segunda-feira, 8 de agosto de 2022

A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto

 

A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação. De um modo mais abrangente, a alfabetização é definida como um processo no qual o indivíduo constrói a gramática e suas variações, sendo chamada de alfabetismo a capacidade de ler, compreender e escrever textos e a de operar números. Esse processo não se resume apenas na aquisição das habilidades mecânicas (codificação e decodificação) do ato de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar, ressignificar e produzir conhecimento.

 Sobre as práticas de ensino e aprendizagem para alfabetização, a prática de ensino e aprendizagem para a alfabetização é entendida como uma prática social complexa que acontece em diferentes espaços/tempos da escola, no cotidiano de professores e alunos nela envolvidos e, de modo especial, na sala de aula, mediada pela interação professor-aluno-conhecimento;  A nova concepção do ensino da língua escrita trouxe contribuições para a prática pedagógica dentro da alfabetização. O foco da alfabetização é o processo pelo qual a criança aprende, não mais o professor como transmissor de conhecimento. Essas contribuições para a educação passaram a exigir dos profissionais de educação uma busca de maiores competências para ensinar, o que ocasionou numa mudança no pensamento mecanicista;  É papel do professor alfabetizar a criança dentro de um contexto, através de práticas de letramento. É durante este processo que o alfabetizador deve despertar no educando o gosto pela leitura;

É natural que existam diferentes níveis de aprendizagem em uma classe de alfabetização, pois a aprendizagem da escrita é um processo que se dá em diferentes níveis para cada indivíduo. Todas as práticas do alfabetizador, nessas circunstâncias, devem estar voltadas para os conhecimentos prévios do aprendiz, ao seu contexto de letramento.

A alfabetização tem sido um campo que provoca discussões desde sempre na história da educação. Ao longo dos anos, surgiram métodos que nortearam as práticas de ensino da leitura e da escrita, com base nas mais diversas teorias linguísticas e cognitivas. Tendo em conta os pressupostos teóricos sobre alfabetização e a história da alfabetização , a aquisição da linguagem escrita insere-se em um processo mais amplo de desenvolvimento sociocultural e histórico dos grupos humanos. Nas sociedades mais desenvolvidas, essa aquisição tem lugar na infância, para a grande maioria, senão para a totalidade, dos cidadãos.  Nos países em desenvolvimento, entre os quais está o Brasil, grande parte da população atinge a idade adulta sem ter acesso à escola, ou tendo passado por experiências escolares mal sucedidas, geralmente designadas como ―fracasso escolar‖.  Dominar a linguagem escrita significa aceder a novas formas de pensamento e de exercício das funções psicológicas superiores. Não ler e não escrever, em uma sociedade letrada, é sinônimo de exclusão social e de sérios impedimentos para o efetivo exercício dos direitos de cidadania.

Do ponto de vista psicológico, a leitura deve ser vista como sustentada por um sistema cognitivo que atua sobre a informação grafada, de modo a colocá-la em contato com os conteúdos da memória e desse modo tornar possível o seu uso por parte de nossos processos de pensamento.