção e a
organização das experiências de ensino vivenciadas pelos estudantes.
O conhecimento escolar difere do conhecimento acadêmico pois se configura a partir
de uma multiplicidade de referências, cada qual com suas características próprias.
O projeto político-pedagógico mostra a visão macro do que a instituição escolar
pretende ou idealiza fazer, seus objetivos, metas e estratégias, tanto no que se refere às
suas atividades pedagógicas, como às funções administrativas. O projeto político-pedagógico mostra a visão macro do que a instituição escolar
pretende ou idealiza fazer, seus objetivos, metas e estratégias, tanto no que se refere às
suas atividades pedagógicas, como às funções administrativas.
Nos últimos dois decênios do século XX, mais especificamente
após o fim da Ditadura Militar no Brasil, com a abertura política,
situação econômica desfavorável e resquícios da repressão,
surgiram vários movimentos das classes operárias em busca de
melhorias sociais. E nesse cenário, os professores sentiram-se
também no direito de reivindicar participação junto às políticas
públicas educacionais.
A Pedagogia Histórico Crítica é ideal como proposta de ação
concreta para a escola pública, pois preconiza a democratização
dos conteúdos socioculturais, científicos e artísticos para as
classes populares.
Esses movimentos foram uma “tentativa de superar a cultura
tecnicista instalada no meio educativo e politizar o pensamento
pedagógico”.
O referencial marxista se firma nas análises do interior da
Pedagogia, tornando como princípio a relação entre realidade
educacional e realidade social.
A ênfase no aspecto cultural esconde a realidade das diferenças
de classes da população, pois, embora difundida a ideia de
igualdade de oportunidades, não se leva em conta a
desigualdade de condições sociais existentes no País.
A educação sempre esteve a serviço da produção da
sobrevivência humana. Os contextos foram e são formados
conforme as necessidades de desenvolvimento e das ações
humanas para essa transformação. No caso específico da
Didática, que é uma disciplina pedagógica fundamentalmente
criada para elaborar um método universal que possibilitasse
ensinar tudo a todos, sua contribuição não está na sua relação
com a prática social e a necessidade de cada momento histórico
e, sim, no fato da análise dos seus conteúdos técnicos.
“Os conteúdos são trabalhados através de temas geradores,
utiliza grupos de discussão como método de trabalho, a relação
entre professor x Aluno é de igual para igual, horizontalmente, a
aprendizagem se dá através de resoluções de situações -
problemas.” Essas características estão relacionadas à
tendência Progressista Libertadora.
A LDB é a principal fonte de implementação da educação
nacional e das políticas que assim as define.
Acerca da didática, defendida e estudada por diferentes teóricos
e autores e que em seu início teve a intenção de propagar e
sistematizar o conhecimento produzido por vários séculos de
existência da produção humana.
O que espera desse momento atual é que se saiba utilizar esse
avanço científico, tecnológico e comunicacional em prol da
sustentabilidade e da sobrevivência humana. O que se torna
necessário é agir no topo da formação acadêmica humana do
ensino superior. Porque nesse topo são formados os
profissionais que mantém o conhecimento.
É importante que haja responsabilidade e compromisso social
dos profissionais do ensino superior em pesquisar, gerir e
difundir conhecimentos necessários para a melhoria da
educação e da qualidade de vida da população.
Ao defender uma pedagogia histórico crítica, a tentativa era de
se romper com esse modelo reprodutor e conscientizar os
educadores e a sociedade de que a educação tinha algo mais
além de ser utilizada pelos meios de produção.
Tendências Pedagógicas
Tendência liberal renovada, por meio de experiências, pesquisas e método de solução de
problemas.
Tendência liberal renovadora não-diretiva (Escola Nova) é o método baseado na facilitação da aprendizagem.
Tendência liberal tradicional é a exposição e demonstração verbal da matéria e / ou por meios
de modelos.
A respeito do surgimento das Tendências Pedagógicas Liberais,
no século XIX, e as contribuições do liberalismo no mundo
ocidental e do sistema capitalista.
Para os liberais, a educação e o saber já produzidos (conteúdos)
são mais importantes que a experiência vivida pelos educandos
no processo pelo qual ele aprende. Dessa forma, os liberais,
contribuíram para manter o saber como instrumento de poder
entre dominador e dominado.
Ao longo da história da educação, a tendência liberal tradicional,
sofreu/sofre várias críticas, a saber: os conhecimentos
adquiridos fora da escola não eram considerados como primeiro
passo para a construção de novos conhecimentos, como um
caminho importante para a construção de saberes dotados de
significado; era extremamente burocratizado (conteúdos,
memorização, provas) com normas rígidas.
A prática pedagógica torna-se uma escolha de vida. O professor
precisa estar ciente de sua função emancipadora,
concretizando-a em suas ações, bem como a sua identidade
sociopolítica, quando ele trabalha com a realidade ao redor.
O planejamento é um processo de racionalização, organização
e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar
e a problemática do contexto social; é uma atividade de reflexão
acerca das nossas opções e ações; se não pensarmos
didaticamente sobre o rumo que devemos dar ao nosso trabalho,
ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses
dominantes da sociedade.
Sobre o conceito de interdisciplinaridade, este “fica mais claro
quando se considera o fato trivial de que todo conhecimento
mantém um diálogo permanente como os outros
conhecimentos, que pode ser de questionamento, de
confirmação, de complementação, de negação, de ampliação,
(...)”.
Esta é a grande força da interdisciplinaridade, dar sentido e
aplicabilidade aos conteúdos, porém, o que acontece em muitas
escolas, o ensino é fragmentado, os conteúdos e as disciplinas
são ministrados separadamente sem qualquer conexão entre
eles.
Na interdisciplinaridade é fundamental a ideia de transformação
da realidade. Isto quer dizer que uma instituição se transforma a
si mesma tendo em vista influir na transformação da realidade
global. A primeira coisa que nos vem à mente quando
perguntamos sobre a importância da interdisciplinaridade é a
eficiência. A interdisciplinaridade é um plano que ajuda a
alcançar a eficiência. Isto é, elabora-se plano, implanta-se um
processo de planejamento a fim de que seja bem feito aquilo que
se faz dentro dos limites previstos para aquela execução.
O planejamento é uma ação educativa para elaboração de um
orçamento, passando por relatórios extensos para assumir, nos
dias atuais, uma característica especial: um
macroplanejamento, em que todos os planos de
desenvolvimento de um país se entrelaçam, num dinamismo
contínuo e progressivo.
A BNCC visa a definir os conhecimentos que considera
essenciais que os estudantes tenham acesso e se apropriem,
desde o ingresso na Educação Infantil até o final do Ensino
Médio. Com essa BNCC, os estudantes das diferentes regiões
do país terão os mesmos direitos de aprendizagem.
Em 1998, a BCNN foi lançada composta por três volumes. É um
documento que aponta metas de qualidade que levam à criança
ao desenvolvimento integral e à formação da cidadania. Serve
como um guia educacional, com objetivos, conteúdos e
orientações didáticas. Apresenta a divisão organizada por idade
para as crianças de zero a três anos e de três a seis anos.
A BNCC é um documento plural, contemporâneo, e estabelece
com clareza o conjunto de aprendizagens essenciais e
indispensáveis a que todos os estudantes, crianças, jovens e
adultos, têm direito. Com ela, redes de ensino e instituições
escolares públicas e particulares passam a ter uma referência
nacional obrigatória para a elaboração ou adequação de seus
currículos e propostas pedagógicas.
Considerando que a BNCC não é o primeiro documento a
defender um currículo nacional (MACEDO, 2014), torna-se
pertinente apresentar uma linha do tempo sobre essa questão.
O artigo 210 da Constituição Federal menciona a delimitação de
“conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a
assegurar formação básica comum”.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN são criados com
o intuito original de normatizar um currículo nacional.
Em 2014, os esforços para a construção de uma base ganharam
força, passando por um processo de três anos e resultando no
documento homologado em 2017.
Acerca dos desdobramentos da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação/1996 à Base Nacional Comum Curricular/2018, as DCNs têm origem na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB), de 1996, que assinala ser incumbência da
União "estabelecer, em colaboração com os estados,
Distrito Federal e os municípios, competências e diretrizes
para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino
Médio, que nortearão os currículos e os seus conteúdos
mínimos, de modo a assegurar a formação básica comum".
Grandes desafios das Universidades que
implantaram a EAD
Capacitar os professores/tutores com fins a incorporar a nova
linguagem da tecnologia computacional AVA/Moodle.
Promover uma maior aproximação de professores, tutores e
alunos aos procedimentos de utilização de redes de informática
acesso ao ambiente acadêmico virtual, onde todo o material fica
disponível para leitura.
Em função da formação acadêmica (titulação), bem como da
atuação e da prática profissional, principalmente em EAD (que
podem ser adquiridas, também, através dos cursos de formação
de tutores para EAD, proporcionados pelas próprias instituições
que possuem EAD), os atores envolvidos nesse processo de
formação à distância poderão ser classificados em diferentes
funções.
Técnico de produtos e multimídias educativas e examina a pertinência da escolha da mídia; previne os
contextos de utilização; prevê as interações homem-mídia máquina e define o plano de avaliação da tecnologia utilizada.
Coordenador Pedagógico analisa as necessidades de formação; determina os objetivos
e o conteúdo dos cursos; define os métodos (paradigmas
ensino/aprendizagem), os critérios e as estratégias de
avaliação; concebe os dispositivos de aprendizagem (individual
e coletiva).
Professor Conteudista produz o conteúdo à luz das orientações pedagógicas; é
responsável pela elaboração dos conteúdos das disciplinas
que integram o curso; faz, também, a seleção das estratégias
de ensino e aprendizagem que serão aplicadas.
Tutor coordena as atividades individuais e os passos da
aprendizagem; aconselha e orienta; ajuda a montar o percurso
da formação; promove a comunicação; organiza os grupos de
trabalho; analisa as interações; motiva e facilita o uso dos
recursos computacionais; responde às questões individuais
e/ou coletivas, bem como as modera.
No que tange ao entendimento de que o Projeto Político
Pedagógico de uma escola é um processo democrático,
construído por todos os interessados.
É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um
compromisso definido coletivamente.
É político no sentido de ser um compromisso com a formação
do cidadão para um tipo de sociedade.
Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação
da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão
participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo.
Pedagógico, no sentido de definir as ações educativas e as
características necessárias às escolas de cumprirem seus
propósitos.
A respeito das tecnologias sociais educativas que buscam a
melhoria da qualidade de vida das comunidades mais
necessitadas e em situação de risco, do ponto de vista da
educação sócio comunitária e por meio de tecnologias de baixo
custo e amplo acesso.
Tecnologias sociais educativas fornecem veículos educativos
que permitem às comunidades o desenvolvimento de uma visão
das oportunidades que tais tecnologias permitem para o
desenvolvimento de autonomia social.
O emprego inovador de tecnologia no dia a dia pelas
comunidades, pode ser a grande diferença para que se mude
radicalmente a centralização do processo educativo na
educação formal (é o processo de educação integral,
estendendo-se do ensino primário ao ensino secundário e
ensino superior) e escolar (é o processo de educação realizado
em um sistema escolar de ensino, podendo ser desenvolvido em
institutos e demais instituições), mas com bases não formais e
sócio comunitárias.
A tecnologia é meio de afirmação de uma sociedade política
devido ao fato de ser prática humana e, certamente, influenciada
por ideologias, pois serve a tecnologia a interesses múltiplos: ela
não é, portanto, neutra - segue a visão de mundo da sociedade
que a produz e a utiliza.
Sobre o nascimento do Projeto Político Pedagógico após a
Constituição Federal de 1988, para dar autonomia às escolas na
elaboração da própria identidade, sendo esse projeto referencial
de quaisquer instituições de ensino.
Planejar e construir um PPP é ter compromisso com uma
educação de qualidade e participativa, é a união entre escola e
comunidade, comunidade e escola, pois ambos são
indissociáveis. É trilhar um caminho com foco na aprendizagem,
participar de opiniões e responder os questionamentos.
O Projeto Político Pedagógico não deve ser elaborado apenas
para cumprir uma determinação legal, muito menos ficar
engavetado ou ausente do cotidiano escolar.
Tema Currículos e Projeto Político Pedagógico (PPP)
Ao entender o PPP como as intenções e as práticas de se
trabalhar com as trajetórias de formação de educandos e
educadores pode-se dizer que ele se identifica com o currículo
escolar. Como tal, o PPP precisa ser resposta a uma demanda
viva que decorre da leitura da realidade.
Um PPP que registre a proposta de um currículo crítico, isto é,
um currículo comprometido com a superação das realidades
opressivas, voltado para o desenvolvimento da autonomia dos
seres humanos e para a luta pela ampliação das condições
necessárias para uma vida digna para todos, pode também
significar uma forma de resistência aos currículos hegemônicos.
Considerando que é no espaço da sala de aula onde ocorrem as
avaliações desenvolvidas durante o processo ensino aprendizagem, que deve estar vinculado a um projeto educativo
mais amplo, em nível de escola, devendo ter como premissa
básica o alcance de objetivos que correspondam aos interesses
e necessidades dos alunos, sendo a escola o lugar da construção da autonomia e da
cidadania, a avaliação dos processos de qualquer natureza,
dentro da escola, das aprendizagens, da dinâmica escolar ou
instituição são responsabilidades tanto da coletividade, como de
cada um, em particular. O professor deve responsabilizar-se unicamente pelo ato de
avaliar as aprendizagens de seus alunos.
. Avaliação é algo bem mais complexo do que apenas atribuir
notas sobre um teste ou prova que se faz, ela deve estar inserida
ao processo de aprendizagem do aluno.
Auto avaliação pode ser realizada tanto pelo aluno quanto pelo professor,
para se ter consciência do que se aprendeu ou se ensinou e
assim melhorar a aprendizagem. Em grupo, é a avaliação dos
trabalhos que os alunos realizaram, onde se verifica as
atividades, o rendimento e a aprendizagem.
Formativa tem como objetivo verificar se tudo aquilo que foi proposto
pelo professor em relação aos conteúdos estão sendo
atingidos durante todo o processo de ensino aprendizagem.
Cumulativa neste tipo de avaliação permite reter tudo aquilo que se vai
aprendendo no decorrer das aulas e o professor pode estar
acompanhando o aluno dia a dia, e usar quando necessário.
Somativa tem o propósito de atribuir notas e conceitos para o aluno ser
promovido ou não de uma classe para outra, ou de um curso
para outro, normalmente realizada durante o bimestre.
Diagnóstica auxilia o professor a detectar ou fazer uma sondagem naquilo
que se aprendeu ou não, e assim retomar os conteúdos que
o aluno não conseguiu aprender, replanejando suas ações
suprindo as necessidades e atingindo os objetivos propostos.
Em relação ao papel dos profissionais do magistério na
organização do sistema de ensino, as reformas educacionais trouxeram muitas mudanças para a
vida dos docentes, bem como para sua formação. Podemos
afirmar que as mudanças socioeconômicas apresentam novas
exigências. Por um lado, têm suas tarefas ampliadas, mas, por
outro, pouco lhes é oferecido em troca. Também implica reconhecer que os professores podem ser
verdadeiros agentes sociais, capazes de planejar e gerir o
processo de ensino-aprendizagem, além de intervir nos
complexos sistemas que constituem a estrutura social e
profissional.
Formação Continuada
Os cursos que os docentes realizam fora da instituição são
geralmente em temas específicos de suas áreas de pesquisa e
atuação. Dos cursos internos da instituição, diversos buscam
aperfeiçoar as práticas pedagógicas, em temáticas como
didática e docência, o que demonstra uma preocupação da
instituição pela qualificação de seu corpo docente. Porém,
destaca-se uma assiduidade na participação nesse tipo de
formação.
Avaliação diagnóstica supõe-se que sejam detectados os pontos fracos do ensino e
da aprendizagem e se extraiam as consequências pertinentes
sobre onde se deva colocar, posteriormente, a ênfase no
ensino e na aprendizagem.
Avaliação somativa deve fornecer informações que permitam identificar
progressos, registrar dados, estabelecer juízos e estabelecer
decisões.
Avaliação formativa é orientadora, porque orienta o trabalho do aluno e do
professor, além de controlar e informar o aluno e o professor
sobre os resultados atingidos durante o desenvolvimento do
processo, e, sendo contínua dá condições para a
recuperação imediata, se necessário.
Sobre “educação” e “escola” no Brasil, pode-se considerar
quatro importantes concepções utilizadas na organização e
funcionamento da escola.
Dialética considera a educação a partir do conjunto das relações sociais
e, assim, aborda os problemas educacionais compreendidos
dentro de um contexto histórico.
Concepção humanista tradicional como princípios, defende a existência de sistemas públicos de
ensino que sejam leigos, universais, gratuitos e centrados no
educador que deve ser imitado pelos seus educandos.
Analítica formula o seu conceito de educação com base na tarefa
educacional que é definida como aquela que oferece um
significado lógico à linguagem em função do seu contexto tanto
do educador quanto daqueles a quem ele se dirige.
Moderna defende que o aspecto psicológico predomina sobre o lógico e
transfere o cerne do processo educativo do adulto para a
criança considerando as suas atividades de existência,
considerando que a educação segue o ritmo de vida que varia
segundo as diferenças individuais, desconsiderando, na
educação, esquemas predefinidos e lógicos.
O processo de formação, a autonomia,
responsabilidade e a capacitação são características
tradicionalmente associadas a valores profissionais que
deveriam ser indiscutíveis na profissão docente.
A profissionalidade docente se refere às qualidades da prática
profissional dos professores em função do que requer o trabalho
educativo. Dessa forma, a profissionalidade não consiste apenas
ensinar, mas engloba todos os valores e pretensões que o docente
deseja alcançar na profissão.
Para que haja um entendimento sobre a profissionalidade docente,
é necessário que se entenda o conceito de prática educativa, a qual
deve ser entendida de forma ampla e não apenas delimitada pela
prática didática dos professores.
A educação envolve outras esferas, sejam elas de determinações
políticas, econômicas ou culturais e isso faz com que os
professores não tenham domínio total sobre a prática, uma vez que
tais setores interferem na vida escolar.
A profissão de professor, como as demais, emerge num dado
momento e contexto histórico como resposta às necessidades que
foram postas pelas sociedades, adquirindo estatuto próprio e
legalidade.
Acerca da evolução do conceito de gestão escolar, e da
possibilidade de “pensar gestão”, no sentido de gerir uma
instituição escolar, desenvolvendo estratégias no cotidiano com
a finalidade de uma democratização da gestão educacional.
Gestão escolar constitui uma dimensão e um enfoque de
atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e
a articulação de todas as condições materiais e humanas
necessárias para garantir o avanço dos processos sócio
educacionais dos estabelecimentos de ensino orientadas para a
promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos, de modo a
torná-los capazes de enfrentar adequadamente os desafios da
sociedade globalizada e da economia centrada no
conhecimento.
Gestão Escolar se define como a expressão relacionada à
atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e
a articulação de todas as condições materiais e humanas
necessárias para garantir o avanço dos processos sócio
educacionais dos estabelecimentos de ensino orientados para a
promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos.
Nos dias de hoje, podemos ver o perfil do gestor da atualidade,
ter a necessidade de repensar alguns fundamentos na
educação, e de como iniciar conceitos sobre a educação,
quebrando novos paradigmas, como relação à
interdisciplinaridade, pedagogia de projetos, temas geradores
de pesquisa em sala de aula, uma construção do conhecimento
e habilidades.
A questão da gestão educacional sempre teve a atenção
merecida, e continua tendo coincidindo com a emergência da
educação como espaço para o qual se deslocou parte do capital
com a expansão educacional promovida pelo neoliberalismo.
Para que se possa pensar na atuação do diretor na construção
de uma Gestão Democrática, antes é necessário compreender
o que é gestão escolar. A gestão escolar é o termo que passou
a substituir o termo administração escolar, significando uma
alteração conceitual, uma vez que envolve a participação da
comunidade nas decisões que são tomadas na escola. Como
elementos constitutivos dessa forma de gestão, podem ser destacados: participação, autonomia, transparência e pluralidade.
Na autonomia quatro dimensões são articuladas e relacionadas entre si,
consideradas fundamentais para a escola na organização do
trabalho educativo: Financeira, Administrativa, Pedagógica e
Jurídica.
Participação deve ser garantida a todos os envolvidos no processo de
ensino e aprendizagem. A escola, concebida como uma
instituição de responsabilidade de todos - professores, pais,
agentes educacionais, comunidade e equipe gestora que
participam efetivamente nos processos de tomada de
decisão, tem maiores possibilidades de diminuir ou evitar o
abandono, a evasão e a repetência de estudantes.
Transparência elemento constitutivo da Gestão Democrática, revela-se no
livre acesso à informação.
Compreender como uma pessoa, em especial, o professor,
formou-se, é encontrar relações entre a pluralidade de suas
trocas e vivências internas ou externas nos diversos momentos
de sua vida. Além disso, compreende-se que essa formação
está diretamente relacionada à construção da identidade do ser
professor e, portanto, de si mesmo, na qual o desenvolvimento
dos significados e valores se transforma ao longo de toda a
trajetória de formação pessoal e profissional. A construção da identidade profissional acontece ao longo de
toda a vida do indivíduo, por meio da interação social com o
outro e das influências internas e externas percebidas. A identidade do professor, não é um dado adquirido, uma
propriedade ou um produto, mas é “um lugar de lutas e de
conflitos, é um lugar de construção de maneiras de ser e de estar
na profissão”.
A docência é uma construção dinâmica, com uma diversidade
de sentimentos, consciências, valores, significados e
representações. Por estar em constante transformação, o processo de
construção da identidade se reconstitui ao longo do tempo e é
marcado pela maneira como o professor constrói sua imagem,
por suas convicções, desejos e expectativas, por suas
experiências, pela maneira como repensa suas práticas
pedagógicas, e, ainda, por sua formação docente e função
social.
Considerados como essenciais para qualquer educador, os três
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saberes da docência são: saberes do conhecimento, saberes
pedagógicos (andragógicos) e saberes da experiência.
Saberes da experiência referem-se àqueles saberes que são adquiridos no exercício
da profissão. Costuma-se dizer que são os saberes do “chão
de giz”, ou seja, os professores adquirem no dia a dia na sala
de aula, em contato direto com o ensino, com os alunos e com
as atividades da profissão.
Saberes do conhecimento normalmente são adquiridos na própria formação ou
especialização do docente, mas também pode ser aprendido
através de estudos, leitura de livros, artigos, dentre outros.
Saberes pedagógicos (andragógicos) Esses são os saberes que diz respeito ao desenvolvimento
da atividade do professor, em sua atividade didática, ou seja,
são as técnicas, métodos e ferramentas que se utiliza em sala
de aula para conduzir o ensino e a aprendizagem.
A educação está fortemente permeada pela reflexão e ação sobre a realidade, e está associada à superação dos obstáculos do que é ser e conviver em sociedade. Isso só é possível quando no ato de educar fica claro que o verdadeiro comprometimento social está na formação do educando para que se torne sujeito autêntico, autônomo e, em última análise, agente transformador da realidade da qual faz parte e cuja responsabilidade ele detém. E aí reside o papel fundamental do professor.
Se por um lado, a sociedade, de certa forma, mantém o ser humano sob controle, de outro, a educação é uma das peças - chaves emancipatórias dessa lógica alienante.
BIBLIOGRAFIA:
DELVAL JUAN. APRENDER NA VIDA E APRENDER NA ESCOLA.
PORTO ALEGRE: ARTMED, 2001.
DEMO, PEDRO. PROFESSOR DO FUTURO E RECONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO.
PETRÓPOLIS: VOZES, 2004.