quinta-feira, 11 de maio de 2023

A água em nosso planeta


 O grande “planeta água” está passando sede. É incrível imaginar que atualmente dezenas de milhões de pessoas vivam com menos de cinco litros de água por dia em um planeta que possui 70% de sua superfície coberta por esse recurso natural tão importante.  


 Cerca de 97,5% de toda a água da Terra é salgada. Menos de 2,5% das águas no planeta são doces e estão distribuídas, principalmente, entre as calotas polares (mais de 60% da água doce) e os aquíferos (mais de 25% da água doce). 


 O problema da escassez de água já vem, há tempos, atingindo proporções alarmantes. Já na década de 90, do século XX, o Comitê de Recursos Naturais das Nações Unidas confirmou que 80 países, que representavam 40% da população mundial, padeciam de grave carência de água e que em muitos casos essa falta era um fator limitante para o desenvolvimento econômico e social.

Tipologias textuais

                                            Tipologias  textuais


 As tipologias textuais são os tipos de textos criados em determinados contextos e que vão depender da intenção e necessidade de comunicação das pessoas.

 

 As tipologias textuais são divididas em cinco tipos de textos: narração, descrição, dissertação, exposição e injunção. 

 

Tipologia narrativa (narração): significa contar uma história, acontecimentos e ações de personagens dentro de um espaço e um tempo determinado. Através de um enredo (história) é relatado por um narrador os acontecimentos e ações de maneira linear, ou não linear. Assim, se o enredo seguir uma sequência cronológica, trata-se de um enredo linear. Do contrário, se existir uma mistura entre o passado, o presente e o futuro, estamos diante de um enredo não linear. 


 Para facilitar o entendimento, podemos resumir os elementos da narrativa da seguinte forma: O quê? - revela a história, o assunto central da trama. Quem? - são as personagens envolvidas na trama e que podem ser principais (protagonistas) e secundárias (coadjuvantes). Quando? - indica o momento em que a história se passa. Onde? - representa o local (espaço) onde a narrativa ocorre, que podem ser ambientes físicos, ou psicológicos. Por quem? - aquele que conta a história é o narrador (foco narrativo). Ele pode fazer parte da história (narrador personagem), ou não participar dela (narrador observador, ou narrador onisciente). 


 Características da tipologia narrativa: revela a sequência de acontecimentos de uma história; os fatos e as ações são relatados por um narrador (foco narrativo) que participa ou não da trama; presença de personagens principais (protagonistas), que aparecem com maior frequência e são mais importantes na história, e personagens secundários (coadjuvantes); marcação de tempo (tempo cronológico) através de datas e momentos históricos, ou o tempo individual de cada personagem (tempo psicológico); indicação do local onde se desenvolve a história e que podem ser físicos (reais, ou imaginários) ou psicológicos (na mente das personagens).

Língua Falada e a Língua Escrita


 Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois meios de comunicação distintos. A escrita representa um estágio posterior de uma língua. A língua falada é mais espontânea, abrange a comunicação linguística em toda sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, algumas vezes por mímicas, incluindo-se fisionomias. A língua escrita não é apenas a representação da língua falada, mas sim um sistema mais disciplinado e rígido, uma vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas e o tom de voz do falante. 


No Brasil, por exemplo, todos falam a Língua Portuguesa, mas existem usos diferentes da língua devido a diversos fatores. Dentre eles, destacam-se: Fatores regionais: é possível notar a diferença do português falado por um habitante da região nordeste e outro da região sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma região, também há variações no uso da língua. No Estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, há diferenças entre a língua utilizada por um cidadão que vive na capital e aquela utilizada por um cidadão do interior do Estado. 

 

Fatores culturais: o grau de escolarização e a formação cultural de um indivíduo também são fatores que colaboram para os diferentes usos da língua. Uma pessoa escolarizada utiliza a língua de uma maneira diferente da pessoa que não teve acesso à escola. 

  

Fatores contextuais: nosso modo de falar varia de acordo com a situação em que nos encontramos: quando conversamos com nossos amigos, não usamos os termos que usaríamos se estivéssemos discursando em uma solenidade de formatura. 

 

Fatores profissionais: o exercício de algumas atividades requer o domínio de certas formas de língua chamadas línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas formas têm uso praticamente restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, químicos, profissionais da área de direito e da informática, biólogos, médicos, linguistas e outros especialistas.

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto

 

A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação. De um modo mais abrangente, a alfabetização é definida como um processo no qual o indivíduo constrói a gramática e suas variações, sendo chamada de alfabetismo a capacidade de ler, compreender e escrever textos e a de operar números. Esse processo não se resume apenas na aquisição das habilidades mecânicas (codificação e decodificação) do ato de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar, ressignificar e produzir conhecimento.

 Sobre as práticas de ensino e aprendizagem para alfabetização, a prática de ensino e aprendizagem para a alfabetização é entendida como uma prática social complexa que acontece em diferentes espaços/tempos da escola, no cotidiano de professores e alunos nela envolvidos e, de modo especial, na sala de aula, mediada pela interação professor-aluno-conhecimento;  A nova concepção do ensino da língua escrita trouxe contribuições para a prática pedagógica dentro da alfabetização. O foco da alfabetização é o processo pelo qual a criança aprende, não mais o professor como transmissor de conhecimento. Essas contribuições para a educação passaram a exigir dos profissionais de educação uma busca de maiores competências para ensinar, o que ocasionou numa mudança no pensamento mecanicista;  É papel do professor alfabetizar a criança dentro de um contexto, através de práticas de letramento. É durante este processo que o alfabetizador deve despertar no educando o gosto pela leitura;

É natural que existam diferentes níveis de aprendizagem em uma classe de alfabetização, pois a aprendizagem da escrita é um processo que se dá em diferentes níveis para cada indivíduo. Todas as práticas do alfabetizador, nessas circunstâncias, devem estar voltadas para os conhecimentos prévios do aprendiz, ao seu contexto de letramento.

A alfabetização tem sido um campo que provoca discussões desde sempre na história da educação. Ao longo dos anos, surgiram métodos que nortearam as práticas de ensino da leitura e da escrita, com base nas mais diversas teorias linguísticas e cognitivas. Tendo em conta os pressupostos teóricos sobre alfabetização e a história da alfabetização , a aquisição da linguagem escrita insere-se em um processo mais amplo de desenvolvimento sociocultural e histórico dos grupos humanos. Nas sociedades mais desenvolvidas, essa aquisição tem lugar na infância, para a grande maioria, senão para a totalidade, dos cidadãos.  Nos países em desenvolvimento, entre os quais está o Brasil, grande parte da população atinge a idade adulta sem ter acesso à escola, ou tendo passado por experiências escolares mal sucedidas, geralmente designadas como ―fracasso escolar‖.  Dominar a linguagem escrita significa aceder a novas formas de pensamento e de exercício das funções psicológicas superiores. Não ler e não escrever, em uma sociedade letrada, é sinônimo de exclusão social e de sérios impedimentos para o efetivo exercício dos direitos de cidadania.

Do ponto de vista psicológico, a leitura deve ser vista como sustentada por um sistema cognitivo que atua sobre a informação grafada, de modo a colocá-la em contato com os conteúdos da memória e desse modo tornar possível o seu uso por parte de nossos processos de pensamento.


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Significados da História.

 

A História, como experiência humana do passado, permite indagar se, com o que se aprende acerca do passado, é possível encontrar e reconhecer certos padrões na estrutura do desenvolvimento dessas sociedades em consonância com acontecimentos contemporâneos. 

  Pode-se enunciar certas leis mais gerais que não se aplicam somente à história de outras sociedades, mas também à evolução geral da espécie humana. 

  A partir da análise dos modos como as sociedades passadas se comportavam e se relacionavam com outras sociedades, podem-se levantar informações importantes acerca da atividade comunicacional do homem, por exemplo. 

  Como disciplina que discorre acerca dos processos de conhecimento do passado, a História tem uma tradição rica que, desde cedo, estabeleceu raízes profundas em várias civilizações.

Cidade, história e museu dialogam intensamente no sentido de convergir possibilidades de resgatar, registrar, construir, manter, preservar e tornar acessível um acervo para a sociedade. Esse valor não se aplica apenas à sociedade inserida no contexto do museu, mas à diversidade em sua volta.

A história oral é uma metodologia de pesquisa que consiste em realizar entrevistas gravadas com pessoas que podem testemunhar a respeito de acontecimentos, conjunturas, instituições, modos de vida ou outros aspectos da história contemporânea. 

  Os arquivos recolhidos fazem parte de todo um conjunto de documentos de tipo biográfico, ao lado de memórias e autobiografias, que permitem compreender como indivíduos experimentaram e interpretaram acontecimentos, situações e modos de vida de um grupo ou da sociedade em geral. 

O trabalho com a metodologia de história oral compreende todo um conjunto de atividades anteriores e posteriores à gravação dos depoimentos. Exige, antes, a pesquisa e o levantamento de dados para a preparação dos roteiros das entrevistas. 

  Ganhou também cada vez mais adeptos, ampliando-se o intercâmbio entre os que a praticam: historiadores, antropólogos, cientistas políticos, sociólogos, pedagogos, teóricos da literatura, psicólogos e outros. 

Alguns pensadores na Antiguidade Clássica (Grécia e Roma antigas) observaram que existia certa repetição cíclica na sequência da história da humanidade por meio de guerras, desastres, destruição de cidades, ascensão e quedas de impérios e civilizações, que desde tempo imemorial, flagelavam a humanidade.

Ao construir a história, seja pela sua escrita ou pelo seu estudo, alguns pensadores antigos indagaram também a razão de ser da história. Seria uma área do conhecimento humano, cujos métodos, diferenciados, poderiam facilitar seu entendimento e, assim, transmiti-la às gerações futuras? 

  Um fato histórico, ao se repetir, pode trazer reflexões profundas acerca de como a sociedade lida com os acontecimentos. Assim, as guerras, por exemplo, apresentam os descompassos entre as diferenças de povos, ideologias, culturas, religiões e espaços geográficos. 

  Em meados do século XX, a História Serial introduziu a possibilidade de constituir séries de fontes e abordá-las de acordo com técnicas específicas. Assim, essa abordagem refere-se tanto ao tipo de fontes quanto ao método de trabalhá-las. 

A percepção histórica a partir de uma ótica marxista é uma entre muitas possibilidades de perceber um evento social de relevância histórica.

O historiador construirá os conhecimentos, as competências e as habilidades iniciais e necessárias para a formação de um profissional preparado para interpretar as sociedades segundo contextos históricos distintos. O graduado em História deverá, portanto, estar capacitado ao exercício do trabalho de historiador, em todas suas dimensões, o que supõe pleno domínio da natureza do conhecimento histórico e das práticas essenciais de sua produção e difusão, o que pressupõe um conjunto de competências e habilidades específicas.

Para exemplificar a atuação conjunta desses dois profissionais, podem-se citar algumas áreas de crescente atuação tais como: institutos de pesquisas de cunho histórico e que visem à preservação da memória social. Poderão ainda construir projetos interdisciplinares ligados a questões vinculadas ao patrimônio artístico e cultural. Isso evidencia o caráter interdisciplinar dessas formações.

 O historiador não cria personagens nem fatos. No máximo, os descobre, fazendo-os sair da sua invisibilidade. Tal descoberta se dá de várias formas: um registro escrito, pinturas, fotografias etc. 

  As diversas teorias alavancadas pelo historiador também permitem que exista um trânsito entre os acontecimentos, os espaços e os recortes históricos, pois o historiador não tem certeza absoluta de reconstruir um fato na tal temporalidade já escoada, irremediavelmente perdida e não-recuperável, do acontecido. 

  Historiadores podem, de vários modos, reconstruir o recorte histórico. Para isso, munem-se de várias ferramentas e procedimentos. Os historiadores também mediatizam mundos, conectando escrita e leitura e dando sentido aos fatos.

O historiador precisa lançar olhares diversificados para os sujeitos do processo historiográfico. A título de exemplo, tem-se o caso do negro, recuperado como ator e agente da história desde algumas décadas, embora sempre tenha estado presente. Apenas não era visto ou considerado, tal como as mulheres ou outras tantas ditas minorias.

Tempo, além de palavra, é um conceito de muitos significados, e, em alguns deles, empregado como sinônimo de passado, ciclos, duração, eras, fases, momentos ou mesmo história, o que contribui para o obscurecimento das discussões teóricas dos historiadores acerca dele e acaba confundindo o público leitor.

  Para cada civilização e cultura, há uma noção de tempo, cíclico ou linear, presentificado ou projetado para o futuro, estático ou dinâmico, lento ou acelerado, forma de apreensão do real e do relacionamento do indivíduo com o conjunto de seus semelhantes, ponto de partida para a compreensão da relação homem/ natureza e homem/sociedade na perspectiva ocidental. 

  A relação entre o Tempo e a História é tema inesgotável, com questões, problemas e propostas analíticas, campo de conflito insolúvel entre filósofos e historiadores, que pode ser explorada sob múltiplos aspectos, cada um deles aparentemente encerrado em si mesmo, e, na prática, inter-relacionado com todos os outros. 

  Em História, tempo pode ser analisado como confronto entre a reflexão abstrata e o manejo empírico da construção documental; é questão ainda sem conclusão, parte integrante das reflexões filosóficas e das historiográficas, que se colocam em termos divergentes e opostos, mas que podem e devem ser complementados. 

O século XXI apresenta uma nova abordagem para a História: a historiografia digital. Trata-se de uma possibilidade de abordar e analisar a historiografia utilizando as novas tecnologias de comunicação e informação (NTIC). Trata-se, também, de um novo estudo da escrita da História valendo-se dos recursos tecnológicos advindos com a Informática aplicados às Ciências Humanas. O historiador, ao valer-se dessa ferramenta, pode trabalhar de variados pontos sem a necessidade efetiva do deslocamento geográfico, pois, a partir da possibilidade dos dispositivos online, constrói seu trabalho utilizando como ferramenta básica um computador com acesso à Internet.

 O Barroco apareceu no Brasil quando já se haviam passado cerca de cem anos de presença colonizadora no território; a população já se multiplicava nas primeiras vilas e alguma cultura autóctone já lançara sementes. 

  A obra de Aleijadinho mistura diversos estilos do barroco. Em suas esculturas, estão presentes características do rococó e dos estilos clássico e gótico. Ele utilizou como material de suas obras de arte, principalmente a pedra-sabão, matéria-prima brasileira. A madeira também foi utilizada pelo artista. A riqueza de detalhes, como as dobras dos tecidos e os arranjos dos cabelos apresentadas na imagem, são marcas singulares de sua sensibilidade.

  É reconhecido entre os especialistas o fato de que a produção artística deixada por Aleijadinho é considerável. Sua contribuição para a formação do patrimônio artístico brasileiro é imensurável. Graças ao trabalho de historiadores e especialistas em artes visuais, seu acervo foi catalogado e autenticado por vários documentos. 

  É fato que durante um período de mais de vinte anos, Aleijadinho foi requisitado sucessivamente pela maioria das vilas coloniais minerais que passaram a requisitar ou até disputar o trabalho do artista, cuja vida transformara-se em uma verdadeira roda-viva, sendo às vezes, obrigado a trabalhar em obras de duas ou mais cidades diferentes.

Ao passar a estudar o espaço de uma sociedade, o historiador precisa estar consciente de que a cultura dessa sociedade só passa a ter sentido se analisada por um ângulo que permita a observação das representações das práticas nesse espaço e, também, o entendimento da importância desse espaço para a manutenção dessa cultura. Em síntese: não existe história sem espaço.

Nas terras onde hoje é o Brasil, os portugueses chegaram em 1500 e, logo, montaram engenhos de produção de açúcar. No início, esses engenhos eram movidos por indígenas escravizados. Com o avanço da agroindústria do açúcar nas capitanias da Bahia e de Pernambuco, aumentou a procura por mão de obra e a alternativa adequada à época foi o esforço africano.

 As principais razões da substituição da mão de obra indígena pela africana, foi a alta lucratividade do tráfico de africanos.  Resistência dos homens indígenas a trabalhar continuamente na agricultura.  Habilidade dos africanos em atividades, como: mestre de açúcar, purgador, ferreiro, caldeiro etc.

Hoje, o Brasil se caracteriza por conter regiões muito diferentes entre si; entretanto, esse fato era ainda mais acentuado nos tempos coloniais, quando, inclusive, as comunicações eram difíceis e existiam áreas inexploradas ou desconhecidas. Onde as atividades econômicas como o fumo foi uma significativa atividade destinada à exportação, embora ficasse muito longe de competir com o açúcar. A grande região produtora se localizou no Recôncavo Baiano, em especial na área em torno da atual cidade de Cachoeira.  A criação de gado começou nas proximidades dos engenhos; no entanto, a tendência à ocupação das terras mais férteis para o cultivo da cana foi empurrando os criadores para o interior. 

Estima-se que 465 mil portugueses se deslocaram para a Colônia luso - americana entre 1500 e 1808, quando ocorreu a abertura dos portos. A partir de 1746, a Coroa Portuguesa estimulou a vinda de açorianos. Em 1818, o governo financiou a vinda de centenas de colonos suíços e alemães.


Os grupos que entraram no Brasil e suas respectivas áreas geográficas,  

1. Joinville e Blumenau - alemães

2. Planaltos de Santa Catarina - italianos 

3. Paraná - eslavos (poloneses e ucranianos) 

4. São Paulo - japoneses

A história do afluxo de imigrantes e da colonização do Paraná se difere de outras regiões do Brasil. A enorme expansão rural do Paraná se baseou em incentivos da empresa privada – Companhia de Terras Norte do Paraná. 

Com o declínio da produção aurífera em Minas Gerais e a pressão metropolitana no sentido de arrecadar, anualmente, as cem arrobas de ouro devidas ao rei, a situação dos donos das minas ficou difícil. A decretação da derrama deixou a população revoltada com o governo e, no entender dos inconfidentes, criava um contexto favorável a rebeliões na Inconfidência Mineira. 

Entre os rebelados, muitos tinham grandes dívidas com o fisco metropolitano.  O movimento era emancipacionista e pretendia fazer de Minas Gerais, se possível, do Rio de Janeiro, um novo país.  No plano econômico, havia a intenção de estimular as manufaturas.

“O que está na base da História do nosso país, que continua a ser incapaz de acolher os seus habitantes originais – sempre recorrendo a práticas desumanas para promover mudanças em formas de vida que essas populações conseguiram manter por muito tempo, mesmo sob o ataque feroz das forças coloniais, que, até hoje, sobrevivem na mentalidade cotidiana de muitos brasileiros –, é a ideia de que os índios deveriam estar contribuindo para o sucesso de um projeto de exaustão da natureza.”

“De fato, a história é testemunha de que várias tragédias ocasionadas pelos colonizadores aconteceram na vida dos povos originários dessas terras: escravidão, guerras, doenças, massacres, genocídios, etnocídios e outros males que, por pouco, não eliminaram por completo os seus habitantes. Não que esses povos não conhecessem guerra, doença e outros males. A diferença é que, nos anos da colonização portuguesa, eles faziam parte de um projeto ambicioso de dominação cultural, econômica, política e militar do mundo, ou seja, um projeto político dos europeus, que os povos indígenas não conheciam e não podiam adivinhar qual fosse. Eles não eram capazes de entender a lógica das disputas territoriais como parte de um projeto político civilizatório, de caráter mundial e centralizador, uma vez que só conheciam as experiências dos conflitos territoriais intertribais e interlocais.”


terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Solé - estratégias de leitura

 Para Solé a leitura é um processo de interação entre o leitor e o texto e nele tenta-se satisfazer os objetivos que guiam a leitura. Assim, essa prática envolve a presença de um leitor  atento.

Conforme ressalta Solé (1998) a leitura é um processo de interação entre o leitor e o texto; nesse processo tenta-se obter uma informação pertinente para os objetivos que guiam sua leitura. Nessa afirmação podemos fazer várias inferências, primeiramente expomos o envolvimento de um leitor ativo que incorpora e examina o texto, também nos sugere que o leitor deve ter um objetivo para a leitura, ou seja, na leitura sempre se pretende alcançar uma finalidade. 

Entende- se que o leque de objetivos e finalidades é amplo e variado e por meio dele o leitor consegue se situar perante o texto, de maneira bastante ampla e variada. É possível devanear, preencher um momento de lazer e desfrutar, procurar uma informação concreta, seguir uma pauta ou instrução para realizar uma atividade, informar-se sobre um determinado fato, etc. Enfim são inúmeras as finalidades da leitura. Vendo por outro lado, podemos perceber que a citação acima nos dá a informação que o entendimento do leitor se dá de acordo com o objetivo da leitura. 

É possível que dois leitores com finalidades diferentes leiam o mesmo conteúdo e tirem informações diferentes. Dessa forma entende-se que o leitor constrói o significado do texto. Visto sobre esse ângulo o texto não é para o leitor, uma mera tradução ou cópia fiel do significado que o autor quis lhe dar, mais uma construção que envolve o texto e o conhecimento prévio do leitor. 

Sobre este aspecto, Solé (1998) ressalta que o problema do ensino da leitura na escola não se restringe na condição do método, mas na própria forma como se conceitua a leitura bem como a maneira como os professores veem ou avaliam esse processo. Além de ressaltar a importância da posição que esta ocupa no projeto curricular da escola, e os meios que se utilizam para favorecê-la de forma natural. 

Deve-se ainda levar em consideração a importância de saber selecionar as propostas metodológicas adequadas que são adotadas para ensiná-la. Para contribuir com o entendimento de leitura, podemos defini-la como sendo um processo interlocutivo que acontece entre o leitor o texto e o autor. O aluno leitor não deve ser passivo, mas sim ativo, um agente que busca significações. É nesse processo que o professor deve ser um interlocutor presente, capaz de responder as perguntas levantadas durante o procedimento da leitura. 

Já na abordagem de Isabel Solé (1998), as estratégias de leitura são instrumentos necessários para o desenvolvimento de uma leitura proficiente. Seu emprego no ensino de leitura admite que o aluno compreenda e interprete de forma independente os textos lidos, permitindo a formação de um leitor independente, crítico e reflexivo. 


 Os professores utilizam as estratégias de leitura para que o leitor consiga inconscientemente processar o que leu. Ainda segundo Solé (1998), uma importante característica das estratégias é o fato de que não particularizam nem prescrevem totalmente o trajeto de uma ação. A mesma autora indica que em suas exposições as estratégias são suposições inteligentes, muitas vezes ousadas, sobre o caminho mais acertado que devemos seguir. As estratégias são ferramentas que devem ser usadas pelo professor que irá mediar o ensino de leitura para seus alunos.


SOLÉ, I. Estratégias de Leitura. 6 a . ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998

domingo, 23 de janeiro de 2022

Os meios de transportes

 

Os meios de transporte têm um papel fundamental em nossa sociedade. Direta ou indiretamente, dependemos deles para a maioria de nossas atividades cotidianas. O problema é que boa parte dos transportes que utilizamos atualmente se move a partir da queima de combustíveis fósseis, como a gasolina e o óleo diesel, lançando grandes quantidades de gases tóxicos na atmosfera. 

 

 A respeito dos meios de transportes, são recomendações para melhorar a qualidade do ar em nossa cidade, 

 Evite usar o carro nos horários e locais de maior congestionamento. 

  Evite usar o automóvel para trajetos curtos – dê preferência ao transporte coletivo ou vá a pé ou de bicicleta.  

 Abasteça o carro somente à noite ou no início da manhã. Isso evita que os vapores emanados do tanque se transformem em ozônio pela ação dos raios do sol. E. Dê preferência aos transportes coletivos que não emitam gases tóxicos, como o trem e o metrô.

(Manual de Educação. Consumo Sustentável)