domingo, 19 de novembro de 2017

PEDAGOGIA


A pedagogia,como ciência da educação,estuda a educação,a instrução e o ensino.

O ensino é visto como uma ocupação secundária ou periférica em relação ao trabalho material e produtivo.

Docência e seus agentes ficam subordinados à esfera da produção,sua primeira missão é preparar os filhos dos trabalhadores para o mercado de trabalho para a manutenção e desenvolvimento do capitalismo que são agentes de reprodução sociocultural.

O tempo de aprendizagem não têm valor por si mesmo é uma preparação para o trabalho produtivo.

O trabalho docente constitui uma das chaves para a compreensão das transformações atuais das sociedades do trabalho.  Na obra "Saberes docentes e formação profissional," Maurice Tardif (2014) discute sobre os saberes que, em seu entender,deveriam alicerçar a formação profissional dos professores e o exercício da docência.  Em uma das passagens desse livro,o autor afirma que "pode-se definir o saber docente como um saber plural,formado pelo amálgama,mais ou menos coerente,de saberes oriundos da formação profissional e de saberes disciplinares,curriculares e experienciais" (p.36).

Os saberes experienciais brotam da experiência e são por ela validados.  Eles incorporam-se à experiência individual e coletiva sob forma de habitus e de habilidades,de saber-fazer e de saber-ser" (Tardif,2014,p.38).

Segundo Hannah Arendt não se pode educar sem ao mesmo tempo ensinar; uma educação sem aprendizagem é vazia e portanto degenera, com muita facilidade, em retórica moral e emocional. É muito fácil, porém ensinar sem educar, e pode-se aprender durante o dia todo sem por isso ser educado. Dessa maneira cabe à escola, aos pedagogos e professores serem responsáveis por ensinar e educar as crianças, preparando-as para o convívio no mundo público.

 Por isso a formação profissional compreendida como espaço de formação continuada em serviço deve subsidiar e organizar a reflexão dos profissionais sobre as razões que justificam suas opções de ações no trabalho e as dificuldades que encontram na sua realização.

 (...) sem dúvida, hoje a principal falha da escola com relação a sua dimensão social parece ser sua omissão na função de educar para a democracia (...).

Pois há resistências na escola fundamental para uma formação democrática dos estudantes.  Uma sociedade democrática só se desenvolve e se fortalece politicamente com a ação consciente e conjunta dos cidadãos.  A escola fundamental é espaço privilegiado do diálogo e do desenvolvimento crítico das consciências.  Um currículo essencialmente informativo ignora a necessidade de formação ética dos estudantes.

A função básica do avaliador consiste em promover situações e/ou propor uma tarefa que favoreça o diálogo, a discussão, a busca e a análise crítica sobre o funcionamento real de um programa.

Um dos equívocos dos manuais de didática é situar a avaliação como uma atividade formal que ocorre ao final do processo de ensino e de aprendizagem.  Portanto a avaliação  não é uma questão de final de processo, mas está o tempo todo presente e orienta a atuação do educador na sala de aula.
A avaliação mediadora  tem por objetivo salientar a importância do papel do professor para refletir sobre as melhores estratégias pedagógicas para promover a aprendizagem do aluno.
No processo de ensino e de aprendizado, quando vencemos o medo de errar e aprendemos que sem o erro não nasce o novo, podemos ter um espaço onde todos ensinam e aprendem e se criam novos conhecimentos.

 Partir do pressuposto de que os grupos são homogêneos e caminhar por um percurso formativo previamente definido e organizado apenas pelo referencial dos conhecimentos e da lógica de quem ensina pode significar a desconsideração à experiência vivida pelos alunos e à diversidade do processo de construção dos conhecimentos pelos alunos.

O homem não está restrito a simples reflexos estímulo respostas. Ele consegue estabelecer conexões indiretas entre as estimulações que recebe e as respostas que emite através de vários elos de mediação. Quando introduz uma modificação no ambiente por meio de seu próprio comportamento, essa modificação vai influenciar seu comportamento futuro.  Nesta concepção de psicologia do desenvolvimento, muitos processos mentais são sócio-históricos em sua origem.

 A prática educativa que leva em conta a diversidade cultural dos alunos precisa   ter sensibilidade para conhecer a lógica e os conhecimentos dos alunos antes de classificá-los dentro de uma determinada categoria.

O professor numa concepção crítica de currículo,deve criar   espaços de diálogo para que o educando possa contribuir na organização curricular.

Na organização curricular por projetos,é necessário que o professor desperte a curiosidade do aluno e defina os problemas/questões a serem investigados. A partir daí desenvolver pesquisas juntamente com os alunos. E proceder à análise crítica e a sistematização dos conhecimentos pesquisados.

Muitas vezes, os jovens e adultos que não tiveram acesso ou continuidade de estudos na idade própria são marginalizados em nossa sociedade, pois são considerados como indivíduos mal dotados, preguiçosos, rebeldes ou atrasados.  Cabe ao professor de EJA  considerar seu educando como um ser pensante,portador e produtor de conhecimentos.

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