terça-feira, 28 de junho de 2016

Bullying na escola

   



Bullying é um ato caracterizado pela violência física e/ou psicológica, de forma intencional e continuada, de um indivíduo, ou grupo contra outro(s) indivíduo(s), ou grupo(s), sem motivo claro. A palavra “Bullying” é de origem inglesa. No Brasil, a palavra “Bullying” é utilizada principalmente em relação aos atos agressivos entre alunos e/ou grupos de alunos nas escolas. Até pouco tempo, o que hoje reconhecemos como Bullying, era visto como fatos isolados, “briguinhas de criança”, e normalmente família e escola não tomavam atitude nenhuma a respeito. Atualmente o bullying é reconhecido como problema crônico nas escolas, e com consequências sérias, tanto para vítimas, quanto para agressores. As formas de agressão entre alunos são as mais diversas, como empurrões, pontapés, insultos, espalhar histórias humilhantes, mentiras para implicar a vítima a situações vexatórias, inventar apelidos que ferem a dignidade, captar e difundir imagens (inclusive pela internet), ameaças (enviar mensagens, por exemplo), e a exclusão. Entre os meninos, os ataques mais comuns são as agressões físicas. Ainda que não efetivada a agressão, os agressores costumam ameaçar, meter medo em suas vítimas. Já as meninas agressoras costumam espalhar rumores mentirosos, ou ameaçarem e espalharem segredos para causar mal-estar. As ameaças podem vir acompanhadas de extorsão, chantagem para obter dinheiro, sobretudo com alunos de 5ª e 6ª série. Tanto vítimas, quanto agressores podem sofrer consequências psicológicas desta situação de abuso, porém o que normalmente acontece é que todas as atenções dos responsáveis (pais e professores) se voltem para o agressor, visto como um marginal em potencial, e a vítima é esquecida. O Bullying atrapalha inclusive a aprendizagem, sendo que normalmente os agressores são as crianças com maior porcentagem de reprovação. 

O Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais indivíduos contra um ou mais colegas. São algumas estratégias de combate ao bullying, conversar com os envolvidos e escutar atentamente reclamações ou sugestões. Estimular a informar os casos.  Reconhecer e valorizar as atitudes da garotada no combate ao problema. Estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo futuros casos.  Interferir diretamente nos grupos, o quanto antes, para quebrar a dinâmica do bullying.


[...] www.oqueebulling.com.br

A bruxa nos relógios




Não falarei aqui do meu desânimo quanto à situação do país: cansei. Por algum breve tempo vou tirar férias dessa preocupação. Vou me concentrar no possível: os afetos, o trabalho, a vida. Então falo aqui de um tema que me fascina, sobre o qual muito tenho refletido e acabo de escrever um livro: a passagem do tempo. Quando criança, eu achava que no relógio de parede do sobrado de uma de minhas avós, aquele que soava horas, meias horas e quartos de hora que me assustavam nas madrugadas insones, em que eu eventualmente dormia lá, morava uma feiticeira que tricotava freneticamente, com agulhas de metal tique-taque, tique-taque tecendo em longas mantas o tempo da nossa vida. Nessas reflexões e observações, mais uma vez, constatei o que todo mundo sabe: vivemos a idolatria da juventude e do poder; do dinheiro, da beleza física e do prazer. Muitos gostariam de ficar para sempre, embalsamados em seus vinte ou trinta anos. Ou ter nos sessenta “alma jovem”, o que acho muito discutível, pois deve ser bem melhor, ter na maturidade ou na velhice uma alma adequada, o que não significa mofada ou áspera [...] (LUFT, Lya. In: Veja, 23/12/2013, p. 28).

                                                 
                                             Compreendendo o texto

  

A temática predominante do fragmento do texto é  a  transição do tempo.


A  autora exprime, predominantemente, uma relação de subjetividade com a criação do texto. Observamos isso quando ela fala que:

Morava uma feiticeira que tricotava freneticamente.
  O tique-taque, tique-taque tecendo em longas mantas o tempo da nossa vida.  


O texto pode ser considerado:  Crônica poética, pelas imagens criadas e uso de linguagem figurada.


A leitura do texto permite formular hipóteses sobre a temática e a relação com o título.


A frase abaixo apresenta intenção comunicativa da autora, em relação a fatos com marco temporal, de forma figurada.  

 [...] morava uma feiticeira que tricotava freneticamente com agulhas de metal tique-taque, tique-taque tecendo em longas mantas o tempo de nossa vida.  


No enunciado “Deve ser bem melhor ter na maturidade ou na velhice uma alma adequada, o que não significa mofada ou áspera”, pode-se afirmar que:

Há uma sequência de qualificações para o termo “alma”.  

Em “na maturidade ou na velhice”, o elo de coesão “ou” marca uma alternância entre termos da mesma área semântica.   


 No enunciado “Vou me concentrar no possível: os afetos, o trabalho, a vida”, pode-se afirmar que há uma:   Progressão discursiva, construída pela reiteração de termos que acrescentam informações novas.



 No texto, predomina a função Emotiva porque a autora:   Centra-se em si mesma, tratando de suas emoções e lembranças.