quarta-feira, 16 de maio de 2018

História da Arte

A História da Arte registra vários momentos de reflexão sobre o que é e o que constitui a arte. A arte da segunda metade do século XX constitui um deles. Entram em cena expressões artísticas quando importantes mudanças no mundo e na nossa relação de tempo e espaço transformam a todos nós. A arte neste período não busca mais o novo, como as vanguardas da primeira metade desse século: propõe o questionamento da linguagem e sua leitura. As novas tecnologias para a arte não significam o fim, mas um meio à disposição da liberdade do artista, que se somam às técnicas e aos suportes tradicionais. Duas tendências estéticas tomaram força na metade da década de 50 do século passado. Quando comparados, um deles apresenta-se de maneira sistemática, excessivamente cerebral e construída com rigor, e a outra, figurativa próximo às fontes populares.

Em um processo de intervenção restaurativa de um objeto preservado procede-se, em primeiro lugar, à análise e pesquisa histórica.
A datação de uma peça de madeira pode ser feita através de carbono 14 e o
 método de análise utilizado para se evidenciar, em uma tela, repinturas ou desenhos subjacentes é a irradiação de infravermelho.
Toda intervenção destinada a manter a integridade de um objeto pertencente ao Patrimônio Cultural é definida como restauração.
 A Constituição Federal declarou tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos quilombos.
Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, as formas de expressão,  os modos de criar, fazer e viver as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais, os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
Com relação ao art. 23 da Constituição Federal,  compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios conservar o patrimônio público;  proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural;  proteger os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;  impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
O Art Nouveau, fenômeno europeu que cobre a última década do século XIX e a primeira do séc. XX, manifesta-se simultaneamente nas grandes metrópoles como Londres, Glasgow, Paris, Bruxelas, Munich, Viena, Barcelona, tendo como artistas mais destacados Gallé, Guimard, Gaudi, Horta, van de Velde, Obrist, Endell, Olbrich, Hofmann, Klint, Mackintosh. Como assinala sua nomenclatura, o Art Nouveau aspira uma nova forma para as artes, em face das visíveis transformações por que passam as metrópoles industriais modernas. As características marcantes do estilo são preferência pelas artes aplicadas e decorativas; uso de materiais industriais como ferro e vidro combinados com técnicas artesanais como cerâmica, esmaltes, joalharia, porcelanas, carpintaria, bronze; gosto pelas formas curvas alongadas e assimétricas, e pela ornamentação bidimensional de inspiração floral;

Uma das telas mais consagradas da História da Arte, As Meninas de Diego Velazquez, pintada em 1656, tem como tema, numa surpreendente inversão, o próprio pintor em atividade (olhando fixo para seu pretenso modelo), tendo ao seu lado a Infanta Margarita e suas damas de honra. Com esta inversão de ponto de vista o pintor arma um verdadeiro jogo intrigante porque  o lugar do retratado é um lugar vago que pode ser tanto ocupado pelo Rei, quanto pelo espectador que se vê incluído na cena;
Os artesãos que trabalhavam nas igrejas e demais monumentos religiosos na Colônia enquadravam-se nas atividades denominadas ofícios mecânicos, organizadas em coorporações que os habilitavam ao exercício da profissão e à abertura de sua oficina. Não havia, portanto, profissionais liberais formados e habilitados por diplomas concedidos pelas Academias de ensino. Artistas consagrados já em seu próprio tempo como Mestre Valentim e Antonio Francisco Lisboa – o Alejadinho - padeciam dessa condição de artífices, porém ainda com maiores restrições profissionais pelo fato de serem mulatos, o que limitava suas atividades e remuneração.  O estatuto social do artista na colônia dizia que o artista não havia se liberado das obrigações utilitárias e práticas, para se entregar à expressão de suas idéias artísticas e assim alcançar independência autoral;
O intercâmbio cultural foi traço marcante na história da arte moderna. A influência da Polinésia em Gauguin, de Marrocos em Matisse, da escultura negra no cubismo e no expressionismo, marcam, entre outros cruzamentos culturais, o desejo de se ir além dos valores e do gosto da civilização burguesa européia. Um dos casos mais conhecidos foi o impacto das gravuras japonesas nos artistas do impressionismo e pós-impressionismo. Monet, Manet, Degas, Renoir, Van Gogh, Cézanne e Gauguin recebem nítida influências das gravuras de Hokusai e Utamaro divulgadas na Europa a partir de meados do século XIX. Em termos plásticos, as diferenças que marcavam tais gravuras que atraíram a atenção dos artistas modernos são estrutura espacial fora dos padrões da perspectiva renascentista, cores chapadas, ausência de claro-escuro, linhas ondulantes e suaves, grafismo construtivo e distribuição assimétrica;
Michelangelo, Rafael e Leonardo constituem, segundo os historiadores da arte, o ápice da arte renascentista. Cada um alcança um grau de excelência inédito que tanto aprofunda os caminhos anteriores como também abre novas e inesperadas pesquisas. Michelangelo foi considerado o maior de todos, a ponto de ter conseguido o que parecia impossível: ir além, superar os antigos com sua arte sublime. Para o século XVI, a questão que se colocava era o que pode haver depois de Michelangelo, de Rafael, de Leonardo? Pensar em ultrapassá-los não teria sentido, só restaria fazer arte à maneira deles. Define-se, assim, aquilo que a história da arte chamou de Maneirismo, situado entre o Renascimento e o Barroco. O Maneirismo diferencia-se como o momento em que a arte começa a imitar a própria arte.

Foi somente a partir do final do século XV que a arte portuguesa atingiu alto grau de originalidade e riqueza decorativa, tanto na arquitetura quanto na pintura e escultura. A respeito desse assunto,  há edifícios neomanuelinos, no Brasil, como o Real Gabinete Português de Leitura (1880-1887) e o Liceu Literário Português, no Rio de Janeiro.  Por ser um conhecimento construído pelo homem através dos tempos, a arte é um patrimônio cultural da humanidade, independentemente da dificuldade de definição do que seja a arte. O fato é que ela está sempre presente na história humana, sendo um dos fatores que diferenciam o homem dos demais seres vivos e a arte hoje deixa de ser concebida apenas como um campo diferenciado da atividade social e passa a ser, também, um modo de praticar cultura.
Em 1917, depois que o artista plástico Marcel Duchamp se mudou de Paris para Nova York, sua irmã fez uma faxina em seu ateliê. O lugar era um muquifo: sapatos e travesseiros espalhavam-se pelo chão e os móveis viviam cobertos de poeira. Em meio à bagunça, ela se irritou com objetos que lhe pareciam inúteis, como uma pá pendurada no teto, um suporte de garrafas no meio do quarto e uma roda de bicicleta sobre uma banqueta. E não teve dúvidas: despachou tudo para o lixo. Assim se destruíram alguns baluartes da arte moderna. Tratava-se dos originais dos ready-mades, obras que transformariam Duchamp num dos dois artistas mais influentes do século XX. Duchamp tinha ideias notáveis. Mas em matéria de técnica e talento para os pincéis, estava longe do virtuosismo Picasso. Aos 25 anos abandonou a pintura e passou a investir nos ready-mades. O que não deixava de ser uma forma de contornar suas deficiências: ao transformar objetos do cotidiano em obras de arte, ele simplesmente eliminou a necessidade de um domínio genial da técnica. Seu maior esforço consistia em selecionar os objetos e depois lhe dar um nome e uma apresentação inusitados. Fazia parte das provocações de Duchamp alardear que, a partir de então, fazer arte estaria ao alcance de qualquer preguiçoso. Fim da arte?  O texto acima se refere a um dos cânones da arte moderna, representante do movimento dadaísta. Acerca do período da história da arte ao qual ele pertenceu, Marcel Duchamp e sua arte estão dentro da estética do Dadaísmo, movimento que retrata a insatisfação, a desesperança e o protesto no pós-guerra.

A Idade Média compreende o milênio entre os séculos V e XV, aproximadamente, desde a queda de Roma até o Renascimento. Existiram três grandes fatores importantes durante a Idade Média Arte Românica, Bizantina e Gótica.

No Brasil, após o Movimento Modernista constatou-se uma valorização da Arte Naif (arte ingênua), a arte dos artistas primitivos. Definida como aquela realizada por amadores ou autodidatas, é considerada a arte da criatividade autêntica, do fazer artístico sem escola e com intenção poética, reunindo de maneira harmoniosa elementos da tradição popular. São representantes da Arte Naif no Brasil   
Heitor dos Prazeres e Mestre Vitalino.

Anita Malfatti estudando na Alemanha e depois nos Estados Unidos, absorveu elementos das experiências expressionistas e cubistas, antes de sua exposição individual, em 1917, considerada o marco inicial do movimento modernista no Brasil. Suas obras chocaram o público paulistano ainda impregnado de academicismo. Monteiro Lobato publicou no jornal O Estado de São Paulo uma crítica violenta contra a artista. Em posição contrária, anos mais tarde, Mário de Andrade expõe suas ideias estéticas na obra Pauliceia Desvairada.

A pintura que se desenvolveu de 1886, depois da última exposição impressionista, até o surgimento do Cubismo, com Pablo Picasso e George Braque, entre 1907 e 1908, abrange pintores de tendências bem diversas, como Gauguin, Cézanne, Van Gogh, que apenas no início da carreira se identificaram com o impressionismo. Além desses artistas, destaca-se a obra de Toulouse Lautrec, que documenta a vida parisiense do fim do século XIX. Acerca de sua obra, utiliza traços rápidos, o que se revela apropriado para desenvolver um tipo de arte: a dos cartazes e pôsteres publicitários.

O expressionismo chega ao Brasil - Lasar Segall nascido na Lituânia, tendo estudado pintura na Alemanha, chega ao Brasil em 1913, trazendo em suas obras fortes características expressionistas. Ao imigrar para o Brasil no final de 1923, passou a ocupar uma posição de destaque dentro do cenário da arte moderna em São Paulo. Ele foi recebido como um representante “legítimo” das vanguardas europeias. Residindo definitivamente em São Paulo, suas telas assumem algumas temáticas brasileiras; seus personagens agora são mulatas, prostitutas e marinheiros; sua paisagem, favelas e bananeiras. A luminosidade e a natureza do Brasil exercem grande influencia em suas obras.

No século XIX, o poeta Goethe se apaixonou pela questão da cor e passou 30 anos tentando terminar o que considerava sua obra máxima: um tratado sobre as cores que suplantaria a teoria de Newton. Ele realmente descobriu aspectos que Newton ignorava sobre a fisiologia e a psicologia da cor. Observou muitos elementos e principalmente a retenção das cores na retina, a tendência do olho humano em ver as bordas de uma cor complementar e notou que os objetos brancos sempre parecem maiores que os negros. Considerando essas informações, a importância e os modos de uso da cor na arte, o pontilhismo é uma técnica em que pequenas manchas de cores justapostas provocam uma mistura óptica nos olhos do observador, deixando à retina a tarefa de reconstruir o tom desejado pelo pintor.

Segundo o crítico e escritor Giulio Carlo Argan, toda a arte neoclássica possui como tema comum a crítica, que logo se torna condenação da arte imediatamente anterior, o Barroco e o Rococó. Considerados o Neoclassicismo e o Romantismo como contrários artísticos, os pintores, pensando na “perfeição” do antigo, parecem preocupados sobretudo em demonstrar sua modernidade: dão preferência ao retrato.

Expressionismo é a tendência estética surgida na Europa no início do século XX e que entende a Arte como expressão do mundo interior do artista, que procurou expressar as emoções humanas, interpretando as angústias que caracterizaram psicologicamente o homem do início do século XX, admitindo, assim, a deformação ou alteração das formas e das cores das figuras representadas.  

A Coluna de Trajano é um dos monumentos de grande importância na História da Arte. De acordo com as faixas, nota-se uma rebuscada descrição pictural. Uma das faixas mostra Trajano discursando com seus soldados, além de exibir levantamento de fortificações e construções de acampamentos. A coluna apresenta cerca de 150 episódios diferentes de um povo. O friso em espiral da Coluna de Trajano foi um enquadramento novo para a narrativa histórica. Erguida com objetivo de celebrar a vitória do Imperador sobre os Dácios, a Coluna de Trajano está inserida na arte romana.

A arte romana assimilou, da arte greco-helenística, a busca por expressar um ideal de beleza, e da arte etrusca, mais popular, a preocupação em expressar a realidade vivida. Que elementos arquitetônicos deixados pelos etruscos permitiram aos romanos criar amplos espaços internos, livres do excesso de colunas e  arco e abóbadas.

A essência da escultura consiste no fato de ser esta construída com materiais sólidos e existir em três dimensões. O artista grego acreditava que a escultura não deveria apenas se assemelhar a seu modelo; ela teria de ser também um objeto belo em si mesmo. A escultura grega do século IV a.C. apresentava traços bem característicos. Um deles era a representação, sob forma humana, de conceitos e sentimentos, como a paz, o amor, a liberdade, a vitória etc. No período helenístico, a escultura grega apresenta outro elemento muito marcante o surgimento do nu feminino.


Acerca da Lei n.° 5.471, de 9 de julho de 1968, que dispõe sobre a exportação de livros antigos e conjuntos bibliográficos brasileiros, e o Decreto n.° 65.347 , de 13 de outubro de 1969, a saída de obras raras do país somente será autorizada por prazo determinado, que será especificado em termo de responsabilidade assinado por pessoa física domiciliada no país e de inconteste idoneidade.  A autoridade federal competente tomará as providências adequadas, se for verificado o não retorno ao país das obras raras saídas para fins de interesse cultural. Para isso, invocará se esta for a hipótese, o artigo 3.° da Lei n.° 5.471, que manda punir a infringência de suas disposições.  Livros, documentos, coleções de periódicos, originais e cópias antigas de partituras musicais, se apreendidos, por tentativa de exportação ilegal, serão destinados ao patrimônio público. A saída temporária do país de obras raras abrangidas no artigo 1º e seu parágrafo único da Lei n.° 5.471 será permitida, para fins de interesse cultural.

O Decreto n.° 3166, de 14 de setembro de 1999, promulgou a Convenção da UNIDROT, concluída em Roma, em 24 de junho de 1995. De acordo com o artigo segundo dessa Convenção, entendem-se como culturais aqueles que, a título religioso ou profano, se revestem de uma importância para a arqueologia, a pré-história, a história, a literatura, a arte ou a ciência. Essa Convenção aplica-se a solicitações de caráter internacional  de apoio internacional a ações nacionais de preservação, fiscalização e valorização de patrimônios culturais.  de restituição de bens furtados.

Muitas divergências analíticas no campo da arte circundam o período barroco, considerado por alguns teóricos históricos como aquele da degenerescência dos ideais de perfeição greco-romana impetrado pelo classicismo renascentista, ainda na época do cinquecentto. As categorias estilísticas e a significância desse período na relação de polaridade com o estilo renascentista foram identificadas por Heinrich Wölfflin, em seu Renascença e Barroco, que percebeu o Barroco como um predominante “poder da emoção” sobre o espectador e como “um retorno a um estado informal”. Na passagem para o século XXI, surgiram discussões sobre uma “reedição” do Barroco, principalmente devido à similitude com parâmetros presentes na sociedade pós-moderna por estar o Barroco, entre outros, associado a características, como a presença de elementos múltiplos, a pluralidade, a obscuridade e por ser uma forma aberta.

Acerca da Lei n.° 5.471, de 9 de julho de 1968, que dispõe sobre a exportação de livros antigos e conjuntos bibliográficos brasileiros, e o Decreto n.° 65.347 , de 13 de outubro de 1969, 
A referida lei proíbe, sob qualquer forma, a exportação de bibliotecas e acervos documentais constituídos de obras brasileiras ou sobre o Brasil, editadas nos séculos XVI a XIX.  A lei proíbe a exportação de obras e documentos brasileiros ou sobre o Brasil, editados nos séculos XVI a XIX que, por desmembramento dos conjuntos bibliográficos, ou isoladamente, hajam sido vendidos.  A saída temporária do país de obras raras abrangidas no art. 1.° e seu parágrafo único da referida lei p oderá ser permitida, para fins de interesse cultural, a juízo de autoridade federal competente.  A destinação dos bens apreendidos em virtude das normas definidas na Lei n.° 5.471 será feita em proveito do patrimônio público, após audiência do Conselho Federal de Cultura.

Segundo Xavier Barral I Altet, nas últimas décadas, a História da Arte pôde extrair de toda sua história passada cinco orientações metodológicas principais: formalista, marxista, sociológica, iconológica e semiológica ou estruturalista. Acerca dessas diferentes orientações, o método iconológico procura compreender os diferentes níveis de consciência individuais e coletivos da obra de arte e Estruturalismo e Semiologia como análise estrutural da obra de arte e como aplicação do estudo dos signos são dois métodos provenientes de outras disciplinas, adaptadas ao domínio da obra de arte.  A orientação formalista se prende ao estudo da composição, da forma e dos volumes, tende a isolar constantes formais frequentemente estanques em relação às cronologias históricas e cria uma escala de referências internas que permite atribuições e classificações.  Na orientação sociológica, particular, a atenção é dada aos comanditários e aos clientes, à produção e ao consumo.

Sob um termo genérico resumem-se as correntes artísticas que, na última década do século XIX e na primeira do século XX, se propõem a interpretar, apoiar e acompanhar o esforço progressista, econômico-tecnológico, da civilização industrial. São comuns a essas correntes artísticas a deliberação de fazer uma arte em conformidade com sua época e a renúncia à invocação de modelos clássicos, tanto na temática como no estilo do modernismo.

 “Estimando que a garantia mais eficaz de conservação dos monumentos e obras do passado reside no respeito e dedicação que lhes consagram os próprios povos e certa de que tais sentimentos podem ser enormemente favorecidos por uma ação apropriada, inspirada na vontade dos Estados Membros de desenvolver as ciências e as relações internacionais, Convencida de que os sentimentos que dão origem à contemplação e ao conhecimento das obras do passado podem facilitar grandemente a compreensão mútua entre os povos e que, para isso, é preciso beneficiá-los com uma cooperação internacional e favorecer por todos os meios a execução da missão social que lhes cabe (...)." Recomendação de Nova Delhi, de 1956.

Os preceitos constitucionais na área de Patrimônio Cultural, cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade em face de artigo de Constituição estadual que declare integrantes do patrimônio científico-cultural do estado-membro os sítios paleontológicos e arqueológicos localizados em municípios do referido estado.

Quanto à saída, para o exterior, de obras de arte e ofícios produzidos no Brasil de que trata a Lei n.° 4845, de 19 de novembro de 1965, é vedada a saída de obras de pintura, escultura e artes gráficas que, embora produzidas no estrangeiro ao longo dos períodos colonial e imperial, representem personalidades brasileiras ou relacionadas com a História do Brasil, bem como paisagens e costumes do país. 

Acerca da arte brasileira no século XX, a Bienal Internacional de São Paulo, criada em 1951 pelo empresário Francisco Matarazzo Sobrinho, o Ciccilo Matarazzo, é considerada a primeira exposição de arte moderna de grande porte realizada fora dos centros culturais europeus e norte-americanos. Sua origem articula-se a uma série de outras realizações culturais em São Paulo, que refletem o forte impulso institucional que as artes recebem à época. A segunda edição da Bienal, conhecida como a Bienal da Guernica, ocorre em 1953 no parque do Ibirapuera, recém-inaugurado, cujo projeto é assinado por Oscar Niemeyer e Burle Marx.  Instituição particular sem fins lucrativos, o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp, é fundado em São Paulo, em 1947, por Assis Chateaubriand. Com ajuda do crítico de arte, marchand e antiquário italiano Pietro Maria Bardi, diretor do museu da data de sua fundação até 1990, Chateaubriand forma a mais importante coleção de arte europeia da América Latina. O processo de aquisição da maior parte do acervo dá-se na conjuntura do pós-Guerra, entre 1947 e 1960.  Em 1998, o Museu de Arte Moderna da Bahia inaugura Sala Especial no Parque de Esculturas em homenagem ao escultor, pintor e gravador baiano Rubem Valentim, falecido em 1991.

 Nome de expoente da vanguarda das artes plásticas da década do pós-guerra,  Jasper Johns, Richard Hamilton,  Jackson Pollock e Ives Klein.

A expressão “o menos é mais”, atribuída ao arquiteto Mies Van Rohe, está de acordo com os princípios museográficos que regem uma espacialidade associada à teoria da pura visualidade. Essa lógica projetiva está ligada ao conceito de  cubo branco.

                                                Acerca das Cartas Patrimoniais

(1) Carta do Restauro, Itália, 1972 -  Art.1.°: “Todas as obras de arte de qualquer ép oca, na acepção mais ampla, que compreende desde os monumentos arquitetônicos até as de pintura e escultura, inclusive fragmentados, e desde o período paleolítico até as expressões figurativas das culturas populares e da arte contemporânea, pertencentes a qualquer pessoa ou instituição, para efeito de sua salvaguarda, são objeto das presentes instruções (...).” 
(2) Compromisso de Brasília, de 1970 - “1º. Encontro de governadores de estado, secretários estaduais da área cultural, prefeitos de municípios interessados, Presidentes e representantes de instituições culturais.” 
(3) Carta de Brasília, 1995 -  Documento regional do Cone Sul sobre autenticidade, que expressa a necessidade de se levantar a questão da autenticidade a partir da peculiar realidade da região, que difere daquela dos países europeus e asiáticos, de longa tradição como nações. Ao contrário desses países, “nossa identidade foi submetida a mudanças, imposições, transformações que geram dois processos complementares: a configuração de uma cultura sincretista e a de uma cultura de resistência.” 
(4) Declaração do México, de 1985 - Esta conferência reiterou o valor e a vigência da Declaração dos Princípios da Cooperação Cultural: a cooperação cultural deve fundamentar-se no respeito à identidade cultural, à dignidade e ao valor de cada cultura.
(5) Compromisso de Salvador, de 1971 - II Encontro de Governadores para Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural do Brasil, promovido pelo Ministério da Educação e Cultura/ IPHAN
  

 ( ) Art.1.°: “Todas as obras de arte de qualquer ép oca, na acepção mais ampla, que compreende desde os monumentos arquitetônicos até as de pintura e escultura, inclusive fragmentados, e desde o período paleolítico até as expressões figurativas das culturas populares e da arte contemporânea, pertencentes a qualquer pessoa ou instituição, para efeito de sua salvaguarda, são objeto das presentes instruções (...).” 

 Os movimentos artísticos são relacionados a Henri Matisse, Paula Modersohn-Becker, Georges Braque e Francis Picabia, que são:  Fauvismo, Expressionismo, Cubismo e Dadaísmo.

O século XX inicia-se no Brasil com muitos fatos que vão moldar a nova fisionomia do país. Há um período de progresso técnico com o surgimento de novas fábricas, resultado principalmente da aplicação de recursos advindos das exportações de café. Um outro fato é marcante: a espantosa massa de imigrantes que, em apenas oito anos, chega a quase 1 milhão de novos habitantes. Dessa forma, as forças sociais que atuam na realidade brasileira já em 1917 são bem complexas. Esses novos tempos vivem, então, segundo Mário da Silva Brito, “à espera de uma arte nova que exprima a saga desses tempos e do porvir.” A respeito da arte brasileira da primeira metade do século XX e as correlações entre os movimentos artísticos mundiais e a produção artística nacional, os eventos da Semana de Arte Moderna, realizada em fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, são um marco da presença, no Brasil das primeiras décadas do século XX, de um nova concepção do fazer e compreender a obra de arte.  Antes da explosão do Movimento Modernista de 1922, um dos nomes fundamentais para o contato de artistas brasileiros com a arte inovadora que era feita na Europa foi o pintor lituano Lasar Segall (1891-1957). Hoje, um dos principais museus de São Paulo é aquele que leva seu nome, uma instituição federal que integra o Instituto Brasileiro de Museus – Ibram do Ministério da Cultura , como unidade especial.  A exposição de Anita Malfatti, em São Paulo, em 1917, provocou grande polêmica e uma divisão que, de certa forma, se estenderia ao longo da década de 1920, entre críticos que defendiam uma estética conservadora e os defensores de uma estética renovadora, aqueles que defendiam que o artista não deveria ficar cerceado pelos limites da realidade. Entre estes últimos destacavam-se Mário de Andrade e Monteiro Lobato, defensores de primeiro momento da arte de Anita Malfatti.


 


 
 

  

BIBLIOGRAFIA:  


Maria das Graças Proença. História da arte. São Paulo: Ática, 1997 (com adaptações). 


 Graça Proença. Historia da Arte, p. 43.


 Graça Proença. História da Arte, p. 240


 In: Veja, julho/2008 (com adaptações)

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