terça-feira, 5 de abril de 2016

Expansão marítima e comercial





No começo do século XV, um movimento que ocorreu na Europa tinha o seu início: A Expansão Marítima. Os países europeus finalmente lançaram-se na conquista dos mares, descobrindo lugares que sequer suspeitavam da existência e iniciando a colonização de terras em outros continentes. A civilização europeia estava saindo da Idade Média e iniciando a Idade Moderna, enfrentavam problemas por causa da crise do feudalismo e sentiram a necessidade de expandir seu mercado, a partir daí começava a expansão marítima e comercial daquele continente.
O mercado interno europeu passava por sérias complicações. Para abastecer o consumo, muitas vezes tinha que exportar produtos que vinham do Oriente, como especiarias, objetos raros e pedras preciosas.
Entretanto, para comprar este material os europeus tinham que negociar com os mercadores árabes, pois a única rota para fazer essa transação vinha pelo Mar Mediterrâneo, passando pelas cidades italianas de Gênova e Veneza. Muitos mercadores envolvidos na exportação de produtos acabavam tornando-os mais caros, o que acabou contribuindo para a crise econômica europeia.

As Expansões Marítimas eram caras e nenhum comerciante rico era capaz de se embrenhar pelos mares sem recursos do rei. A figura do monarca era essencial para este empreendimento, pois ele conseguia captar recursos públicos de toda a nação para investir em embarcações mais resistentes. Foram criadas as primeiras bússolas e astrolábios para que os embarcadores pudessem se orientar. Um importante avanço foi o surgimento da primeira caravela, que tornava possível longas viagens marítimas.

 A primeira nação europeia a realizar uma expansão marítima foi Portugal, graças a sua consolidação como Estado bem organizado militarmente e independência das demais nações do continente. Com o poder centralizado nas mãos do rei Dom João I, os portugueses começaram a enviar as primeiras embarcações marítimas, na busca dos produtos das Índias. Nessas empreitadas, acabou descobrindo outros territórios e novas possibilidades de atingir seus interesses.
Outro país que teve acentuada importância na Expansão Marítima foi a Espanha que, junto com Portugal, investiu na colonização dessas novas terras exploradas. A expansão era um grande desejo dos reis, ligados a burguesia, que tinham como meta acumular várias riquezas. Quem domina vão comércio marítimo eram os italianos, principalmente das cidades de Gênova e Veneza, e eles tinham como principais portos marítimos os de Constantinopla,Trípoli, Alexandria e Túnis, localizados no Mar Mediterrâneo.
Alguns produtos eram, com freqüência, comercializados no continente europeu. Da África, vinham pimenta, óleo, marfim; da China, artigos de luxo, como seda, porcelana e perfumes;da Índia,temperos (noz-moscada, cravo e gengibre).
Portugal foi o primeiro país a iniciar a expansão marítima e comercial, pois tinha uma localização privilegiada e podia contar com a Escola de Sagres, que era um centro de aperfeiçoamento onde se reuniam pilotos, matemáticos, astrônomos para estudar as rotas; elaborar mapas; aperfeiçoar instrumentos para auxiliar na navegação, como a bússola e o astrolábio; construir caravelas, embarcações mais resistentes, para facilitar a navegação pelos oceanos.




 As especiarias são temperos (condimentos) usados na culinária para proporcionar sabores diferentes nas comidas. Algumas especiarias também eram, e ainda são, utilizadas na fabricação de cosméticos, óleos e medicamentos. As principais são: pimenta, gengibre, cravo, canela, noz moscada, açafrão, carda momo e ervas aromáticas.
No século XVI, os portugueses descobriram uma rota alternativa para chegar ao oriente, através da navegação pela costa africana. Passaram a comprar as especiarias diretamente na fonte e tiraram o monopólio dos italianos. As caravelas portuguesas chegavam à Europa carregadas de especiarias, que eram vendidas com alta taxa de lucro. Portugal se tornou uma potência econômica da época.
Diante de tantas dificuldades do comércio europeu, foi criado um Império Mongol,entre os séculos XIII e XVI, e foi implantada a paz mongólica, que tranqüilizou o comércio da Europa com o Oriente. 
Quando o porto de Constantinopla foi tomado pelos turcos,os mercadores assistiram ao bloqueio de suas principais rotas,e tiveram que encontrar alguma forma de conseguir chegar as mercadorias. Então,os portugueses começaram a prever como seriam os caminhos se passassem pela África, enquanto os espanhóis apostaram em ir pelo Ocidente.
Os portugueses passaram a comprar as especiarias diretamente no Oriente e interromperam o monopólio comercial dos italianos. As caravelas portuguesas chegaram a Europa recheadas de especiarias, que eram vendidas com alta taxa de lucro, fazendo com que Portugal se tornasse uma potência econômica.
As principais especiarias comercializadas no Oriente eram: pimenta-do-reino, canela, coentro, noz-moscada, cravo-da-índia, anis-estrelado e gengibre.

  Bibliografia:
Viver Valores/ História/Editora Construir

             5 ano- Maria Amélia Vieira/Rute de Souza Galvão

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