Em um processo de intervenção restaurativa de um objeto
preservado procede-se, em primeiro lugar, à análise e pesquisa histórica.
A datação de uma peça de madeira pode ser feita através de
carbono 14 e o
método de análise
utilizado para se evidenciar, em uma tela, repinturas ou desenhos subjacentes é
a irradiação de infravermelho.
Toda intervenção destinada a manter a integridade de um
objeto pertencente ao Patrimônio Cultural é definida como restauração.
A Constituição
Federal declarou tombados todos os documentos e os sítios detentores de
reminiscências históricas dos antigos quilombos.
Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de
natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores
de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores
da sociedade brasileira, as formas de expressão, os modos de criar, fazer e viver as obras,
objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais,
os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico,
arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
Com relação ao art. 23 da Constituição Federal, compete à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios conservar o patrimônio público; proteger os documentos, as obras e outros
bens de valor histórico, artístico e cultural;
proteger os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios
arqueológicos; impedir a evasão, a
destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor
histórico, artístico ou cultural;
O Art Nouveau, fenômeno europeu que cobre a última década do
século XIX e a primeira do séc. XX, manifesta-se simultaneamente nas grandes
metrópoles como Londres, Glasgow, Paris, Bruxelas, Munich, Viena, Barcelona,
tendo como artistas mais destacados Gallé, Guimard, Gaudi, Horta, van de Velde,
Obrist, Endell, Olbrich, Hofmann, Klint, Mackintosh. Como assinala sua
nomenclatura, o Art Nouveau aspira uma nova forma para as artes, em face das
visíveis transformações por que passam as metrópoles industriais modernas. As
características marcantes do estilo são preferência pelas artes aplicadas e
decorativas; uso de materiais industriais como ferro e vidro combinados com técnicas
artesanais como cerâmica, esmaltes, joalharia, porcelanas, carpintaria, bronze;
gosto pelas formas curvas alongadas e assimétricas, e pela ornamentação
bidimensional de inspiração floral;
Uma das telas mais consagradas da História da Arte, As
Meninas de Diego Velazquez, pintada em 1656, tem como tema, numa surpreendente
inversão, o próprio pintor em atividade (olhando fixo para seu pretenso
modelo), tendo ao seu lado a Infanta Margarita e suas damas de honra. Com esta
inversão de ponto de vista o pintor arma um verdadeiro jogo intrigante
porque o lugar do retratado é um lugar
vago que pode ser tanto ocupado pelo Rei, quanto pelo espectador que se vê
incluído na cena;
Os artesãos que trabalhavam nas igrejas e demais monumentos
religiosos na Colônia enquadravam-se nas atividades denominadas ofícios
mecânicos, organizadas em coorporações que os habilitavam ao exercício da
profissão e à abertura de sua oficina. Não havia, portanto, profissionais
liberais formados e habilitados por diplomas concedidos pelas Academias de
ensino. Artistas consagrados já em seu próprio tempo como Mestre Valentim e
Antonio Francisco Lisboa – o Alejadinho - padeciam dessa condição de artífices,
porém ainda com maiores restrições profissionais pelo fato de serem mulatos, o
que limitava suas atividades e remuneração.
O estatuto social do artista na colônia dizia que o artista não havia se
liberado das obrigações utilitárias e práticas, para se entregar à expressão de
suas idéias artísticas e assim alcançar independência autoral;
O intercâmbio cultural foi traço marcante na história da
arte moderna. A influência da Polinésia em Gauguin, de Marrocos em Matisse, da
escultura negra no cubismo e no expressionismo, marcam, entre outros
cruzamentos culturais, o desejo de se ir além dos valores e do gosto da
civilização burguesa européia. Um dos casos mais conhecidos foi o impacto das
gravuras japonesas nos artistas do impressionismo e pós-impressionismo. Monet,
Manet, Degas, Renoir, Van Gogh, Cézanne e Gauguin recebem nítida influências das
gravuras de Hokusai e Utamaro divulgadas na Europa a partir de meados do século
XIX. Em termos plásticos, as diferenças que marcavam tais gravuras que atraíram
a atenção dos artistas modernos são estrutura espacial fora dos padrões da
perspectiva renascentista, cores chapadas, ausência de claro-escuro, linhas
ondulantes e suaves, grafismo construtivo e distribuição assimétrica;
Michelangelo, Rafael e Leonardo constituem, segundo os
historiadores da arte, o ápice da arte renascentista. Cada um alcança um grau
de excelência inédito que tanto aprofunda os caminhos anteriores como também
abre novas e inesperadas pesquisas. Michelangelo foi considerado o maior de
todos, a ponto de ter conseguido o que parecia impossível: ir além, superar os
antigos com sua arte sublime. Para o século XVI, a questão que se colocava era
o que pode haver depois de Michelangelo, de Rafael, de Leonardo? Pensar em
ultrapassá-los não teria sentido, só restaria fazer arte à maneira deles.
Define-se, assim, aquilo que a história da arte chamou de Maneirismo, situado
entre o Renascimento e o Barroco. O Maneirismo diferencia-se como o momento em
que a arte começa a imitar a própria arte.
Foi somente a partir do final do século XV que a arte
portuguesa atingiu alto grau de originalidade e riqueza
decorativa, tanto na arquitetura quanto na pintura e escultura.
A respeito desse assunto, há edifícios neomanuelinos, no Brasil, como o Real
Gabinete Português de Leitura (1880-1887) e o Liceu
Literário Português, no Rio de Janeiro. Por ser um conhecimento construído pelo homem através
dos tempos, a arte é um patrimônio cultural da humanidade,
independentemente da dificuldade de definição do que seja a
arte. O fato é que ela está sempre presente na história
humana, sendo um dos fatores que diferenciam o homem dos demais seres vivos e a arte hoje deixa de ser concebida apenas como um
campo diferenciado da atividade social e passa a ser,
também, um modo de praticar cultura.
Em 1917, depois que o artista plástico Marcel
Duchamp se mudou de Paris para Nova York, sua irmã fez
uma faxina em seu ateliê. O lugar era um muquifo: sapatos e
travesseiros espalhavam-se pelo chão e os móveis viviam
cobertos de poeira. Em meio à bagunça, ela se irritou com
objetos que lhe pareciam inúteis, como uma pá pendurada
no teto, um suporte de garrafas no meio do quarto e uma
roda de bicicleta sobre uma banqueta. E não teve dúvidas:
despachou tudo para o lixo. Assim se destruíram alguns
baluartes da arte moderna. Tratava-se dos originais dos
ready-mades, obras que transformariam Duchamp num dos
dois artistas mais influentes do século XX. Duchamp tinha
ideias notáveis. Mas em matéria de técnica e talento para os
pincéis, estava longe do virtuosismo Picasso. Aos 25 anos
abandonou a pintura e passou a investir nos ready-mades. O
que não deixava de ser uma forma de contornar suas
deficiências: ao transformar objetos do cotidiano em obras de
arte, ele simplesmente eliminou a necessidade de um
domínio genial da técnica. Seu maior esforço consistia em
selecionar os objetos e depois lhe dar um nome e uma
apresentação inusitados. Fazia parte das provocações de
Duchamp alardear que, a partir de então, fazer arte estaria
ao alcance de qualquer preguiçoso. Fim da arte? O texto acima se refere a um dos cânones da arte moderna,
representante do movimento dadaísta. Acerca do período da
história da arte ao qual ele pertenceu, Marcel Duchamp e sua arte estão dentro da estética do
Dadaísmo, movimento que retrata a insatisfação, a
desesperança e o protesto no pós-guerra.
A Idade Média compreende o milênio entre os séculos V e
XV, aproximadamente, desde a queda de Roma até o
Renascimento. Existiram três grandes fatores importantes
durante a Idade Média Arte Românica, Bizantina e Gótica.
No Brasil, após o Movimento Modernista constatou-se uma
valorização da Arte Naif (arte ingênua), a arte dos artistas
primitivos. Definida como aquela realizada por amadores ou
autodidatas, é considerada a arte da criatividade autêntica,
do fazer artístico sem escola e com intenção poética,
reunindo de maneira harmoniosa elementos da tradição
popular. São representantes da Arte Naif no Brasil
Heitor dos Prazeres e Mestre Vitalino.
Anita Malfatti estudando na Alemanha e depois nos Estados Unidos,
absorveu elementos das experiências expressionistas e
cubistas, antes de sua exposição individual, em 1917,
considerada o marco inicial do movimento modernista no
Brasil. Suas obras chocaram o público paulistano ainda
impregnado de academicismo. Monteiro Lobato publicou no
jornal O Estado de São Paulo uma crítica violenta contra a
artista. Em posição contrária, anos mais tarde, Mário de
Andrade expõe suas ideias estéticas na obra Pauliceia
Desvairada.
A pintura que se desenvolveu de 1886, depois da
última exposição impressionista, até o surgimento do
Cubismo, com Pablo Picasso e George Braque, entre 1907 e
1908, abrange pintores de tendências bem diversas, como
Gauguin, Cézanne, Van Gogh, que apenas no início da
carreira se identificaram com o impressionismo. Além desses artistas, destaca-se a obra de Toulouse Lautrec, que documenta a vida parisiense do fim do século
XIX. Acerca de sua obra, utiliza traços rápidos, o que se revela apropriado para
desenvolver um tipo de arte: a dos cartazes e pôsteres
publicitários.
O expressionismo chega ao Brasil - Lasar Segall nascido na Lituânia, tendo estudado pintura na
Alemanha, chega ao Brasil em 1913, trazendo em suas obras
fortes características expressionistas. Ao imigrar para o Brasil
no final de 1923, passou a ocupar uma posição de destaque
dentro do cenário da arte moderna em São Paulo. Ele foi
recebido como um representante “legítimo” das vanguardas
europeias. Residindo definitivamente em São Paulo, suas
telas assumem algumas temáticas brasileiras; seus
personagens agora são mulatas, prostitutas e marinheiros;
sua paisagem, favelas e bananeiras. A luminosidade e a
natureza do Brasil exercem grande influencia em suas obras.
No século XIX, o poeta Goethe se apaixonou pela questão
da cor e passou 30 anos tentando terminar o que
considerava sua obra máxima: um tratado sobre as cores
que suplantaria a teoria de Newton. Ele realmente descobriu
aspectos que Newton ignorava sobre a fisiologia e a
psicologia da cor. Observou muitos elementos e
principalmente a retenção das cores na retina, a tendência
do olho humano em ver as bordas de uma cor complementar
e notou que os objetos brancos sempre parecem maiores
que os negros. Considerando essas informações, a
importância e os modos de uso da cor na arte, o pontilhismo é uma técnica em que pequenas
manchas de cores justapostas provocam uma mistura
óptica nos olhos do observador, deixando à retina a
tarefa de reconstruir o tom desejado pelo pintor.
Segundo o crítico e escritor Giulio Carlo Argan, toda a arte
neoclássica possui como tema comum a crítica, que logo se
torna condenação da arte imediatamente anterior, o Barroco
e o Rococó. Considerados o Neoclassicismo e o Romantismo
como contrários artísticos, os pintores, pensando na “perfeição” do antigo,
parecem preocupados sobretudo em demonstrar sua
modernidade: dão preferência ao retrato.
Expressionismo é a tendência estética surgida na Europa no início do século XX
e que entende a Arte como expressão do mundo interior do
artista, que procurou expressar as emoções humanas,
interpretando as angústias que caracterizaram
psicologicamente o homem do início do século XX,
admitindo, assim, a deformação ou alteração das formas e
das cores das figuras representadas.
A Coluna de Trajano é um dos monumentos de grande
importância na História da Arte. De acordo com as faixas,
nota-se uma rebuscada descrição pictural. Uma das faixas
mostra Trajano discursando com seus soldados, além de
exibir levantamento de fortificações e construções de
acampamentos. A coluna apresenta cerca de 150 episódios
diferentes de um povo. O friso em espiral da Coluna de
Trajano foi um enquadramento novo para a narrativa
histórica. Erguida com objetivo de celebrar a vitória do
Imperador sobre os Dácios, a Coluna de Trajano está
inserida na arte romana.
A arte romana assimilou, da arte greco-helenística, a
busca por expressar um ideal de beleza, e da arte etrusca,
mais popular, a preocupação em expressar a realidade
vivida. Que elementos arquitetônicos deixados pelos etruscos
permitiram aos romanos criar amplos espaços internos, livres
do excesso de colunas e arco e abóbadas.
A essência da escultura consiste no fato de ser esta
construída com materiais sólidos e existir em três dimensões.
O artista grego acreditava que a escultura não deveria
apenas se assemelhar a seu modelo; ela teria de ser também
um objeto belo em si mesmo. A escultura grega do século IV
a.C. apresentava traços bem característicos. Um deles era a
representação, sob forma humana, de conceitos e
sentimentos, como a paz, o amor, a liberdade, a vitória etc.
No período helenístico, a escultura grega apresenta outro
elemento muito marcante o surgimento do nu feminino.
Acerca da Lei n.° 5.471, de 9 de julho de 1968, que dispõe
sobre a exportação de livros antigos e conjuntos
bibliográficos brasileiros, e o Decreto n.° 65.347 , de 13 de
outubro de 1969, a saída de obras raras do país somente será autorizada
por prazo determinado, que será especificado em termo
de responsabilidade assinado por pessoa física
domiciliada no país e de inconteste idoneidade. A autoridade federal competente tomará as
providências adequadas, se for verificado o não retorno ao país das obras raras saídas para fins de
interesse cultural. Para isso, invocará se esta for a
hipótese, o artigo 3.° da Lei n.° 5.471, que manda punir
a infringência de suas disposições. Livros, documentos, coleções de periódicos, originais e
cópias antigas de partituras musicais, se apreendidos,
por tentativa de exportação ilegal, serão destinados ao
patrimônio público. A saída temporária do país de obras raras abrangidas
no artigo 1º e seu parágrafo único da Lei n.° 5.471 será
permitida, para fins de interesse cultural.
O Decreto n.° 3166, de 14 de setembro de 1999, promulgou
a Convenção da UNIDROT, concluída em Roma, em 24 de
junho de 1995. De acordo com o artigo segundo dessa
Convenção, entendem-se como culturais aqueles que, a
título religioso ou profano, se revestem de uma importância
para a arqueologia, a pré-história, a história, a literatura, a
arte ou a ciência. Essa Convenção aplica-se a solicitações de
caráter internacional de apoio internacional a ações nacionais de preservação,
fiscalização e valorização de patrimônios culturais. de restituição de bens furtados.
Muitas divergências analíticas no campo da arte circundam o
período barroco, considerado por alguns teóricos históricos
como aquele da degenerescência dos ideais de perfeição
greco-romana impetrado pelo classicismo renascentista,
ainda na época do cinquecentto. As categorias estilísticas e a
significância desse período na relação de polaridade com o
estilo renascentista foram identificadas por Heinrich Wölfflin,
em seu Renascença e Barroco, que percebeu o Barroco
como um predominante “poder da emoção” sobre o
espectador e como “um retorno a um estado informal”. Na
passagem para o século XXI, surgiram discussões sobre uma “reedição” do Barroco, principalmente devido à
similitude com parâmetros presentes na sociedade pós-moderna por estar o Barroco, entre outros, associado a características, como a presença de elementos
múltiplos, a pluralidade, a obscuridade e por ser uma
forma aberta.
Acerca da Lei n.° 5.471, de 9 de julho de 1968, que dispõe
sobre a exportação de livros antigos e conjuntos
bibliográficos brasileiros, e o Decreto n.° 65.347 , de 13 de
outubro de 1969,
A referida lei proíbe, sob qualquer forma, a exportação
de bibliotecas e acervos documentais constituídos de
obras brasileiras ou sobre o Brasil, editadas nos
séculos XVI a XIX. A lei proíbe a exportação de obras e documentos
brasileiros ou sobre o Brasil, editados nos séculos XVI
a XIX que, por desmembramento dos conjuntos
bibliográficos, ou isoladamente, hajam sido vendidos. A saída temporária do país de obras raras abrangidas
no art. 1.° e seu parágrafo único da referida lei p oderá
ser permitida, para fins de interesse cultural, a juízo de
autoridade federal competente. A destinação dos bens apreendidos em virtude das
normas definidas na Lei n.° 5.471 será feita em
proveito do patrimônio público, após audiência do
Conselho Federal de Cultura.
Segundo Xavier Barral I Altet, nas últimas décadas, a História
da Arte pôde extrair de toda sua história passada cinco
orientações metodológicas principais: formalista, marxista,
sociológica, iconológica e semiológica ou estruturalista. Acerca
dessas diferentes orientações, o método iconológico procura compreender os
diferentes níveis de consciência individuais e coletivos
da obra de arte e Estruturalismo e Semiologia como análise estrutural da
obra de arte e como aplicação do estudo dos signos
são dois métodos provenientes de outras disciplinas,
adaptadas ao domínio da obra de arte. A orientação formalista se prende ao estudo da
composição, da forma e dos volumes, tende a isolar
constantes formais frequentemente estanques em
relação às cronologias históricas e cria uma escala de
referências internas que permite atribuições e
classificações. Na orientação sociológica, particular, a atenção é dada
aos comanditários e aos clientes, à produção e ao
consumo.
Sob um termo genérico resumem-se as correntes artísticas
que, na última década do século XIX e na primeira do século
XX, se propõem a interpretar, apoiar e acompanhar o esforço
progressista, econômico-tecnológico, da civilização industrial.
São comuns a essas correntes artísticas a deliberação de
fazer uma arte em conformidade com sua época e a renúncia
à invocação de modelos clássicos, tanto na temática como
no estilo do modernismo.
“Estimando que a garantia mais eficaz de
conservação dos monumentos e obras do passado reside no
respeito e dedicação que lhes consagram os próprios povos
e certa de que tais sentimentos podem ser enormemente
favorecidos por uma ação apropriada, inspirada na vontade
dos Estados Membros de desenvolver as ciências e as
relações internacionais,
Convencida de que os sentimentos que dão origem
à contemplação e ao conhecimento das obras do passado
podem facilitar grandemente a compreensão mútua entre os
povos e que, para isso, é preciso beneficiá-los com uma
cooperação internacional e favorecer por todos os meios a
execução da missão social que lhes cabe (...)." Recomendação de Nova Delhi, de 1956.
Os preceitos constitucionais na área de Patrimônio
Cultural, cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade em face de
artigo de Constituição estadual que declare integrantes
do patrimônio científico-cultural do estado-membro os
sítios paleontológicos e arqueológicos localizados em
municípios do referido estado.
Quanto à saída, para o exterior, de obras de arte e ofícios
produzidos no Brasil de que trata a Lei n.° 4845, de 19 de
novembro de 1965, é vedada a saída de obras de pintura, escultura e artes
gráficas que, embora produzidas no estrangeiro ao
longo dos períodos colonial e imperial, representem
personalidades brasileiras ou relacionadas com a
História do Brasil, bem como paisagens e costumes do
país.
Acerca da arte brasileira no século XX, a Bienal Internacional de São Paulo, criada em 1951
pelo empresário Francisco Matarazzo Sobrinho, o
Ciccilo Matarazzo, é considerada a primeira exposição
de arte moderna de grande porte realizada fora dos
centros culturais europeus e norte-americanos. Sua
origem articula-se a uma série de outras realizações
culturais em São Paulo, que refletem o forte impulso
institucional que as artes recebem à época. A segunda edição da Bienal, conhecida como a Bienal
da Guernica, ocorre em 1953 no parque do Ibirapuera,
recém-inaugurado, cujo projeto é assinado por Oscar
Niemeyer e Burle Marx. Instituição particular sem fins lucrativos, o Museu de
Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp, é
fundado em São Paulo, em 1947, por Assis
Chateaubriand. Com ajuda do crítico de arte, marchand
e antiquário italiano Pietro Maria Bardi, diretor do
museu da data de sua fundação até 1990,
Chateaubriand forma a mais importante coleção de
arte europeia da América Latina. O processo de
aquisição da maior parte do acervo dá-se na
conjuntura do pós-Guerra, entre 1947 e 1960. Em 1998, o Museu de Arte Moderna da Bahia inaugura
Sala Especial no Parque de Esculturas em
homenagem ao escultor, pintor e gravador baiano
Rubem Valentim, falecido em 1991.
Nome de expoente
da vanguarda das artes plásticas da década do pós-guerra, Jasper Johns, Richard Hamilton, Jackson Pollock e Ives Klein.
A expressão “o menos é mais”, atribuída ao arquiteto Mies
Van Rohe, está de acordo com os princípios museográficos
que regem uma espacialidade associada à teoria da pura
visualidade. Essa lógica projetiva está ligada ao conceito de cubo branco.
Acerca das Cartas Patrimoniais
(1) Carta do Restauro, Itália, 1972 - Art.1.°: “Todas as obras de arte de qualquer ép oca, na acepção mais ampla, que compreende desde os monumentos arquitetônicos até as de pintura e escultura, inclusive fragmentados, e desde o período paleolítico até as expressões figurativas das culturas populares e da arte contemporânea, pertencentes a qualquer pessoa ou instituição, para efeito de sua salvaguarda, são objeto das presentes instruções (...).”
(2) Compromisso de Brasília, de 1970 - “1º. Encontro de governadores de estado, secretários estaduais da área cultural, prefeitos de municípios interessados, Presidentes e representantes de instituições culturais.”
(3) Carta de Brasília, 1995 - Documento regional do Cone Sul sobre autenticidade, que expressa a necessidade de se levantar a questão da autenticidade a partir da peculiar realidade da região, que difere daquela dos países europeus e asiáticos, de longa tradição como nações. Ao contrário desses países, “nossa identidade foi submetida a mudanças, imposições, transformações que geram dois processos complementares: a configuração de uma cultura sincretista e a de uma cultura de resistência.”
(4) Declaração do México, de 1985 - Esta conferência reiterou o valor e a vigência da Declaração dos Princípios da Cooperação Cultural: a cooperação cultural deve fundamentar-se no respeito à identidade cultural, à dignidade e ao valor de cada cultura.
(5) Compromisso de Salvador, de 1971 - II Encontro de Governadores para Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural do Brasil, promovido pelo Ministério da Educação e Cultura/ IPHAN
( ) Art.1.°: “Todas as obras de arte de qualquer ép oca, na
acepção mais ampla, que compreende desde os
monumentos arquitetônicos até as de pintura e
escultura, inclusive fragmentados, e desde o período
paleolítico até as expressões figurativas das culturas
populares e da arte contemporânea, pertencentes a
qualquer pessoa ou instituição, para efeito de sua
salvaguarda, são objeto das presentes instruções (...).”
Os movimentos artísticos são
relacionados a Henri Matisse, Paula Modersohn-Becker,
Georges Braque e Francis Picabia, que são: Fauvismo, Expressionismo, Cubismo e Dadaísmo.
O século XX inicia-se no Brasil com muitos fatos que
vão moldar a nova fisionomia do país. Há um período de
progresso técnico com o surgimento de novas fábricas,
resultado principalmente da aplicação de recursos advindos
das exportações de café. Um outro fato é marcante: a
espantosa massa de imigrantes que, em apenas oito anos,
chega a quase 1 milhão de novos habitantes.
Dessa forma, as forças sociais que atuam na
realidade brasileira já em 1917 são bem complexas. Esses
novos tempos vivem, então, segundo Mário da Silva Brito, “à
espera de uma arte nova que exprima a saga desses tempos
e do porvir.” A respeito da arte brasileira da primeira metade do século XX
e as correlações entre os movimentos artísticos mundiais e a
produção artística nacional, os eventos da Semana de Arte Moderna, realizada em
fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo,
são um marco da presença, no Brasil das primeiras
décadas do século XX, de um nova concepção do fazer
e compreender a obra de arte. Antes da explosão do Movimento Modernista de 1922,
um dos nomes fundamentais para o contato de artistas
brasileiros com a arte inovadora que era feita na
Europa foi o pintor lituano Lasar Segall (1891-1957).
Hoje, um dos principais museus de São Paulo é aquele
que leva seu nome, uma instituição federal que integra
o Instituto Brasileiro de Museus – Ibram do Ministério
da Cultura , como unidade especial. A exposição de Anita Malfatti, em São Paulo, em 1917,
provocou grande polêmica e uma divisão que, de certa
forma, se estenderia ao longo da década de 1920,
entre críticos que defendiam uma estética
conservadora e os defensores de uma estética
renovadora, aqueles que defendiam que o artista não
deveria ficar cerceado pelos limites da realidade. Entre
estes últimos destacavam-se Mário de Andrade e
Monteiro Lobato, defensores de primeiro momento da
arte de Anita Malfatti.
BIBLIOGRAFIA:
Maria das Graças Proença. História da arte.
São Paulo: Ática, 1997 (com adaptações).
Graça Proença. Historia da Arte, p. 43.
Graça Proença. História da Arte, p. 240
In: Veja, julho/2008 (com adaptações)
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