De acordo com Perrenoud (2000), nas escolas de ensino fundamental e médio, “a informática geralmente não é proposta como uma disciplina a ser ensinada por si mesma – a exemplo da matemática –, um conjunto de saberes e habilidades constituídos aos quais se atribuiria uma parte da carga horária”
Educar para as novas tecnologias é desenvolver o julgamento, o senso crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, as faculdades de observação, a leitura e a análise de textos e de imagens.
E formar para as novas tecnologias é formar o julgamento, o senso crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, as faculdades de observação e de pesquisa, a imaginação, a capacidade de memorizar e classificar, a leitura e a análise de textos e de imagens, a representação de redes, de procedimentos e de estratégias de comunicação.
Segundo Perrenoud, na didática, a falta de sentido das aprendizagens origina parte das dificuldades de aprendizagem, pois ela se ancora especialmente em uma visão limitada das relações entre
saberes escolares e práticas sociais.
Para desenvolver competências, o professor deve trabalhar por problemas e por projetos, propor tarefas complexas e desafios que incitem os alunos a mobilizar seus conhecimentos.
Para Perrenoud, as competências utilizam, integram e mobilizam conhecimentos para enfrentar um conjunto de situações complexas.
Para Perrenoud, a avaliação é tradicionalmente associada, na escola, à criação de hierarquias de excelência. Os alunos são comparados e depois classificados em virtude de uma norma de excelência, definida em absoluto ou encarnada pelo professor e pelos melhores alunos.
Sobre a competência global “organizar e dirigir situações de aprendizagem”,
Perrenoud (2000) afirma que ela mobiliza outras competências mais específicas. Dentre elas estão
as de trabalhar a partir das representações dos alunos e a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem. Para Perrenoud (2001), o professor enfrenta dilemas em seu cotidiano, pois o ato de ensinar é uma atividade
complexa. No entanto, algumas ações podem ajudar o docente a superar esses dilemas e reconhece em sua prática o que regularmente gera mal-entendidos ou disfunções, deixa claro com o grupo de alunos suas expectativas de aprendizagem e oportuniza a reflexão discente sobre o sentido dos saberes e dos trabalhos escolares.
Fonte: PERRENOUD, Philippe. Dez Novas Competências para Ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.
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