terça-feira, 26 de abril de 2016

Psicologia



01- “(...) Ao aprovar e divulgar o Código de Ética Profissional do Psicólogo, a expectativa é de que ele seja um instrumento capaz de delinear para a sociedade as responsabilidades e deveres do psicólogo, oferecer diretrizes para a sua formação e balizar os julgamentos das suas ações, contribuindo para o fortalecimento e ampliação do significado social da profissão.” (CFP, 2005, p. 6.) Considerando o fragmento de texto e no que tange aos deveres e proibições ao psicólogo,

Cabe ao psicólogo assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente.  

É dever do psicólogo prestar serviços de qualidade em condições de trabalho dignas e apropriadas à natureza desses serviços, pautado em princípios, conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência psicológica, na ética e na legislação profissional.

02 -“O Código de Ética Profissional do Psicólogo visa, entre diferentes objetivos, fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas consequências no exercício profissional.” (CFP, 2005, p. 5.) Tendo em vista o referido objetivo,  a respeito do que seja vedado ao psicólogo.

I. Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou favoreçam o exercício ilegal da profissão ou de qualquer outra atividade profissional.

II. Dar atenção à comercialização, aquisição, doação, empréstimo, guarda e forma de divulgação do material privativo do psicólogo de forma consonante com a normatização profissional.

Ill. Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas psicológicas, alterando resultados conforme as necessidades do sujeito assistido e/ou fazer emissão de documentos com pareceres que cerceiam indivíduos.


03- A atitude é uma variável pouco explorada e pouco estudada no âmbito da psicopatologia e avaliação dos processos psicológicos básicos. Por vezes, essa variável é compreendida, em sentido amplo, como sinônimo de comportamento tal como é o caso da atitude alucinatória, que consiste em comportar-se como se estivesse ouvindo vozes de pessoas que não estão presentes, conforme é explicitado em meio psiquiátrico. No que se refere às alterações de atitude,   são importantes do ponto de vista semiológico, embora não abranjam todas as maneiras de um sujeito se portar diante de um profissional de saúde, visto que uma mesma atitude pode se enquadrar em mais de uma categoria.   

 “A palavra consciência vem do latim, cum scientia, que, por sua vez, é uma tradução da palavra grega syneidesis. Cum scientia significa literalmente uma ciência acompanhada de outra ciência, ou uma relação cognoscitiva com. Originalmente, a apalavra consciência tinha o significado de consciência moral, que equivale no alemão a Gewissen, e, no inglês, a conscience. Só posteriormente surgiu o conceito de consciência psicológica – mais amplo que o conceito de consciência moral, abarcando este –, que corresponde a Bewusstsein, no alemão, e a consciousness, no inglês. Nas línguas neolatinas, como o português, consciência se refere a ambos os conceitos.” (Cheniaux, 2015, p. 17.)

04- A respeito da consciência psicológica é possível afirmar que ela constitui a síntese ou integração de todos os processos mentais. São características da consciência psicológica:    A vivência interna e atual relacionada à distinção eu/não eu, isto é, consciência do eu e consciência dos objetos, dotada de intencionalidade e que propicia a consciência da consciência expressa na reflexão de seus conteúdos psíquicos.  

05- As alterações quantitativas da consciência podem ser normais ou patológicas. Essas alterações se referem à intensidade da clareza das vivências psíquicas. Entre as alterações patológicas, o rebaixamento do nível de consciência refere-se a um nível de consciência entre a lucidez e o coma; relaciona-se a um comprometimento difuso e generalizado do funcionamento cerebral, bem como afeta as funções de atenção, orientação alopsíquica, pensamento, inteligência, sensopercepção, memória, afeto e psicomotricidade. Sobre o comprometimento psicomotor, a  obnubilação simples caracteriza-se, entre outros fatores, por ausência de sintomas psicóticos, mas com intensa sonolência, hipoprosexia, desorientação espaço temporal, dificuldades de compreensão de raciocínio.  


06- Entre as alterações qualitativas da consciência identifica-se o estreitamento do campo da consciência.

  O estreitamento do campo de consciência é a característica que define os estados crepusculares, expressão introduzida por Westphal.
 Os estados crepusculares ocorrem também em estados hipnóticos, nas reações agudas ao estresse e nas crises de pavor noturno.
 Na epilepsia parcial complexa podem ocorrer condutas violentas ou impulsivas, delírios e alucinações, estados afetivos intensos, agitação ou inibição psicomotora.
 Nos estados dissociativos histéricos estão incluídos os estados de transe, sonambulismo, fugas e amnésia psicogênica, a síndrome de Ganser e a alienação da realidade .


“A atenção é o processo pelo qual a consciência é direcionada para determinado estímulo (de origem externa ou interna), que pode ser uma imagem perceptiva ou representativa, um afeto ou um pensamento. Há uma concentração da atividade mental sobre um objeto específico (ou poucos objetos) em detrimento dos demais. O que é selecionado pela atividade da atenção adquire maior clareza e nitidez. (...) Atenção e consciência são funções psíquicas muito próximas e conectadas, mas não são a mesma coisa. Se não há lucidez de consciência, a atenção não pode funcionar adequadamente, mas a atenção pode estar alterada mesmo se o nível da consciência está normal.” (Cheniaux, 2015, p. 28.)

07 -As principais funções da atenção são a seletividade, a vigilância e detecção de sinal, a sondagem e a atenção devida.  
I. A motivação e o afeto influenciam diretamente a atenção.
II. A atenção voluntária ou ativa relaciona-se, sobretudo, ao inconsciente, mobilizando o indivíduo na direção de um objeto.
 Ill. A tenacidade é a capacidade de manter a atenção em determinado objeto por certo tempo, enquanto que a mobilidade da atenção é a capacidade de, a qualquer momento, desviar a atenção de um objeto para outro.  

08- A atenção é uma das funções psíquicas que possuem alterações quantitativas e qualitativas. Entre as primeiras destacam-se a hipoprosexia e a aprosexia; e entre as alterações qualitativas observa-se a rigidez e a labilidade.  


  Aprosexia- Esquizofrenia e demência.

Hipoprosexia- Depressão e oligofrenia apática.

 Rigidez-Transtornos dissociativos e epilepsia.

 Labilidade- Intoxicação por anfetamina, cocaína e alucinógenos.  

09- “A adolescência é uma época de oportunidades e de riscos. Os adolescentes estão no limiar do amor, da vida profissional e da participação na sociedade adulta. Mas a adolescência também é uma época em que alguns jovens comportam-se de maneira que excluem opções e limitam suas possibilidades.” (Papalia & Feldman, 2013, p. 476.)   

A despeito das avaliações positivas de pais, de professores, da comunidade e dos amigos, as percepções que os adolescentes minoritários têm de si mesmos podem refletir visões negativas de seu grupo por parte da cultura majoritária.
  
A principal tarefa da adolescência é confrontar a crise de identidade versus confusão de identidade (ou confusão de papel), de modo a se tornar um adulto único com um senso de identidade coerente e um papel valorizado na sociedade.

   
10- A alienação parental, disposta na Lei nº 12.318, de 26 e agosto de 2010, foi descrita pela primeira vez em 1985 por R. A. Gardner como Síndrome de Alienação Parental-SAP, a qual consiste em uma relação originária entre criança e um dos genitores, cujo objetivo é banir o outro. Essa dinâmica envolvida na alienação parental pressupõe, pois, a existência de um vínculo emocional particular entre a criança e seus cuidadores, o qual possibilita elencar alguns critérios para identificação da SAP.  

  
As racionalizações fracas, absurdas ou frívolas referem-se, nomeadamente, à forma como as crianças reagem a obrigações que os pais impõem, relacionadas com hábitos de higiene ou alimentares, por exemplo, atribuindo doenças dermatológicas exclusivamente a padrões de higiene do progenitor alienado ou doenças gastroenterológicas a características sui generis na alimentação fornecida pelo mesmo, também incidem em um dos critérios para a identificação da SAP.

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